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Relatório Sudeste FINAL (+ calculo V)
PUC-MINAS
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encontrar a vazão mássica que a água deve ter, para entrar no casco a 20 °C e sair a 60 ºC, pela equação abaixo, onde o calor específico da água, 𝐶𝑝 á𝑔𝑢𝑎, foi encontrado pelo EES com temperatura de 20º e pressão igual a 101,3 kPa. �̇� 𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 = − �̇� á𝑔𝑢𝑎 �̇�á𝑔𝑢𝑎 = �̇� á𝑔𝑢𝑎 𝐶𝑝 á𝑔𝑢𝑎×(𝑇𝑒𝑚𝑝. 𝑠𝑎í𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎 − 𝑇𝑒𝑚𝑝. 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎) �̇�á𝑔𝑢𝑎 = 24046,375 4,183×(60 − 20) = 143,175 𝑘𝑔/𝑠 45 Para dimensionar os próximos parâmetros foi necessário encontrar a temperatura média da água e diversas propriedades nessa temperatura com a pressão interna do casco, 101,3 kPa. 𝑇𝑒𝑚𝑝.𝑚é𝑑𝑖𝑎 á𝑔𝑢𝑎 = 20 + 60 2 = 40°𝐶 Considerando uma razão de espaçamento entre os tubos de 1,25 foi possível determinar a distância entre os centros de dois tubos através da equação abaixo. Já a distância entre dois tubos é a distância entre os centros do tubo menos 1 diâmetros externo, parâmetro definido na figura 9, ou 2 raios. 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜𝑠 = 𝑅𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜×𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜𝑡𝑢𝑏𝑜 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜𝑠 = 1,25×0,0254 = 0,03175 𝑚 Considerando que os tubos estejam em um arranjo de 45° a distância entre dois tubos é a distância entre os centros do tubo menos 1 diâmetros externo ou 2 raios e seu diâmetro equivalente pode ser calculado através da equação abaixo. 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 4(𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜𝑠2 − 𝜋 4 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜𝑡𝑢𝑏𝑜 2 ) 𝜋 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜𝑡𝑢𝑏𝑜 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 = 4 ∗ (0,031752 − 𝜋 4 0,0254²) 0,0254 = 0,2513𝑚 46 A área disponível para o escoamento da água no casco pode ser calculada relacionando o diâmetro do casco, o espaço disponível entre dois tubos, o espaçamento das chicanas e a distância entre os centros de dois tubos, seu cálculo é essencial para encontrar a velocidade mássica da água. Á𝑟𝑒𝑎𝑐𝑎𝑠𝑐𝑜 = 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑐𝑎𝑠𝑐𝑜(𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑑𝑜𝑖𝑠 𝑡𝑢𝑏𝑜𝑠)×𝐸𝑠𝑝𝑎ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑐ℎ𝑖𝑐𝑎𝑛𝑎𝑠 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜𝑠 Á𝑟𝑒𝑎𝑐𝑎𝑠𝑐𝑜 = 0,5×(0,00635)×0,1 0,03175 = 0,01𝑚² A velocidade mássica da água no interior do casco é uma relação entre sua vazão mássica e a área entre os tubos disponível para seu escoamento, ambas já calculadas anteriormente. 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑎 á𝑔𝑢𝑎 = �̇�á𝑔𝑢𝑎 Á𝑟𝑒𝑎𝑐𝑎𝑠𝑐𝑜 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑎 á𝑔𝑢𝑎 = 143,175 0,01 = 14317,5 𝑘𝑔 𝑚2 ∗ 𝑠 ⁄ 47 Após determinar esses parâmetros foi possível encontrar o número de Reynolds pela equação abaixo, onde a viscosidade da água foi encontrada pelo EES, com a temperatura média de 40°C, e a pressão do interior do tubo, 101,3 kPa. 𝑅𝑒𝑦𝑛𝑜𝑙𝑑𝑠 á𝑔𝑢𝑎 = 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑚á𝑠𝑠𝑖𝑐𝑎 á𝑔𝑢𝑎×𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑉𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒á𝑔𝑢𝑎 𝑅𝑒𝑦𝑛𝑜𝑙𝑑𝑠 á𝑔𝑢𝑎 = 14317,5×0,2513 0,0006533 = 550740 Para dimensionar o próximo parâmetro foi necessário encontrar também a temperatura média na parede do casco, e a viscosidade nessa temperatura com a pressão interna do casco, 101,3 kPa. 𝑇𝑒𝑚𝑝. 𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = 𝑇𝑒𝑚𝑝. 𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟+ 𝑇𝑒𝑚𝑝.𝑚é𝑑𝑖𝑎 á𝑔𝑢𝑎 2 𝑇𝑒𝑚𝑝. 𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 = 65,1 + 40 2 = 52,55 °𝐶 O número de Nusselt é uma propriedade termofísica que depende do escoamento no interior do tubo e para determiná-lo existem correlações e condições empíricas que devem ser seguidas e como o número de Reynolds é maior que 2000 e menor que 5×106, é possível utilizar a relação de Kern, equação abaixo. 𝑁𝑢𝑠𝑠𝑒𝑙𝑡á𝑔𝑢𝑎 = 0,36 ∗ 𝑅𝑒𝑦𝑛𝑜𝑙𝑑𝑠 á𝑔𝑢𝑎 0,55×𝑃𝑟𝑎𝑛𝑑𝑡𝑙á𝑔𝑢𝑎 1 3×( 𝑉𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒á𝑔𝑢𝑎 𝑉𝑖𝑠𝑐𝑜𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒 ) 0,14 𝑁𝑢𝑠𝑠𝑒𝑙𝑡á𝑔𝑢𝑎 = 0,36 ∗ 550740 0,55×4,422 1 3×( 0,0006533 0,0005245 ) 0,14 = 875,75 48 Após dimensionar os parâmetros acima foi possível encontrar o coeficiente de transferência de calor por convecção na água pela fórmula abaixo, onde a condutividade térmica da água foi encontrada pelo EES, com a temperatura média da água, 40°C, e a pressão do interior do tubo, 101,3 kPa. 𝐻á𝑔𝑢𝑎 = 𝑁𝑢𝑠𝑠𝑒𝑙𝑡á𝑔𝑢𝑎 𝐾 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐻á𝑔𝑢𝑎 = 875,75 0,6178 0,02513 = 21529,58 𝑊 𝑚2 ∗ 𝐾⁄ No interior dos tubos o escoamento está sendo condensado, portanto a correlação utilizada para determinar o coeficiente de transferência de calor por convecção no vapor foi bifásica. Esse parâmetro foi dimensionado através da ferramenta EES, cujo script encontra-se no apêndice F. 𝐻𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 = 69867 𝑊 𝑚2𝐾⁄ Como no trocador de calor de modelo casco e tubo há dois escoamentos de fluidos diferentes separados é necessário encontrar o coeficiente global de transferência de calor. Como os coeficientes dos dois escoamentos já foram dimensionados foi possível encontrar o coeficiente global através da equação abaixo. 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐺𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 = 1 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜𝑡𝑢𝑏𝑜 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜𝑡𝑢𝑏𝑜×𝐻𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 + 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜𝑡𝑢𝑏𝑜 2𝐾 ×𝑙𝑛 ( 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝐸𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 ) + 1 𝐻á𝑔𝑢𝑎 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐺𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 = 1 0,0254 0,0186×69867 + 0,0254 2𝐾 ×𝑙𝑛 ( 0,0254 0,0186) + 1 21529,58 = 8538 𝑊 𝑚2∗𝐾⁄ 49 Para determinar a área de transferência de calor é preciso encontrar primeiramente a efetividade e o NTU, número de unidades de transferência, do trocador de calor. 𝜀 = �̇� á𝑔𝑢𝑎 �̇�á𝑔𝑢𝑎𝐶𝑝 á𝑔𝑢𝑎×(𝑇𝑒𝑚𝑝.𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑇𝑒𝑚𝑝.𝑚é𝑑𝑖𝑎 á𝑔𝑢𝑎) 𝜀 = 21573 143,7×4,183×(65,1 − 40) = 0,8869 𝑁𝑇𝑈 = −ln (1 − 𝜀) 𝑁𝑇𝑈 = − ln(1 − 0,8869) = 2,18 Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 𝑁𝑈𝑇×�̇�á𝑔𝑢𝑎×𝐶𝑝 á𝑔𝑢𝑎 𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐺𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 = 2,18×143,7×4,183 8538 = 153,4 𝑚² O comprimento de um tubo pode ser calculado relacionando a área de transferência com o número de tubos, definido como 200, e com o diâmetro externo do tubo. 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑢𝑏𝑜 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑁𝑢𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑢𝑏𝑜𝑠×𝜋×𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜𝑡𝑢𝑏𝑜 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑢𝑏𝑜 = 153,4 200×𝜋×0,0254 = 9,6 𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜𝑠 50 3.4 ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DINÂMICO DA FREQUÊNCIA Com o objetivo de no próximo TAI controlar a frequência em 60 Hz manipulando a vazão de combustível do ciclo Brayton foi realizada a análise do comportamento dinâmico do processo e obtida a função de transferência, como mostra a figura 10. Figura 10 – Diagrama de blocos da função de transferência Fonte: Elaborado pelos autores. O controle do processo será realizado a partir de uma referência da frequência, 60Hz, denominada Set Point. A frequência real será constantemente medida e comparada com a referência, e caso seja detectada uma diferença, o controlador enviará sinais para uma válvula que manipulará a vazão de combustível. A diminuição da frequência implicará em um aumento do fluxo de combustível no processo e vice-versa. Figura 11 – Diagrama em malha fechada do processo Fonte: Elaborado pelos autores. 51 Para encontrar a função de transferência foi necessário inicialmente relacionar a variável vazão de combustível com a frequência da turbina. Como potência mecânica é diretamente proporcional a potência térmica vezes a eficiência, considerada 85%, isolando a vazão mássica e a frequência nas equações abaixo, foi encontrado uma a relação linear, gráfico 19, de que a frequência corresponde a aproximadamente 15 vezes a vazão. 𝑃𝑜𝑡𝑚𝑒𝑐.