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SISTEMA DE ENSINO ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Livro Eletrônico ADRIEL SÁ Professor de Direito Administrativo, Administra- ção Geral e Administração Pública em diversos cursos presenciais e telepresenciais. Servidor público federal da área administrativa desde 1999 e, atualmente, atuando no Ministério Pú- blico Federal. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal de Santa Catarina, com especialização em Gestão Públi- ca. Foi militar das Forças Armadas por 11 anos, sempre atuando nas áreas administrativas. É coautor da obra “Direito Administrativo Facili- tado” e autor da obra “Administração Geral e Pública - Teoria Contextualizada em Questões”, ambas publicadas pela Editora Juspodivm. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 3 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá Organização ..............................................................................................4 1. Introdução ao Processo de Organização .....................................................4 2. Organização Formal e Informal .................................................................8 3. Elementos do Processo de Organização ....................................................13 4. Estrutura Organizacional e Departamentalização .......................................22 4.1. Conceitos ..........................................................................................22 4.2. Tipos Básicos de Estrutura Organizacional .............................................23 4.3. Tipos Emergentes de Estrutura Organizacional .......................................47 4.4. Tipologia das Estruturas Organizacionais de Henry Mintzberg ...................50 4.5. Tipologia das Estruturas Organizacionais de Amitai Etzioni .......................61 4.6. Tipologia das Estruturas Organizacionais de Blau e Scott .........................66 4.7. Departamentalização ..........................................................................67 Resumo ...................................................................................................87 Mapa Mental ............................................................................................91 Questões de Concurso ...............................................................................92 Gabarito ................................................................................................ 130 Gabarito Comentado ............................................................................... 131 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 4 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá ORGANIZAÇÃO 1. Introdução ao Processo de Organização A expressão “organização”, como função administrativa e parte integrante do processo administrativo, significa o ato de estruturar e integrar os recursos (físi- cos, financeiros e humanos) e os órgãos incumbidos de sua administração, estabe- lecendo suas atribuições e as relações entre eles. Assim, a organização é a função que torna possível o que foi planejado. Nesse conceito, fica evidente quatro componentes da função de organizar1: • Tarefas: o trabalho a ser realizado em uma organização é dividido, gerando a especialização de atividades e funções. As atividades ou funções se subdi- videm em tarefas que, por sua vez, devem estar em conformidade com os objetivos da organização; • Pessoas: cada pessoa é designada para ocupar um cargo ou função, que é parte específica do trabalho global; • Órgãos: conhecidas as tarefas e as pessoas, estes são agrupados em órgãos com base em características ou objetivos similares; • Relações: indivíduos com o seu trabalho; indivíduos com a organização e indivíduos com a organização informal. Portanto, a função administrativa de organizar consiste, basicamente, em: • determinar as atividades específicas necessárias ao alcance dos objetivos pla- nejados (especialização); • agrupar as atividades em uma estrutura lógica (departamentalização); • designar as atividades às específicas posições e pessoas (cargos e tarefas). 1 CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente da moderna administra- ção das organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 5 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá Questão 1 A estrutura organizacional especifica os papéis, as relações e os proce- dimentos organizacionais que possibilitam uma ação coordenada de seus membros. Certo. De forma mais simples e direta, a estrutura da organização nada mais é que o seu desenho, ou seja, a forma pela qual as atividades de uma organização são dividi- das, organizadas e coordenadas. Daí você já pode perceber que, quando falamos em estrutura organizacional, estamos inseridos numa das principais atividades da função de organizar. Devemos ter em mente que a função de organização pode ser estruturada em três níveis organizacionais diferentes: Organização no nível global: é a organização que abrange a empresa como uma totalidade. É o chamado desenho organizacional. Organização no nível departamental: é a organização que abrange cada departamento da empresa. É o chamado desenho departamental ou simplesmente departamentalização. Organização no nível das tarefas e operações: é a organização que focali- za cada tarefa, atividade ou operação especificamente. É o chamado desenho dos cargos ou tarefas. É feita por meio da descrição e análise dos cargos. A estrutura organizacional, portanto, é o instrumento administrativo resul- tante da identificação, análise, ordenação e agrupamento das atividades e dos O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 6 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá recursos das organizações, incluindo o estabelecimento dos níveis de alçada e dos processos decisórios, contribuindo para o alcance dos objetivos estabelecidos pe- los planejamentos organizacionais. Chiavenato (2000)2 explica que tal contribuição ocorre por meio de quatro maneiras: • Como estrutura básica: define como o trabalho será dividido entre as uni- dades organizacionais (por exemplo, departamentos, divisões e seções). De- fine, também, os aspectos estáticos da organização; • Como mecanismo de operação: indica aos participantes da organização o que esses devem fazer e o que não devem fazer, por meio de descrições de cargos, procedimentos e rotinas de trabalho, normas e regulamentos, pa- drões de desempenho e sistemas de avaliação de desempenho. Portanto, o mecanismo de operação tem como base a existência de normas, regras e regulamentose define os aspectos dinâmicos da organização; • Como mecanismo de decisão: estabelece o processo de tomada de decisão para encontrar consonância entre os objetivos globais da organização e os objetivos específicos de cada uma das unidades organizacionais que a com- põem. O mesmo corresponde à distribuição do poder pelas diversas unidades organizacionais; • Como mecanismo de coordenação: define como a organização deve har- monizar e integrar suas partes (unidades organizacionais) em função da divi- são do trabalho entre estas. Enquanto a estrutura básica divide o trabalho e diferencia as partes, o mecanismo de coordenação integra e dá consistência ao todo, ou seja, é a busca da integração para compensar a diferenciação. 2 CHIAVENATO, I. Administração: teoria, processo e prática. São Paulo: Makron Books, 2000. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 7 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá De forma mais simples e direta, a estrutura da organização nada mais é que o seu desenho, ou seja, a forma pela qual as atividades de uma organização são divididas, organizadas e coordenadas. Por falar em componentes, a literatura também converge no sentido de que a estrutura organizacional possui quatro sistemas componentes: • Sistema de responsabilidade (resultado da alocação das atividades), constituído por: departamentalização; linha e assessoria e especialização do trabalho; o dever de desempenhar a tarefa ou atividade para a qual a pessoa foi designada; • Sistema de autoridade (resultado da distribuição do poder), constituído por: amplitude administrativa e níveis hierárquicos; delegação e descentra- lização/centralização; o poder de comandar outros, para que executem ou deixem de executar algo, da maneira considerada pelo possuidor dessa auto- ridade. Sobre os aspectos básicos desse sistema, destacam-se: – Delegação – Transferir para o subordinado a responsabilidade de cumprir determinadas tarefas; – Centralização e Descentralização – Centralização é onde concentra o poder decisório na cúpula da empresa e descentralização é a menor concentração do poder decisório na cúpula, distribuído pelos diversos níveis hierárquicos da organização; – Níveis Hierárquicos – Conjunto de delegação com o mesmo nível de auto- ridade; – Amplitude de Controle – Controle de número de subordinado que poderá ter um gestor na empresa, para que o mesmo possa supervisionar com tranquilidade; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 8 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá • Sistema de comunicações (resultado da interação entre unidades orga- nizacionais), constituído por: o que, como, quando, de quem e para quem comunicar; • Sistema de decisão (resultado da ação sobre as informações). Questão 2 Uma das finalidades da estrutura organizacional é a identificação das tarefas necessárias ao alcance dos objetivos estabelecidos. Certo. A estrutura organizacional identifica, analisa, ordena e agrupa as atividades e os recursos das organizações, incluindo o estabelecimento dos níveis de alçada e dos processos decisórios, contribuindo para o alcance dos objetivos estabelecidos pelos planejamentos organizacionais. 2. Organização Formal e Informal Uma primeira classificação da estrutura organizacional é aquela que divide a organização em formal e informal. Relembremos que a concepção desse rela- cionamento entre organização formal e organização informal ocorreu com a Teoria Estruturalista, que buscava uma síntese da Teoria Clássica (estudo da organização formal) e da Teoria das Relações Humanas (estudo da organização informal). Assim, enquanto a Teoria Clássica se concentra na organização formal, a Teo- ria das Relações Humanas tem como objeto de estudo a organização informal. No entanto, ambas não consideravam em seu estudo a possibilidade da coexistência O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 9 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá desses dois modelos. Foi, portanto, com a Teoria Estruturalista, que se procurou estabelecer o equilíbrio entre as duas organizações: a formal e a informal. Esse desenvolvimento de conceitos foi tão importante que perdura até hoje! O desafio para o administrador é conciliar e harmonizar as características des- ses dois fenômenos, ou seja, adequar o perfil da organização formal e da organi- zação informal para obter efeito de sinergia e eliminar qualquer tipo de dissonância entre ambas. Portanto, afirma-se que todas as organizações apresentam duas faces distintas e intimamente inter-relacionadas: a organização formal e a organização informal. Vamos aos conceitos e características de cada uma delas! A organização formal é aquela baseada em uma divisão do trabalho racional, na diferenciação e integração dos participantes de acordo com algum critério estabe- lecido por aqueles que detêm o processo decisório. É a organização planejada: a que está no papel. É geralmente aprovada pela direção e comunicada a todos por meio de manuais de organização, de descrições de cargos, de organogramas, de regras e regulamentos etc. Em outros termos, é a organização formalizada oficialmente. Para Maximiano (1992)3, na organização formal encontramos a categoria dos grupos sociais secundários, que abrange os grupos formais, assim chamados por- que com eles as pessoas têm relações regidas por regulamentos explícitos. Segundo Fayol, as principais características da organização formal são: • Divisão do Trabalho: o objetivo imediato e fundamental de todo e qualquer tipo de organização é a produção. Para ser eficiente, a produção deve base- ar-se na divisão do trabalho, que nada mais é do que a maneira pela qual um processo complexo pode ser decomposto em uma série de pequenas tarefas; 3 MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. 3.ed. São Paulo: Editora Atlas, 1992. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 10 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá • Especialização: a especialização do trabalho constitui uma maneira de au- mentar a eficiência e de diminuir os custos de produção. Simplificando as tarefas, atribuindo a cada posto de trabalho tarefas simples e repetitivas que requeiram pouca experiência do executor e escassos conhecimentos prévios, reduzem-se os períodos de aprendizagem, facilitando substituições de uns indivíduos por outros, permitindo melhorias de métodos de incentivos no tra- balho e, consequentemente, aumentando o rendimento de produção; • Hierarquia: como decorrência das funções especializadas,surge inevitavel- mente a de comando, para dirigir e controlar todas as atividades para que sejam cumpridas harmoniosamente; • Distribuição da autoridade e da responsabilidade: a hierarquia na orga- nização formal representa a autoridade e a responsabilidade em cada nível da estrutura. Por toda a organização, existem pessoas cumprindo ordens de ou- tras situadas em níveis mais elevados, o que denota suas posições relativas, bem como o grau de autoridade em relação às demais. A autoridade é, pois, o fundamento da responsabilidade, dentro da organização formal, ela deve ser delimitada explicitamente; • Racionalismo: uma organização é substancialmente um conjunto de encar- gos funcionais e hierárquicos a cujas prescrições e normas de comportamento todos os seus membros se devem sujeitar. O princípio básico desta forma de conceber uma organização é que, dentro de limites toleráveis, os seus mem- bros se comportarão racionalmente, isto é, de acordo com as normas lógicas de comportamento prescritas para cada um deles. Uma forma bem comum de apresentar o desenho da organização formal ocorre por meio dos organogramas. O organograma é a representação gráfica de deter- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 11 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá minados aspectos da estrutura formal de uma organização. Vejamos um exemplo dessa ferramenta gráfica: Coordenação operacional Coordenação técnica Coordenação de serviços MaterialPessoal Diretoria administrativa Diretoria de engenharia Diretoria de operações Presidência Orçamento Questão 3 Enquanto a organização formal é uma organização planejada, a orga- nização informal constitui o resultado da interação espontânea dos membros dessa organização. Certo. A organização formal é a organização planejada, aquela que está no papel. Já a organização informal é constituída de interações e relacionamentos sociais entre as pessoas, dotadas em certas posições da organização formal. A organização informal é a organização que emerge espontânea e natural- mente entre as pessoas que ocupam posições na organização formal e a partir dos relacionamentos como ocupantes de cargos. Forma-se a partir das relações de amizade (ou de antagonismos) e do surgimento de grupos informais que não aparecem no organograma ou em qualquer outro documento formal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 12 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá De acordo com Maximiano (1992)4, na organização informal encontramos os grupos sociais primários, as famílias, os grupos de amigos e de vizinhos e cer- tos grupos de interesse profissional ou social, como os grupos de voluntários e de artistas amadores. Nesses grupos, predominam as relações pessoais e, em muitos grupos desse tipo, as pessoas ingressam e saem voluntariamente. Assim, a organização informal é constituída de interações e relacionamentos sociais entre as pessoas, dotadas em certas posições da organização formal. Dizer que a organização formal é aquela que possui normas não é dizer que a organização informal não as possui. Isso porque a organização informal também prevê normas de condutas, que diferentemente das formais, não são previamente estabelecidas, nem formalmente apresentadas. Ou seja, são decorrentes de ações e procedimentos tomados como aceitáveis pela coletividade, sem a intervenção da esfera organizacional. Questão 4 São características da organização informal relação de coesão ou de antagonismos e colaboração espontânea. Certo. A organização informal é constituída de interações e relacionamentos sociais entre as pessoas. Essa relação, como bem lembra a afirmativa, nem sempre será de co- esão, podendo ser, também, de antagonismos. 4 MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. 3.ed. São Paulo: Editora Atlas, 1992. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 13 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá 3. Elementos do Processo de Organização A organização é uma das mais complexas funções administrativas, já que diz respeito a decisões cujos alcances e consequências são difíceis de antecipar. Tam- bém sabemos que não existe um modelo ideal de estrutura organizacional! Logo, fica fácil entender que o primeiro ponto a ser tratado é o de reconhecer critérios que me permitam estabelecer essa estrutura ideal! O autor Robbins (2005)5 considera seis questões básicas às quais os administradores devem res- ponder ao planejar as estruturas organizacionais apropriadas, quais sejam: • especialização do trabalho; • cadeia de comando; • amplitude de controle; • departamentalização; • centralização e descentralização; e • formalização. A dimensão especialização no trabalho responde ao seguinte questionamen- to: “Até que ponto as atividades podem ser subdivididas em tarefas separadas?”. O seu aspecto principal é verificar o grau em que as tarefas são divididas e padroni- zadas para que possam ser aprendidas e realizadas de forma relativamente rápida por um único indivíduo. A dimensão cadeia de comando responde ao seguinte questionamento: “A quem os indivíduos e os grupos vão se reportar?”. O seu aspecto principal é espe- cificar que a autoridade deve passar do topo até o último elemento da hierarquia organizacional por uma linha clara e ininterrupta, identificando quem deve respon- der a quem. 5 ROBBINS, S. P. Comportamento organizacional. São Paulo: Prentice Hall, 2005. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 14 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá A dimensão amplitude de controle responde ao seguinte questionamento: “Quantas pessoas cada administrador pode dirigir com eficiência e eficácia?”. Logo, quanto maior a amplitude de controle, menor o número de níveis hierárquicos (es- trutura mais achatada). O seu aspecto decorre da distância de autoridade e respon- sabilidade e mede o número de pessoas subordinadas a um administrador. Questão 5 O termo amplitude de controle descreve o grau em que as tarefas na organização são subdivididas em funções separadas. Errado. A amplitude se refere ao controle de número de subordinado que poderá ter um gestor na empresa, para que o mesmo possa supervisionar com tranquilidade. O grau em que as funções na organização são subdivididas em tarefas separadas diz respeito à especialização ou divisão do trabalho. O termo “autoridade” pode ser definido como poder legítimo, direito de dar ordens e ser obedecido. Segundo Maximiano (2000)6, podemos destacar que os gerentes podem terum ou mais dos seguintes três tipos de autoridade: de linha, funcional ou de assessoria (staff). Autoridade de linha: a autoridade de linha é inerente à cadeia de comando e de- fine as relações entre chefes e subordinados. O mecanismo da autoridade formal de linha estipula que os chefes têm o direito de emitir ordens e de esperarem a obe- diência ou adesão daquelas pessoas que trabalham para eles, ou em suas equipes. 6 MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à administração. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2000. 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A autoridade de assessoria é característica das funções de apoio, cujos gerentes podem aconselhar e orientar os gerentes de linha. Já o termo “responsabilidade” consiste numa consequência da autoridade, atribuindo a obrigação de responder pelas ações próprias e dos outros. Assim, o grau de responsabilidade assumido pelo indivíduo dentro da organização é dire- tamente proporcional ao seu grau de autoridade. Queremos nos aprofundar um pouco mais nessa dimensão, que causa tanta confusão nas questões de provas. Quando temos uma amplitude estreita, temos um maior número de níveis hierárquicos, o que produz uma estrutura organiza- cional alta e alongada. Ao contrário, uma amplitude larga possui poucos níveis hierárquicos, produzindo uma estrutura organizacional achatada e dispersada ho- rizontalmente. A tendência atual nas organizações é de achatar e comprimir a estrutura organi- zacional no sentido de se aproximar a base da cúpula e melhorar as comunicações. 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O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 17 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá Questão 6 Uma disfunção que uma estrutura organizacional pode revelar no sen- tido vertical é a extensão da amplitude de comando, concentrando poderes em poucas autoridades. Errado. Em uma estrutura vertical, o que temos é o enxugamento da amplitude de coman- do, o que significa dizer que, se acrescentamos um nível hierárquico, a consequên- cia é o estreitamento (e não a extensão) da amplitude de comando. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 18 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá A dimensão departamentalização responde ao seguinte questionamento: “Qual a base para o agrupamento das tarefas?”. O seu aspecto principal é permi- tir simplificar o trabalho do administrador, aumentando a eficácia e a eficiência da administração, pois contribui para um aproveitamento mais racional dos recursos disponíveis nas organizações. Segundo Chiavenato (2007)7, todos os critérios para avaliação da departa- mentalização são baseados na interdependência, sendo quatro os critérios mais importantes: • Interdependência do fluxo de trabalho: os agrupamentos são definidos na base da sequência ou fluxo do processo de operações de uma determi- nada tarefa; • Interdependência no processo: os agrupamentos são definidos confor- me a especialização, com base nos contatos entre pessoas localizadas em diferentes fluxos de trabalho. Favorece as interações de processo à custa da coordenação do fluxo de trabalho; • Interdependência de escala: os agrupamentos são definidos para alcançar um tamanho capaz de proporcionar um funcionamento eficiente. Se todos os departamentos de uma fábrica requerem manutenção, em vez de anexar-se um especialista em manutenção a cada departamento, agrupam-se todos eles em um departamento de manutenção para a fábrica toda. Favorece a economia, tanto na concentração quanto na dispersão de serviços; • Interdependência social: é um critério relacionado não com o trabalho a fazer, mas com as relações sociais que o acompanham. As pessoas são agru- padas na base do fazer juntos. 7 CHIAVENATO, I. Administração: teoria, processo e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 19 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá Essa é a dimensão mais cobrada em provas de concursos públicos. Por esse mo- tivo, vamos reservá-la um tópico específico, que será tratado logo adiante. A dimensão centralização e descentralização responde ao seguinte ques- tionamento: “Onde fica a autoridade no processo decisório?”. Assim, seu aspecto refere-se à identificação do nível hierárquico no qual são tomadas as decisões. A centralização é concentração do poder decisório na alta administração de uma organização. A descentralização significa o deslocamento da autoridade de tomar decisões para os níveis mais baixos da organização. Chiavenato (2011)8 apresenta as vantagens e desvantagens da centralização da seguinte forma: Vantagens da Centralização Desvantagens da Centralização As decisões são tomadas por administra- dores que possuem uma visão global da empresa. As decisões são tomadas por administra- dores que estão distanciados dos fatos e das circunstâncias. Os tomadores de decisão situados no topo são geralmente mais bem treina- dos do que os que estão nos níveis mais baixos. Os tomadores de decisão situados no topo raramente têmcontato com as pes- soas e situações envolvidas. As decisões são mais consistentes com os objetivos empresariais globais. Administradores nos níveis inferiores estão distanciados dos objetivos globais. Elimina esforços duplicados e reduz custos operacionais com a descentraliza- ção. As linhas de comunicação mais distan- ciadas provocam demoras e maior custo operacional. Certas funções – como compras – pro- movem maior especialização e aumento de habilidades com Pelo envolvimento de muitas pessoas, cresce a possibilidade de distorções e erros pessoais no processo. 8 CHIAVENATO, I. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Campus, 2011. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 20 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá Vantagens da Descentralização Desvantagens da Descentralização As decisões são tomadas mais rapida- mente pelos próprios executores da ação. Pode ocorrer falta de informação e coor- denação entre os departamentos envol- vidos, gerando tendência ao desperdício de esforços e dificuldade de responsabi- lização. Tomadores de decisão são os que tem mais informações sobre a situação. Maior custo pela exigência de melhor seleção e treinamento dos administrado- res médios. Maior participação no processo deciso- rial promove motivação e moral elevado entre os administradores médios. Riscos da subobjetivação: os adminis- tradores podem defender mais objetivos departamentais que os empresariais. Proporciona excelente treinamento para os administradores médios. As políticas podem variar por departa- mento. Questão 7 Nas organizações em que o nível de centralização é elevado, a tomada de decisões fica concentrada no topo, ou seja, no nível institucional, com pouca ou nenhuma delegação de decisões a outros níveis. Certo. A centralização significa que a autoridade para decidir está localizada no topo da or- ganização, ou seja, a decisão está retida na alta cúpula. Já a descentralização signi- fica que a autoridade para decidir está dispersa nos diversos níveis organizacionais. Por fim, a dimensão formalização responde ao seguinte questionamento: “Até que ponto haverá regras e regulamentações para dirigir os funcionários e os admi- nistradores?”. O seu aspecto se refere ao grau de controle da organização sobre o indivíduo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 21 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá Já o autor Hall (1984)9 considera como elementos constituintes da estrutura organizacional: a complexidade, a formalização e a centralização. A complexidade está relacionada ao número de divisões e níveis hierárquicos que a organização possui. Para o autor, são três os elementos que determinam a complexidade: a diferenciação horizontal, a diferenciação vertical e a dis- persão espacial. A diferenciação ou especialização horizontal consiste em subdividir uma tarefa complexa em pequenas tarefas. A partir daí a organização tanto pode ter profissionais especialistas responsáveis por operações completas, não havendo ne- cessidade de subdividir a tarefa, como pode optar pela subdivisão, para que funcio- nários não especialistas sejam capazes de desempenhá-la. A diferenciação vertical se relaciona ao número de níveis hierárquicos exis- tentes entre a cúpula e os empregados que trabalham na produção de uma organi- zação. Assim, à medida que o tamanho da organização aumenta, a tendência é que o número de níveis hierárquicos também aumente, consequentemente, aumentan- do a complexidade da organização. A dispersão espacial refere-se ao número de locais espacialmente separados em que os membros da organização se empregam. A formalização representa o uso de normas e procedimentos para lidar com as adversidades enfrentadas pela organização. Uma organização pode apresen- tar alto grau de formalização se suas normas forem altamente restritivas e seus procedimentos altamente formalizados. Já um baixo grau de formalização pode ser caracterizado por pouco ou nenhum procedimento estabelecido. Nesse caso, os membros da organização utilizam seu próprio critério para lidar com a situação. 9 HALL, R. H. Organizações: estrutura e processos. 3.ed. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1984. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 22 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá A centralização se relaciona à distribuição de poder nas organizações e pode variar de acordo com o tipo de formato organizacional. Quando a maior parte das de- cisões ocorre no topo da organização, ela é centralizada, ao passo que, quanto maior o nível de participação dos grupos numa organização, maior a descentralização. 4. Estrutura Organizacional e Departamentalização 4.1. Conceitos Estamos diante de um assunto que as bancas costumam complicar, mas que vamos “tirar de letra” e sair tranquilamente de qualquer questão confusa que possa aparecer! Primeiramente, você já entendeu que a estrutura organizacional se refere a um desenho da organização, que é resultante da identificação, análise, ordenação e agrupamento das atividades e dos recursos da organização. Da mesma forma, apresentamos alguns critérios que possibilitam ao gestor essa análise no intuito de estabelecer a estrutura organizacional ideal. Um des- ses critérios mencionados pela doutrina é a departamentalização, que permite simplificar o trabalho do administrador, aumentando a eficácia e a eficiência da administração, pois contribui para um aproveitamento mais racional dos recursos disponíveis nas organizações. Assim, a diferença básica entre estrutura organizacional e departamen- talização está no nível de detalhamento. Enquanto a estrutura se refere ao dese- nho organizacional como um todo, a departamentalização sistematiza esse dese- nho por meio critérios aplicados na formação das divisões da organização. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 23 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá Outro destaque é que, enquanto a estrutura possui uma visão vertical da organização, a departamentalização possui uma visão mais horizontal, ou seja, trata da divisão e variedade das atividades desenvolvidas na organização. Vejamos um exemplo, para esclarecer: Exemplo: imagine um bolo de aniversário de criança. Suponhamos que a menina aniversariante tenha pedido aos seus pais o bolo em formato de uma pirâmide (que formato estranho para um bolo!). Os seus pais, prontamente, concordaram com esse formato. Agora, se ponha no lugar da boleira (quem irá fazer o bolo): você, certa-mente, precisará de critérios para modelar esse bolo nesse formato, considerando diversos fatores como o recheio, a quantidade de glacê, a textura do “pão de Ló” etc.! Assim, o formato do bolo é nossa comparação à estrutura organizacional, enquanto sua parte interior é nossa comparação com a departamentalização. 4.2. Tipos Básicos de Estrutura Organizacional Quando falamos em “tipos básicos”, estamos nos referindo àquelas nomencla- turas compartilhadas pela maioria da doutrina. Mais à frente trataremos de outras tipologias, específicas de alguns autores, mas também cobradas em provas de concursos públicos. 4.2.1. Organização Linear A organização linear ou de linha é a forma mais simples e antiga de estru- tura organizacional, se originando nas organizações militares (exércitos) e eclesi- ásticas (igrejas). O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 24 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá A nomenclatura linear é devida pelo fato de que, entre o superior e os subordi- nados, existem linhas diretas e únicas de autoridade e de responsabilidade. Essa estrutura possui um formato de pirâmide, onde cada superior recebe e transmite por meio de linhas de comunicação rigidamente estabelecidas. Por fim, destaca-se que a forma de organização encontrada nas pequenas em- presas ou nos estágios iniciais, pois as funções básicas ou primárias geralmente aparecem em primeiro lugar e passam a constituir o fundamento da organização. Os autores apresentam as seguintes características para a organização linear: • Autoridade linear ou única. A autoridade é absoluta do superior sobre seus subordinados, decorrente do princípio da unidade de comando. Cada subor- dinado reporta-se única e exclusivamente ao seu superior, recebendo ordens exclusivamente dele e reportando-se exclusivamente a ele; • Linhas formais de comunicação. As comunicações entre os órgãos ou car- gos na organização são feitas unicamente por meio das linhas existentes no organograma. Todo órgão ou cargo (com exceção daqueles situados no topo e no rodapé do organograma) possui dois terminais de comunicação: um orientado para cima e que o liga exclusivamente ao órgão ou cargo superior (representando sua responsabilidade) e outro orientado para baixo e que o liga exclusivamente aos órgãos ou cargos diretamente subordinados (repre- sentando sua autoridade). Cada gerente centraliza as comunicações em linha ascendente dos subordinados; • Centralização das decisões. Como a linha de comunicação liga cada ór- gão ou cargo ao seu superior e sucessivamente até a cúpula da organização, a autoridade linear que comanda toda a organização centraliza-se no topo do O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 25 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá organograma e os canais de responsabilidade são conduzidos por meio dos níveis hierárquicos de forma convergente até ali. A organização linear desloca e converge toda a autoridade para a cúpula da organização; • Aspecto piramidal. Em decorrência da centralização da autoridade no topo da organização e da autoridade linear de cada superior em relação aos su- bordinados, a organização linear apresenta um formato piramidal. À medida que se sobe na escala hierárquica, diminui o número de cargos ou órgãos. O resultado é que, à medida que aumenta o nível hierárquico, mais aumenta a generalização e a centralização (visão global da organização) e, à medida que diminui o nível hierárquico, mais aumenta a especialização e a delimita- ção das responsabilidades (visão específica do cargo ou função). As vantagens da organização linear são: • Estrutura simples e de fácil compreensão. Devido ao pequeno número de órgãos ou cargos, a cúpula apresenta apenas um órgão ou cargo cen- tralizador e o subordinado só se relaciona formalmente com seu supervisor. As opções de comunicação e de relações formais são mínimas e, portanto, restritas, simples e elementares; • Clara delimitação das responsabilidades dos órgãos e uma notável precisão de jurisdição. Nenhum órgão ou cargo intervém em área alheia, de modo que as atribuições e responsabilidades são claramente definidas e delimitadas; • Facilidade de implantação. A organização linear oferece facilidade em seu funcionamento, controle e disciplina. O pequeno número de relações formais, a estrutura simples e a clara delimitação das responsabilidades eliminam qualquer dificuldade no fazer funcionar esse tipo de organização; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 26 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá • Estabilidade. Permite o funcionamento da organização, graças à centraliza- ção do controle e das decisões de um lado, e a rígida disciplina garantida pela unidade de comando, de outro; • Tipo de organização indicado para pequenas empresas. Tanto pela fácil operacionalização como pela economia de sua estrutura simples. No entanto, a organização linear apresenta algumas desvantagens: • Estabilidade e constância das relações formais. Podem levar à rigidez e à inflexibilidade da organização linear, dificultando a inovação e a adaptação da organização a novas situações ou condições externas. Como as relações formais não mudam, a tendência para a manutenção do status quo e para o continuísmo é inevitável. A organização linear não responde às mudanças rápidas e constantes da sociedade moderna; • Autoridade linear baseada no comando único e direto. Pode tornar-se autocrática, provocando rigidez na disciplina, bitolando e dificultando a coo- peração e a iniciativa das pessoas; • A organização linear exagera a função de chefia e de comando. Pres- supõe a existência de chefes capazes de fazer tudo e saber tudo. Os chefes tornam-se generalistas, portadores de todas as decisões e ordens que ve- nham do topo da organização e transmissores de todas as informações que venham da base da organização. Cada chefe é uma espécie de gargalo de entrada e saída de comunicações em sua área de atuação por possuir o mo- nopólio das comunicações; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 27 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá • A unidade de comando torna o chefe um generalista que não pode se especializar em nada. Além da excessiva ênfase na chefia, a organização linear impede a especialização, pois acumula os chefes com todos os assuntos possíveis dentro da organização. De tudo o chefe tem de tomar conhecimento; • Congestionamento das linhas formais de comunicação. À medida que a empresa cresce,a organização linear provoca o congestionamento das linhas formais de comunicação, principalmente nos níveis de cúpula da organização, que centralizam as decisões e o controle, já que não utilizam assessoria au- xiliar. As comunicações, por serem lineares, tornam-se demoradas, sujeitas a intermediários e a distorções. Por fim, a organização linear é aplicável nos seguintes casos: • na empresa pequena e que não requer executivos especializados em tarefas técnicas; • nos estágios iniciais, após a criação da empresa; • quando as tarefas da organização são padronizadas, rotineiras e com raras modificações, permitindo concentração nas atividades repetitivas, já que a estrutura é estável e permanente; • quando a rapidez na execução do trabalho é mais importante do que a quali- dade do trabalho; • quando a organização investe em consultoria externa ou obtém serviços ex- ternos em vez de criar órgãos internos de assessoria. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 28 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá Questão 8 A organização linear tem como sua principal vantagem ou caracterís- tica positiva a rigidez e inflexibilidade organizacional devido a sua estabilidade e constância nas relações formais. Errado. Como vimos, a estabilidade e a constância das relações formais é uma desvanta- gem da organização linear, e não uma vantagem, pelo fato de levarem a organiza- ção à rigidez e à inflexibilidade, dificultando a inovação e a adaptação dela a novas situações ou condições externas. 4.2.2. Organização Funcional A organização funcional é o tipo de estrutura organizacional que aplica o princípio funcional ou princípio da especialização das funções. Essa estrutura sepa- ra, distingue e especializa, ou seja, é um modelo que busca especializar as funções para torná-las mais fáceis. No entanto, seus resultados são apurados de forma centralizada, dentro de um sistema contábil único. A organização funcional apresenta as seguintes características: • Autoridade funcional ou dividida: a autoridade é relativa e baseada na especialização. É uma autoridade do conhecimento. Nada tem de linear, hie- rárquica ou de comando. Cada subordinado reporta-se a muitos superiores, simultaneamente, porém reporta-se a cada um deles somente nos assuntos da especialidade de cada um. Nenhum superior tem autoridade total sobre os O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 29 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá subordinados, mas autoridade parcial e relativa, decorrente da sua especiali- dade. Isso representa total negação do princípio da unidade de comando ou supervisão única, tão importante para Fayol; • Linhas diretas de comunicação: as comunicações entre os órgãos ou car- gos na organização são efetuadas diretamente, sem necessidade de interme- diação. A organização funcional busca a maior rapidez possível nas comuni- cações entre os diferentes níveis; • Descentralização das decisões: as decisões são delegadas aos órgãos ou cargos especializados que possuam conhecimento necessário para melhor implementá-las. Não é a hierarquia, mas a especialidade quem promove as decisões. A organização funcional caracteriza-se pela descentralização das decisões, ou seja, pelo deslocamento e distribuição das decisões para os ór- gãos ou cargos adequados para sua tomada e implementação; • Ênfase na especialização: a organização funcional baseia-se no primado da especialização de todos os órgãos ou cargos, em todos os níveis da organiza- ção. Há uma separação das funções de acordo com as especialidades envol- vidas. Cada órgão ou cargo contribui com sua especialidade para a organiza- ção. As responsabilidades são delimitadas de acordo com as especializações. A organização funcional traz algumas vantagens, a saber: • Proporciona o máximo de especialização nos diversos órgãos ou car- gos da organização. Isso permite a cada órgão ou cargo concentrar-se total e unicamente sobre seu trabalho e sua função, livre de todas as demais tare- fas acessórias ou subsidiárias; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 30 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá • Permite a melhor supervisão técnica possível. Com a especialização em todos os níveis, cada órgão ou cargo reporta-se a experts em seu campo de especialização; • Desenvolve comunicações diretas, sem intermediação, mais rápidas e menos sujeitas a distorções de transmissão. A organização funcional permite contatos diretos entre os órgãos ou cargos interessados, sem neces- sidade de seguir os canais formais e indiretos de comunicação; • Separa as funções de planejamento e de controle das funções de exe- cução. Há uma especialização do planejamento e do controle, bem como da execução, permitindo plena concentração em cada atividade, sem necessidade de voltar a atenção para as demais. O órgão que faz planejamento o faz para todos os demais órgãos. O órgão que executa só faz a execução. Cada órgão realiza especificamente a sua atividade, sem ter de acompanhar os demais. A organização do tipo funcional traz inúmeras desvantagens: • Diluição e consequente perda de autoridade de comando. A substitui- ção da autoridade linear pela autoridade funcional relativa e dividida traz como consequência uma enorme dificuldade dos órgãos ou cargos superiores em controlar o funcionamento dos órgãos ou cargos inferiores. A exigência de obediência e a imposição de disciplina, aspectos típicos da organização linear, não constituem o ponto forte da organização funcional; • Subordinação múltipla. A organização funcional traz problemas quanto à delimitação das responsabilidades. Como cada subordinado se reporta fun- cionalmente a muitos superiores, cada qual especialista em uma determina- da função e, como existem funções que se sobrepõem, há sempre o perigo do subordinado procurar a orientação do especialista menos indicado para o O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 31 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá problema. Nem sempre os órgãos ou cargos sabem exatamente a quem re- correr para resolver determinados assuntos ou problemas. Isso leva à perda de tempo e a confusões imprevisíveis; • Tendência à concorrência entre os especialistas. Como os diversos ór- gãos ou cargos são especializados em determinadas atividades, sua tendên- cia é impor à organização o seu ponto de vista e a sua abordagem. Isso leva a uma perda da visão de conjunto da organização e a uma tendência de defender o seu ponto de vistaem detrimento dos pontos de vista dos outros especialistas. Não é de se estranhar que exista forte tendência para a com- petição e concorrência entre os especialistas, trazendo distorções danosas à organização; • Tendência à tensão e conflitos dentro da organização. A competição e a concorrência, aliadas à perda da visão de conjunto da organização, levam à divergência à multiplicidade de objetivos, que podem se antagonizar, criando tensões e conflitos entre os especialistas. Apesar de trabalharem juntos, eles podem se sentir adversários, defendendo posições antagônicas e contrárias, tornando-se presas de ressentimentos e de frustrações. Daí a animosidade, os sentimentos de oposição e a resistência à cooperação. A organização funcional pode ser aplicável aos seguintes casos: • quando a organização, por ser pequena, tem uma equipe de especialistas bem entrosados, reportando-se a um dirigente eficaz e orientada para obje- tivos comuns muito bem definidos e colocados; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 32 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá • quando, em determinadas circunstâncias e tão somente, a organização dele- ga, durante um certo período, autoridade funcional a algum órgão especiali- zado sobre os demais órgãos, a fim de implantar alguma rotina ou procedi- mento ou a fim de avaliar e controlar alguma atividade. Questão 9 Uma das desvantagens da organização funcional é que ela exagera na função de chefia e de comando. Errado. Na organização funcional a autoridade é relativa e baseada na especialização. É uma autoridade do conhecimento. Nada tem de linear, hierárquica ou de comando. Cada subordinado reporta-se a muitos superiores, simultaneamente, porém reporta-se a cada um deles somente nos assuntos da especialidade de cada um. Nenhum superior tem autoridade total sobre os subordinados, mas autoridade parcial e relativa, decorrente da sua especialidade. 4.2.3. Organização Divisional A organização divisional proporciona a diversificação de produtos, tecnolo- gias e mercados, visando à eficácia, e não exatamente à eficiência. Assim, todos os recursos e tarefas necessários à produção são alocados em unidades ou divisões, de acordo com o foco principal, que podem ser, por exemplo, produtos, mercados ou clientes. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 33 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá É a estrutura caracterizada pela criação de unidades que operam com relativa autonomia, inclusive no que diz respeito à apuração de lucros ou prejuízos, deno- minadas centro de resultados. Em suma, descentralizam-se as operações, mas são mantidos centralizados o controle e a coordenação. São exemplos dessa estrutura a departamentalização por produtos ou serviços, a departamentalização por região geográfica, a departamentalização por processo ou projeto e, ainda, a departa- mentalização por clientes. Percebemos que é com essa estrutura que se origina o processo de descentrali- zação. Essa estrutura foi desenhada inicialmente por Alfred P. Sloan. Vamos ver um pouco da sua origem, conforme descreve Chiavenato (2002)10. Segundo o autor, um caso clássico de descentralização – e um dos exemplos mais bem-sucedidos – é o da General Motors Corporation, no tempo em que Alfred Sloan Jr. foi seu presidente (1921-1955). Ao contrário da Ford – que começara como uma pequena indústria individual e centralizada – a GM foi criada em 1910 por William C. Durant como uma organiza- ção composta de pequenos empreendimentos adquiridos com seus antigos proprie- tários, que controlavam os seus respectivos negócios. Ao assumir a presidência da companhia, em 1921, a GM estava tentando man- ter-se de pé, enquanto a Ford, com seu “modelo T”, deslanchava e deixava todo mundo para trás. Sloan adotou uma solução que era a antítese da organização centralizada e autoritária de Ford. Substituiu os antigos donos por gerentes pro- fissionais e implantou um programa de organização descentralizada com múltiplas divisões (Chevrolet, Pontiac, Buick, Oldsmobile, Frigidaire), todas elas tratadas como iguais. A meta era oferecer um carro diferente para cada bolso e para cada tipo de consumidor. 10 CHIAVENATO, I. Recursos humanos. Edição compacta. São Paulo: Atlas, 2002. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 34 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá Sloan conseguiu levar a GM à posição de primeira indústria automobilística ame- ricana nos seus primeiros cinco anos. A filosofia de descentralização da GM é cha- mada por Drucker de “ensaio de federalismo”. Foram criadas mais de 30 divisões, subdivididas em grupos. No fundo, Sloan partiu do que Ford havia conseguido no chão de fábrica e procurou aplicar esses resultados aos gerentes e à organização como um todo. Substituiu o velho sistema burocrático e centralizado da antiga GM por outro baseado em divisões com autoridade e operações descentralizadas aliadas a um controle coordenado e centralizado na matriz. A ideia era oferecer diversidade de modelos de carros a todo tipo de cliente ou mercado. Em síntese, Sloan procurava fazer com que cada divisão tomasse suas próprias decisões dentro das bases da diretriz geral da corporação. Com isso, fortalecia a alta administração, permitindo-lhe concentrar-se nas ta- refas mais importantes da organização, ao mesmo tempo em que concedia certo grau de liberdade para as divisões operacionais. Sloan partiu do pressuposto de que uma liderança ditatorial em uma grande indústria causa profundos problemas para o moral interno do negócio. Era o oposto do estilo autocrático e centralizador exercido por Henry Ford nos seus últimos anos de gestão. Questão 10 Entre os diferentes tipos de estrutura organizacional, aquela inspirada em Alfred Sloan e cujo exemplo mais emblemático é a aplicação, nos anos 1950, na General Motors, corresponde à estrutura Divisional, caracterizada pela criação de órgãos que operam com relativa autonomia, denominados centro de resultados. 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Vejamos, agora, quais as vantagens e desvantagens dessa estrutura, segundo Daft (2010)11: • Vantagens: − adequadapara ambientes instáveis, que exigem mudanças rápidas; − permite foco no cliente, por mostrar compromisso com produtos e contato; − permite alta coordenação intradivisional; − facilita a diferenciação em produtos, regiões e clientes; − melhor se aplicada em grandes organizações, com portfólio variado; − descentraliza as decisões; • Desvantagens: − reduz ou minimiza a economia de escala em departamentos funcionais; − reduz a coordenação interdivisional; − reduz ganhos de desenvolvimento de competências e especialização técnica; − dificulta a integração e a padronização entre linhas de produtos. 11 DAFT, R. L. Administração: tradução da 2ª edição norte americana. São Paulo: Cengage Learning, 2010. 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Organização Matricial A organização matricial é um tipo específico de estrutura organizacional que procura reunir as vantagens das estruturas funcionais e das estruturas divisiona- lizadas (multidimensionalidade). Para isso, com a divisão da organização por pro- jetos, grupos de clientes ou unidades de produção, são designados os chamados chefes de projeto. Para cada um dos projetos são também designados especialistas provenientes das diversas áreas funcionais, cada um deles coordenado pelo chefe de projeto em que está integrado e pelo responsável da área funcional a que pertence (existência de duas linhas de comando). Essa estrutura possui duração limitada à duração de seus projetos, mas seus órgãos de apoio são de natureza permanente. 12 SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: Teoria e Prática no Contexto Brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 37 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá Questão 11 A organização matricial é aquela composta de duas relações de su- bordinação, em que alguns administradores se reportam a dois superiores, um funcional e outro divisional. Certo. A organização matricial é a combinação de formas de departamentalização funcio- nal e de produto ou projeto na mesma estrutura organizacional. Trata-se de uma estrutura mista, em forma de dupla entrada: a organização funcional é verticaliza- da e a organização por produtos ou projeto horizontalizada, ambas se superpondo. 4.2.5. Organização Linha-staff A organização linha-staff (também denominada de organização hierárquica consultiva) é o resultado da combinação dos tipos de organização linear e fun- cional, buscando incrementar as vantagens desses dois tipos de organização e reduzir as suas desvantagens. Também é chamada de organização do tipo hierár- quico-consultivo. Dentre os diversos conceitos que se incluem na escolha de critérios para se es- tabelecer essa estrutura organizacional, temos os que definem os órgãos de linha e os órgãos de staff. Órgãos de linha são os órgãos que aparecem na hierarquia organizacional, no organograma, e que são os responsáveis pelo cumprimento operacional dos objeti- vos da organização. Em suma, compõe-se de cargos que “põem a mão na massa”! O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 38 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá Órgãos de staff, por sua vez, são órgãos de assessoria e aconselhamento. Em suma, staff é “quem dá suporte, mas não suja a mão”! Por exemplo, os gerentes de linha estão envolvidos mais diretamente com as pessoas: possuem responsabilidades, dentre outras, pela produção, pelo treina- mento, pelo desempenho e pela satisfação dos subordinados. No entanto, para que tudo isso tenha um retorno efetivo, os órgãos de staff devem estar à disposição desses gerentes, assessorando e propondo a melhor maneira de realização. Assim, na organização linha-staff coexistem órgãos de linha (órgãos de execu- ção) e de assessoria (órgãos de apoio e de consultoria) mantendo relações entre si. Os órgãos de linha caracterizam-se pela autoridade linear e pelo princípio escalar, enquanto os órgãos de staff prestam assessoria e serviços especializados. A organização linha-staff apresenta as seguintes características: • Fusão da estrutura linear com a estrutura funcional, com predomínio da primeira. Cada órgão se reporta a um e apenas um órgão superior: é o princípio da autoridade única ou unidade de comando típica da organização linear. Porém, cada órgão recebe também assessoria e serviços especializa- dos de diversos órgãos de staff. Existe sempre autoridade linear de um órgão (seja de linha ou de staff) sobre seus subordinados. Existe também autorida- de funcional de um órgão de staff em relação aos demais órgãos da organi- zação sobre assuntos de sua especialidade; • Coexistência entre as linhas formais de comunicação com as linhas diretas de comunicação. Na organização linha-staff existem linhas formais de comunicação entre superiores e subordinados que representam a hierar- quia. Existem também linhas diretas de comunicação que ligam os órgãos e o staff e representam a oferta de assessoria e serviços especializados; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 39 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá • Separação entre órgãos operacionais (executivos) e órgãos de apoio e suporte (assessores). Os chefes de linha ficam livres para concentrar sua atenção na execução do trabalho e nos regulamentos formulados pelo sta- ff. A autoridade e a responsabilidade dos membros do staff são de natureza aconselhadora e não diminuem a autoridade e a responsabilidade dos chefes de linha. No entanto, são os chefes de linha que detêm a completa autoridade e responsabilidade pela execução dos planos; • Hierarquia versus especialização. Apesar do convívio entre característi- cas lineares e funcionais, há forte predominância dos aspectos lineares na organização linha-staff. A organização linha-staff mantém o princípio da hie- rarquia (cadeia escalar), ou seja, a nivelação dos graus de autoridade linear, sem abrir mão da especialização. A hierarquia (linha) assegura o comando e a disciplina, enquanto a especialização(staff) fornece os serviços de consul- toria e de assessoria. Reúnem-se em um só tipo de organização a autoridade hierárquica e a autoridade do conhecimento. A organização linha-staff apresenta várias vantagens, a saber: • Assegura assessoria especializada e inovadora, mantendo o princípio de autoridade única. Os órgãos de staff proporcionam serviços especializa- dos, fator importante em uma era de especialização e competição. Como os especialistas de staff não podem interferir na autoridade dos órgãos aos quais prestam serviços e assessoram, a estrutura linha-staff tem a vantagem de oferecer uma área de assessoria e prestação de serviços, com predomínio da estrutura linear e conservando o princípio da autoridade única. Em resumo, os especialistas prestam serviços, mas os serviços que oferecem são apenas O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 40 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá recomendados e não precisam ser aceitos. A linha pode adotá-los à sua manei- ra. Assim, o staff alivia a linha das tarefas acessórias e especializadas permi- tindo-lhe concentrar-se sobre suas principais atividades e responsabilidades; • Atividade conjunta e coordenada dos órgãos de linha e órgãos de staff. Os órgãos de linha responsabilizam-se pela execução das atividades básicas da organização (como produzir e vender), enquanto os órgãos de staff res- ponsabilizam-se pela execução de serviços especializados (como financiar, comprar, gerir recursos humanos, planejar e controlar etc.). A organização linha-staff apresenta desvantagens, a saber: • Existência de conflitos entre órgãos de linha e de staff. Como o asses- sor de staff não tem autoridade linear sobre os executores e como o gerente de linha não tem tempo nem preparo profissional para se especializar, os con- flitos entre linha e staff caracterizam-se por: – O assessor de staff é um técnico com preparo profissional, enquanto o ho- mem de linha é um homem de prática, promovido pela experiência e pelos conhecimentos adquiridos no trabalho. Um lida com o conhecimento; o outro com a experiência imediata; – O assessor tem melhor formação escolar, mas menor experiência. O ho- mem de linha subiu na hierarquia com a experiência adquirida ao longo dos anos. A diferença de formação e de idade predispõe a uma rejeição das ideias do staff pelo pessoal de linha; – O pessoal de linha pode acreditar que os assessores pretendem roubar-lhes parcelas cada vez maiores de autoridade, a fim de aumentarem seu pres- tígio e posição. Ao planejar e recomendar, o assessor não assume respon- O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para ENOQUE RODRIGUES DE ALMEIDA JUNIOR - 11419986708, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.grancursosonline.com.br https://www.grancursosonline.com.br 41 de 241www.grancursosonline.com.br ADMINISTRAÇÃO GERAL E PÚBLICA Organização Formal e Informal Prof. Adriel Sá sabilidade pelos resultados dos planos que apresenta. A situação é propícia ao conflito porque, a qualquer dificuldade, o assessor pode assegurar que seu plano falhou por inépcia do pessoal de linha na execução, enquanto o pessoal de linha pode argumentar que o plano era impraticável e teórico; – A assessoria representa custos elevados para a empresa, na forma de des- pesas operacionais e salários dos especialistas. Surge sempre a preocupa- ção do pessoal de linha quanto aos resultados financeiros da contribuição do staff para as operações da empresa. Isso leva os assessores a apre- sentarem trabalho na forma de planos e ideias em quantidade a fim de justificar seu custo. Esse conflito tanto pode ser danoso quando provoca ações negativas ou sabotadoras, como pode ser positivo e útil quando traz competição sadia, desejo de cooperar, ações positivas, troca de ideias e de experiências diferentes; • Dificuldade na obtenção e manutenção do equilíbrio entre linha e staff. A organização linha-staff pode levar a inevitáveis desequilíbrios e distorções. Os especialistas de staff tendem a forçar suas sugestões e tentar impor suas ideias em detrimento do ponto de vista dos órgãos assessorados. Isso pode provocar um enfraquecimento da linha ou a linha dividida de autoridade, tão peculiar à organização do tipo funcional, que pode ser evitada se os espe- cialistas tiverem o seu campo de ação bem definido e delimitado. Se essa delimitação for rígida e exagerada, a organização poderá apresentar baixo rendimento em situações de emergência, seja fortalecendo a ação do staff ou levando-o à passividade e à acomodação. 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Portanto, não se pode falar que a estrutura organizacional do tipo linha-staff é ex- tremamente verticalizada; ela é, em verdade, uma junção entre órgãos de linha (verticais) e órgãos de staff (horizontais). 4.2.6. Organização Comissional ou Colegiada Comissão é um grupo de pessoas a quem se dá um assunto para estudar ou um projeto para ser desenvolvido. O tipo de estrutura de comissão é encontrado nas grandes organizações, nos níveis de alta administração e no setor público, quando da formulação de políticas e orientações como conselhos de assessoramento. A autoridade dada às comissões é tão variada que reina bastante confusão acer- ca de sua natureza. Para alguns, é um tipo distinto de organização de assessoria, não possuindo características de linha. Outros conceituam comissão como um gru- po designado de pessoas para desempenhar um ato administrativo. 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Pode ter autoridade de aconselhamento, como co- missão de assessoria ou ainda pode ser utilizada como meio de coleta e estudo
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