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Semiologia da Parede Abdominal

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1 Parede Abdominal – Marceli Bernardon TXIX 
Parede Abdominal 
Anatomia 
 
Abdome 
▪ Quadrantes: linha que passa pela cicatriz umbilical 
▪ Superior direito e esquerdo - Inferior direito e esquerdo 
▪ 9 partes: linhas mal definidas → divisão mais importante 
▪ Hipocôndrio direito e esquerdo / Flanco direito e esquerdo / Fossa ilíaca direita e esquerdo / Epigástrio, Mesogástrio e Hipogástrio 
Peritônio 
▪ 2 folhetos: visceral e parietal 
▪ Cavidade peritoneal: espaço virtual com liquido de pequena quantidade 
Mesentério 
▪ É dupla reflexão do folheto parietal do peritônio, seguindo uma linha que vai do ângulo duodeno-jejunal até a articulação sacro-ilíaca direita 
▪ Envolvem o intestino delgado em toda a sua extensão 
▪ Entre os dois folhetos há vasos sanguíneos, nervos e vasos linfático 
 
Inspeção 
 
Cicatrizes, estrias, hernias, pelos, circulação colateral 
Abdome 
▪ Normal: simétrico e abaulado a inspeção. Porém internamente o abdome não é simétrico 
▪ Movimentos de peristalse, normalmente, não são observados. Podem ser vistos em caquexias extremas ou síndromes obstrutivas 
▪ Anormalidade: linfonodomegalia periumbilical – Sinal da irmã Maria José, presente em alguns tumores de estomago e pâncreas – nódulo 
umbilical 
Cicatrizes 
▪ Histórico cirúrgico 
▪ Cicatriz epigástrica mediana: para procedimentos cirúrgicos de emergência. Pode ser xifoumbilical, xiumbelicopúbica ou umbelicopubica 
▪ Cicatriz de Mcburney: para apendicectomia 
▪ Cicatriz de Pfannestiel: corte meia-lua na região pélvica, classicamente feito em cesáreas, hoje se utiliza também para apendicectomia 
▪ Cicatrizes de flanco: utilizadas para cirurgias renais, cicatrização difícil, dolorosas 
▪ Cicatriz de Kocher: incisão subcostal direita, era usada para colecistectomia (retirada da vesícula) mas hoje em dia é feita por vídeo 
▪ Cicatriz inguinais: para correção de hernias 
Tipos de abdome: 
▪ Globoso: globalmente aumentado, “barrigão para frente” (diâmetro anteroposterior maior que o transversal) 
▪ Batráquio: diâmetro transversal > anteroposterior, + larga para os lados 
▪ Pendular: estando o paciente de pé, as vísceras pressionam a parte inferior da parede abdominal, produzindo uma protrusão. Há acumulo de 
gordura no abdome inferior e ao redor do umbigo, podendo a pele dobrar-se sobre o púbis pelo excesso de peso 
▪ Avental: acúmulo de tecido gorduroso na parede abdominal, cai como um avental sobre as coxas do paciente 
▪ Escavado: parede abdominal retraída, concavidade. Presente em pessoas muito magras. 
Estrias abdominais: 
▪ Estrias verticais e violáceas → pensar em doença de Cushing 
▪ Estrias verticais e brancas → geralmente são estrias gravídicas. Algumas mulheres têm uma menor distensão do colágeno e quando engravidam 
estouram fibras de colágeno, formando estrias 
Hérnia umbilical 
▪ Protrusão visível a inspeção 
▪ Manobra de valsalva: pedir para que o paciente tussa, faça uma flexão ou coloque uma mão na boca e infle como um balão para que 
aumente a pressão abdominal e torne a hernia evidente 
Diástase do reto abdominal: 
▪ Há um afastamento das bainhas do reto, fazendo com que os pacientes, ao realizarem uma manobra que aumente a pressão abdominal, 
tenham na linha média uma protrusão (um buraco) - Condição em que os músculos abdominais se separam - condição benigna 
Circulação colateral 
 
Palpação 
Exame 
▪ Em decúbito dorsal, pernas não cruzadas, braços junto ao corpo – evitar contração 
▪ Bi-manual ou manual simples: com uma ou duas mãos 
▪ Superficial e profunda 
▪ Avaliar a tensão da parede abdominal – tenso ou relaxado 
▪ A tensão aumenta com a inspiração e diminui com a expiração 
▪ Defesa é o nome que se dá ao estado patológico de aumento da tensão da parede 
▪ Defesa localizada: somente na área do processo inflamatório → apendicite aguda 
▪ Abdome em tábua é o termo que se usa quando a defesa é generalizada → perfuração nas vísceras ocas, úlceras pépticas e peritonites 
agudas difusas 
▪ Defesa involuntária: é quando o paciente não relaxa para permitir o exame → cócegas 
▪ Manobra de galambos: comprimir uma região do abdome enquanto se palpa o local desejado 
▪ Dica: coloque a mão do paciente entre a sua, ajuda muito – em situações de cócegas 
▪ Palpar por último a região álgica 
▪ Pesquisar pontos específicos de dor 
▪ Manobra de Blumberg: para testar se o paciente tem peritonite. Faz uma compressão e solta. O paciente relata que dói muito mais ao soltar 
do que ao apertar 
▪ Sinal de Murfy: linha hemiclavicular abaixo do rebordo costal a direita– compressão durante a inspiração profunda, se tiver inflamação ou 
infecção da vesícula biliar – sente dor 
▪ Ponto de mc-burney: localização do apêndice – 1/3 externo da linha entre a crista ilíaca e a cicatriz umbilical, aplicar Sinal de Blumberg – 
compressura rápida e soltura da região, se for positiva indica peritonite que fala a favor de apendicite aguda 
Órgãos que só são palpados em condições patológicas: 
▪ Bexiga desde que vazia 
▪ Apêndice cecal 
▪ Vesícula biliar 
▪ Flexuras do cólon 
▪ Intestino delgado 
 
2 Parede Abdominal – Marceli Bernardon TXIX 
▪ Baço 
Órgãos palpados em condições fisiológicas 
▪ Fígado 
▪ Aorta em indivíduos magros 
▪ O sigmoide é SEMPRE palpável → quando o paciente referir muita dor a palpação, pode significar diverticulite, que gera sangramento 
evacuatório a partir dos 60 anos 
 
Percussão 
▪ Pesquisa de ascite 
▪ Hepatimetria percussão na linha hemiclavicular varia de 6 a 12cm 
▪ Maior parte timpânico 
▪ Sinal de Jobert - presença de timpanismo no hipocôndrio direito onde normalmente se encontra macicez hepática, caracteriza 
pneumoperitônio ar, gás na região abdominal - perfuração do intestino cólon ou intestino delgado – sinal patológico 
▪ Espaço de traube: apresenta timpanismo, se apresentar macicez pode ser: esplenomegalia, crescimento do lobo esquerdo do fígado (para 
compensar um estado de cirrose ou tumor do lado esquerdo do fígado ou derrame pleural no lado esquerdo do fígado), neoplasia do estômago 
(câncer) 
 
Ausculta 
▪ Normalmente com ruídos hidroaéreos presentes e difusos de 2-32 vezes por min 
▪ Em casos de diarreia os ruídos aumentam 
▪ Em casos de oclusões os ruídos reduzem, no início está aumentado 
▪ Em pacientes magros é possível auscultar na região epigástrica a aorta abdominal

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