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1 2 SUMÁRIO DEPRECIAÇÃO..............................................................................................................................3 AMORTIZAÇÃO............................................................................................................................6 EXAUSTÃO....................................................................................................................................7 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ................................................................................................8 AUDITORIA CONTÁBIL..................................................................................................................9 LIVROS CONTÁBEIS .....................................................................................................................10 IMPOSTOS ...................................................................................................................................13 IMPOSTOS FEDERAIS...................................................................................................................14 IMPOSTOS ESTADUAIS ................................................................................................................16 IMPOSTOS MUNICIPAIS ...............................................................................................................17 SIMPLES NACIONAL......................................................................................................................18 MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL.........................................................................................20 MICROEMPRESA, EMPRESAS DE PEQUENO, MÉDIO E GRANDE PORTE....................................24 SPED FISCAL ................................................................................................................................25 eSOCIAL ......................................................................................................................................26 3 DEPRECIAÇÃO Conceito de Depreciação: a depreciação consiste na perda natural do valor dos bens. Essa desvalorização ocorre devido ao desgaste natural destes ativos, desgaste causado pela ação da natureza ou então causado pelo uso destes bens no processo produtivo. Este conceito afeta a Gestão Patrimonial, pois quanto mais depreciado estiver um bem, menos imposto é pago sobre ele. A depreciação é interessante para a gestão de uma empresa, pois a medida que o bem vai depreciando, a empresa vai pagando menos imposto sobre o mesmo e vai acumulando capital que pode ser empregado para compra de um novo bem semelhante, propiciando uma oportunidade de perpetuação e renovação da atividade da empresa por um período de tempo indeterminado e totalmente relevante para um gestão contábil eficiente. A depreciação pode ser calculada mensalmente, trimestralmente ou anualmente, conforme forem as apresentações das demonstrações contábeis da empresa. Como um exemplo simples de como atua a depreciação temos, por exemplo, os veículos e o IPVA. A cada ano o carro perde naturalmente valor de tabela e o IPVA pago sobre o mesmo diminui. Início e término da depreciação A depreciação de um bem do ativo tem início quando o bem está em condições de operar conforme designado pela administração. E o seu término é quando o bem é baixado (por não ser mais útil ou quando ele é totalmente depreciado) ou transferido/vendido. Vida útil, período de uso e volume de produção Os seguintes fatores devem ser considerados ao se estimar a vida útil, período de uso e volume de produção de um ativo: a) o uso esperado do ativo, que deve ser avaliado com base na capacidade esperada ou na produção física do ativo; b) o desgaste físico esperado, que depende de fatores operacionais, tais como o número de turnos durante os quais o ativo será usado, o programa de reparo e manutenção, 4 inclusive enquanto estiver ocioso; c) a obsolescência tecnológica resultante de mudanças ou aperfeiçoamentos na produção ou mudanças na demanda no mercado pelo produto ou serviço produzido pelo ativo; e d) os limites legais ou semelhantes sobre o uso do ativo, tais como data de expiração dos respectivos arrendamentos, permissões de exploração ou concessões. A seguir a tabela com os itens mais comuns a serem depreciados pelas empresas, lembrando que há mais bens além dos citados nesta tabela. O método de depreciação deve refletir os benefícios esperados do ativo de acordo com seu padrão de consumo. Entre os métodos que podem ser aplicados, destacam-se: Método Linear: este método considera que o bem será usado de forma constante durante toda a sua vida útil, e que não haverá mudança no valor residual; Método das Unidades Produzidas: este método reduz o valor do bem com base na expectativa de produção, ou seja, é estimada a produção de x 5 unidades para determinado bem, quando ele produzir as unidades estimadas ele estará depreciado; Método dos saldos decrescentes: este método considera que o bem irá produzir mais quando for novo, decrescendo seu valor até o final da vida útil. Sendo o método linear o mais utilizado pelas empresas e também órgãos públicos, por ser de fácil aplicação. A seguir alguns exemplos de cálculos de depreciação linear: 1. Qual o valor da taxa de depreciação linear mensal de um determinado bem adquirido no valor de R$ 60.000,00, com uma vida útil de 10 anos? Valor do bem 60.000,00 Vida útil em meses 120 (10 anos x 12 meses) 60.000,00 / 12 = 500,00 reais por mês. 2. A empresa adquiriu em 1 de janeiro um veículo no valor de 50.000,00. Utilizando o método de depreciação linear, informe qual é a depreciação acumulada deste veículo no dia 31 de agosto do mesmo ano de aquisição. Seguindo a tabela com os percentuais, e vida útil, podemos verificar que o veículo tem vida útil de 5 anos e taxa de depreciação de 20% ao ano. Então o valor é 50.000,00 A vida útil em meses é 60 meses (12 x 5) 50.000,00 / 60 = 833,33 por mês x 8 meses = 6.666,64 é a depreciação acumulada. Outra forma de fazer este cálculo é : 50.000,00 x 20% = 10.000,00 de depreciação por ano 10.000,00 / 12 meses = 833,33 ao mês 833,33 x 8 meses = 6.666,64 é a depreciação acumulada do bem durante o período de 8 meses. Obs.: tratamos como depreciação acumulada, por se tratar mais de mais de um mês. Alini Typewriter 0 6 AMORTIZAÇÃO Amortização é a perda de valor de bens intangíveis do Ativo Permanente, cujos prazos de utilização ou existência são limitados por determinação contratual ou legal. Além do Ativo Permanente, também há amortização do Ativo Diferido. Para a aplicação da amortização no imobilizado, devem ser observadas duas características básicas e cumulativas: Prazo de duração limitado; Inexistência de indenização. Exemplificando: se alugamos um imóvel e fazemos benfeitorias nesse imóvel só podemos utilizar a amortização se: O contrato de locação for por prazo determinado; Não haja direito à indenização das benfeitorias edificadas. Neste caso, se o contrato for feito por tempo indeterminado, utilizaremos a depreciação, se o contrato prever o ressarcimento do valor das benfeitorias não há nem amortização e nem depreciação. Bens sujeitos a amortização: Patentes de invenção; Fórmulas e processos de fabricação; Direitos autorais; Licenças; Autorizações e concessões Direitos sobre bens que, nos termos da lei ou contrato que regule a concessão de serviço público, devem reverter ao poder concedente, ao fim do prazo de concessão, sem indenização; Custo de aquisição, prorrogação ou modificação de contratos e direitos de qualquer natureza, inclusive exploração de fundo de comércio; Custo das construções ou benfeitorias em bens locados ou arrendados, ou em bens de terceiros, quando nãohouver direito ao recebimento de seu valor em restituição. 7 A taxa de amortização do imobilizado é em função do tempo de utilização do bem intangível, podendo tal tempo: Ser estabelecido em lei que regule os direitos sobre o bem; Ser fixado no contrato de aquisição do bem; Ser proveniente da natureza do bem de existência limitada. Para o cálculo da amortização, aplica-se a taxa de amortização sobre a base de cálculo, sendo esta o custo de aquisição do bem amortizável, mas posteriores acréscimos. A seguir os tipos de amortização: Sistema de Amortização Constante (SAC): a amortização da dívida é constante e igual em cada período. (Esta é a mais utilizada) Sistema Price ou Francês (PRICE): os pagamentos são todos iguais, ou seja, as prestações tem sempre o mesmo valor. Sistema de Amortização Misto (SAM): os pagamentos são as médias dos sistemas SAC e PRICE. Sistema Alemão: os juros são pagos antecipadamente com prestações iguais, exceto o primeiro pagamento que corresponde aos juros cobrados no momento da operação. EXAUSTÃO O conceito de exaustão é a redução do valor de investimentos necessários à exploração de recursos minerais ou florestais. Dessa forma a diminuição de recursos minerais resultante da sua exploração deverá ser computada como custo ou encargo. A forma de cálculo e determinação da exaustão é semelhante ao cálculo da depreciação acumulada. A base de cálculo da quota anual de exaustão é o custo de aquisição dos recursos minerais explorados. A exaustão deve ser reconhecida até que o valor residual do ativo seja igual ao seu valor contábil. O valor da exaustão anual será determinado com base no volume da produção do ano e também a sua relação com a “possança” conhecida da mina, ou então em 8 função do prazo de concessão para a sua exploração. Existem dois critérios para o cálculo da quota de exaustão de recursos, são eles: Com base na relação existente entre a extração efetuada e no respectivo período de apuração com a “possança” conhecida da mina (possança: quantidade estimada de minérios da jazida). Com base no prazo de concessão para exploração da jazida. O critério a ser observado será aquele que proporcionar o mais percentual de exaustão no período. Portando à medida que os recursos minerais vão de exaurindo, é realizado o registro na contabilidade, simetricamente em relação a quantidade estimada de minérios da jazida, sendo esta a quota de exaustão. A seguir um exemplo de cálculo de exaustão: Valor contábil da jazida: R$ 30.000,00 Exaustão acumulada: 6.000,00 Possança conhecida da Jazida: 5.000 toneladas Produção do período: 750 toneladas Prazo para término da concessão: 8 anos Calcule o encargo de exaustão a ser apropriado como custo do período: a) Relação entre a produção no período e a possança (quantidade estimada de minérios) conhecida da mina: 750 toneladas x 100 / 5.000 = 15% 30.000,00 x 15% = 4.500,00 b) Prazo para término da concessão: 100/8 = 12,5% 30.000,00 x 12,5% = 3.750,00 No exemplo acima o prazo dado para o término da concessão é de 8 anos, então o encargo a ser contabilizado será no valor de R$ 4.500,00, pois a jazida estará exaurida antes do término do prazo de concessão, ou seja, já não terá mais o que retirar da mina no prazo de 8 anos. E na contabilidade o lançamento seria o seguinte: Débito- Exaustões de Recursos Minerais (Conta de Resultado) Crédito- Exaustão Acumulada – Mina xxxx (Imobilizado – Permanente) 9 DEMONSTAÇÕES FINANCEIRAS A norma internacional de contabilidade IAS1 define as demonstrações financeiras como uma representação estruturada da posição financeira e do desempenho financeiro de uma determinada entidade. O objetivo das demonstrações financeiras é o de proporcionar informação viável acerca da posição financeira, do desempenho financeiro e dos fluxos de caixa de uma determinada entidade, que seja útil para os usuários das informações e nas respectivas tomadas de decisões econômicas, permitindo, simultaneamente, mostrar os resultados da gestão por parte dos gerentes dos recursos que lhes foram confiados e colocados à disposição. Para satisfazer estes objetivos, as demonstrações financeiras proporcionam informação acerca dos ativos, passivos, capital próprio, rendimentos, gastos e outras alterações do capital próprio e ainda acerca dos fluxos de caixa. Estas informações, contidas em mapas como o balanço, a demonstração de resultados, a demonstração de alterações no capital próprio e a demonstração de fluxos de caixa, juntamente com informação contida nas notas, ajudam os usuários das demonstrações financeiras a prever os futuros fluxos de caixa da entidade e a sua tempestividade e grau de incerteza. AUDITORIA CONTÁBIL Auditoria é uma revisão das demonstrações financeiras, sistema financeiro, registros, transações e operações de uma entidade ou de um projeto, efetuada por contadores, com a finalidade de assegurar a fidelidade dos registros e proporcionar credibilidade às demonstrações financeiras e outros relatórios da administração. A auditoria também identifica deficiências no sistema de controle interno e no sistema financeiro e apresenta recomendações para melhorá-los. As auditorias podem diferir substancialmente, dependendo de seus objetivos, das atividades para os quais se utilizam as auditorias e dos relatórios que se espera receber dos auditores. Em geral, as auditorias podem ser classificadas em três grupos: 1. Auditoria financeira; 2. Auditoria de cumprimento; 10 3. Auditoria operacional; Na auditoria financeira, há interesse na auditoria das demonstrações financeiras da entidade como um todo. O objetivo geral de uma auditoria das demonstrações financeiras é fazer com que o auditor expresse uma opinião sobre se as demonstrações financeiras estão razoavelmente apresentadas de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceitos. A auditoria de cumprimento e a auditoria operacional têm objetivos específicos e podem ou não estar relacionadas à contabilidade de uma entidade. Normalmente, a contabilidade é base destes exames. Daí sua importância para diferentes usuários e objetivos. A auditoria de cumprimento engloba a revisão, comprovação e avaliação dos controles e procedimentos operacionais de uma entidade. A auditoria operacional é um exame mais amplo da administração, recursos técnicos e desempenho de uma organização. O propósito desta auditoria é medir o grau em que as atividades da entidade estão alcançando seus objetivos. LIVROS CONTÁBEIS Além do livro diário e livro razão existem outros livros que são utilizados na empresa. Os livros de escrituração têm várias finalidades, uns servem para registrar as compras, outros para registrar as vendas, controlar os estoques, os lucros ou prejuízos fiscais, há livros onde são registrados os empregados e outros em que se registram atas das Assembleias. Enfim, podemos dividir os livros em três grupos: livros fiscais, livros contábeis e livros sociais. Livros fiscais são os exigidos pelo fisco Federal, Estadual ou Municipal. Os mais comuns são: 1. Registro de Entradas 2. Registro de Saídas 3. Registro de Impressão de Documentos Fiscais 4. Registro de Inventário 5. Registro de Apuração de IPI 6. Registro de Apuração de ICMS 7. Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR 11 8. Livro de Movimentação de Combustíveis – LMC Livros contábeis são aqueles utilizados pelo setor de Contabilidade. Destinam-se à escrituração contábil dos atos e dos fatos administrativos que ocorrem na empresa. Segundo o Código Comercial Brasileiro, todos os comerciantes estão obrigados a seguir uma ordem uniforme de contabilidade e escrituração e a manter os livros necessários para esse fim. Deverão, ainda, conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondênciase demais papéis pertencentes ao giro de seu comércio, enquanto não prescreverem as ações que lhes possam ser relativas. Os principais livros utilizados pela Contabilidade são: Livro Diário Livro Razão Registro de Duplicatas Livro Caixa Livro Conta-correntes O uso do livro diário é obrigatório, pois ele constitui o registro básico de toda a escrituração contábil, no qual devem ser lançados, dia a dia, todos os atos ou operações da atividade, ou que modifiquem ou possam a vir a modificar a situação patrimonial da pessoa jurídica, observado o seguinte: I. Esse livro deve se encadernado com folhas numeradas seguidamente, conter, respectivamente, termos de abertura e de encerramento e ser autenticado pelo órgão competente. II. Os lançamentos nesse livro poderão ser efetuados diretamente ou por reprodução, ou por meio de processamento eletrônico de dados. III. É admitida a escrituração resumida do diário, por totais que não excedam o período de um mês, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que sejam utilizados livros auxiliares (devidamente autenticados na forma prevista para o diário) para registro individualizado e conservados os documentos que permitam sua perfeita verificação. Nos lançamentos resumidos do diário devem ter referências às páginas dos livros auxiliares em que as operações estiverem registradas de forma individualizada. Já o livro razão a pessoa jurídica deverá manter, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, livro Razão ou fichas utilizados para resumir ou totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no diário, devendo a sua escrituração ser individualizada e obedecer à ordem cronológica das operações. 12 O livro Registro de Duplicatas é de escrituração obrigatória caso a empresa realize vendas a prazo com emissão de duplicatas, podendo, desde que devidamente autenticado no Registro do Comércio, ser utilizado como livro auxiliar da escrituração mercantil. Caixa e Conta-Correntes também conhecidos como livros auxiliares, que também podem se escriturados em fichas, são dispensados de autenticação quando as operações a que se reportarem tiverem sido lançadas, pormenorizadamente, em livros devidamente registrados. Na escrituração contábil, é permitido o uso de códigos de números ou de abreviaturas, desde que estes constem de livro próprio, revestido das formalidades de registro e autenticação (parágrafo 1o. do art. 269 do RIR/99). Esse livro pode ser o próprio livro Diário, que deverá conter, necessariamente, no encerramento do período-base, a transcrição das demonstrações contábeis. Ou o livro utilizado para registro do plano de contas e/ou históricos codificados, desde que revestidos das formalidades legais (registro e autenticação). Livros sociais são os livros exigidos pela Lei das Sociedades por Ações (Lei nº6.404/76). A Companhia deve ter os seguintes livros, além daqueles obrigatórios para qualquer comerciante, revestidos das mesmas formalidades legais: 13 IMPOSTOS Impostos são valores pagos, realizados em moeda nacional por pessoas físicas e jurídicas. O valor arrecadado serve para custear os gastos públicos. Os impostos incidem sobre a renda (salários, lucros, ganhos de capital) e sobre o patrimônio (terrenos, casas, entre outros) das pessoas físicas e jurídicas. Os impostos podem ser divididos em impostos diretos e indiretos. Os impostos diretos são aqueles que incidem diretamente sobre o agente pagador do imposto, já os impostos indiretos são os impostos que incidem sobre o preço da mercadoria. O imposto é uma quantia em dinheiro, calculada em moeda oficial do país e geralmente baseada em percentuais sobre um fato gerador. Esse fato gerador pode ser patrimonial, renda ou consumo. Patrimonial: neste caso os impostos irão ser cobrados sobre determinado patrimônio, como é o caso do IPTU (imóveis), IPVA (veículos) e ITR (propriedades rurais). Renda: neste caso o imposto é calculado considerando a rende de uma pessoa, seja ela física ou jurídica durante determinado período. Neste contexto seria o IRPJ (imposto de renda pessoa jurídica) e o IRPF (imposto de renda pessoa física). Consumo: os impostos podem ser cobrados de forma indireta, ou seja, quando uma pessoa adquire um produto ou um serviço, ela já está pagando o imposto que está incluso no valor da compra. Isso pode-se ter como exemplo o ICMS, IPI e o ISS. 14 IMPOSTOS FEDERAIS Os impostos federais são aqueles destinados à união ou governo federal. São eles: II – Imposto sobre Importação. O imposto sobre a importação de produtos estrangeiros incide sobre a importação de mercadorias estrangeiras e sobre a bagagem de viajante procedente do exterior. No caso de mercadorias estrangeiras a base de cálculo é o valor aduaneiro e a alíquota está indicada na Tarifa Externa Comum (TEC). Já no caso da bagagem, a base de cálculo é o valor dos bens que ultrapassem a cota de isenção e a alíquota é de 50%. IOF – Imposto sobre Operações Financeiras. Incide sobre empréstimos, financiamentos e outras operações financeiras, e também sobre ações. O fator gerador do IOF é a entrega do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou que coloque a disposição do interessado. O IOF incide sobre operações de crédito realizadas por instituições financeiras, empresas, e pessoas físicas (operação de câmbio, operações de seguros, entre outros). IPI – Imposto sobre Produto Industrializado. Cobrado das indústrias. O IPI tem dois fatos geradores que são a importação (desembaraço aduaneiro) e a operação interna (saída do produto da indústria). São obrigados o pagamento do IPI o importador, o industrial, o estabelecimento equiparado ao industrial e aos consumidores. IRPF – Imposto de Renda Pessoa Física. Incide sobre a renda do cidadão. O imposto de renda pago pelo trabalhador é denominado Imposto de Renda sobre Pessoa Física e a declaração anual comprovativa dos rendimentos é denominada DIRPF (Declaração de Ajuste Anual). A apresentação dessa declaração é obrigatória a todos os trabalhadores que possuem rendimento superior ao valor mínimo definido pelo governo, lembrando que este valor varia anualmente conforme a tabela do IRPJ e as alíquotas variam de 7,5% até 27,5%. 15 IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica. Incide sobre o lucro das empresas. O IRPJ incide sobre pessoas jurídicas não imunes sobre seu lucro real após as adições ou exclusões efetuadas sobre os lançamentos constantes do Lalur (Livro de Apuração do Lucro Real), ou então sobre o faturamento/ receita bruta, caso a empresa tenha optado pelo pagamento do Imposto de Renda pelo Lucro Presumido, cujo percentual de presunção oscila entre 1,6% a 32% conforme o tipo de atividade da empresa. Já para empresas do lucro real a alíquota é de 15% com acréscimo de 10% sobre o valor que exceder R$ 20.000,00 por mês. ITR – Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural. Incide sobre os imóveis localizados fora das áreas urbanas dos municípios. A alíquota é maior para propriedades de maior área e baixo grau de utilização, de modo a desestimular os grandes latifundiários improdutivos. Cide – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico. Incide sobre petróleo e gás natural e seus derivados, e sobre álcool combustível. Sua alíquota é de 10%. Tem por função estimular o desenvolvimento tecnológico do país, por meio de programas de pesquisas científicas e tecnológicas com universidades, empresas, centros de pesquisas e o setor produtivo. Sua incidência ocorre sobre o fornecimento de tecnologia, prestação de serviços de assistência técnica, cessão e licença de uso de marcas e de exploração de patentes. Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. Cobrado das empresas. O Cofins é obrigatório a todas as empresas comexceção as empresas de pequeno porte e microempresas que se encaixam no regime do Simples Nacional, sua alíquota varia de 3% até 7,6% dependendo de sua modalidade cumulativa (lucro presumido) ou não (lucro real). CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Foi criada para que todas as empresas e as equiparadas pela legislação do imposto de renda possam apoiar financeiramente a seguridade social. Sua alíquota é variável de acordo com o regime de tributação, variando de 9% até 32%. 16 FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Percentual do salário de cada trabalhador com carteira assinada depositado pela empresa. É um depósito mensal, referente a um percentual de 8% do salário do empregado, que o empregador fica obrigado a depositar em uma conta bancária no nome do empregado que deve ser aberta na Caixa Econômica Federal. INSS – Instituto Nacional do Seguro Social. Percentual do salário de cada empregado cobrado da empresa e do trabalhador para assistência à saúde. O valor da contribuição varia segundo o ramo de atuação. Os funcionários tem o valor do INSS descontados diretamente na sua folha de pagamento, e os valores a serem descontados vão depender do salário de cada um, e podem variar de 8% a 11%, quanto maior o salário, maior é o desconto. PIS/Pasep – Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público. Cobrado das empresas. O PIS PASEP tem o objetivo de financiar o pagamento do seguro-desemprego, abono e participação na receita dos órgãos e entidades, tanto para os trabalhadores de empresas públicas, como privadas. O PIS PASEP é também uma espécie de segurança do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço). IMPOSTOS ESTADUAIS Os impostos estaduais são aqueles destinados aos governos dos estados. São eles: ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias. Incide também sobre o transporte interestadual e intermunicipal e telefonia. Todas as etapas de circulação de mercadorias e em toda prestação de serviço estão sujeitas ao ICMS, devendo haver emissão da nota fiscal. Em alguns estados, o ICMS é a maior fonte de recursos financeiros. E a tabela da alíquota é variável de estado para estado. 17 PVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores. O único objetivo do IPVA é arrecadar dinheiro, e esse imposto é cobrado apenas de veículos que circulam em terra, ou seja, não compreende nenhum outro tipo, como barcos, lanchas, e etc. O IPVA é cobrado anualmente, e não tem relação nenhuma com a situação das estradas, ou das ruas, ele é apenas de uso fiscal. Sua alíquota varia de estado para estado. Sendo que São Paulo é o estado cuja alíquota é a mais alta. O pagamento é anual, pode ser feito em cota única ou em três parcelas. 50% do valor arrecadado é do governo estadual e o restante fica na cidade aonde o veículo está registrado. ITCMD – Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação. Incide sobre herança. Estão compreendidos na incidência do imposto os bens que, na divisão de patrimônio comum, na partilha ou adjudicação, forem atribuídos a um dos cônjuges, a um dos conviventes, ou a qualquer herdeiro, acima da respectiva meação ou quinhão. Os valores da alíquota variam de 1% até 8%. IMPOSTOS MUNICIPAIS Os impostos municipais são aqueles destinados ao governo municipal. São eles: IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município. O valor arrecadado deve ser empregado em melhorias no meio-fio, calçamento, canalização e abastecimento de água, sistema de esgoto, iluminação pública, escolas, postos de saúde, dentre outros. ISS – Imposto Sobre Serviços. Cobrado das empresas pelos serviços prestados. A sua alíquota mínima é de 2% sendo variável devido a atividades exercidas e ao valor da receita líquida da empresa. Alini Typewriter I 18 ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Inter Vivos. Incide sobre a mudança de propriedade de imóveis. Sua finalidade é fiscal. A alíquota do ITBI é calculada em 2% sobre o valor do imóvel, ou seja, das transações realizadas em geral. SIMPLES NACIONAL O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado que contempla empresas com receita bruta anual de até R$ 3,6 milhões. Ele foi lançado no dia 30 de junho de 2007 para descomplicar a vida dos micro e pequenos empresários. Antes do Simples, empresas de portes menores pagavam impostos federais, estaduais e municipais por meio de guias e datas separadas. As alíquotas eram também menos favoráveis, por vezes proporcionais às aplicadas a grandes empresas. Com a inclusão do Simples Nacional alguns procedimentos entraram na vida do pequeno empresário. Esse regime deu fôlego a milhões de empreendedores de diversos setores. Desde 2007, mais segmentos foram incorporados à lista de empresas autorizadas a aderir ao regime simplificado de tributação. Alguns anos depois, com a criação do MEI (Microempreendedor Individual), houve uma nova camada de simplificação para formalizar negócios tocados por autônomos, com até um funcionário. Dentro da Lei Complementar nº 123/06, o Simples também é chamado de Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Além da unificação dos tributos, o Simples Nacional também destaca-se como fator de desempate para empresas que concorrem a licitações do governo e facilita o cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias por parte do contribuinte. Para optar pelo Simples Nacional, as microempresas e empresas de pequeno porte devem estar isentas de débitos da Dívida Ativa da União ou do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). https://blog.contaazul.com/mei-x-simplesnacional/ https://blog.contaazul.com/mei-x-simplesnacional/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm 19 Um elemento incluído no ecossistema das pequenas empresas a partir da criação do Simples, o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional) unificou o recolhimento de impostos, repassando cada um deles automaticamente para as contas do estado, do município e da União. O regime Simples Nacional destaca-se pelo recolhimento tributário unificado dos impostos do simples: Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); Contribuição para o PIS/Pasep; Contribuição Patronal Previdenciária (CPP); Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS); Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS). A contribuição unificada acontece por meio da emissão do DAS. O valor é calculado em sistema informatizado disponível para o contribuinte na página do Simples Nacional na internet. A empresa optante pelo simples deve obrigatoriamente utilizar o sistema da Receita Federal para realizar o cálculo do valor para obter a impressão do documento de arrecadação. O valor pago ao banco é repassado a um sistema gerenciado pelo Banco do Brasil que reparte automaticamente o recurso dentro de um dia para os entes de destino. http://www8.receita.fazenda.gov.br/simplesNacional/ http://www8.receita.fazenda.gov.br/simplesNacional/ 20 MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL O principal objetivo do MEI é conscientizar o trabalhador informal sobre a importância de se legalizar e os benefícios da Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008. O MEI é o pequeno empresário individual que atende ascondições abaixo relacionadas: a) tenha faturamento limitado a R$ 81.000,00 por ano. b) Que não participe como sócio, administrador ou titular de outra empresa; c) Contrate no máximo um empregado; d) Exerça uma das atividades econômicas previstas no Anexo XIII, da Resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional de nº 94/2011, o qual relaciona todas as atividades permitidas ao MEI. A formalização é o procedimento que dá vida à empresa, ou seja, é o registro empresarial que consiste na regularização da situação da pessoa que exerce atividade econômica frente aos órgãos do Governo, como Junta Comercial, Receita Federal, Prefeitura e órgãos responsáveis por eventuais licenciamentos, quando necessários. A formalização é gratuita e é realizada pelo Portal do Empreendedor. Escritórios de Contabilidade que são optantes do Simples Nacional também podem realizar a formalização do MEI gratuitamente. Ao se formalizar, o MEI passa a ter cobertura previdenciária para o si e sua família, traduzida nos seguintes benefícios. PARA O EMPREENDEDOR: a) Aposentadoria por idade: mulher aos 60 anos e homem aos 65, observado a carência, que é tempo mínimo de contribuição de 15 anos; 21 b) Aposentadoria por invalidez: o MEI tem de contribuir para a Previdência Social por no mínimo 12 meses, a contar do primeiro pagamento em dia. c) Auxílio doença: o MEI tem de contribuir para a Previdência Social por no mínimo 12 meses, a contar do primeiro pagamento em dia. d) Salário maternidade: são necessários 10 meses de contribuição, a contar do primeiro pagamento em dia. PARA A FAMÍLIA: a) Pensão por morte: a partir do primeiro pagamento em dia. O pagamento não poderá ocorrer após o óbito. b) Auxílio reclusão: a partir do primeiro pagamento em dia. O pagamento não poderá ocorrer após a reclusão. Observação: Se a contribuição do Microempreendedor Individual se der com base em um salário mínimo, qualquer benefício que ele vier a ter direito também se dará com base em um salário mínimo. Para realizar o pagamento o MEI emite o guia de recolhimento DAS (Documentos de Arrecadação do Simples Nacional) do próprio sistema, por meio da internet. O valor re arrecadação segue uma tabela atualizada anualmente, cuja classificação na tabela é Comércio e Indústria, Serviços e Comércio e Serviços. Por meio do registro o MEI passa a ter obrigação de contribuir para o INSS, sendo uma contribuição de 5% do valor do salário mínimo, mais R$ 1,00 de ICMS para o Estado (se for atividades de indústria, comércio e transporte de cargas interestadual) e/ou R$ 5,00 de ISS para o município (se a atividades for de prestação de serviços e transporte municipal). O grande benefício do MEI é o direito aos benefícios previdenciários, tais como, aposentadoria por idade, licença maternidade, auxílio doença, entre outros (após estabelecidos os prazos de carência). A contribuição ao INSS sempre é reajustada quando houver o aumento do salário mínimo e o benefício previdenciário também é aumentado sempre que houver aumento do salário mínimo. O vencimento dos impostos (DAS) pagos pelo MEI sempre ocorre no dia 20 de cada mês, passando para o dia útil seguinte se incidir em um feriado ou final de semana. Ainda em relação a legalização do MEI, após o prazo de 180 dias, não havendo manifestação da Prefeitura Municipal quanto à correção do endereço onde está estabelecido o MEI e quanto à possibilidade de exercer a atividade empresarial no local desejado, o Termo de Ciência e Responsabilidade com Efeito de Alvará de 22 Licença e Funcionamento Provisório se converterá automaticamente em Alvará de Funcionamento definitivo. O MEI pode contratar até 01 (um) empregado com remuneração de um salário mínimo ou piso salarial da categoria, que pode ser consultada no Portal do Empreendedor, Não há necessidade de ter um contador para a contratação de um empregado pelo MEI. Se preferir, o MEI pode utilizar-se do auxílio de um profissional da contabilidade a fim de obter mais detalhes e orientação para a contratação de um empregado. Os valores podem alterar caso o piso salarial da categoria profissional seja superior ao salário-mínimo. Como exemplo, para salário igual ao valor do salário mínimo, o custo previdenciário, recolhido em GPS - Guia da Previdência Social, é de R$ 96,80 (correspondentes a 11% do salário mínimo vigente), sendo R$ 26,40 (3% do salário mínimo) de responsabilidade do empregador (MEI) e R$ 70,40 (8% ou conforme tabela de contribuição mensal ao INSS) descontado do empregado. A alíquota de 3% a cargo do empregador não se altera. Além do encargo previdenciário de 3% de responsabilidade do empregador, o MEI também deve depositar o FGTS, calculado à alíquota de 8% sobre o salário do empregado. Sendo assim, o custo total da contratação de um empregado pelo MEI é de 11% sobre o valor total da folha de salários (3% de INSS mais 8% de FGTS). Caso tenha um empregado, o MEI deve recolher mensalmente o FGTS com alíquota de 8% sobre o valor do salário pago, preencher e entregar a Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP) à Caixa Econômica Federal até o dia 7 do mês seguinte àquele em que a remuneração foi paga. Caso não haja expediente bancário no dia 7, a entrega deverá ser antecipada para o dia de expediente bancário imediatamente anterior. O MEI que não contratou funcionário durante o ano não é obrigado a apresentar a RAIS - Relação Anual de Informações Sociais, conforme previsto no inciso II do Artigo 99, da Resolução do Comitê Gestor do Simples Nacional de nº 94/2011. Para cancelar a inscrição como MEI, basta acessar o Portal do Empreendedor e http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/Resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm http://www.portaldoempreendedor.gov.br/mei-microempreendedor-individual/baixa_mei 23 solicitar a baixa do registro. Após realizar a baixa no Portal do Empreendedor, o MEI deverá preencher a Declaração Anual para o MEI - DASN-SIMEI de Extinção – Encerramento, acessando o Portal do Empreendedor e clicando no link Portal do Simples Nacional. Com base no artigo 9º da LC nº 123,a baixa do MEI ocorrerá independentemente da regularidade de seus obrigações tributárias, previdenciárias ou trabalhistas, principais ou acessórias, sem prejuízo de suas responsabilidades por tais obrigações. A baixa do registro, sem quitação dos débitos, não impede que posteriormente sejam lançados ou cobrados do titular os impostos, contribuições e respectivas penalidades decorrentes da simples falta de recolhimento ou da prática comprovada e apurada em processo administrativo ou judicial de outras irregularidades praticadas. Ao ultrapassar o limite de R$ 81.000,00, o MEI passará à condição de MICROEMPRESA, tendo duas situações: Se o faturamento foi maior que R$ 81.000,00, porém não ultrapassou R$ 97.000,00 (menor que 20% de R$ 81.000,00), o MEI deverá recolher os DAS na condição de MEI até o mês de dezembro e recolher um DAS complementar, pelo excesso de faturamento, no vencimento estipulado para o pagamento dos tributos abrangidos no Simples Nacional relativo ao mês de janeiro do ano subsequente (em regra geral no dia 20 de fevereiro). Este DAS será gerado quando da transmissão da Declaração Anual do MEI (DASN- SIMEI). A partir do mês de janeiro, passa a recolher o imposto SIMPLES NACIONAL como MICROEMPRESA, com percentuais iniciais de 4%, 4,5% ou 6% sobre o faturamento do mês, conforme as atividades econômicas exercidas - Comércio, Indústria e/ou Serviços. Se o faturamento foi superior a R$ 97.000,00 (maior que 20% de R$ 81.000,00), e inferior ao limite de opção/permanência no Simples Nacional (R$ 4.800.000,00), o MEI passa à condição de MICROEMPRESA (se o faturamento foi de até R$ 360.000,00) ou de EMPRESA DE PEQUENO PORTE (caso o faturamento seja entre R$ 360.000,00 a R$ 4.800.000,00), retroativo ao mês janeiro ou ao mêsda inscrição (formalização), caso o excesso da receita bruta tenha ocorrido durante o próprio ano-calendário da formalização, passa a recolher os tributos devidos na forma do SIMPLES NACIONAL com percentuais iniciais de 4%, 4,5% ou 6% sobre o faturamento, conforme as atividades econômicas exercidas - Comércio, Indústria e/ou Serviços. Exemplo: Se ultrapassou os R$ 97.000,00, em julho, e não ultrapassou R$ http://www8.receita.fazenda.gov.br/SIMPLESNACIONAL/Servicos/Grupo.aspx?grp=8 http://www8.receita.fazenda.gov.br/SIMPLESNACIONAL/Servicos/Grupo.aspx?grp=8 24 360.000,00, passará a condição de Microempresa, retroagindo ao mês de janeiro. Nas duas situações acima, o MEI deverá solicitar obrigatoriamente o desenquadramento como MEI no Portal do Simples Nacional no site da Receita Federal do Brasil. MICROEMPRESA, EMPRESAS DE PEQUENO, MÉDIO E GRANDE PORTE Uma microempresa é uma empresa de pequena dimensão. A sua definição varia de um país para o outro, ainda que, em geral, se possa dizer que uma microempresa conta com um máximo de dez empregados e um faturamento limitado. E também o dono (o proprietário) da microempresa costuma contribuir para a mesma com o seu próprio trabalho. Uma das principais características da microempresa é ter um tamanho reduzido, esse tipo de empresas tem uma grande importância na vida econômica do país. Em especial para os setores mais vulneráveis do ponto de vista econômico. Isto ocorre, já que a microempresa pode constituir uma saída laboral para um desempregado ou para uma dona de casa. A criação de peças de artesanato, a gastronomia em pequena escala e a consultoria profissional são algumas das atividades mais usuais no desenvolvimento de microempresas. Com o tempo, uma microempresa de sucesso pode converter-se numa Empresa de Pequeno Porte de maior envergadura. Dessa forma a microempresa é a pessoa jurídica que obtém um faturamento bruto anual igual ou inferior a R$ 360.000,00. Conforme a Lei Complementar º 123/06, que tem por objetivo definir os critérios de enquadramento das empresas no Simples Nacional. A empresa de pequeno porte, ou EPP tem as mesmas características da microempresa, o que altera sua classificação é o valor de sua receita, pois ela obtém o faturamento bruto anual superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00. As empresas de médio e grande porte tem como principal diferencial o número de funcionários. Conforme pode-se verificar abaixo: Nº de colaboradores Nº de colaboradores Porte da empresa Indústria Comércio e Serviços Micro até 19 até 9 Pequena de 20 a 99 de 10 a 49 Média de 100 a 499 de 50 a 99 Grande mais de 500 mais de 100 http://www8.receita.fazenda.gov.br/SIMPLESNACIONAL/Servicos/Grupo.aspx?grp=t&area=2 25 SPED FISCAL A Escrituração Fiscal Digital - EFD é um arquivo digital, que se constitui de um conjunto de escriturações de documentos fiscais e de outras informações de interesse dos fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil, bem como de registros de apuração de impostos referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte. Este arquivo deverá ser assinado digitalmente e transmitido, via Internet, ao ambiente Sped. A partir de sua base de dados, a empresa deverá gerar um arquivo digital de acordo com leiaute estabelecido em Ato COTEPE, informando todos os documentos fiscais e outras informações de interesse dos fiscos federal e estadual, referentes ao período de apuração dos impostos ICMS e IPI. Este arquivo deverá ser submetido à importação e validação pelo Programa Validador e Assinador (PVA) fornecido pelo Sped. Como pré-requisito para a instalação do PVA é necessária a instalação da máquina virtual do Java. Após a importação, o arquivo poderá ser visualizado pelo próprio Programa Validador, com possibilidades de pesquisas de registros ou relatórios do sistema. Outras funcionalidades do programa: digitação, alteração, assinatura digital da EFD, transmissão do arquivo, exclusão de arquivos, geração de cópia de segurança e sua restauração. Em regra, a periodicidade de apresentação é mensal. A seguir vejamos de forma simplificada o Sped em conjunto com o eSocial. 26 eSocial O eSocial é um projeto do governo federal que vai unificar o envio de informações pelo empregador em relação aos seus empregados. Desde 01/10/2015, está disponível a ferramenta que possibilitará o recolhimento unificado dos tributos e do FGTS para os empregadores domésticos: Módulo Empregador Doméstico. A ferramenta surge para viabilizar a determinação dada pelo texto da Lei Complementar 150, publicada no dia 02/06/2015, que instituiu o SIMPLES DOMÉSTICO com as seguintes responsabilidades que serão recolhidas em guia única: Imposto sobre a Renda Pessoa Física, se incidente - Trabalhador; 8% a 11% de contribuição previdenciária - Trabalhador; 8% de contribuição patronal previdenciária - Empregador; 0,8% de seguro contra acidentes do trabalho - Empregador; 8% de FGTS - Empregador; 27 3,2% de indenização compensatória (Multa FGTS) - Empregador. Para evitar problemas na hora de efetivar o registro do seu trabalhador, o empregador poderá utilizar a ferramenta de Consulta Qualificação Cadastral para identificar possíveis divergências associadas ao nome, data de nascimento, Cadastro de Pessoa Física - CPF e o Número de Identificação Social - NIS (PIS/PASEP/NIT/SUS) de seus empregados domésticos. Ao informar os dados citados, o sistema indicará onde há divergência e orientará sobre o procedimento para acerto. Em 01/10/2015 serão disponibilizadas as opções de cadastramento do empregador, empregado e afastamentos. A partir do dia 26/10/2015 o empregador poderá gerar sua folha de pagamento, efetuar demissões e gerar a guia única que consolida os recolhimentos tributários e de FGTS. Ressalta-se que para a competência de outubro de 2015 o recolhimento deverá ocorrer até o dia 06/11/2015. Nas rescisões do contrato de trabalho ocorridas até dia 31/10/2015, o empregador deverá utilizar guia específica (GRRF WEB) disponibilizada pela Caixa Econômica Federal para recolhimento de todos os valores rescisórios do FGTS, conforme vencimento legal. Os tributos relacionados ao desligamento serão gerados diretamente pelo eSocial, através da guia única DAE (Documento de Arrecadação do eSocial), gerada no fechamento da folha, com vencimento no dia 06/11/2015. O projeto eSocial é uma ação conjunta dos seguintes órgãos e entidades do governo federal: Caixa Econômica Federal, Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, Ministério da Previdência – MPS, Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, Secretaria da Receita Federal do Brasil – RFB. O Ministério do Planejamento também participa do projeto, promovendo assessoria aos demais entes na equalização dos diversos interesses de cada órgão e gerenciando a condução do projeto, através de sua Oficina de Projetos. http://consultacadastral.inss.gov.br/ http://www.grfempregadodomestico.caixa.gov.br/sisfg/pages/sfg/grrf/iniciar.jsf
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