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Olá futuro(a) doutor(a) e aluno do Explique Direito! Sinta-se com sorte, pois você 
acabou de adquirir gratuitamente a que te auxiliará nas anotações 
do conteúdo! Além da estrutura da apostila ser compatível com a explicação das aulas, foram 
incluídas algumas dicas de estudo que proporcionará um aprendizado mais rápido e eficaz, 
portanto é só imprimir e aproveitar o melhor curso de Teoria Geral dos Recursos do Youtube! 
 
Atenciosamente, Professor Iago Inael dos Santos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aperte o Play vire a página e bons estudos! 
ESTÁ UTILIZANDO SMARTPHONE OU TABLET? ENTÃO PEGUE UM 
ATALHO COM O QR CODE E VÁ DIRETAMENTE PARA A AULA 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO (AULA 01) .................................................................................................... 1 
Recursos extraordinários .................................................................................................... 2 
Recursos Ordinários ........................................................................................................... 3 
Juízo a quo e juízo ad quem............................................................................................... 4 
Conceitos de recursos ........................................................................................................ 5 
Exercícios para fixação ...................................................................................................... 6 
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES (AULA 02) ................................................................ 8 
Objetivo do recorrente ........................................................................................................ 9 
Impedimento da preclusão temporal e efeitos das decisões judiciais ............................... 11 
Sistema de interposição ................................................................................................... 13 
Atos sujeitos à recursos ................................................................................................... 15 
Exercícios para fixação .................................................................................................... 16 
PRINCÍPIOS PARTE I (AULA 03) ....................................................................................... 18 
Princípio do duplo grau de jurisdição ................................................................................ 19 
Princípio da taxatividade .................................................................................................. 21 
Princípio da singularidade ................................................................................................ 22 
Exercícios para fixação .................................................................................................... 26 
PRINCÍPIOS PARTE II (AULA 04) ...................................................................................... 28 
Princípio da fungibilidade ................................................................................................. 29 
Princípio da proibição da reformatio in pejus .................................................................... 33 
Exercícios para fixação .................................................................................................... 35 
PRINCÍPIOS PARTE III (AULA 05) ..................................................................................... 36 
Princípio da voluntariedade .............................................................................................. 37 
Princípio da dialeticidade .................................................................................................. 40 
PRINCÍPIOS PARTE IV (AULA 06) ..................................................................................... 41 
Panorama geral da fundamentação recursal .................................................................... 42 
Princípio do tantum devolutum quantum apellatum .......................................................... 43 
Princípio da consumação x princípio da singularidade ..................................................... 44 
Princípio da consumação – peça recursal ........................................................................ 45 
Princípio da complementaridade ...................................................................................... 48 
Informação muito importante ............................................................................................ 49 
Exercícios para fixação .................................................................................................... 50 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 53 
 
 
 
1 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
INTRODUÇÃO 
No dia-a-dia visualizando os colegas da faculdade, percebi que muitos têm 
dificuldade em distinguir SENTENÇA de DECISÃO INTERLOCUTÓRIA, o que é muito 
importante quando se trata dos recursos. Sendo assim, o primeiro passo para começar a 
entender essa diferença é efetuando a leitura do artigo 203 do código de processo civil, que 
estabelece: 
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, 
decisões interlocutórias e despachos. 
§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos 
especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com 
fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do 
procedimento comum, bem como extingue a execução. 
§ 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza 
decisória que não se enquadre no § 1º. (ou seja, não põe fim a fase 
cognitiva) 
[...] 
Após a leitura do artigo, fica claro que a sentença serve para finalizar a fase cognitiva, 
enquanto que a decisão interlocutória serve para o juiz se pronunciar numa das fases 
processuais, sem que finalize a fase cognitiva. Deste modo, a explicação mostra de forma 
detalhada a diferença entre esses pronunciamentos; acompanhe a ilustração abaixo junto 
com a aula: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PETIÇÃO 
INICIAL 
CONCILIAÇÃO CONTESTAÇÃO 
FASE 
INSTRUTÓRIA SENTENÇA 
PETIÇÃO 
INICIAL 
CONCILIAÇÃO CONTESTAÇÃO 
FASE 
INSTRUTÓRIA 
SENTENÇA 
DECISÃO 
INTERLOCUTÓRIA 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
2 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
Outro detalhe importantíssimo, antes de se aprofundar na matéria, é a diferença entre 
os gêneros: Recursos Ordinários e Recursos Extraordinários. Aprender isso vai ajudar sua 
compreensão nas aulas que estão por vir. 
 
RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS GÊNERO 
 
 O legislador anteviu esses recursos no intuito de assegurar o 
direito coletivo (objetivo). 
São previstos no ordenamento processual com o objetivo de 
viabilizar no caso concreto uma melhor aplicação da lei federal e 
constitucional; permitindo a preservação de tais normas. 
 
Sabemos que a constituição e a lei federal são de interesse coletivo, pois, 
qualquer afronta direta a elas prejudica a boa aplicação do direito, e reflexamente, causa 
insegurança jurídica. Sendo assim, toda vez que você estiver diante de uma afronta a 
constituição ou lei federal, você deverá interpor umas das espécies de Recursos 
Extraordinários. São elas: 
ESPÉCIES: 
I. RECURSO ESPECIAL (REsp) – STJ (C.F. art. 105, III) 
II. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – STF (C.F. art. 102, §3º) 
III. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA (C.P.C. art. 1.043) 
IV. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO 
Obs.: A doutrina critica o legislador por ter dado o nome de recurso extraordinário 
como espécie, pois o gênero já tem esse nome, o que resulta em confusão aos acadêmicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATENÇÃO! 
 EFETUE A 
LEITURA DOS 
ARTIGOS 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
3 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
RECURSOS ORDINÁRIOS GÊNERO 
 
O legislador anteviu esses recursos no intuito de assegurar o direito 
individual (subjetivo).Sendo assim, se a previsão legal não estabelecer que o recurso é 
EXTRAORDINÁRIO, o recurso será considerado ORDINÁRIO. 
 
 
ESPÉCIES: 
No código de processo civil temos as seguintes espécies de recursos ordinários: 
I – Apelação (Art. 1.009, C.P.C.); 
II – Agravo de Instrumento (Art. 1.015 C.P.C.); 
III – Agravo Interno (Art. 1.021 C.P.C.) e; 
IV – Embargos de declaração (Art. 1.022 C.P.C.). 
 
Além dessas espécies acima, cabe aqui uma importante atenção acerca de outras 
espécies recursais ligadas aos tribunais. São duas: 
I – Recurso ordinário – STJ (C.F. Art. 105, II e alíneas) 
II – Recurso ordinário – STF (C.F. Art. 102, II e alíneas) 
 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO SOBRE A LEI FEDERAL: 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
 
ART. 22 C.F.: CÓDIGO PENAL, CÓDIGO CIVIL, CÓDIGO TRIBUTÁRIO, C.L.T., 
CÓDIGO PROCESSUAL CIVIL, CÓDIGO PROCESSUAL PENAL, CÓDIGO 
COMERCIAL, CÓDIGO ELEITORAL, ETC. 
 
JUÍZO “A QUO” E JUÍZO “AD QUEM” 
 
ATENÇÃO! 
EFETUE A LEITURA 
DOS ARTIGOS 
C.F.
LEI FEDERAL
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
4 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
 Por fim iremos aprender o que é juízo a quo e juízo ad quem. Isso é importante, pois 
é a nomenclatura dos tribunais, então seja na sua prova ou na profissão, será corriqueiro você 
visualizar essas pronúncias, e se você não entender certinho, terá dificuldades. Além disso 
não aceito aluno do explique direito errar isso. Então vamos lá! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
= 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FÓRUM DE JUSTIÇA 
TJ 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
5 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
CONCEITOS DE RECURSO 
 
 
MARCUS VINICIUS RIOS GONÇALVES1: 
Recursos são os remédios processuais de que se podem valer as partes, o 
Ministério Público e eventuais terceiros prejudicados para submeter uma decisão 
judicial a nova apreciação, em regra por um órgão diferente daquele que a proferiu, e 
que têm por finalidade modificar, invalidar, esclarecer ou complementar a decisão. 
 
MÉTODO MNEMÔNICO: ____-____-____-____ = ___________________. 
 
DANIEL AMORIM DE ASSUMPÇÃO NEVES2: 
 
O conceito de recursos deve ser construído partindo-se de cinco características essenciais a 
esse meio de impugnação: 
I. Voluntariedade 
II. Expressa Previsão em lei federal 
III. Desenvolvimento no próprio processo no qual a decisão impugnada foi 
proferida 
IV. Manejável pelas partes terceiros prejudicados e Ministério Público 
V. Com o objetivo de Reformar, Anular, Esclarecer ou Integrar a decisão 
 
 
MÉTODO MNEMÔNICO: ____-____-____-____ = ___________________. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito processual civil esquematizado. 6.ed. São Paulo: Saraiva, 2016. (p. 1.005) 
2 NEVES, Daniel Amorim de Assumpção. Manual de direito processual civil. 8.ed. Salvador: JusPodivm, 2016. (p. 2.593) 
CORRENTE MAJORITÁRIA 
PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
6 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
 
EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO 
 
 VOCÊ TEM APENAS 20 MIN. 
 
1. Disserte qual a diferença entre sentença e decisão interlocutória. (VALE 3,00 pts.) 
 
 
 
 
 
 
 
2. Diga quais são os gêneros recursais que existem, e especifique suas espécies 
recursais fazendo uma breve explicação acerca dos artigos que você efetuou 
a leitura. (VALE 5,00 pts.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. “O juízo “a quo” é somente o primeiro grau (fórum de justiça)” e o juízo “ad 
quem” é as instâncias superiores. Essa afirmação está correta? Justifique. (VALE 
2,00 pts.) 
 
 
 
 
 
 
 
7 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
MODELO DE RESPOSTAS 
 
1. De acordo com o artigo 203 do Código de Processo Civil a sentença é o 
pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos artigos. 485 e 487, põe fim à fase 
cognitiva do procedimento comum, já a decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial 
de natureza decisória que não põe fim à fase cognitiva, mas resolve uma matéria – urgente ou 
não – pendente de decisão prévia no processo. 
 
 
 
 
 
2. Os gêneros recursais existentes são os Recursos Extraordinários e os Recursos 
Ordinários. Os Extraordinários tem como espécies o Recurso Especial (Resp), Recurso 
Extraordinário, Agravo em Recurso Especial e Extraordinário e Embargos de Divergência, já 
os Ordinários comporta 6 (seis) espécies, quais sejam: a Apelação, o Agravo de Instrumento, 
o Agravo Interno, os Embargos de Declaração, o Recurso Ordinário para o STJ e o Recurso 
Ordinário para o STF. 
Os Recursos Extraordinários serão julgados pelo STJ – através de Recurso Especial 
(Resp) toda vez que houver decisão judicial que contrarie ou negue a vigência de tratado, ou 
Lei Federal, também nos casos em que julgar válido ato de governo local contestado em face 
de Lei Federal, ou até quando houver decisão que atribua interpretação de Lei Federal 
divergente de outro tribunal que já tenha atribuído – e pelo STF através de Recurso 
Extraordinário quando a decisão judicial contrariar dispositivo da Constituição, declarar 
inconstitucionalidade de tratado ou Lei Federal, julgar válida Lei ou ato de governo local 
contestada em face de Lei Federal. 
Quanto aos Recursos Ordinários, eles serão interpostos ao Órgão AD QUEM, o qual 
terá legitimidade para reanalisar a matéria em discussão. Os Recursos Ordinários ao STJ 
ocorrerá nos casos em que houver discussão de decisão acerca de Habeas Corpus, Mandados 
de Segurança e causas que forem partes Estados Estrangeiros ou organismo internacional de 
um lado e/ou do outro lado pessoa residente no País; e ao STF ocorrerá nos casos em que 
houver decisão acerca de Habeas Corpus, Mandado de Segurança, Habeas Data, Mandado 
de Injunção e crime político. 
 
 
 
 
 
 
3. Não, pois a nomenclatura do órgão “A QUO” É utilizada para especificar a instância 
que está tendo a decisão impugnada, por esta lógica, podemos considerar o Tribunal de Justiça 
como órgão “A QUO” quando houver recurso diretamente ao STJ ou STF. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES 
 
 
AULA 02 
 
 
 
 
 Você é esforçado(a) em! Já está aqui na segunda aula. Espero que esteja 
gostando. Você deve estar sempre motivado(a)! Não desanime, pois, todo começo é difícil, 
mas depois de entender os conceitos principais a matéria ficará simples! 
O seu aprendizado dependerá da sua perseverança! Falando nisso, você sabe me 
dizer a diferença de um aluno(a) e um(a) estudante? 
O(a) aluno(a) é aquele(a) que assiste as aulas, presta atenção nos exemplos e 
efetua as anotações importantes (Aprende de forma passiva). 
O(a) estudante é aquele(a) que estuda sozinho(a), que pesquisa, que se aprofunda 
na matéria (Aprende de forma ativa). 
Sendo assim, sugiro que você aprenda de forma passiva, e posteriormente de 
forma ativa agregando ainda mais conhecimento doutrinário. 
 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
9 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
OBJETIVO DO RECORRENTE 
 
Existem características importantes acerca do objetivo do recorrente quando interpõe 
seu recurso para uma reanálise. E esse objetivo, depende de qual vício processual existe. 
Pode ser um vício de procedimento, ou até um vício na decisão judicial. 
Então vamos entender o primeiro vício, me acompanhe na ilustração: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foi fácil né? Então toda vez que você perceber que o(a) juiz(a) desrespeitou algum 
ato processual previsto em lei, existirá um errores in procedendo. Nesse caso seu pedido deve 
ser sempre a anulação/invalidação da sentença, pois será necessário que o(a) juiz(a) corrija 
o vício e realize o ato que havia descumprido. Além disso, após a correção do vício, o(a) 
magistrado(a) proferirá uma nova sentença,pois aquela proferida anteriormente, tornou-se 
inválida. 
 
 
 
 
 
 
PETIÇÃO 
INICIAL 
 
CONCILIAÇÃO 
 CONTESTAÇÃO 
FASE 
INSTRUTÓRIA 
 
SENTENÇA 
 
TJ 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
10 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
O próximo vício ocorre nas hipóteses de defeito na decisão, ou seja, a magistrada 
viola alguma norma ou efetua uma má aplicação da lei no caso concreto. Nesse caso 
estaremos diante de um error in judicando. Segue o exemplo abaixo com muita atenção: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O caso hipotético se resume num dano provocado pelo réu, há 5 anos antes da 
propositura da petição inicial. Mas o réu alega em sua contestação, que o direito de requerer 
do estado uma condenação de reparação de danos já está prescrita por força do artigo 206, 
§3º, V, do código civil. Deste modo, a magistrada acolhe a alegação do réu, e profere sua 
sentença alegando a prescrição do direito de reparação de dano. 
 
Neste caso, o autor (sucumbente) percebe que a juíza se equivocou e não respeitou 
o artigo 198, I, do código civil, pois na data dos fatos ele tinha apenas 14 anos (absolutamente 
incapaz). Sendo assim estamos diante de um errores in judicando e nesse caso, o 
sucumbente deverá recorrer ao juízo ad quem pedindo uma Reforma/Modificação da decisão 
judicial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PETIÇÃO 
INICIAL 
 
CONCILIAÇÃO 
 CONTESTAÇÃO 
FASE 
INSTRUTÓRIA 
 
SENTENÇA 
 Errores in judicando 
TJ 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
 
PREJUDICADO 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
11 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
IMPEDIMENTO DA PRECLUSÃO TEMPORAL E EFEITOS DAS DECISÕES 
JUDICIAIS 
 Você já aprendeu a diferença entre sentença e decisão interlocutória, sendo 
assim, vamos começar a entender como vai ocorrer a preclusão e os efeitos das decisões. 
O primeiro exemplo dado em aula, é sobre a decisão interlocutória, sendo que, para 
que o recorrente interponha recurso de Agravo de Instrumento, ele DEVE estar numa das 
hipóteses do artigo 1.015 do Código de Processo Civil. 
 Obs.: Se o Recorrente não estiver dentro das hipóteses do rol do agravo 
de instrumento (art. 1.015 e incisos), não poderá o interpor. 
 Copie a observação acima para memorizar: 
 
 
 
 
Se o sucumbente da decisão interlocutória, estiver dentro das hipóteses do artigo 
1.015, surge para ele o lapso temporal para interposição de recurso, sendo que, esse prazo 
só começa a contar a partir da data que a decisão foi publicada no DJe (Diário de Justiça 
eletrônico). O link abaixo te levará para o DJe do Tribunal de Justiça do Estado de São 
Paulo. 
 DJe - TJSP 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Demais recursos: INTERPOR 
Obs.: 
 
Exceto: 
 Embargos: OPOR 
PETIÇÃO 
INICIAL 
 
CONCILIAÇÃO 
 CONTESTAÇÃO 
FASE 
INSTRUTÓRIA 
 
SENTENÇA 
 
DECISÃO 
INTERLOCUTÓRIA 
 Lapso tempo ral 
D . J . e Art. 1.015 
 
 
https://www.dje.tjsp.jus.br/cdje/index.do;jsessionid=904E03097EDCF133765EE6CB%20860DFD6B.cdje2
 
12 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
Podemos concluir que o lapso temporal de 15 dias ficará à espera da interposição 
dos recursos, e se caso o sucumbente o interpor, não haverá preclusão temporal. 
 Obs.: Passado o lapso temporal de 5 dias, haverá preclusão temporal para 
oposição de embargos se este não tiver sido oposto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No caso da sentença, temos algumas peculiaridades a serem observadas. Sabemos 
que a sentença finaliza a fase cognitiva, neste caso o(a) juiz(a) declara, condena ou constitui 
um direito que foi pretendido no processo, e, após o(a) juiz(a) proferi-la, surgirá também um 
lapso temporal para a interposição de recurso, desse modo, a sentença não surtirá efeito e a 
parte vencedora não poderá entrar com cumprimento de sentença enquanto estiver dentro 
do lapso temporal para uma possível interposição recursal. 
Além disso, se o sucumbente recorrer da sentença, a matéria será devolvida para 
reanálise, e desse modo, a sentença não se tornará definitiva, ou seja, não transitará em 
julgado. Além disso, poderá o juízo ad quem suspender o efeito da sentença, através do efeito 
suspensivo dos recursos (iremos ver mais adiante), hipótese essa que impede que o 
vencedor execute provisoriamente a sentença do(a) juiz(a) a quo. 
Obs.: O cumprimento de sentença e execução provisória são matérias que iremos 
aprender na aula de execução. Mas para que você não tenha dúvidas, o(a) vencedor(a) após 
a condenação da parte contrária em pagar ou fazer algo, poderá ingressar com o 
cumprimento de sentença caso este se negue a cumpri-la. Daí teremos a penhora de bens, 
valores ou até multas diárias em face do condenado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PETIÇÃO 
INICIAL 
 
CONCILIAÇÃO 
 CONTESTAÇÃO 
FASE 
INSTRUTÓRIA 
 
SENTENÇA 
 
DECISÃO 
INTERLOCUTÓRIA 
 
 
 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
13 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
SISTEMA DE INTERPOSIÇÃO 
Como regra, todo recurso deve ser interposto diretamente no juízo que proferiu a 
decisão que será recorrida, neste sentido, é interposto diretamente no juízo a quo, mesmo por 
que, o juízo deve ter ciência que existe um recurso contra sua decisão, e após o conhecimento 
o juízo remeterá os autos para o órgão hierarquicamente superior (juízo ad quem), que será 
o responsável por verificar os requisitos de admissibilidade que veremos no segundo módulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A exceção está no Recurso de agravo de instrumento que é interposto contra decisão 
interlocutória, e deve ser feito diretamente no juízo ad quem, conforme previsão do artigo 
1.016 do código de processo civil. Sendo assim, o Agravante (aquele que agrava da decisão) 
interpõe o agravo de instrumento diretamente no tribunal de justiça e posteriormente no prazo 
de 3 (três) dias deverá peticionar o protocolo de agravo no juízo a quo (art. 1.018, §2º), para 
ciência do juízo a quo, que poderá se retratar no prazo de 5 (cinco) dias. Se o(a) juiz(a) se 
retratar, ou seja, conceder o pedido que havia negado na decisão interlocutória, o agravo será 
considerado prejudicado (art. 1.018, §1º) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PETIÇÃO 
INICIAL 
 
CONCILIAÇÃO 
 CONTESTAÇÃO 
FASE 
INSTRUTÓRIA 
 
SENTENÇA 
 
DECISÃO 
INTERLOCUTÓRIA 
 
 
 
TJ 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
 
Obs.: A retratação é considerada como efeito regressivo do recurso. 
 
 
 
 
 
DECISÃO 
INTERLOCUTÓRIA 
 
PETIÇÃO 
INICIAL 
 
CONCILIAÇÃO 
 CONTESTAÇÃO 
FASE 
INSTRUTÓRIA 
 
SENTENÇA 
 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
 
14 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
Outro recurso que possui modalidade diferente, é os embargos de declaração, pois 
como você já aprendeu, será oposto no próprio juízo que proferiu a decisão, MAS ele não 
será remetido à instância superior (juízo ad quem) para reanálise; na verdade é o próprio juízo 
que proferiu a sentença que fará a análise desse recurso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.: Além dos embargos, cabe ressaltar o recurso de agravo interno (art. 1.021) – 
não falado em aula – também será analisado pelo próprio órgão que proferiu a decisão, quer 
seja, no tribunal de justiça, pois sua interposição é contra decisão monocrática do relator. 
(veremos adiante) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PETIÇÃO 
INICIAL 
 
CONCILIAÇÃO 
 CONTESTAÇÃO 
FASE 
INSTRUTÓRIA 
 
SENTENÇA 
 
Eu mesmo 
analiso os 
embargos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O QUE VOCÊ APRENDEU? 
 
 
15 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
ATOS PROCESSUAIS SUJEITOS À RECURSOSugiro que você decore esse quadro acima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENTENÇA 
 
DECISÃO 
INTERLOCUTÓRIA 
 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
DECISÃO MONOCRÁTICA 
Art. 932, III, IV e V 
 
ADMITE: 
 
Apelação (art. 1.009, C.P.C.) 
 
Embargos de declaração (Art. 
1.022) 
 
ADMITE: 
 
Agravo de Instrumento 
 art. ( 
1.0 15 , 
 ROL TAXATIVO) 
Embargos de declaração (Art. 
1.022) 
 
ADMITE: 
 
Recurso Ordinário (art. 1.027, 
CPC) 
 
Recurso Especial (art. 1.029 , 
CPC) 
 
Recurso Extraordinário (Art. 
, CPC ) 1.029 
 
Embargos de Divergência 
( Art. 1.043) 
 
Embargos de declaração (Art. 
1.022) 
 
ACÓRDÃO 
ADMITE: 
 
Agravo Interno (art. 1.021, CPC) 
 
Agravo em Recurso especial ou 
Extraordinário (Art. 1.042, CPC) 
 
Embargos de declaração (Art. 1.022) 
 
 
 
16 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
 
EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO 
 
VOCÊ TEM APENAS 30 MIN. 
 
1. “Quando há um errores in procedendo o recorrente deverá interpor seu recurso 
pedindo ao juízo ad quem para modificar/reformar a decisão judicial”. Tal afirmação está 
correta? Justifique. (vale 1,00) 
 
 
 
 
 
 
 
2. “Nos casos de decisão interlocutória, o sucumbente sempre poderá interpor agravo de 
instrumento” essa afirmação está correta? Justifique. (vale 2,00) 
 
 
 
 
 
 
3. “Todas as espécies de Recursos Ordinários são interpostas, e não admite exceção” 
essa afirmação está correta? Justifique. (vale 2,00) 
 
 
 
 
 
4. Quando o Juiz profere sentença, os efeitos dela já ocorre de imediato? Justifique (vale 
1,00) 
 
 
 
 
 
 
 
17 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
 
 
 
5. Considere a seguinte situação hipotética: “Após ser citado, Wesner apresentou 
contestação alegando matérias do artigo 337 do código de processo civil e o magistrado sem 
intimar a autora para apresentar réplica, proferiu sua sentença refletindo em prejuízo a ela”. 
Nesse caso hipotético, estamos diante de um errores in procedendo ou errores in judicando? 
Justifique se atentando ao artigo 351 do código de processo civil. (vale 2,00) 
 
 
 
 
 
 
 
6. “O recurso de agravo de instrumento, deve ser interposto no próprio juízo que proferiu 
a sentença, sendo que este é responsável por analisa-lo”. Tal afirmação está correta? 
Justifique. (vale 2,00) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
PRINCÍPIOS PARTE I 
 
AULA 03 
 
Você está de volta! 
 Agora não tem jeito, você será expert nessa matéria, vai tirar nota 10 fácil! 
Você sabia que utilizar cores para fazer suas anotações melhora na sua 
memorização? Isso tem uma explicação científica que diz que você utiliza as duas partes do 
cérebro, a parte lógica (lado esquerdo) e a parte criativa (lado direito), seria o mesmo que 
você tentar se equilibrar com pesos iguais dos dois lados, muito mais fácil, não é? Além disso, 
estudar ouvindo música também melhora sua concentração, mas a música deve ser cantada 
num idioma que você não domina, pois pode desviar sua concentração. Neste caso 
recomendo músicas instrumentais. 
Outra explicação importante, é que o ato de escrever ajuda muito mais seu 
aprendizado do que digitar. Isso mesmo! Sabe por que? o esforço neural para você desenhar 
a letra é muito maior do que apenas bater o dedo na tecla de um computador, desse modo, 
quanto mais esforço, melhor o aprendizado. Faça o teste! 
Ah! E a última dica importante é que a leitura no papel é muito melhor do que no 
computador, por isso eu peço para você efetuar a impressão da apostila, beleza? Bom, chega 
de dicas, e vamos ao que interessa: 
Bons estudos! 
 
 
19 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO 
 CONCEITO: Entendido como a possibilidade da revisão da solução da causa, 
ou seja, a permissão de que a parte possa ter uma segunda opinião concernente à decisão 
da causa. 
Naturalmente, o ser humano não se sente satisfeito por ter seu interesse contrariado. 
A partir dessa ideia foi permitido a parte uma segunda opinião, diante dessa decisão 
desfavorável. Essa possibilidade de reanálise, emite confiança as partes do processo; e isso 
é feito através do princípio do DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO 
REFLEXO PSICOLÓGICO 
 
 
 
 
 
 
 
Além do descontentamento da parte por ser contrariada, o fator psicológico do 
magistrado também pode resultar em uma má aplicação da justiça ao caso concreto; pois, é 
óbvio que cada indivíduo foi criado de uma maneira diferente; pois cada família preserva um 
tipo de cultura em seu lar. E essa cultura ou criação, causa um reflexo psicológico, seja ele 
bom ou ruim, e isso pode induzir o juiz a proferir uma decisão que não é justa no caso 
concreto, mesmo que ele deva ser imparcial. Nesse caso, o princípio do duplo grau de 
jurisdição emite confiança para a parte sucumbente, pois além de ter o processo reanalisado, 
essa reanálise será feita por desembargadores que tem uma experiência jurídica muito maior 
do que o juiz a quo que geralmente está iniciando a carreira. 
 
 
SENTENÇA 
Julgo procedente o 
pedido do autor, e 
estabeleço que o 
nome é BOLACHA! 
 
AUTOR RÉU 
Nega a guarda do pai. 
 
20 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
Mas a doutrina também mostra o outro lado da moeda, e critica esse princípio. A 
primeira crítica está relacionada ao contato do(a) juiz(a) no caso concreto, ato que não ocorre 
quando o recurso é remetido ao juízo ad quem, pois o recurso é formal, ou seja, de forma 
escrita, sendo assim os desembargadores estão limitados à escrita do caso concreto, e 
mesmo que tenha a sustentação oral, não tem o mesmo efeito que a visão do magistrado do 
juízo a quo que sente a emoção no momento de ouvir as partes, as testemunhas ou até os 
peritos sobre o assunto, o que resulta num convencimento muito mais justo, do que dos 
desembargadores. Sendo assim, pode ser que o juiz a quo profere uma sentença justa, e ao 
ser recorrida, os desembargadores proferem um acórdão contrário gerando certa injustiça. 
Quer ilustrar igual a aula? Então vamos lá: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outra crítica doutrinária, é sobre a celeridade processual, pois o recurso devolve a 
matéria para reanálise, o que causa uma demora para o efetivo cumprimento. E quem tem 
um direito lesado, quer uma solução rápida, não é mesmo? 
 
 
 
 
 
 
 
 
PETIÇÃO 
INICIAL 
CONCILIAÇÃO CONTESTAÇÃO FASE 
INSTRUTÓRIA SENTENÇA 
TJ 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
21 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE 
Somente pode ser considerado recurso o instrumento de impugnação que estiver 
expressamente previsto em lei federal como tal. A conclusão é gerada de uma interpretação 
do Art. 22, I, da CF, que atribui à União a competência exclusiva para legislar sobre processo. 
Entendendo-se que a criação de um recurso é nitidamente legislar sobre processo e sendo 
tal tarefa privativa da União, somente a lei federal poderá prever um recurso, que por essa 
razão estarão previstos no ordenamento processual de forma exaustiva, em rol legal “númerus 
clausus” 
Como visto no conceito, os recursos podem estar previstos em qualquer das leis 
federais no nosso ordenamento, e claro, cada um dentro de sua matéria específica. No nosso 
estudo, temos a previsão processual no artigo 994 do C.P.C. conforme abaixo: 
Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos: 
I. apelação; 
II. agravo de instrumento; 
III. agravo interno; 
IV. embargos de declaração; 
V. recurso ordinário; 
VI. recurso especial; 
VII. recurso extraordinário; 
VIII. agravo em recurso especial ou extraordinário; 
IX. embargos de divergência. 
 
Além do código de processo civil, a lei 9.099/95 do juizadoespecial cível (J.E.C.) 
também prevê em seu artigo 41 uma modalidade de recurso, conhecido pela doutrina como 
“Recurso inominado”. Isso é um exemplo de outra modalidade de recurso previsto em outra 
lei federal. 
 Lembre-se que o recurso sempre estará em rol “numerus clausus” e desse modo, 
a parte não poderá inovar, pois como já vimos, recurso que não é cabível, não será aceito. 
Portanto, podemos ressaltar que o contrato particular que inova os procedimentos 
processuais e prazos pode ser aceito por força do artigo 190 do C.P.C., mas se nesse contrato 
as partes compactuarem uma nova modalidade de recurso, não terá efeito perante o judiciário, 
pois só será admitido os recursos do artigo 994, transcrito acima. 
 
 
 
 
 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
22 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
 ÚNICO – UNICIDADE, UNIRRECORRIBILIDADE 
PRINCÍPIO DA SINGULARIDADE 
O princípio da singularidade admite tão somente UMA espécie recursal como meio 
de impugnação de cada decisão judicial. Admite-se a existência concomitante de mais de um 
recurso contra a mesma decisão desde que tenham a mesma natureza jurídica, fenômeno, 
inclusive, bastante frequente quando há no caso concreto sucumbência recíproca ou 
litisconsórcio. 
 
11 
 
 
 
ATENÇÃO! 
Esse princípio tem uma correlação com o PRINCÍPIO DA CONSUMAÇÃO, mas 
quando tratarmos deste último, iremos abordar as diferenças. 
 
Obs.: Muito cuidado com os embargos de declaração, pois quando a parte opõe 
dentro do prazo de 5 dias, o lapso temporal para os demais recursos é INTERROMPIDO. 
Anote: o prazo recursal, 
 
 
A interrupção é diferente de suspensão de prazo, pois a interrupção faz com que o 
lapso temporal volte sua contagem inicial, já a suspensão de prazo, faz com que o prazo volte 
a contar de onde parou. 
 
 
 
 
 
 
PETIÇÃO 
INICIAL 
DECISÃO 
INTERLOCUTÓRIA 
... 
APELAÇÃO Agravo de Instrumento 
PETIÇÃO 
INICIAL 
DECISÃO 
INTERLOCUTÓRIA 
... 
Opõe embargos 
DECISÃO DOS 
EMBARGOS 
PETIÇÃO 
INICIAL 
DECISÃO DOS 
EMBARGOS 
... 
INTERRUPÇÃO DO PRAZO NOVA CONTAGEM DO PRAZO 
AGRAVO DE INST. 
Após 
publicação 
no D.J.e 
 
23 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
A sentença – por sua vez – se causar sucumbência recíproca faz surgir a 
possibilidade de interposição do recurso para cada um dos litigantes, deste modo poderá ser 
interposto dois recursos simultaneamente, mas cada um de uma das partes. 
 
 
 
 
 
 
Conforme explicado em aula, quando houver um litisconsórcio passivo, e os réus 
sofrerem prejuízo total, surge para cada um o direito de recurso, além disso, se houver 
sucumbência recíproca entre os réus e o autor surge também para cada um deles a 
possibilidade de recurso, neste último caso teríamos 3 recursos simultâneos, segue exemplo 
abaixo: 
 
 
 
 
 
 
Obs.: Os embargos de declaração como você já aprendeu na aula anterior, também 
é cabível contra sentença, desse modo reitera-se a mesma explicação acima de 
INTERRUPÇÃO do prazo para interposição de recurso. 
 
 
 
 
 
PETIÇÃO 
INICIAL 
CONCILIAÇÃO CONTESTAÇÃO FASE 
INSTRUTÓRIA SENTENÇA 
2 
SENTENÇA 
2 
SENTENÇA 
3 
Vencedor 
Sucumbência recíproca 
Prejuízo total 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
24 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
Agora eu quero sua atenção redobrada, pois isso pode ser cobrado no Exame da 
Ordem dos Advogados, e se você se confundir, poderá prejudicar-se e não será aprovado. 
Então vamos lá: 
 
 
 
 
 
 
No caso hipotético acima, o autor fez um pedido incidental no processo, e a 
magistrada proferiu a sentença e a decisão interlocutória simultaneamente (ou seja, integrou 
a decisão interlocutória no corpo da sentença). Nesse caso qual é o recurso cabível? 
 Faça a leitura do artigo 1.009, §3º de C.P.C. e grife-o. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PETIÇÃO 
INICIAL 
CONCILIAÇÃO CONTESTAÇÃO FASE 
INSTRUTÓRIA SENTENÇA 
DECISÃO 
INTERLOCUTÓRIA 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
25 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
Além da exceção dos embargos e também da sucumbência recíproca em 
litisconsórcio, temos também uma outra exceção importante que pode ser cobrada na sua 
prova e causar-lhe confusão podendo até reprova-lo. É o caso que de acordão que fere lei 
federal e norma constitucional simultaneamente. Acompanhe comigo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Recurso Especial (REsp) e o Extraordinário (RE) devem ser interpostos 
simultaneamente, sob pena de preclusão temporal. Nesse caso, estamos diante de mais 
uma exceção do princípio da singularidade que admite apenas a interposição de um único 
recurso para cada decisão judicial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TJ 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
LEI FEDERAL 
LEI CONSTITUCIONAL 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
26 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
 
EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO 
 
 VOCÊ TEM APENAS 30 MIN. 
 
1. Fale sobre a importância do princípio do duplo grau de jurisdição e quais são as 
críticas doutrinárias acerca deste princípio. (vale 1,00) 
 
 
 
 
 
 
2. “Quando o(a) juiz(a) profere uma sentença integrada com decisão interlocutória, 
cabe agravo de instrumento e apelação” tal afirmação está correta? Justifique 
apresentando a fundamentação legal. (vale 1,00) 
 
 
 
 
 
 
3. “O embargo de declaração suspende o prazo para interposição dos recursos” Tal 
afirmação está correta? Justifique. (vale 1,00) 
 
 
 
 
 
4. “O princípio da singularidade proíbe a interposição simultânea e sucessiva de 
mais de uma espécie recursal” Tal afirmação está correta? Justifique. (vale 1,00) 
 
 
 
 
 
 
27 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
5. Harvey Specter, advogado percebe que o acórdão proferido contra seu recurso 
viola lei federal e norma constitucional, nesse caso Harvey não sabe como 
proceder na interposição dos recursos extraordinários, sendo assim ele pede sua 
ajuda. Explique ao Harvey como ele deve proceder. (vale 1,50) 
 
 
 
 
 
 
6. Roberto Carlos e Silvio Santos efetuaram um contrato estabelecendo uma 
cláusula que cria um recurso denominado “recurso contratual”. Mas de acordo 
com o princípio da taxatividade esse recurso poderá ser aceito pelo judiciário? 
Justifique. (vale 1,50) 
 
 
 
 
7. O Estado do Acre cria uma lei estadual estabelecendo uma nova modalidade 
recursal, o juiz aceita o recurso e remete os autos ao tribunal, e este profere um 
acórdão prejudicando seu cliente. Com base no fato hipotético, esse recurso é 
admissível? Justifique como você deve proceder para defender seu cliente. (vale 
1,50) 
 
 
 
8. Ao proferir a sentença, o juiz julgou parcialmente procedente o pedido do autor, 
resultando sucumbência recíproca. Sabendo-se que nesse processo existem 
dois litisconsórcios ativo e três litisconsórcios passivo, quantos recursos podem 
ser interpostos? Isso prejudica o princípio da Singularidade? Justifique. (vale 1,50) 
 
 
 
28 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
PRINCÍPIOS PARTE II 
 
 
AULA 04 
 Estamos muito felizes por você! Já chegou na última aula de hoje! Como você está 
se sentindo? Inteligente? Satisfeito(a)? É uma satisfação recíproca. Nossa por ter alcançado 
o objetivo de lhe ensinar, e sua por ter entendido uma matéria tão complexa de uma forma 
simples e didática. 
Saiba que o talento é resultado de muito estudo e vontade de se tornar sempre 
melhor. Todo começo é difícil, primeiro aprendemos a gatinhar, depois andar, para então 
correr. Nunca desanime quando você estiver estudando e não conseguir entender. Pare, 
respire, descanse, volte e tente novamente. Sabe o que torna uma pessoa inteligente? A 
dedicação, o esforço e perseverança! O estudo não é para qualquer um, pois mexe com o 
psicológico, nos obriga a ficar horas concentrado para extrair pouco conhecimento, eisso 
muitas vezes causa frustação. Mas aos poucos você se engrandece, começa a ver a vida com 
outros olhos, sente o prazer do conhecimento e do sucesso! Não deixe que uma matéria te 
desanime, se uma pessoa teve a capacidade de criá-la, você é capaz de entende-la! Não 
aceite a derrota, não seja fraco, você nasceu para ser o(a) melhor! Então mostre a todos a 
sua excelência! Quando alguém olhar nos seus olhos e dizer que você nunca será capaz de 
alcançar seus sonhos, mostre em atitudes o quanto você é forte e faça-o(a) engolir as palavras 
que soltou em vão. 
Eu tenho orgulho de tê-lo(a) como aluno(a)! Mostre o quanto você é capaz! 
Aperte o play, vire a página e supere seus limites! 
 
#VOUTIRAR10! 
 
 
29 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE 
 
Como o próprio nome sugere, fungibilidade significa troca, substituição, e no 
âmbito recursal significa receber um recurso pelo outro, mais precisamente receber o recurso 
que não se entende como cabível para o caso concreto por aquele que teria cabimento. A 
fungibilidade deriva do princípio da instrumentalidade das formas (Art. 188 e 277 C.P.C.), 
o que significa que se houver desvio da forma legal, sem resultar prejuízo, não deve gerar a 
nulidade do ato processual. 
Sabemos que como regra, recurso que não é cabível, não será recebido, sendo 
assim esse princípio flexibiliza alguns casos, que analisados alguns requisitos, pode o 
magistrado conceder tal benesse. desse modo o magistrado recebe um recurso incabível 
como se fosse cabível. 
REQUISITOS QUE DEVEM SER ANALSADOS: 
1. Deve efetivamente existir dúvida fundada a respeito de qual recurso 
é cabível contra aquela decisão: 
Ou seja, deve haver uma dúvida objetiva, pois mesmo com a devida cautela do 
legislador em estabelecer corretamente qual recurso para cada decisão judicial, 
pode existir situações no caso concreto que ocasione incerteza, como por 
exemplo: 
I. Quando a lei confunde a natureza da decisão; 
 
II. A doutrina e Jurisprudência divergem a respeito do recurso cabível; 
 
 
 
Obs.: 
 
III. O juiz profere uma espécie de decisão no lugar de outra (o juiz confunde). 
 
 
2. INEXISTÊNCIA DE ERRO GROSSEIRO: Erro que surge através da imperícia do 
patrono. O STJ considera como erro grosseiro a interposição de recurso diverso 
do expresso em lei para determinada decisão. 
 
 
 
 
30 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
3. INEXISTÊNCIA DE MÁ-FÉ: O recorrente não poderá estar se utilizando de tal 
princípio para se beneficiar através de um prazo prolongado. 
 
 
CASO CONCRETO (JUÍZO AQUO): 
 
DEVERIA SER 
 
 
 
 
a juíza se confundiu 
 
CASO CONCRETO E PREVISÃO LEGAL DO PRINCÍPIO – TRIBUNAIS: 
Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. 
[...] 
§ 3º O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno 
se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do 
recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a 
ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º 
 
 
 
 
 
OPÕE 
 
 
 
SENTENÇA SENTENÇA 
O RECURSO CORRETO 
É AGRAVO DE 
INSTRUMENTO 
DECISÃO 
INTERLOCUTÓRIA 
TJ RECEBI O 
PROTOCOLO, O 
RECURSO AGORA 
ESTÁ CORRETO! 
TJ 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
DECISÃO MONOCRÁTICA 
(ART. 932, III, IV e V) 
TJ 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
 (ART. 932, III, IV e V) 
SERÁ MELHOR A 
INTERPOSIÇÃO 
DE AGRAVO 
INTERNO 
TJ 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
 
31 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso 
especial versa sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para 
que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão 
constitucional. 
Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput, o relator remeterá o 
recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao 
Superior Tribunal de Justiça. 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 1.033. Se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à 
Constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação de 
lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao Superior Tribunal de Justiça para julgamento como 
recurso especial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
32 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS 
Ainda que não exista previsão expressa no ordenamento pátrio a esse respeito, não 
existe dúvida de que o direito brasileiro adotou o princípio da proibição da reformatio in pejus, 
de forma que na pior das hipóteses para o recorrente a decisão recorrida é mantida, não 
podendo ser alterada para piorar sua situação. 
Para que exista a possibilidade desse princípio, é necessário existir dois 
requisitos: 
1. Sucumbência recíproca porque, se uma das partes sucumbir integralmente 
não há como o recurso piorar sua situação, que já é a pior possível. 
 
EXCETO: Casos de improcedência liminar do pedido (Art. 332 C.P.C.). 
 
2. Recurso de somente uma das partes, porque, se ambas as partes 
recorrerem a devolução será integral e a eventual piora na situação de uma 
das partes decorrerá não de seu próprio recurso, mas do julgamento do 
recurso da parte contrária. 
 
CASO CONCRETO: 
 
 
1 - DEVE TER SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA EXCEÇÃO – IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENTENÇA 
AUTOR RÉU 
TJ 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
PETIÇÃO 
INICIAL 
SENTENÇA 
TJ 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
 
33 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
2 – Recurso interposto por somente uma das partes Observação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se ambos sucumbentes recorrerem, a reforma que prejudicar um deles não será 
derivada do tribunal e sim do pedido do recurso da parte contrária. Já nos casos em que 
somente uma das partes recorre, o tribunal mesmo visualizando uma possível reforma, mas 
que no caso concreto poderá resultar em prejuízo ao recorrente, irá manter a decisão do juiz 
a quo, pois desta forma não irá piorar a situação do recorrente. 
Outra importante observação, é o caso de prejuízo total em que somente o 
prejudicado recorreu, podendo os desembargadores conceder tal princípio com base no 
segundo requisito, mesmo que não tenha o primeiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENTENÇA 
AUTOR RÉU 
TJ 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
PETIÇÃO 
INICIAL 
SENTENÇA 
TJ 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
VOCÊ ESTÁ 
EM: 
 
32min 42seg 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
34 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
A reformatio in pejus admite a aplicação do efeito translativo dos recursos, 
efeito este que ocorre nos casos de matéria de ordem pública, sendo que o tribunal de justiça 
poderá conhecê-las de ofício, o que poderá piorar a situação do recorrente, mesmo que 
só este tenha interposto o recurso. 
O juiz deve 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PETIÇÃO 
INICIAL 
SENTENÇA … 
AUTOR RÉU 
TJ 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
35 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
 
EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO 
 
 VOCÊ TEM APENAS 15 MIN. 
 
9. Jessica Person advogada, fez uma interpretação pessoal sobre um trecho da 
doutrina que deu a entender uma modalidade de recurso diferente do previsto na 
jurisprudência num determinado caso concreto. Nesse caso, Jéssica Person 
interpôs um recurso diferente da jurisprudência alegando sua interpretação 
doutrinária acerca do assunto, pedindo ao juiz a concessão do princípio da 
fungibilidade se caso ele entendesse outra modalidade recursal. O juiz diante de 
tal hipótese, pode concedê-lo? Justifique. (vale 3,00)10. O juiz proferiu uma decisão interlocutória quando na verdade deveria ter proferido 
uma sentença, e o advogado da parte sucumbente confuso perguntou a alguns 
colegas advogados que também ficaram perdidos sobre qual recurso deveria ser 
interposto. Então o advogado do sucumbente interpôs agravo de instrumento e 
pediu o princípio da fungibilidade aos desembargadores. Analisando o caso 
hipotético, seria correto a concessão de tal princípio? Justifique o porquê. (vale 5,00) 
 
 
 
 
 
 
11. Disserte o que é a Reformatio in Pejus e diga quais são os requisitos para que o 
tribunal conceda tal princípio. (vale 2,00) 
 
 
 
 
 
36 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
PRINCÍPIOS PARTE III 
 
AULA 05 
 
Estamos de volta em mais uma jornada do conhecimento finalizando o 
primeiro módulo do curso de Teoria Geral dos Recursos! 
Não temos dúvidas que tu tornar-se-á o(a) melhor profissional nessa matéria, 
inclusive deve estar impressionando os colegas com tanto conhecimento, não é 
mesmo? E isso é apenas o começo do curso, e se você estiver estudando 
corretamente não haverá mais prova sobre esse assunto que te reprove! 
Portanto não desista de continuar essa jornada, pois você está efetuando um 
curso que vários(as) alunos(as) ainda não tiveram acesso, o que o torna 
exclusivo para você que já é inscrito no canal! Sendo assim aproveite e saia na frente 
de todos os outros concorrentes agregando conhecimento jurídico da maneira mais 
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amigo(a) que está desesperado(a) e não consegue aprender a matéria. 
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conhecimento tornando suas anotações mais eficazes. 
Bons estudos! 
 
37 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
PRINCÍPIO DA VOLUNTARIEDADE 
O princípio da voluntariedade está relacionado a vontade do recorrente em reanalisar 
a decisão judicial, sendo que, essa vontade é exclusiva e deve ser demonstrada mediante 
peça escrita (volitiva) direcionada ao juiz que proferiu a decisão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por outro lado, como estamos tratando de um princípio ligado a vontade do 
recorrente, este pode não querer recorrer demonstrando sua satisfação, e, desse modo, 
renunciar seu direito de recurso manifestando-se através de uma peça escrita chamada de 
peça de renúncia do direito recursal, devendo o juiz determinar que o escrivão transite em 
julgado a decisão para o renunciante. E se ambas as partes renunciarem, haverá o trânsito 
em julgado para ambos e desse modo a parte vencida poderá iniciar o cumprimento de 
sentença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DECISÃO 
SE VOCÊ QUISER RECORRER, 
ENTÃO INTERPONHA/OPONHA 
O RECURSO. ME FALAR NÃO 
VAI ADIANTAR. 
JUIZ EU 
QUERO 
RECORRER! 
EXCEÇÃO 
Lei 9.099/95 – Juizado especial cível 
Art. 49. Os embargos de declaração 
serão interpostos por escrito ou 
oralmente, no prazo de cinco dias, 
contados da ciência da decisão. 
JUIZ, NOSSA 
CLIENTE 
NÃO QUER 
RECORRER! 
DECISÃO 
VISTOS. TRANSITE-SE EM 
JULGADO A SENTENÇA, 
CERTICANDO-A. CUMPRA-SE! 
JUIZ MEU 
CLIENTE 
NÃO QUER 
RECORRER! 
R$ 90.000,00 - R$ 90.000,00 
Manifestação oral 
 
38 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
Além da peça de renúncia, a doutrina de Daniel Amorim de Assumpção3 nos ensina 
que outro modo da parte demonstrar sua satisfação com a decisão, é cumprindo 
imediatamente o que o juiz prolatou, pois subintende-se que houve aceitação de tal 
condenação existindo nesse caso uma preclusão lógica. É o que a doutrina chama de 
aquiescência. 
 
 
 
 
 
REMESSA NECESSÁRIA: Não é considerada recurso, pois desrespeita o princípio da 
VOLUNTARIEDADE e o da TAXATIVIDADE. 
Está prevista no artigo 496 do C.P.C. que estabelece o seguinte: 
 
 
3 NEVES, Daniel Amorim de Assumpção. Manual de direito processual civil. 8.ed. Salvador: JusPodivm, 2016. (p. 2.710) 
Da Remessa Necessária 
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão 
depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: 
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas 
respectivas autarquias e fundações de direito público; 
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal. 
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, 
o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do 
respectivo tribunal avocá-los-á. 
§ 2º Em qualquer dos casos referidos no § 1o, o tribunal julgará a remessa 
necessária. 
§ 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito 
econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a: 
I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e 
fundações de direito público; 
II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as 
respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam 
capitais dos Estados; 
III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas 
autarquias e fundações de direito público. 
[...] EXISTEM MAIS PARÁGRAFOS, ACONSELHO A LEITURA. 
 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
39 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DECISÃO 
JUIZ NÃO 
QUERO 
RECORRER! 
R$ 1.001.700,00 
1.050 SALÁRIOS MÍNIMOS = R$ 954,00 (2018) 
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 
TUDO BEM, MAS DE QUALQUER FORMA A LEI ME OBRIGA! 
REMETAM OS AUTOS AO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL, 
CONFORME ART. 496, §3º, INCISO I 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
40 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE 
O conceito do princípio da dialeticidade é amplo e plurissignificativo, mas todos se 
referem a oposição de argumentos, que visa a discussão acerca de um posicionamento pré-
estipulado com intuito de estabelecer outra versão a um contexto. A dialética surgiu da 
filosofia, onde os filósofos evoluíam suas teses sendo opostos as teses anteriores superando 
conceitos e descobrindo outras versões mais racionais e lógicas do que os antecedentes. 
Como o direito é uma ciência jurídica que é repleta de oposições de ideias, temos 
corriqueiramente essa prática, e como óbvio também há dentro da modalidade recursal o que 
é de extrema importância. Para melhor visualização, ilustro abaixo como funciona na prática 
tal conceito: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desse modo não restará mais dúvida acerca do conceito da dialética, e também 
como é aplicada ao caso concreto no âmbito recursal. Além disso, esse entendimento é de 
extrema importância para que você visualize melhor a explicação da aula seguinte. 
 
DECISÃO 
TESE 
ANTÍTESE 
SÍNTESE TESE 
ANTÍTESE 
O juiz, ao proferir sua decisão, 
estabelece seu argumento acerca 
dos fatos apresentados a ele, 
portanto ele demonstra uma TESE. 
O Recorrente, não se 
conforma com a TESE do juiz 
e em suas razões recursais 
ele demonstra os equívocos do 
juiz, e diz como o mesmo 
deveria ter atuado, 
demonstrando sua ANTÍTESE 
Os dois argumentos 
(TESE e ANTÍTESE) 
formam uma SÍNTESE, 
e essa síntese torna-se 
uma nova TESE para o 
Recorrido. 
Por fim, após analisar a 
SÍNTESE (duas versões) 
o Recorrido impugnará a 
ANTÍTESE do 
Recorrente e defenderá 
a TESE do juiz, 
formulando uma nova 
ANTÍTESE 
 
 
 
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41 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
 
PRINCÍPIOS PARTE IV 
 
AULA 06 
 
 
 
 
 
Finalmente chegamos na última aula dos princípios, após terminá-la você 
estará preparado(a) para aprender os requisitos de admissibilidade recursal que será 
o segundo módulo do curso. Um aviso importante para você, assista essa aula até o 
fim, pois só então você conseguirá ganhar a apostila de MAPA MENTAL que serviráde estudo para que você não esqueça mais o que foi ensinado até aqui, ok? 
E parabéns pelo seu esforço e dedicação, são poucos os que assistiram até 
aqui! Os fracos desistiram nas primeiras aulas, mas você provou que é dedicado(a) e 
merece ser o(a) melhor, por isso desejo uma excelente aula! 
 
 
 
42 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
 Agora que você entendeu a dialeticidade, explicarei o panorama da fundamentação 
recursal, para que você perceba como que o Recorrente formula sua antítese. Segue a 
ilustração junto com a aula: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conforme a explicação, o recorrente não poderá firmar sua antítese inovando as 
teses anteriores, ou seja, alegando argumentos inexistentes, e nem o recorrido poderá 
formular sua antítese inovando as teses anteriores do Recorrente e do juiz. 
 
 
RAZÕES RECURSAIS 
RECORRENTE 
FUNDAMENTAÇÃO 
CAUSA DE PEDIR 
PEDIDOS 
CAUSA 
DE PEDIR 
ERROR IN JUDICANDO 
ERROR IN PROCEDENDO 
PEDIDO 
MODIFICAÇÃO/REFORMA 
ANULAÇÃO/INVALIDAÇÃO 
DECISÃO 
 
X 
Y 
Z 
ERROR IN JUDICANDO 
MODIFICAÇÃO/REFORMA 
 
RAZÕES RECURSAIS 
 
CONTRARRAZÕES RECURSAIS 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
43 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
PRINCÍPIO DO TANTUM DEVOLUTUM QUANTUM APELATTUM 
Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. 
Esse princípio limita a atuação dos desembargadores que poderá somente se 
pronunciar sobre os pedidos e a causa de pedir da fundamentação recursal do recorrente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.: Como abordado na aula 04, existe o efeito translativo dos recursos, que ocorre nos 
casos em que a sentença viola matéria de ordem pública; desse modo se os 
desembargadores verificarem tal vício processual, poderão através de tal efeito 
anular/invalidar a decisão judicial, mesmo que o pedido efetuado pelo Recorrente seja de 
modificação/reforma da decisão. Portanto cabe essa importante observação para que não 
exista dúvidas acerca desse fenômeno processual. 
 
DECISÃO 
 
X 
Y 
Z 
ERROR IN JUDICANDO 
MODIFICAÇÃO/REFORMA 
 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
44 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
PRINCÍPIO DA CONSUMAÇÃO X PRINCÍPIO DA SINGULARIDADE 
O princípio da consumação estabelece que ao interpor o recurso, o recorrente 
consuma o ato não podendo repeti-lo novamente ou até substitui-lo por outro. 
 
PRINCÍPIO DA SINGULARIDADE PRINCÍPIO DA CONSUMAÇÃO 
PARA CADA DECISÃO JUDICIAL CABE APENAS 1 (UMA) 
MODALIDADE DE RECURSO 
O ATO SE CONSUMA NO MOMENTO QUE A PARTE 
INTERPÕE O RECURSO (PRECLUSÃO CONSUMATIVA) 
NÃO ACEITA A INTERPOSIÇÃO DE MAIS DE UM 
RECURSO SIMULTÂNEAMENTE 
NÃO ACEITA A INTERPOSIÇÃO DE MAIS DE UM 
RECURSO SIMULTÂNEAMENTE 
NÃO ACEITA A INTERPOSIÇÃO SUCESSIVA DE 
RECURSOS 
NÃO ACEITA A INTERPOSIÇÃO SUCESSIVA DE 
RECURSOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como se observa, ambos os princípios proíbem os mesmos atos, o que pode levá-lo 
a confusão no momento em que estiver efetuando a leitura doutrinária. 
 
 
 
 
 
 
SENTENÇA SENTENÇA 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
45 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
PRINCÍPIO DA CONSUMAÇÃO – PEÇA RECURSAL 
PRINCÍPIO DA VOLUNTARIEDADE – PEÇA ___________________ 
 PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE – PEÇA ______________________ 
O princípio da consumação é aplicado na peça recursal cível diferenciando-a da peça 
processual penal, em que é assinado o Termo de Recurso (peça volitiva) ou o Termo de 
Renúncia, e se caso o réu assinar o termo de recurso terá prazo de 8 dias para apresentar as 
Razões de Recurso (art. 600 do C.P.P.). 
 
 
Este é um modelo do 
Termo que é assinado 
pelo sentenciado no 
âmbito do C.P.P. 
Perceba que a primeira 
opção demonstra a 
vontade de recorrer, já 
a segunda manifesta a 
renúncia. 
 
46 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
Já o código de processo civil, através desse princípio, obriga o recorrente a 
apresentar a peça volitiva e a peça descritiva simultaneamente. Segue a explicação da aula: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA [...] VARA CÍVEL DA COMARCA DE [...] ESTADO DE(O) [...] 
 
(NOME e SOBRENOME), JÁ QUALIFICADO NOS AUTOS, POR SEU ADVOGADO DEVIDAMENTE CONSTITUÍDO NOS 
AUTOS DA AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL QUE LHE MOVE FULANO DE TAL, TAMBÉM JÁ 
QUALIFICADO, INCONFORMADO COM A r. SENTENÇA DE FLS. [...], VEM RESPEITOSAMENTE A PRESENÇA DE VOSSA 
EXCELÊNCIA, COM FUNDAMENTO NOS ARTS. 1.009 E SEGUINTES DO C.P.C., INTERPOR TEMPESTIVAMENTE A 
PRESENTE APELAÇÃO, PELOS MOTIVOS DE FATO E DE DIREITO QUE FICAM FAZENDO PARTE INTEGRANTE 
DESSA. 
 
CONSIDERANDO A MATÉRIA DEBATIDA, O PRESENTE RECURSO É DOTADO DE DUPLO EFEITO (ART. 1.012 DO CPC) 
REQUER AINDA QUE APÓS OS TRÂMITES LEGAIS (OITIVA DA PARTE CONTRÁRIA), SEJAM OS AUTOS 
ENCAMINHADOS AO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE(O) [...], PARA QUE O RECURSO, UMA VEZ 
CONHECIDO E PROCESSADO NA FORMA DA LEI, SEJA INTEGRALMENTE PROVIDO. 
 
INFORMA, OUTROSSIM, QUE NOS TERMOS DO ART. 1.007 DO C.P.C., O PREPARO E O PORTE DE REMESSA E 
RETORNO FORAM RECOLHIDOS, O QUE SE COMPROVA PELA GUIA DEVIDAMENTE QUITADA QUE ORA SE JUNTA 
AOS AUTOS. 
 
TERMOS EM QUE 
PEDE DEFERIMENTO. 
 
CIDADE, DATA 
OAB/UF: [...] 
ADVOGADO [...] 
ASSINATURA PEÇA VOLITIVA 
RAZÕES DE RECURSO 
APELANTE: (NOME e SOBRENOME) 
APELADO: (NOME e SOBRENOME) 
AUTOS: (NÚMERO) 
EGRÉGIO TRIBUNAL, COLENDA CÂMARA, NOBRES JULGADORES: 
 
I – BREVE SÍNTESE DOS FATOS: 
 [...] 
II – DAS RAZÕES DO INCONFORMISMO PEÇA DESCRITIVA 
 [...] 
III – DOS PEDIDOS 
 [...] 
 
47 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como ensinado, a parte não poderá protocolar as peças separadamente, ambas 
devem ser protocoladas simultaneamente, pois se o recorrente descumprir essa regra a peça 
descritiva não será analisada pelos desembargadores do tribunal hierarquicamente superior, 
e por consequência o recurso não será recebido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
P.V. P.D. 
3º dia 10º dia 
FAÇA UM RESUMO DO QUE VOCÊ APRENDEU 
 
48 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
PRINCÍPIO DA COMPLEMENTARIDADE 
Conforme aprendemos no princípio da consumação, em que após o recorrente 
interpor o recurso e o ato se consumar ficará ele impedido de complementar as razões 
recursais; mas esse impedimento poderia gerar danos irreparáveis ao recorrente caso 
estivesse dentro de uma situação que abaixo eu ilustro, acompanhe comigo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por fim, esse é o princípio da consumação, que permite que o recorrente 
complemente suas razões recursais quando estiver dentro da previsão legal do artigo 1.024, 
§4º do código de processo civil. 
 
AUTOR 
PEDIDOS: 
QUERO DANOS MATERIAIS! 
QUERO DANOS MORAIS! 
SENTENÇA 
RÉU 
JULGO PROCEDENTE, CONDENO O RÉU A PAGAR 
OS DANOS MATERIAIS! 
PUBLICAÇÃO 
D.J.e 
EXCELÊNCIA, VOCÊ SE OMITIU 
ACERCA DOS DANOS MORAIS 
APELANTE 
APELAÇÃO 
3º DIA ÚTIL 
OPÕE EMBARGOS DE DEC. 
5º DIA ÚTIL 
O ATO SE CONSUMOU 
NÃO PODE HAVER 
COMPLEMENTAÇÃO 
INTERROMPE-SE O 
LAPSO TEMPORAL 
ACOLHO A ALEGAÇÃO DE OMISSÃO E 
ACRESCENTO OS DANOS MORAIS NA 
CONDENAÇÃO DO RÉU. 
DECISÃO DOS 
EMBARGOS 
Art. 1.024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias. 
[...] 
§ 4º Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão 
embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária 
tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, 
no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de 
declaração. 
AUTOR RÉU 
PUBLICAÇÃO 
D.J.e 
O RÉU PODERÁ COMPLEMENTAR 
AS RAZÕES RECURSAIS DENTRO 
DO NOVO LAPSO TEMPORAL DE 15 
DIAS. 
EMBARGANTE EMBARGADO 
APELADOAPELANTE 
 
49 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
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50 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO 
 
VOCÊ TEM APENAS 15 MIN. 
 
1. (EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXIV – FGV 2017) Arthur ajuizou ação perante o Juizado Especial 
Cível da Comarca do Rio de Janeiro, com o objetivo de obter reparação por danos materiais, em razão de 
falha na prestação de serviços pela sociedade empresária Consultex. A sentença de improcedência dos 
pedidos iniciais foi publicada, mas não apreciou juridicamente um argumento relevante suscitado na 
inicial, desconsiderando, em sua fundamentação, importante prova do nexo de causalidade. Arthur 
pretende opor embargos de declaração para ver sanada tal omissão. Diante de tal cenário, assinale a 
afirmativa correta. 
(a) Arthur poderá opor embargos de declaração, suspendendo o prazo para interposição de recurso para a 
Turma Recursal. 
(b) Os embargos não interrompem ou suspendem o prazo para interposição de recurso para a Turma 
Recursal, de modo que Arthur deverá optar entre os embargos ou o recurso, sob pena de preclusão. 
(c) Eventuais embargos de declaração interpostos por Arthur interromperão o prazo para interposição de 
recurso para a Turma Recursal. 
(d) Arthur não deverá interpor embargos de declaração pois estes não são cabíveis no âmbito de Juizados 
Especiais. 
 
2. (EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXIII – FGV 2017) Carolina, vítima de doença associada ao 
tabagismo, requereu, em processo de indenização por danos materiais e morais contra a indústria do 
tabaco, a inversão do ônus da prova, por considerar que a parte ré possuía melhores condições de produzir 
a prova. O magistrado, por meio de decisão interlocutória, indeferiu o requerimento por considerar que a 
inversão poderia gerar situação em que a desincumbência do encargo seria excessivamente difícil. Sobre 
a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
(a) A decisão é impugnável por agravo interno. 
(b) A decisão é irrecorrível. 
(c) A decisão é impugnável por agravo de instrumento. 
(d) A parte autora deverá aguardar a sentença para suscitar a questão como preliminar de apelação ou nas 
contrarrazões do recurso de apelação. 
 
3. (EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXII – FGV 2017) Jorge ajuizou demanda contra Maria, requerendo 
sua condenação à realização de obrigação de fazer e ao pagamento de quantia certa. Fez requerimento de 
tutela provisória de urgência em relação à obrigação de fazer. Após o transcurso da fase postulatória e 
probatória sem a análise do mencionado requerimento, sobreveio sentença de procedência de ambos os 
pedidos autorais, em que o juízo determina o imediato cumprimento da obrigação de fazer. Diante de tal 
situação, Maria instruiu seu advogado a recorrer apenas da parte da sentença relativa à obrigação de fazer. 
Nessa circunstância, o advogado de Maria deve: 
 
(a) impetrar Mandado de Segurança contra a decisão que reputa ilegal, tendo como autoridade coatora o 
juízo sentenciante. 
(b) interpor Agravo de Instrumento, impugnando o deferimento da tutela provisória, pois ausentes seus 
requisitos. 
 
51 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
(c) interpor Apelação, impugnando o deferimento da tutela provisória e a condenação final à obrigação de 
fazer. 
(d) interpor Agravo de Instrumento, impugnando a tutela provisória e a condenação final à obrigação de fazer. 
 
4. (EXAME DA ORDEM UNIFICADO XXIV – FGV 2017) Maria dirigia seu carro em direção ao trabalho, 
quando se envolveu em acidente com um veículo do Município de São Paulo, afetado à Secretaria de Saúde. 
Em razão da gravidade do acidente, Maria permaneceu 06 (seis) meses internada, sendo necessária a 
realização de 03 (três) cirurgias. 
Quinze dias após a alta médica, a vítima ingressou com ação de reparação por danos morais e materiais 
em face do ente público. Na sentença, os pedidos foram julgados procedentes, com condenação do ente 
público ao pagamento de 200 (duzentos) salários mínimos, não tendo a ré interposto recurso. 
Diante de tais considerações, assinale a afirmativa correta. 
(a) Ainda que o Município de São Paulo não interponha qualquer recurso, a sentença está sujeita à remessa 
necessária, pois a condenação é superior a 100 (cem) salários mínimos, limite aplicável ao caso, o que impede o 
cumprimento de sentença pelo advogado da autora. 
(b) A sentença está sujeita à remessa necessária em qualquer condenação que envolva a Fazenda Pública. 
(c) A sentença não está sujeita à remessa necessária, porquanto a sentença condenatória é ilíquida. Maria 
poderá, assim, propor a execução contra a Fazenda Pública tão logo a sentença transite em julgado. 
(d) A sentença não está sujeita à remessa necessária, pois a condenação é inferior a 500 (quinhentos) 
salários mínimos, limite aplicável ao caso. Após o trânsito em julgado, Maria poderá promover o cumprimento de 
sentença em face do Município de São Paulo. 
 
5. (Oficial de Justiça – TRT 24ª Região MS - FCC 2017) Os embargos de declaração, nos termos 
preconizados pelo Código de Processo Civil, serão opostos em petição dirigida ao juiz no prazo de: 
(a) 10 dias, sem efeito suspensivo e interrompendo o prazo para a interposição de recurso. 
(b) 10 dias, possuindo efeito suspensivo, e suspendendo o prazo para a interposição de recurso. 
(c) 3 dias, possuindo efeito suspensivo e interrompendo o prazo para a interposição de recurso. 
(d) 5 dias, possuindo efeito suspensivo e suspendendo o prazo para a interposição de recurso. 
(e) 5 dias, sem efeito suspensivo e interrompendo o prazo para a interposição de recurso. 
 
6. (Ano 2018, Banca FCC, Órgão DPE-AM, Analista Jurídico de Defensoria - Ciências Jurídicas) O 
recurso adequado para a impugnação de decisão que indefere a petição inicial, sob o fundamento de 
inépcia, é o de: 
(a) agravo de instrumento, sendo facultado ao juiz, no prazo de cinco dias, retratar-se. 
(b) apelação, inexistindo previsão legal de retratação por parte do magistrado. 
(c) apelação, sendo facultado ao juiz, no prazo de cinco dias, retratar-se. 
(d) agravo de instrumento, inexistindo previsão legal de retratação por parte do magistrado. 
(e) apelação, sendo facultado ao juiz, após a citação do réu para responder ao recurso, retratar-se no prazo 
de dez dias. 
 
7. (Ano 2017, Banca CESPE, TJ-PR - Juiz Substituto) FERNANDO ajuizou ação indenizatória contra 
Manoel, tendo formalizado pedido único de indenização por danos morais no valor de cem mil reais. Na 
fase de produção de provas, o juiz indeferiu o pedido de prova pericial feito por FERNANDO. Ao final da 
fase de conhecimento, o magistrado julgou integralmente procedente o pedido de indenização. Nessa 
situação hipotética, de acordo com as regras previstas no CPC, eventual pretensão recursal de FERNANDO 
com a finalidade de permitir a realização da perícia 
 
52 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
(a) poderá ser apresentada em contrarrazões, caso Manoel apele da sentença. 
(b) estará preclusa caso não tenha sido interposto recurso de agravo de instrumento da decisão que indeferiu 
a prova. 
(c) deverá ser rejeitada em qualquer hipótese por falta de interesse recursal. 
(d) poderá ser alcançada mediante a interposição de recurso de apelação, quando o autor for intimado da 
sentença de procedência. 
 
8. (Ano 2017, Banca CESPE, TJ-PR - Juiz Substituto) determinadasociedade empresária ajuizou 
demanda contra pequeno município localizado no interior do Paraná e, indicando como causa de pedir o 
inadimplemento contratual do município, apresentou dois pedidos de indenização: um por danos 
emergentes no valor de trezentos mil reais; outro por lucros cessantes no valor de duzentos mil reais. 
Apresentada a defesa pelo ente público e tomadas as providências preliminares, o magistrado julgou 
procedente o pedido referente aos danos emergentes em decisão interlocutória. Após a produção de 
outras provas, o juiz prolatou sentença em que julgou procedente também o pedido pertinente aos lucros 
cessantes, tendo ainda apreciado expressamente questão prejudicial de mérito relativa à validade do 
contrato. Nenhuma das decisões foi objeto de interposição de recurso pelo município. Nessa situação 
hipotética 
(a) o magistrado não poderia julgar o mérito em decisão interlocutória e, portanto, a decisão interlocutória 
deverá ser considerada nula quando o tribunal apreciar o processo em sede de remessa necessária. 
(b) a remessa necessária incidirá apenas em relação à sentença, não podendo recair sobre a decisão 
interlocutória, mesmo ante o fato de essa decisão ter resolvido o mérito de forma parcial. 
(c) a decisão interlocutória que versou sobre o mérito da demanda não faz coisa julgada material, porque 
essa é uma situação jurídica exclusiva das sentenças de mérito, quanto às decisões que são prolatadas em 
primeiro grau. 
 
(d) a coisa julgada sobre a questão prejudicial incidental dependerá de remessa necessária, observados 
ainda os demais pressupostos para a incidência do duplo grau obrigatório. 
 
 
 
 
O GABARITO ESTÁ NA DESCRIÇÃO DA AULA 06. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 TEORIA GERAL DOS RECURSOS PROFESSOR IAGO INAEL 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios. Direito processual civil esquematizado. 6.ed. São Paulo: 
Saraiva, 2016. 
NEVES, Daniel Amorim de Assumpção. Manual de direito processual civil. 8.ed. 
Salvador: JusPodivm, 2016.

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