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Auxiliar Contábil - Módulo II

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1 
 
 
 
2 
SUMÁRIO 
 
DEPRECIAÇÃO..............................................................................................................................3 
AMORTIZAÇÃO............................................................................................................................6 
EXAUSTÃO....................................................................................................................................7 
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ................................................................................................8 
AUDITORIA CONTÁBIL..................................................................................................................9 
LIVROS CONTÁBEIS .....................................................................................................................10 
IMPOSTOS ...................................................................................................................................13 
IMPOSTOS FEDERAIS...................................................................................................................14 
IMPOSTOS ESTADUAIS ................................................................................................................16 
IMPOSTOS MUNICIPAIS ...............................................................................................................17 
SIMPLES NACIONAL......................................................................................................................18 
MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL.........................................................................................20 
MICROEMPRESA, EMPRESAS DE PEQUENO, MÉDIO E GRANDE PORTE....................................24 
SPED FISCAL ................................................................................................................................25 
eSOCIAL ......................................................................................................................................26 
 
 
 
 
3 
DEPRECIAÇÃO 
 
Conceito de Depreciação: a depreciação consiste na perda natural do valor dos 
bens. Essa desvalorização ocorre devido ao desgaste natural destes ativos, 
desgaste causado pela ação da natureza ou então causado pelo uso destes bens no 
processo produtivo. 
 
Este conceito afeta a Gestão Patrimonial, 
pois quanto mais depreciado estiver um bem, 
menos imposto é pago sobre ele. A 
depreciação é interessante para a gestão de 
uma empresa, pois a medida que o bem vai 
depreciando, a empresa vai pagando menos 
imposto sobre o mesmo e vai acumulando 
capital que pode ser empregado para compra 
de um novo bem semelhante, propiciando uma oportunidade de perpetuação e 
renovação da atividade da empresa por um período de tempo indeterminado e 
totalmente relevante para um gestão contábil eficiente. 
 
A depreciação pode ser calculada mensalmente, trimestralmente ou anualmente, 
conforme forem as apresentações das demonstrações contábeis da empresa. 
 
Como um exemplo simples de como atua a depreciação temos, por exemplo, os 
veículos e o IPVA. A cada ano o carro perde naturalmente valor de tabela e o IPVA 
pago sobre o mesmo diminui. 
 
Início e término da depreciação 
 
A depreciação de um bem do ativo tem início quando o bem está em condições de 
operar conforme designado pela administração. E o seu término é quando o bem é 
baixado (por não ser mais útil ou quando ele é totalmente depreciado) ou 
transferido/vendido. 
 
Vida útil, período de uso e volume de produção 
 
Os seguintes fatores devem ser considerados ao 
se estimar a vida útil, período de uso e volume de 
produção de um ativo: 
 
a) o uso esperado do ativo, que deve ser avaliado 
com base na capacidade esperada ou na 
produção física do ativo; 
 
b) o desgaste físico esperado, que depende de 
fatores operacionais, tais como o número de 
turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparo e manutenção, 
 
 
4 
inclusive enquanto estiver ocioso; 
 
c) a obsolescência tecnológica resultante de mudanças ou aperfeiçoamentos na 
produção ou mudanças na demanda no mercado pelo produto ou serviço produzido 
pelo ativo; e 
 
d) os limites legais ou semelhantes sobre o uso do ativo, tais como data de 
expiração dos respectivos arrendamentos, permissões de exploração ou 
concessões. 
 
A seguir a tabela com os itens mais comuns a serem depreciados pelas empresas, 
lembrando que há mais bens além dos citados nesta tabela. 
 
 
O método de depreciação deve refletir os benefícios esperados do ativo de acordo 
com seu padrão de consumo. Entre os métodos que podem ser aplicados, 
destacam-se: 
 
 Método Linear: este método considera que o bem será usado de forma 
constante durante toda a sua vida útil, e que não haverá mudança no valor 
residual; 
 
 Método das Unidades Produzidas: este método reduz o valor do bem com 
base na expectativa de produção, ou seja, é estimada a produção de x 
 
 
5 
unidades para determinado bem, quando ele produzir as unidades estimadas 
ele estará depreciado; 
 
 Método dos saldos decrescentes: este método considera que o bem irá 
produzir mais quando for novo, decrescendo seu valor até o final da vida útil. 
 
Sendo o método linear o mais utilizado pelas empresas e também órgãos públicos, 
por ser de fácil aplicação. 
 
A seguir alguns exemplos de cálculos de depreciação linear: 
 
1. Qual o valor da taxa de depreciação linear mensal de um determinado bem 
adquirido no valor de R$ 60.000,00, com uma vida útil de 10 anos? 
Valor do bem 60.000,00 
Vida útil em meses 120 (10 anos x 12 meses) 
60.000,00 / 12 = 500,00 reais por mês. 
 
2. A empresa adquiriu em 1 de janeiro um veículo no valor de 50.000,00. 
Utilizando o método de depreciação linear, informe qual é a depreciação 
acumulada deste veículo no dia 31 de agosto do mesmo ano de aquisição. 
Seguindo a tabela com os percentuais, e vida útil, podemos verificar que o veículo tem vida 
útil de 5 anos e taxa de depreciação de 20% ao ano. 
Então o valor é 50.000,00 
A vida útil em meses é 60 meses (12 x 5) 
50.000,00 / 60 = 833,33 por mês x 8 meses = 6.666,64 é a depreciação acumulada. 
 
Outra forma de fazer este cálculo é : 
50.000,00 x 20% = 10.000,00 de depreciação por ano 
10.000,00 / 12 meses = 833,33 ao mês 
833,33 x 8 meses = 6.666,64 é a depreciação acumulada do bem durante o período de 8 
meses. 
 
Obs.: tratamos como depreciação acumulada, por se tratar mais de mais de um mês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alini
Typewriter
0
 
 
6 
 
AMORTIZAÇÃO 
 
Amortização é a perda de valor de bens intangíveis do Ativo Permanente, cujos 
prazos de utilização ou existência são limitados por determinação contratual ou 
legal. 
 
Além do Ativo Permanente, também há 
amortização do Ativo Diferido. Para a aplicação 
da amortização no imobilizado, devem ser 
observadas duas características básicas e 
cumulativas: 
 
 Prazo de duração limitado; 
 Inexistência de indenização. 
 
Exemplificando: se alugamos um imóvel e fazemos benfeitorias nesse imóvel só 
podemos utilizar a amortização se: 
 
 O contrato de locação for por prazo determinado; 
 Não haja direito à indenização das benfeitorias edificadas. 
 
Neste caso, se o contrato for feito por tempo indeterminado, utilizaremos a 
depreciação, se o contrato prever o ressarcimento do valor das benfeitorias não há 
nem amortização e nem depreciação. 
 
Bens sujeitos a amortização: 
 Patentes de invenção; 
 Fórmulas e processos de fabricação; 
 Direitos autorais; 
 Licenças; 
 Autorizações e concessões 
 Direitos sobre bens que, nos termos da lei ou contrato que regule a 
concessão de serviço público, devem reverter ao poder concedente, ao fim do 
prazo de concessão, sem indenização; 
 Custo de aquisição, prorrogação ou modificação de contratos e direitos de 
qualquer natureza, inclusive exploração de fundo de comércio; 
 Custo das construções ou benfeitorias em bens locados ou arrendados, ou 
em bens de terceiros, quando nãohouver direito ao recebimento de seu valor 
em restituição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
A taxa de amortização do imobilizado é em função do 
tempo de utilização do bem intangível, podendo tal tempo: 
 
 Ser estabelecido em lei que regule os direitos sobre 
o bem; 
 Ser fixado no contrato de aquisição do bem; 
 Ser proveniente da natureza do bem de existência 
limitada. 
 
Para o cálculo da amortização, aplica-se a taxa de 
amortização sobre a base de cálculo, sendo esta o custo 
de aquisição do bem amortizável, mas posteriores 
acréscimos. 
 
A seguir os tipos de amortização: 
 
 Sistema de Amortização Constante (SAC): a amortização da dívida é 
constante e igual em cada período. (Esta é a mais utilizada) 
 
 Sistema Price ou Francês (PRICE): os pagamentos são todos iguais, ou seja, 
as prestações tem sempre o mesmo valor. 
 
 Sistema de Amortização Misto (SAM): os pagamentos são as médias dos 
sistemas SAC e PRICE. 
 
 Sistema Alemão: os juros são pagos antecipadamente com prestações iguais, 
exceto o primeiro pagamento que corresponde aos juros cobrados no 
momento da operação. 
 
EXAUSTÃO 
 
O conceito de exaustão é a redução do valor de investimentos necessários à 
exploração de recursos minerais ou florestais. 
 
Dessa forma a diminuição de recursos minerais resultante da sua exploração deverá 
ser computada como custo ou encargo. A forma de cálculo e determinação da 
exaustão é semelhante ao cálculo da depreciação acumulada. 
 
A base de cálculo da quota anual de exaustão é o custo de aquisição dos recursos 
minerais explorados. A exaustão deve ser reconhecida até que o valor residual do 
ativo seja igual ao seu valor contábil. 
 
O valor da exaustão anual será determinado com base no volume da produção do 
ano e também a sua relação com a “possança” conhecida da mina, ou então em 
 
 
8 
função do prazo de concessão para a sua exploração. 
Existem dois critérios para o cálculo da quota de exaustão de recursos, são eles: 
 
 Com base na relação existente entre a extração efetuada e no respectivo 
período de apuração com a “possança” conhecida da mina (possança: 
quantidade estimada de minérios da jazida). 
 Com base no prazo de concessão para exploração da jazida. 
 
O critério a ser observado será aquele que proporcionar o mais percentual de 
exaustão no período. Portando à medida que os recursos minerais vão de 
exaurindo, é realizado o registro na contabilidade, simetricamente em relação a 
quantidade estimada de minérios da jazida, sendo esta a quota de exaustão. 
 
A seguir um exemplo de cálculo de exaustão: 
 
Valor contábil da jazida: R$ 30.000,00 
Exaustão acumulada: 6.000,00 
Possança conhecida da Jazida: 5.000 toneladas 
Produção do período: 750 toneladas 
Prazo para término da concessão: 8 anos 
 
Calcule o encargo de exaustão a ser apropriado como custo do período: 
 
a) Relação entre a produção no período e a possança (quantidade estimada de 
minérios) conhecida da mina: 
 
750 toneladas x 100 / 5.000 = 15% 
30.000,00 x 15% = 4.500,00 
 
 
b) Prazo para término da concessão: 
 100/8 = 12,5% 
30.000,00 x 12,5% = 3.750,00 
 
No exemplo acima o prazo dado para o término da concessão é de 8 anos, então o 
encargo a ser contabilizado será no valor de R$ 4.500,00, pois a jazida estará 
exaurida antes do término do prazo de concessão, ou seja, já não terá mais o que 
retirar da mina no prazo de 8 anos. 
 
E na contabilidade o lançamento seria o seguinte: 
 
Débito- Exaustões de Recursos Minerais (Conta de Resultado) 
Crédito- Exaustão Acumulada – Mina xxxx (Imobilizado – Permanente) 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
DEMONSTAÇÕES FINANCEIRAS 
A norma internacional de contabilidade IAS1 define as demonstrações financeiras 
como uma representação estruturada da posição financeira e do desempenho 
financeiro de uma determinada entidade. 
O objetivo das demonstrações financeiras é o de proporcionar informação viável 
acerca da posição financeira, do desempenho financeiro e dos fluxos de caixa de 
uma determinada entidade, que seja útil para 
os usuários das informações e nas respectivas 
tomadas de decisões econômicas, permitindo, 
simultaneamente, mostrar os resultados da 
gestão por parte dos gerentes dos recursos 
que lhes foram confiados e colocados à 
disposição. 
Para satisfazer estes objetivos, as 
demonstrações financeiras proporcionam 
informação acerca dos ativos, passivos, capital 
próprio, rendimentos, gastos e outras 
alterações do capital próprio e ainda acerca 
dos fluxos de caixa. Estas informações, contidas em mapas como o balanço, a 
demonstração de resultados, a demonstração de alterações no capital próprio e a 
demonstração de fluxos de caixa, juntamente com informação contida nas notas, 
ajudam os usuários das demonstrações financeiras a prever os futuros fluxos de 
caixa da entidade e a sua tempestividade e grau de incerteza. 
 
 
AUDITORIA CONTÁBIL 
Auditoria é uma revisão das demonstrações financeiras, sistema financeiro, 
registros, transações e operações de uma entidade ou de um projeto, efetuada por 
contadores, com a finalidade de assegurar a fidelidade dos registros e proporcionar 
credibilidade às demonstrações financeiras e outros relatórios da administração. 
A auditoria também identifica deficiências no sistema de controle interno e no 
sistema financeiro e apresenta recomendações para melhorá-los. As auditorias 
podem diferir substancialmente, dependendo de seus objetivos, das atividades para 
os quais se utilizam as auditorias e dos relatórios que se espera receber dos 
auditores. Em geral, as auditorias podem ser classificadas em três grupos: 
1. Auditoria financeira; 
2. Auditoria de cumprimento; 
 
 
10 
3. Auditoria operacional; 
Na auditoria financeira, há interesse na 
auditoria das demonstrações financeiras 
da entidade como um todo. O objetivo 
geral de uma auditoria das 
demonstrações financeiras é fazer com 
que o auditor expresse uma opinião sobre 
se as demonstrações financeiras estão 
razoavelmente apresentadas de acordo 
com os princípios de contabilidade geralmente aceitos. 
A auditoria de cumprimento e a auditoria operacional têm objetivos específicos e 
podem ou não estar relacionadas à contabilidade de uma entidade. Normalmente, a 
contabilidade é base destes exames. Daí sua importância para diferentes usuários e 
objetivos. A auditoria de cumprimento engloba a revisão, comprovação e avaliação 
dos controles e procedimentos operacionais de uma entidade. 
A auditoria operacional é um exame mais amplo da administração, recursos técnicos 
e desempenho de uma organização. O propósito desta auditoria é medir o grau em 
que as atividades da entidade estão alcançando seus objetivos. 
 
LIVROS CONTÁBEIS 
Além do livro diário e livro razão existem outros livros que são utilizados na empresa. 
Os livros de escrituração têm várias finalidades, uns servem para registrar as 
compras, outros para registrar as vendas, controlar os estoques, os lucros ou 
prejuízos fiscais, há livros onde são registrados os empregados e outros em que se 
registram atas das Assembleias. Enfim, podemos dividir os livros em três grupos: 
livros fiscais, livros contábeis e livros sociais. 
Livros fiscais são os exigidos pelo fisco Federal, Estadual ou Municipal. Os mais 
comuns são: 
1. Registro de Entradas 
2. Registro de Saídas 
3. Registro de Impressão de Documentos Fiscais 
4. Registro de Inventário 
5. Registro de Apuração de IPI 
6. Registro de Apuração de ICMS 
7. Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR 
 
 
11 
8. Livro de Movimentação de Combustíveis – LMC 
Livros contábeis são aqueles utilizados pelo setor de Contabilidade. Destinam-se à 
escrituração contábil dos atos e dos fatos administrativos que ocorrem na empresa. 
Segundo o Código Comercial Brasileiro, todos os comerciantes estão obrigados a 
seguir uma ordem uniforme de contabilidade e escrituração e a manter os livros 
necessários para esse fim. 
Deverão, ainda, conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondênciase 
demais papéis pertencentes ao giro de seu comércio, enquanto não prescreverem 
as ações que lhes possam ser relativas. Os principais livros utilizados pela 
Contabilidade são: 
 
 Livro Diário 
 Livro Razão 
 Registro de Duplicatas 
 Livro Caixa 
 Livro Conta-correntes 
O uso do livro diário é obrigatório, pois ele constitui o registro básico de toda a 
escrituração contábil, no qual devem ser lançados, dia a dia, todos os atos ou 
operações da atividade, ou que modifiquem ou possam a vir a modificar a situação 
patrimonial da pessoa jurídica, observado o seguinte: 
I. Esse livro deve se encadernado com folhas numeradas seguidamente, 
conter, respectivamente, termos de abertura e de encerramento e ser 
autenticado pelo órgão competente. 
II. Os lançamentos nesse livro poderão ser efetuados diretamente ou por 
reprodução, ou por meio de processamento eletrônico de dados. 
III. É admitida a escrituração resumida do diário, por totais que não excedam 
o período de um mês, relativamente a contas cujas operações sejam 
numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que 
sejam utilizados livros auxiliares (devidamente autenticados na forma 
prevista para o diário) para registro individualizado e conservados os 
documentos que permitam sua perfeita verificação. 
Nos lançamentos resumidos do diário devem ter referências às páginas dos livros 
auxiliares em que as operações estiverem registradas de forma individualizada. 
Já o livro razão a pessoa jurídica deverá manter, em boa ordem e segundo as 
normas contábeis recomendadas, livro Razão ou fichas utilizados para resumir ou 
totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no diário, devendo a sua 
escrituração ser individualizada e obedecer à ordem cronológica das operações. 
 
 
12 
O livro Registro de Duplicatas é de escrituração obrigatória caso a empresa realize 
vendas a prazo com emissão de duplicatas, podendo, desde que devidamente 
autenticado no Registro do Comércio, ser utilizado como livro auxiliar da escrituração 
mercantil. 
Caixa e Conta-Correntes também conhecidos como livros auxiliares, que também 
podem se escriturados em fichas, são dispensados de autenticação quando as 
operações a que se reportarem tiverem sido lançadas, pormenorizadamente, em 
livros devidamente registrados. 
Na escrituração contábil, é permitido o uso de códigos de números ou de 
abreviaturas, desde que estes constem de livro próprio, revestido das formalidades 
de registro e autenticação (parágrafo 1o. do art. 269 do RIR/99). 
Esse livro pode ser o próprio livro Diário, que deverá conter, necessariamente, no 
encerramento do período-base, a transcrição das demonstrações contábeis. Ou o 
livro utilizado para registro do plano de contas e/ou históricos codificados, desde que 
revestidos das formalidades legais (registro e autenticação). 
Livros sociais são os livros exigidos pela Lei das Sociedades por Ações (Lei 
nº6.404/76). A Companhia deve ter os seguintes livros, além daqueles obrigatórios 
para qualquer comerciante, revestidos das mesmas formalidades legais: 
 
 
 
13 
IMPOSTOS 
Impostos são valores pagos, realizados 
em moeda nacional por pessoas físicas 
e jurídicas. O valor arrecadado serve 
para custear os gastos públicos. 
Os impostos incidem sobre a renda 
(salários, lucros, ganhos de capital) e 
sobre o patrimônio (terrenos, casas, 
entre outros) das pessoas físicas e 
jurídicas. 
Os impostos podem ser divididos em 
impostos diretos e indiretos. Os impostos diretos são aqueles que incidem 
diretamente sobre o agente pagador do imposto, já os impostos indiretos são os 
impostos que incidem sobre o preço da mercadoria. 
O imposto é uma quantia em dinheiro, calculada em moeda oficial do país e 
geralmente baseada em percentuais sobre um fato gerador. Esse fato gerador pode 
ser patrimonial, renda ou consumo. 
Patrimonial: neste caso os impostos irão ser cobrados sobre determinado 
patrimônio, como é o caso do IPTU (imóveis), IPVA (veículos) e ITR (propriedades 
rurais). 
Renda: neste caso o imposto é calculado considerando a rende de uma pessoa, 
seja ela física ou jurídica durante determinado período. Neste contexto seria o IRPJ 
(imposto de renda pessoa jurídica) e o IRPF (imposto de renda pessoa física). 
Consumo: os impostos podem ser cobrados de forma indireta, ou seja, quando uma 
pessoa adquire um produto ou um serviço, ela já está pagando o imposto que está 
incluso no valor da compra. Isso pode-se ter como exemplo o ICMS, IPI e o ISS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
IMPOSTOS FEDERAIS 
Os impostos federais são aqueles destinados à união ou governo federal. São eles: 
II – Imposto sobre Importação. O imposto sobre a importação de produtos 
estrangeiros incide sobre a importação de mercadorias estrangeiras e sobre a 
bagagem de viajante procedente do exterior. No caso de 
mercadorias estrangeiras a base de cálculo é o valor 
aduaneiro e a alíquota está indicada na Tarifa Externa 
Comum (TEC). Já no caso da bagagem, a base de cálculo é o 
valor dos bens que ultrapassem a cota de isenção e a 
alíquota é de 50%. 
IOF – Imposto sobre Operações Financeiras. Incide sobre 
empréstimos, financiamentos e outras operações 
financeiras, e também sobre ações. O fator gerador 
do IOF é a entrega do montante ou do valor que 
constitua o objeto da obrigação, ou que coloque a 
disposição do interessado. O IOF incide sobre 
operações de crédito realizadas por instituições 
financeiras, empresas, e pessoas físicas (operação de câmbio, operações de 
seguros, entre outros). 
 
IPI – Imposto sobre Produto Industrializado. Cobrado das indústrias. O IPI tem dois 
fatos geradores que são a importação (desembaraço aduaneiro) e a operação 
interna (saída do produto da indústria). São obrigados o pagamento do IPI o 
importador, o industrial, o estabelecimento equiparado ao industrial e 
aos consumidores. 
 
IRPF – Imposto de Renda Pessoa Física. Incide sobre a renda do cidadão. O 
imposto de renda pago pelo trabalhador é denominado Imposto de Renda sobre 
Pessoa Física e a declaração anual comprovativa dos rendimentos é denominada 
DIRPF (Declaração de Ajuste Anual). A 
apresentação dessa declaração é obrigatória a 
todos os trabalhadores que possuem 
rendimento superior ao valor mínimo definido 
pelo governo, lembrando que este valor varia 
anualmente conforme a tabela do IRPJ e as 
alíquotas variam de 7,5% até 27,5%. 
 
 
 
15 
IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica. Incide sobre o lucro 
das empresas. O IRPJ incide sobre pessoas jurídicas não imunes 
sobre seu lucro real após as adições ou exclusões efetuadas 
sobre os lançamentos constantes do Lalur (Livro de Apuração do 
Lucro Real), ou então sobre o faturamento/ receita bruta, caso a 
empresa tenha optado pelo pagamento do Imposto de Renda pelo 
Lucro Presumido, cujo percentual de presunção oscila entre 1,6% 
a 32% conforme o tipo de atividade da empresa. Já para empresas do lucro real a 
alíquota é de 15% com acréscimo de 10% sobre o valor que exceder R$ 20.000,00 
por mês. 
 
ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial 
Rural. Incide sobre os imóveis localizados fora 
das áreas urbanas dos municípios. A alíquota é 
maior para propriedades de maior área e baixo 
grau de utilização, de modo a desestimular os 
grandes latifundiários improdutivos. 
 
Cide – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico. Incide sobre petróleo e 
gás natural e seus derivados, e sobre álcool combustível. Sua alíquota é de 10%. 
Tem por função estimular o desenvolvimento tecnológico 
do país, por meio de programas de pesquisas científicas 
e tecnológicas com universidades, empresas, centros de 
pesquisas e o setor produtivo. Sua incidência ocorre 
sobre o fornecimento de tecnologia, prestação de 
serviços de assistência técnica, cessão e licença de uso 
de marcas e de exploração de patentes. 
 
Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. Cobrado das 
empresas. O Cofins é obrigatório a todas as 
empresas comexceção as empresas de 
pequeno porte e microempresas que se 
encaixam no regime do Simples Nacional, sua 
alíquota varia de 3% até 7,6% dependendo de 
sua modalidade cumulativa (lucro presumido) ou não (lucro real). 
 
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Foi criada para que todas as 
empresas e as equiparadas pela legislação do imposto de 
renda possam apoiar financeiramente a seguridade social. Sua 
alíquota é variável de acordo com o regime de tributação, 
variando de 9% até 32%. 
 
 
16 
 
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Percentual 
do salário de cada trabalhador com carteira assinada 
depositado pela empresa. É um depósito mensal, referente a 
um percentual de 8% do salário do empregado, que o 
empregador fica obrigado a depositar em uma conta bancária 
no nome do empregado que deve ser aberta na Caixa Econômica Federal. 
 
INSS – Instituto Nacional do Seguro Social. Percentual do salário de cada 
empregado cobrado da empresa e do trabalhador para assistência à saúde. O valor 
da contribuição varia segundo o ramo de atuação. Os funcionários 
tem o valor do INSS descontados diretamente na sua folha de 
pagamento, e os valores a serem descontados vão depender do 
salário de cada um, e podem variar de 8% a 11%, quanto maior o 
salário, maior é o desconto. 
 
PIS/Pasep – Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do 
Servidor Público. Cobrado das empresas. O PIS PASEP tem 
o objetivo de financiar o pagamento do seguro-desemprego, 
abono e participação na receita dos órgãos e entidades, 
tanto para os trabalhadores de empresas públicas, como 
privadas. O PIS PASEP é também uma espécie de 
segurança do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de 
Serviço). 
 
IMPOSTOS ESTADUAIS 
 
Os impostos estaduais são aqueles destinados aos governos dos estados. São eles: 
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias. Incide também sobre o transporte 
interestadual e intermunicipal e telefonia. Todas as etapas de circulação de 
mercadorias e em toda prestação de serviço estão sujeitas 
ao ICMS, devendo haver emissão da nota fiscal. Em 
alguns estados, o ICMS é a maior fonte de recursos 
financeiros. E a tabela da alíquota é variável de estado 
para estado. 
 
 
 
17 
PVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores. O único objetivo do 
IPVA é arrecadar dinheiro, e esse imposto é cobrado apenas de veículos que 
circulam em terra, ou seja, não compreende nenhum outro tipo, como barcos, 
lanchas, e etc. O IPVA é cobrado 
anualmente, e não tem relação nenhuma 
com a situação das estradas, ou das ruas, 
ele é apenas de uso fiscal. Sua alíquota 
varia de estado para estado. Sendo que 
São Paulo é o estado cuja alíquota é a mais 
alta. O pagamento é anual, pode ser feito 
em cota única ou em três parcelas. 50% do 
valor arrecadado é do governo estadual e o 
restante fica na cidade aonde o veículo está 
registrado. 
 
ITCMD – Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis 
e Doação. Incide sobre herança. Estão 
compreendidos na incidência do imposto os bens 
que, na divisão de patrimônio comum, na partilha ou 
adjudicação, forem atribuídos a um dos cônjuges, a 
um dos conviventes, ou a qualquer herdeiro, acima da 
respectiva meação ou quinhão. Os valores da 
alíquota variam de 1% até 8%. 
 
IMPOSTOS MUNICIPAIS 
Os impostos municipais são aqueles destinados ao governo municipal. São eles: 
IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana. O imposto, de 
competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem 
como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de 
bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na 
lei civil, localizado na zona urbana do Município. O valor 
arrecadado deve ser empregado em melhorias no meio-fio, 
calçamento, canalização e abastecimento de água, sistema de 
esgoto, iluminação pública, escolas, postos de saúde, dentre 
outros. 
 
ISS – Imposto Sobre Serviços. Cobrado das empresas pelos 
serviços prestados. A sua alíquota mínima é de 2% sendo 
variável devido a atividades exercidas e ao valor da receita 
líquida da empresa. 
 
Alini
Typewriter
I
 
 
18 
ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Inter Vivos. Incide 
sobre a mudança de propriedade de imóveis. Sua finalidade é 
fiscal. A alíquota do ITBI é calculada em 2% sobre o valor do 
imóvel, ou seja, das transações realizadas em geral. 
 
SIMPLES NACIONAL 
 
O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado que contempla empresas 
com receita bruta anual de até R$ 3,6 milhões. Ele foi lançado no dia 30 de junho de 
2007 para descomplicar a vida dos micro e pequenos empresários. 
Antes do Simples, empresas de portes menores pagavam impostos federais, 
estaduais e municipais por meio de guias e datas separadas. As alíquotas eram 
também menos favoráveis, por vezes proporcionais às aplicadas a grandes 
empresas. Com a inclusão do Simples Nacional alguns procedimentos entraram na 
vida do pequeno empresário. 
 
Esse regime deu fôlego a milhões de empreendedores de diversos setores. Desde 
2007, mais segmentos foram incorporados à lista de empresas autorizadas a aderir 
ao regime simplificado de tributação. Alguns anos depois, com a criação do MEI 
(Microempreendedor Individual), houve uma nova camada de simplificação para 
formalizar negócios tocados por autônomos, com até um funcionário. 
 
Dentro da Lei Complementar nº 123/06, o Simples também é chamado de Regime 
Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas 
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. 
 
Além da unificação dos tributos, o Simples Nacional também destaca-se como fator 
de desempate para empresas que concorrem a licitações do governo e facilita o 
cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias por parte do contribuinte. 
Para optar pelo Simples Nacional, as microempresas e empresas de pequeno porte 
devem estar isentas de débitos da Dívida Ativa da União ou do Instituto Nacional do 
Seguro Social (INSS). 
 
https://blog.contaazul.com/mei-x-simplesnacional/
https://blog.contaazul.com/mei-x-simplesnacional/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm
 
 
19 
Um elemento incluído no ecossistema das pequenas empresas a partir da criação do 
Simples, o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional) unificou o 
recolhimento de impostos, repassando cada um deles automaticamente para as 
contas do estado, do município e da União. 
O regime Simples Nacional destaca-se pelo recolhimento tributário unificado dos 
impostos do simples: 
 Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); 
 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); 
 Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); 
 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); 
 Contribuição para o PIS/Pasep; 
 Contribuição Patronal Previdenciária (CPP); 
 Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre 
Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de 
Comunicação (ICMS); 
 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). 
A contribuição unificada acontece por meio da emissão do DAS. O valor é calculado 
em sistema informatizado disponível para o contribuinte na página do Simples 
Nacional na internet. A empresa optante pelo simples deve obrigatoriamente utilizar 
o sistema da Receita Federal para realizar o cálculo do valor para obter a impressão 
do documento de arrecadação. O valor pago ao banco é repassado a um sistema 
gerenciado pelo Banco do Brasil que reparte automaticamente o recurso dentro de 
um dia para os entes de destino. 
 
 
 
http://www8.receita.fazenda.gov.br/simplesNacional/
http://www8.receita.fazenda.gov.br/simplesNacional/
 
 
20 
MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL 
O principal objetivo do MEI é conscientizar o trabalhador informal sobre a 
importância de se legalizar e os benefícios da Lei Complementar nº 128, de 19 de 
dezembro de 2008. 
 
O MEI é o pequeno empresário individual que atende ascondições abaixo 
relacionadas: 
a) tenha faturamento limitado a R$ 81.000,00 por ano. 
b) Que não participe como sócio, administrador ou titular de outra empresa; 
c) Contrate no máximo um empregado; 
d) Exerça uma das atividades econômicas previstas no Anexo XIII, da Resolução do 
Comitê Gestor do Simples Nacional de nº 94/2011, o qual relaciona todas as 
atividades permitidas ao MEI. 
 
A formalização é o procedimento que dá vida à empresa, ou seja, é o registro 
empresarial que consiste na regularização da situação da pessoa que exerce 
atividade econômica frente aos órgãos do Governo, como Junta Comercial, Receita 
Federal, Prefeitura e órgãos responsáveis por eventuais licenciamentos, quando 
necessários. A formalização é gratuita e é realizada pelo Portal do Empreendedor. 
Escritórios de Contabilidade que são optantes do Simples Nacional também podem 
realizar a formalização do MEI gratuitamente. 
 
Ao se formalizar, o MEI passa a ter cobertura previdenciária para o si e sua família, 
traduzida nos seguintes benefícios. 
 
 
PARA O EMPREENDEDOR: 
 
a) Aposentadoria por idade: mulher aos 60 anos e homem aos 65, observado a 
carência, que é tempo mínimo de contribuição de 15 anos; 
 
 
21 
 
b) Aposentadoria por invalidez: o MEI tem de contribuir para a Previdência Social por 
no mínimo 12 meses, a contar do primeiro pagamento em dia. 
 
c) Auxílio doença: o MEI tem de contribuir para a Previdência Social por no mínimo 
12 meses, a contar do primeiro pagamento em dia. 
 
d) Salário maternidade: são necessários 10 meses de contribuição, a contar do 
primeiro pagamento em dia. 
 
 
PARA A FAMÍLIA: 
 
a) Pensão por morte: a partir do primeiro pagamento em dia. O pagamento não 
poderá ocorrer após o óbito. 
 
b) Auxílio reclusão: a partir do primeiro 
pagamento em dia. O pagamento não 
poderá ocorrer após a reclusão. 
 
Observação: Se a contribuição do 
Microempreendedor Individual se der com 
base em um salário mínimo, qualquer benefício 
que ele vier a ter direito também se dará com 
base em um salário mínimo. 
Para realizar o pagamento o MEI emite o guia de recolhimento DAS (Documentos de 
Arrecadação do Simples Nacional) do próprio sistema, por meio da internet. O valor 
re arrecadação segue uma tabela atualizada anualmente, cuja classificação na 
tabela é Comércio e Indústria, Serviços e Comércio e Serviços. 
Por meio do registro o MEI passa a ter obrigação de contribuir para o INSS, sendo 
uma contribuição de 5% do valor do salário mínimo, mais R$ 1,00 de ICMS para o 
Estado (se for atividades de indústria, comércio e transporte de cargas interestadual) 
e/ou R$ 5,00 de ISS para o município (se a atividades for de prestação de serviços e 
transporte municipal). 
O grande benefício do MEI é o direito aos benefícios previdenciários, tais como, 
aposentadoria por idade, licença maternidade, auxílio doença, entre outros (após 
estabelecidos os prazos de carência). A contribuição ao INSS sempre é reajustada 
quando houver o aumento do salário mínimo e o benefício previdenciário também é 
aumentado sempre que houver aumento do salário mínimo. 
O vencimento dos impostos (DAS) pagos pelo MEI sempre ocorre no dia 20 de cada 
mês, passando para o dia útil seguinte se incidir em um feriado ou final de semana. 
Ainda em relação a legalização do MEI, após o prazo de 180 dias, não havendo 
manifestação da Prefeitura Municipal quanto à correção do endereço onde está 
estabelecido o MEI e quanto à possibilidade de exercer a atividade empresarial no 
local desejado, o Termo de Ciência e Responsabilidade com Efeito de Alvará de 
 
 
22 
Licença e Funcionamento 
Provisório se converterá 
automaticamente em 
Alvará de Funcionamento 
definitivo. 
O MEI pode contratar até 
01 (um) empregado com 
remuneração de um 
salário mínimo ou piso 
salarial da categoria, que 
pode ser consultada no 
Portal do Empreendedor, 
Não há necessidade de 
ter um contador para a 
contratação de um 
empregado pelo MEI. Se 
preferir, o MEI pode 
utilizar-se do auxílio de 
um profissional da 
contabilidade a fim de 
obter mais detalhes e 
orientação para a 
contratação de um empregado. Os valores podem alterar caso o piso salarial da 
categoria profissional seja superior ao salário-mínimo. Como exemplo, para salário 
igual ao valor do salário mínimo, o custo previdenciário, recolhido em GPS - Guia da 
Previdência Social, é de R$ 96,80 (correspondentes a 11% do salário mínimo 
vigente), sendo R$ 26,40 (3% do salário mínimo) de responsabilidade do 
empregador (MEI) e R$ 70,40 (8% ou conforme tabela de contribuição mensal ao 
INSS) descontado do empregado. A alíquota de 3% a cargo do empregador não se 
altera. 
Além do encargo previdenciário de 3% de responsabilidade do empregador, o MEI 
também deve depositar o FGTS, calculado à alíquota de 8% sobre o salário do 
empregado. Sendo assim, o custo total da contratação de um empregado pelo MEI é 
de 11% sobre o valor total da folha de salários (3% de INSS mais 8% de FGTS). 
Caso tenha um empregado, o MEI deve recolher mensalmente o FGTS com alíquota 
de 8% sobre o valor do salário pago, preencher e entregar a Guia de Recolhimento 
do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP) à Caixa Econômica Federal até 
o dia 7 do mês seguinte àquele em que a remuneração foi paga. Caso não haja 
expediente bancário no dia 7, a entrega deverá ser antecipada para o dia de 
expediente bancário imediatamente anterior. 
 
O MEI que não contratou funcionário durante o ano não é obrigado a apresentar a 
RAIS - Relação Anual de Informações Sociais, conforme previsto no inciso II do 
Artigo 99, da Resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional de nº 94/2011. 
Para cancelar a inscrição como MEI, basta acessar o Portal do Empreendedor e 
http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm
http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual/baixa_mei
 
 
23 
solicitar a baixa do registro. Após realizar a baixa no Portal do Empreendedor, o MEI 
deverá preencher a Declaração Anual para o MEI - DASN-SIMEI de Extinção – 
Encerramento, acessando o Portal do Empreendedor e clicando no link Portal do 
Simples Nacional. 
Com base no artigo 9º da LC nº 123,a baixa do MEI ocorrerá independentemente da 
regularidade de seus obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, 
principais ou acessórias, sem prejuízo de suas responsabilidades por tais 
obrigações. 
 A baixa do registro, sem quitação dos débitos, não impede que posteriormente 
sejam lançados ou cobrados do titular os impostos, contribuições e respectivas 
penalidades decorrentes da simples falta de recolhimento ou da prática comprovada 
e apurada em processo administrativo ou judicial de outras irregularidades 
praticadas. 
Ao ultrapassar o limite de R$ 81.000,00, o MEI passará à condição de 
MICROEMPRESA, tendo duas situações: 
 Se o faturamento foi maior que R$ 81.000,00, porém não ultrapassou R$ 
97.000,00 (menor que 20% de R$ 81.000,00), o MEI deverá recolher os DAS 
na condição de MEI até o mês de dezembro e recolher um DAS 
complementar, pelo excesso de faturamento, no vencimento estipulado para o 
pagamento dos tributos abrangidos no Simples Nacional relativo ao mês de 
janeiro do ano subsequente (em regra geral no dia 20 de fevereiro). Este DAS 
será gerado quando da transmissão da Declaração Anual do MEI (DASN-
SIMEI). 
 
A partir do mês de janeiro, passa a recolher o imposto SIMPLES NACIONAL como 
MICROEMPRESA, com percentuais iniciais de 4%, 4,5% ou 6% sobre o faturamento 
do mês, conforme as atividades econômicas exercidas - Comércio, Indústria e/ou 
Serviços. 
 
 Se o faturamento foi superior a R$ 97.000,00 (maior que 20% de R$ 
81.000,00), e inferior ao limite de opção/permanência no Simples Nacional 
(R$ 4.800.000,00), o MEI passa à condição de MICROEMPRESA (se o 
faturamento foi de até R$ 360.000,00) ou de EMPRESA DE PEQUENO 
PORTE (caso o faturamento seja entre R$ 360.000,00 a R$ 4.800.000,00), 
retroativo ao mês janeiro ou ao mêsda inscrição (formalização), caso o 
excesso da receita bruta tenha ocorrido durante o próprio ano-calendário da 
formalização, passa a recolher os tributos devidos na forma do SIMPLES 
NACIONAL com percentuais iniciais de 4%, 4,5% ou 6% sobre o faturamento, 
conforme as atividades econômicas exercidas - Comércio, Indústria e/ou 
Serviços. 
 
Exemplo: Se ultrapassou os R$ 97.000,00, em julho, e não ultrapassou R$ 
http://www8.receita.fazenda.gov.br/SIMPLESNACIONAL/Servicos/Grupo.aspx?grp=8
http://www8.receita.fazenda.gov.br/SIMPLESNACIONAL/Servicos/Grupo.aspx?grp=8
 
 
24 
360.000,00, passará a condição de Microempresa, retroagindo ao mês de janeiro. 
Nas duas situações acima, o MEI deverá solicitar obrigatoriamente o 
desenquadramento como MEI no Portal do Simples Nacional no site da Receita 
Federal do Brasil. 
 
MICROEMPRESA, EMPRESAS DE PEQUENO, MÉDIO E GRANDE PORTE 
 
Uma microempresa é uma empresa de pequena dimensão. A sua definição varia de 
um país para o outro, ainda que, em geral, se possa dizer que uma microempresa 
conta com um máximo de dez empregados e um faturamento limitado. E também o 
dono (o proprietário) da microempresa costuma contribuir para a mesma com o seu 
próprio trabalho. 
Uma das principais características da microempresa é 
ter um tamanho reduzido, esse tipo de empresas tem 
uma grande importância na vida econômica do país. Em 
especial para os setores mais vulneráveis do ponto de 
vista econômico. 
Isto ocorre, já que a microempresa pode constituir uma 
saída laboral para um desempregado ou para uma dona de casa. A criação de 
peças de artesanato, a gastronomia em pequena escala e a consultoria profissional 
são algumas das atividades mais usuais no desenvolvimento de microempresas. 
Com o tempo, uma microempresa de sucesso pode converter-se numa Empresa de 
Pequeno Porte de maior envergadura. 
Dessa forma a microempresa é a pessoa jurídica que obtém um faturamento bruto 
anual igual ou inferior a R$ 360.000,00. Conforme a Lei Complementar º 123/06, que 
tem por objetivo definir os critérios de enquadramento das empresas no Simples 
Nacional. 
A empresa de pequeno porte, ou EPP tem as mesmas características da 
microempresa, o que altera sua classificação é o valor de sua receita, pois ela obtém 
o faturamento bruto anual superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 
4.800.000,00. 
As empresas de médio e grande porte tem como principal diferencial o número de 
funcionários. Conforme pode-se verificar abaixo: 
 
Nº de colaboradores Nº de colaboradores 
Porte da empresa Indústria Comércio e Serviços 
Micro até 19 até 9 
Pequena de 20 a 99 de 10 a 49 
Média de 100 a 499 de 50 a 99 
Grande mais de 500 mais de 100 
http://www8.receita.fazenda.gov.br/SIMPLESNACIONAL/Servicos/Grupo.aspx?grp=t&area=2
 
 
25 
SPED FISCAL 
 
 
 
 
 
 
A Escrituração Fiscal Digital - EFD é um arquivo digital, que se constitui de um 
conjunto de escriturações de documentos fiscais e de outras informações de 
interesse dos fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal do 
Brasil, bem como de registros de apuração de impostos referentes às operações e 
prestações praticadas pelo contribuinte. 
Este arquivo deverá ser assinado digitalmente e transmitido, via Internet, ao 
ambiente Sped. 
A partir de sua base de dados, a empresa deverá gerar um arquivo digital de acordo 
com leiaute estabelecido em Ato COTEPE, informando todos os documentos fiscais 
e outras informações de interesse dos fiscos federal e estadual, referentes ao 
período de apuração dos impostos ICMS e IPI. Este arquivo deverá ser submetido à 
importação e validação pelo Programa Validador e Assinador (PVA) fornecido pelo 
Sped. 
Como pré-requisito para a instalação do PVA é necessária a instalação da máquina 
virtual do Java. Após a importação, o arquivo poderá ser visualizado pelo próprio 
Programa Validador, com possibilidades de pesquisas de registros ou relatórios do 
sistema. 
Outras funcionalidades do programa: digitação, alteração, assinatura digital da EFD, 
transmissão do arquivo, exclusão de arquivos, geração de cópia de segurança e sua 
restauração. 
Em regra, a periodicidade de apresentação é mensal. A seguir vejamos de 
forma simplificada o Sped em conjunto com o eSocial. 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
eSocial 
 
O eSocial é um projeto do governo federal que vai unificar o envio de informações 
pelo empregador em relação aos seus empregados. 
 
Desde 01/10/2015, está disponível a ferramenta que possibilitará o recolhimento 
unificado dos tributos e do FGTS para os empregadores domésticos: Módulo 
Empregador Doméstico. A ferramenta surge para viabilizar a determinação dada 
pelo texto da Lei Complementar 150, publicada no dia 02/06/2015, que instituiu o 
SIMPLES DOMÉSTICO com as seguintes responsabilidades que serão recolhidas 
em guia única: 
 Imposto sobre a Renda Pessoa Física, se incidente - Trabalhador; 
 8% a 11% de contribuição previdenciária - Trabalhador; 
 8% de contribuição patronal previdenciária - Empregador; 
 0,8% de seguro contra acidentes do trabalho - Empregador; 
 8% de FGTS - Empregador; 
 
 
27 
 3,2% de indenização compensatória (Multa FGTS) - Empregador. 
Para evitar problemas na hora de efetivar o registro do seu trabalhador, o 
empregador poderá utilizar a ferramenta de Consulta Qualificação Cadastral para 
identificar possíveis divergências associadas ao nome, data de nascimento, 
Cadastro de Pessoa Física - CPF e o Número de Identificação Social - NIS 
(PIS/PASEP/NIT/SUS) de seus empregados domésticos. Ao informar os dados 
citados, o sistema indicará onde há divergência e orientará sobre o procedimento 
para acerto. 
 
Em 01/10/2015 serão disponibilizadas as opções de cadastramento do empregador, 
empregado e afastamentos. A partir do dia 26/10/2015 o empregador poderá gerar 
sua folha de pagamento, efetuar demissões e gerar a guia única que consolida os 
recolhimentos tributários e de FGTS. Ressalta-se que para a competência de 
outubro de 2015 o recolhimento deverá ocorrer até o dia 06/11/2015. 
 
Nas rescisões do contrato de trabalho ocorridas até dia 31/10/2015, o empregador 
deverá utilizar guia específica (GRRF WEB) disponibilizada pela Caixa Econômica 
Federal para recolhimento de todos os valores rescisórios do FGTS, conforme 
vencimento legal. Os tributos relacionados ao desligamento serão gerados 
diretamente pelo eSocial, através da guia única DAE (Documento de Arrecadação 
do eSocial), gerada no fechamento da folha, com vencimento no dia 06/11/2015. 
 
O projeto eSocial é uma ação conjunta dos seguintes órgãos e entidades do governo 
federal: Caixa Econômica Federal, Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, 
Ministério da Previdência – MPS, Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, 
Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB. O Ministério do Planejamento 
também participa do projeto, promovendo assessoria aos demais entes na 
equalização dos diversos interesses de cada órgão e gerenciando a condução do 
projeto, através de sua Oficina de Projetos. 
 
 
http://consultacadastral.inss.gov.br/
http://www.grfempregadodomestico.caixa.gov.br/sisfg/pages/sfg/grrf/iniciar.jsf

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