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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco Principais problemas reprodutivos dos animais de produção Regis Luis Missio UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco Introdução A reprodução é o aspecto mais importante dentro do sistema de produção; A reprodução, em uma escala de 1 a 10, tem importância de 8 pontos, enquanto o ganho de peso de 1,5 e a qualidade de carcaça de 0,5 pontos; UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco Introdução Qualquer distúrbio ou patologia que prejudique a função reprodutiva normal de uma fêmea terá reflexo no aparecimento uma das três seguintes síndromes: Anestro (falta ou ausência de cio); Repetição de cio após cobrição ou IA; Aborto. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco Principais problemas reprodutivos UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco Ovários UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco ANESTRO (Ovário inativo) Inatividade dos ovários (hipotrofia); É o principal problema da pecuária brasileira; Pode estar presente tanto em animais jovens como adultos pós-púberes. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco ANESTRO (Ovário inativo) Principais causas: A subnutrição é a causa mais comum, que é agravada quando associada com a alta produção de leite. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco ANESTRO (Ovário inativo) Outras causas: Freemartinismo em bovinos (modificações do trato reprodutivo da fêmea gêmea de um macho); Cio silencioso. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco Freemartinismo em bovinos Resultante da circulação comum entre os embriões; A produção de testosterona, que ocorre 1o p/ a diferenciação dos machos, passa para as fêmeas e interfere na diferenciação sexual. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco DIAGNÓSTICO Histórico do animal Animais magros ou muitos magros, verificados pela CC, e com histórico de cios não observados; ANESTRO (Ovário inativo) UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco DIAGNÓSTICO Exame ginecológico Ovário liso e sem folículos ou CL palpáveis (Ovário pequeno, duro e liso); ANESTRO (Ovário inativo) UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco TRATAMENTO Alimentação adequada e suficiente para o animal ganhar peso até voltar a ciclar; O tratamento hormonal é ineficaz para ovário inativo em animais magros. ANESTRO (Ovário inativo) UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco Útero UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco INFECÇÕES UTERINAS Contaminação do ambiente uterino por bactérias, que ocorre normalmente durante o parto, resultando em infecções uterinas no puerpério; Toxinas bacterianas, que levam ao estabelecimento da doença uterina. Principais causas: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco INFECÇÕES UTERINAS São encontradas na literatura várias denominações ou classificações para as infecções uterinas; UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco Classificação das infecções uterinas Metrite Conceito literal - quando a infecção envolve mais de uma camada da parede do útero; Termo utilizado p/ descrever vários problemas clínicos relacionados com infecção uterina (endometrite, piometrite, etc); UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco Figura. Metrite Purulenta em bovinos UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco Momento da infecção Pós-parto Ω Imediatamente pós-parto, principalmente como consequência da retenção de placenta e distocia; Pré-serviço Ω Incorreta manipulação do órgão (traumas); Pós-serviço Ω Touros contaminados, IA ou inovolução s/ assepsia, sêmen contaminado. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco Especificidade da infecção Específicas Ω Ocasionadas via coito (Compylobacter, Tritrichomonas), eventualmente pelo coito (Brucela, Tuberculose) ou transmissão extragenital (Leptospirose); Inespecíficas Ω Numeroso número de bactérias pode ser isolado do útero, s/ saber qual delas colonizou primeiro (Staphilococus, Streptococus, Arcanobacterium pyogenes, Proteus, Pseudomonas, etc). UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco Agentes etiológicos Físicos Ω Calor; Químicos Ω Lugol (a base de iodo) usado no tratamento de endometrite (contraindicado), medicamentos com veículos oleosos provocam severa reação inflamatória; Traumáticos Ω pipeta de IA, inovulação; Infecciosos Ω bactérias, vírus, protozoários, fungos. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco Incidência de infecção uterina 20-40% das vacas (principalmente de alta produção) desenvolvem metrite (infecção uterina clínica) dentro de uma semana pós-parto e; ± 30% das vacas tem inflamação uterina subclínica (endometrite subclínica) posteriormente. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco Prejuízos das infecções uterinas Custo do tratamento; Risco de resíduos no leite; Aumenta IP em média de 30 dias (custo indireto), o que significa menos bezerros; Redução da produção de leite; Atraso no início do cio; Taxa de prenhez cai em torno de 20%; Aumenta taxa de descarte, entre outros. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco Diagnóstico Inspeção externa (corrimentos com sujidades); Odor na descarga uterina; Febre; Palpação; Vaginoscopia; Cultura de bactérias; Biópsia, entre outros. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco O aspecto e o odor da secreção eliminada pela vulva pode indicar o grau de comprometimento do endométrio, dependendo da quantidade de bactérias patogênicas presentes. Diagnóstico UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco Figura. Aspecto da secreção cérvico-vaginal após o parto: A) sanguinolenta; B) sanguinopurulenta; C) purulenta; D) mucopurulenta; E) estriações de pus; F) cristalina A B C D E F UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco Infecção uterina e função ovariana A contaminação bacteriana está associada com a redução da atividade dos ovários; A absorção de toxinas no útero pode impedir o pico de LH e a ovulação; O primeiro FD é de menor tamanho e produz menos E2, entre outros aspectos. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco RETENÇÃO DE PLACENTA Problema que sempre ocorre, em maior ou menor escala. A placenta retida por + de 12 h após parto; Perda de contrabilidade uterina após o parto; UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco RETENÇÃO DE PLACENTA Abortamentos infecciosos (Brucelose, Campylobacter, Listeriose, Leptospirose, IBR/DVB); Fatores nutricionais: vacas magras ou gordas, mudança brusca na alimentação, deficiência de minerais (Ca, Se, Ca:P) e vitaminas (A e E), distúrbios metabólicos como hipocalcemia; Principais causas: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco RETENÇÃO DE PLACENTA Principais causas: Estresse (vacinações, transporte próximo ao parto, período seco curto, longa caminhada sob sol, contenção inadequada e outras práticas de manejo inadequadas; Hereditária, imunológico; UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco RETENÇÃO DE PLACENTA Principais causas: Causas diversas (Partos distócicos, alta produçãode leite, parto prematuro, indução de partos, entre outros). UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco Reduz consumo de alimento; Atraso involução uterina; Reduz taxa de prenhez (15%); Provoca metrite puerperal; Aumenta IP (custo indireto); Redução da produção de leite; Atraso no início do cio; Pré-dispõe à mastite (devido redução imunidade); Aumenta taxa de descarte, entre outros. PEZUÍZOS RP UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco RETENÇÃO DE PLACENTA Prevenção Alimentação (CC, minerais, evitar mudança brusca alimentação, adaptação do rúmen); Saúde (livre de doenças infecciosas); Manejo (evitar estresse, local e observação); Descarte dos animais. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco PROLAPSO UTERINO É a reversão do útero que se projeta p/ fora; UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco PROLAPSO UTERINO Partos distócicos, Retenção de placenta, Tração do feto, Desnutrição, Idade (velhas ligamentos + flácidos) e, Predisposição hereditária; Principais causas: UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco PROLAPSO UTERINO Tratamento é a higienização, interiorização do útero e sutura da vagina; Os animais devem ser descartados. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco FETO MACERADO Provocado por contaminação bacteriana do útero, que destroem os tecidos moles do feto (pós morte); Caracterizado pela esqueletização e exsudato purulento; Pode ocorrer perfuração do útero. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco FETO MUMIFICADO É processo asséptico (s/ contaminação) no qual os líquidos placentários e intersticiais do feto são reabsorvidos, com as membranas fetais ressecadas, formando uma massa escura, s/ odor e exsudação; Mais comum no segundo terço da gestação; UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco FETO MUMIFICADO O feto pode permanecer após o período normal de gestação, sem o animal apresentar cio ou parto; Dentre as principais causas: Ω Torção do cordão umbilical e útero; Ω Fatores hereditários; Ω Deficiência na placentação; Ω Placentrite; Ω Toxinas na alimentação; Ω Truamatismos. UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Pato Branco FIM!
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