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Aula 11_Problemas reprodutivos

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ 
Câmpus Pato Branco 
Principais problemas reprodutivos 
dos animais de produção 
 
Regis Luis Missio 
 
 
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Câmpus Pato Branco 
 Introdução 
 A reprodução é o aspecto mais importante 
dentro do sistema de produção; 
 A reprodução, em uma escala de 1 a 10, 
tem importância de 8 pontos, enquanto o 
ganho de peso de 1,5 e a qualidade de 
carcaça de 0,5 pontos; 
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 Introdução 
 Qualquer distúrbio ou patologia que 
prejudique a função reprodutiva normal de 
uma fêmea terá reflexo no aparecimento uma 
das três seguintes síndromes: 
 Anestro (falta ou ausência de cio); 
 Repetição de cio após cobrição ou IA; 
 Aborto. 
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Principais problemas 
reprodutivos 
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Ovários 
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ANESTRO (Ovário inativo) 
 Inatividade dos ovários (hipotrofia); 
 
É o principal problema da pecuária 
brasileira; 
 
Pode estar presente tanto em animais 
jovens como adultos pós-púberes. 
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ANESTRO (Ovário inativo) 
Principais causas: 
 A subnutrição é a causa mais comum, 
que é agravada quando associada 
com a alta produção de leite. 
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ANESTRO (Ovário inativo) 
Outras causas: 
Freemartinismo em bovinos 
(modificações do trato reprodutivo da 
fêmea gêmea de um macho); 
 
Cio silencioso. 
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 Freemartinismo em bovinos 
 Resultante da circulação comum entre os embriões; 
 A produção de testosterona, que ocorre 1o p/ a 
diferenciação dos machos, passa para as fêmeas e 
interfere na diferenciação sexual. 
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 DIAGNÓSTICO 
 Histórico do animal 
 
 Animais magros ou muitos magros, 
verificados pela CC, e com histórico de cios 
não observados; 
ANESTRO (Ovário inativo) 
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 DIAGNÓSTICO 
 Exame ginecológico 
 
 Ovário liso e sem folículos ou CL palpáveis 
(Ovário pequeno, duro e liso); 
ANESTRO (Ovário inativo) 
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 TRATAMENTO 
 Alimentação adequada e suficiente para o 
animal ganhar peso até voltar a ciclar; 
 
 O tratamento hormonal é ineficaz para ovário 
inativo em animais magros. 
ANESTRO (Ovário inativo) 
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Útero 
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 INFECÇÕES UTERINAS 
 Contaminação do ambiente uterino por bactérias, 
que ocorre normalmente durante o parto, 
resultando em infecções uterinas no puerpério; 
 
 Toxinas bacterianas, que levam ao 
estabelecimento da doença uterina. 
Principais causas: 
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 INFECÇÕES UTERINAS 
 São encontradas na literatura várias 
denominações ou classificações para as 
infecções uterinas; 
 
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Classificação das infecções uterinas 
 Metrite 
 
 Conceito literal - quando a infecção envolve mais de 
uma camada da parede do útero; 
 
 Termo utilizado p/ descrever vários problemas 
clínicos relacionados com infecção uterina 
(endometrite, piometrite, etc); 
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Figura. Metrite Purulenta em bovinos 
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Momento da infecção 
 Pós-parto 
Ω Imediatamente pós-parto, principalmente como 
consequência da retenção de placenta e distocia; 
 
 Pré-serviço 
Ω Incorreta manipulação do órgão (traumas); 
 
 Pós-serviço 
Ω Touros contaminados, IA ou inovolução s/ assepsia, 
sêmen contaminado. 
 
 
 
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Especificidade da infecção 
 Específicas 
Ω Ocasionadas via coito (Compylobacter, Tritrichomonas), 
eventualmente pelo coito (Brucela, Tuberculose) ou 
transmissão extragenital (Leptospirose); 
 
 Inespecíficas 
Ω Numeroso número de bactérias pode ser isolado do 
útero, s/ saber qual delas colonizou primeiro 
(Staphilococus, Streptococus, Arcanobacterium 
pyogenes, Proteus, Pseudomonas, etc). 
 
 
 
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Agentes etiológicos 
 Físicos 
Ω Calor; 
 
 Químicos 
Ω Lugol (a base de iodo) usado no tratamento de 
endometrite (contraindicado), medicamentos com 
veículos oleosos provocam severa reação 
inflamatória; 
 
 Traumáticos 
Ω pipeta de IA, inovulação; 
 
 Infecciosos 
Ω bactérias, vírus, protozoários, fungos. 
 
 
 
 
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Incidência de infecção uterina 
 20-40% das vacas (principalmente de alta produção) 
desenvolvem metrite (infecção uterina clínica) dentro 
de uma semana pós-parto e; 
 
 ± 30% das vacas tem inflamação uterina subclínica 
(endometrite subclínica) posteriormente. 
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Prejuízos das infecções uterinas 
 Custo do tratamento; 
 Risco de resíduos no leite; 
 Aumenta IP em média de 30 dias (custo indireto), o 
que significa menos bezerros; 
 Redução da produção de leite; 
 Atraso no início do cio; 
 Taxa de prenhez cai em torno de 20%; 
 Aumenta taxa de descarte, entre outros. 
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Diagnóstico 
 Inspeção externa (corrimentos com sujidades); 
 Odor na descarga uterina; 
 Febre; 
 Palpação; 
 Vaginoscopia; 
 Cultura de bactérias; 
 Biópsia, entre outros. 
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 O aspecto e o odor da secreção eliminada pela 
vulva pode indicar o grau de comprometimento do 
endométrio, dependendo da quantidade de 
bactérias patogênicas presentes. 
Diagnóstico 
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Figura. Aspecto da secreção cérvico-vaginal após o parto: 
A) sanguinolenta; B) sanguinopurulenta; C) purulenta; 
D) mucopurulenta; E) estriações de pus; F) cristalina 
A B C 
D E F 
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Infecção uterina e função ovariana 
 A contaminação bacteriana está associada com a 
redução da atividade dos ovários; 
 
 A absorção de toxinas no útero pode impedir o pico 
de LH e a ovulação; 
 
 O primeiro FD é de menor tamanho e produz menos 
E2, entre outros aspectos. 
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 RETENÇÃO DE PLACENTA 
 Problema que sempre 
ocorre, em maior ou 
menor escala. 
 
 A placenta retida por + de 12 h após parto; 
 Perda de contrabilidade uterina após o parto; 
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 RETENÇÃO DE PLACENTA 
 Abortamentos infecciosos (Brucelose, 
Campylobacter, Listeriose, Leptospirose, 
IBR/DVB); 
 
 Fatores nutricionais: vacas magras ou gordas, 
mudança brusca na alimentação, deficiência de 
minerais (Ca, Se, Ca:P) e vitaminas (A e E), 
distúrbios metabólicos como hipocalcemia; 
 
Principais causas: 
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 RETENÇÃO DE PLACENTA 
Principais causas: 
 Estresse (vacinações, transporte próximo ao 
parto, período seco curto, longa caminhada sob 
sol, contenção inadequada e outras práticas de 
manejo inadequadas; 
 
 Hereditária, imunológico; 
 
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 RETENÇÃO DE PLACENTA 
Principais causas: 
 Causas diversas (Partos distócicos, alta 
produçãode leite, parto prematuro, indução de 
partos, entre outros). 
 
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 Reduz consumo de alimento; 
 Atraso involução uterina; 
 Reduz taxa de prenhez (15%); 
 Provoca metrite puerperal; 
 Aumenta IP (custo indireto); 
 Redução da produção de leite; 
 Atraso no início do cio; 
 Pré-dispõe à mastite (devido redução imunidade); 
 Aumenta taxa de descarte, entre outros. 
 PEZUÍZOS RP 
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 RETENÇÃO DE PLACENTA 
Prevenção 
 Alimentação (CC, minerais, evitar mudança 
brusca alimentação, adaptação do rúmen); 
 
 Saúde (livre de doenças infecciosas); 
 
 Manejo (evitar estresse, local e observação); 
 
 Descarte dos animais. 
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 PROLAPSO UTERINO 
 É a reversão do útero que se 
projeta p/ fora; 
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 PROLAPSO UTERINO 
 Partos distócicos, 
 Retenção de placenta, 
 Tração do feto, 
 Desnutrição, 
 Idade (velhas ligamentos + flácidos) e, 
 Predisposição hereditária; 
 
Principais causas: 
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 PROLAPSO UTERINO 
 Tratamento é a higienização, interiorização do útero 
e sutura da vagina; 
 Os animais devem ser 
descartados. 
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 FETO MACERADO 
 Provocado por contaminação bacteriana do útero, 
que destroem os tecidos moles do feto (pós morte); 
 Caracterizado pela 
esqueletização e 
exsudato purulento; 
 Pode ocorrer 
perfuração do útero. 
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 FETO MUMIFICADO 
 É processo asséptico (s/ contaminação) no qual os 
líquidos placentários e intersticiais do feto são 
reabsorvidos, com as membranas fetais 
ressecadas, formando uma massa escura, s/ odor 
e exsudação; 
 Mais comum no segundo 
terço da gestação; 
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 FETO MUMIFICADO 
 O feto pode permanecer após o período normal de 
gestação, sem o animal apresentar cio ou parto; 
 Dentre as principais causas: 
Ω Torção do cordão umbilical e útero; 
Ω Fatores hereditários; 
Ω Deficiência na placentação; 
Ω Placentrite; 
Ω Toxinas na alimentação; 
Ω Truamatismos. 
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FIM!

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