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Protocolo PSAL_Dor lombar

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Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
COMO USAR ESTE PROTOCOLO 
Este protocolo tem a finalidade de ser utilizado como material didático de apoio, no desenvolvimento de conhecimentos e 
habilidades para o manejo de condições de saúde sensíveis ao cuidado farmacêutico. Este material não tem o objetivo 
de substituir fontes mais completas de consulta, como guias de prática ou diretrizes clínicas, que devem ser conhecidas 
pelos profissionais. 
Os autores deste documento empenharam seus melhores esforços para assegurar que as informações apresentadas 
estejam em acordo com os padrões aceitos à época da publicação, e todos os dados foram atualizados pelos autores até 
a data de sua entrega. Entretanto, recomendamos enfaticamente que os leitores consultem sempre outras fontes 
fidedignas, de modo a se certificar de que essas informações estejam corretas e atualizadas. Recomendamos que este 
protocolo não seja utilizado como única fonte de consulta. 
Os autores procuraram citar adequadamente e dar o devido crédito a todos os detentores de direitos autorais de 
qualquer conteúdo citado neste documento, dispondo-se a possíveis correções posteriores caso, inadvertida e 
involuntariamente, a identificação de algum deles tenha sido omitida. 
APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA 
A dor lombar é caracterizada como dor musculoesquelética ou rigidez da coluna lombar que dura <6 semanas. A dor 
lombar é um transtorno autolimitado para a maioria dos pacientes, atingindo em torno de 84% da população adulta. Os 
principais fatores de risco para o desenvolvimento da dor lombar incluem o estilo de vida sedentário (particularmente 
interrompido por excesso de atividade), bem como má postura, sapatos inadequados, obesidade, postura inadequada 
durante o sono e técnica inadequada no levantamento de objetos pesados. 
A dor lombar pode ser definida como inespecífica, quando o paciente descreve os sintomas de dor lombar sem causa 
clara. Além disso, a dor lombar não específica pode ser definida pela duração em: aguda - duração <6 semana; 
subaguda - duração entre 6 semanas e 3 meses e crônica – duração > 3 meses. 
Na dor lombar específica, a causa é identificável. Entre as possíveis causas estão fratura, hérnia de disco, infecção ou 
artrite reumatoide e dor ciática. Nessas situações o paciente pode descrever a dor irradiada para membro inferior. 
 
ACOLHIMENTO DA DEMANDA 
No acolhimento o primeiro passo é escutar e compreender a demanda do paciente. Acolher bem inclui um local 
adequado que garanta privacidade e comodidade. Nesse momento é ideal que o farmacêutico apresente o propósito da 
consulta a fim de compartilhar com o paciente o que está planejado para acontecer durante o atendimento. Na 
abordagem ao paciente com dor lombar o farmacêutico deve sempre se mostrar acessível e solidário, com linguagem 
prática e de fácil compreensão, transmitindo ao paciente naturalidade e conforto quanto ao problema de saúde 
autolimitado. 
 
ANAMNESE FARMACÊUTICA E VERIFICAÇÃO DE PARÂMETROS 
 
No processo de anamnese, o farmacêutico deve coletar informações que auxiliem na identificação e diferenciação entre 
problemas de saúde autolimitados que são passíveis de manejo pelo farmacêutico e outras condições clínicas com maior 
gravidade, que necessitarão de encaminhamento a outro profissional ou serviço de saúde. 
Para a interpretação dos sintomas do paciente é importante caracterizar a sua queixa com relação ao tempo de início, 
frequência e duração, localização, característica, gravidade, ambiente, fatores que agravam ou que aliviam e sintomas 
associados e uso de medicamentos prévios. Além disso, nesse momento pode ser importante a avaliação física e a 
aferição de parâmetros objetivos, bioquímicos e/ou fisiológicos. 
 
Sinais e sintomas característicos de dor lombar: 
 Dor lombar inferior ou sacral, geralmente descrita como dor ou rigidez; 
 Dor localizada (dor sacral após atividade física) ou difusa (dor lombar postural, após longo período em posição 
incorreta); 
 
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
 Início agudo com redução da mobilidade. 
 
SITUAÇÕES DE ALERTA PARA O ENCAMINHAMENTO 
No atendimento da demanda, o farmacêutico deve estar atento para descartar problemas de saúde de maior gravidade e 
que necessitarão de encaminhamento. No Quadro 1, estão apresentadas situações que requerem encaminhamento a 
outro profissional ou serviço de saúde. 
 
QUADRO 1 - Situações que requerem encaminhamento a outro profissional de saúde ou serviço de saúde. 
SINAIS E SINTOMAS DE ALERTA 
Déficit motor ou sensitivo progressivo 
Fraqueza nas pernas 
Dificuldade em urinar, incluindo retenção urinária 
Incontinência fecal 
Início com idade <20 anos ou> 55 anos 
Dor que é insuportável à noite 
Dor não relacionada ao tempo ou à atividade (não mecânica) 
Dor que irradia para membro inferior além do joelho 
Sintomas neurológicos generalizados 
Perda de peso involuntária 
Mal estar, febre ou calafrios 
Trauma significativo 
História anterior de: 
 osteoporose 
 neoplasia ou forte suspeita de neoplasia atual 
 infecção recente, incluindo infecção do trato urinário 
 HIV 
 imunossupressão 
História anterior de uso de esteróides 
Piora ou ausência de melhora após 4-6 semanas de tratamento 
FONTE: o autor (2018) 
 
PLANO DE CUIDADO 
A partir da análise das informações coletadas, o farmacêutico, excluindo os casos de encaminhamento identificados na 
anamnese farmacêutica, deve proceder à seleção de condutas e elaboração de seu plano de cuidado, de forma 
compartilhada com o paciente, a fim de atender as suas necessidades e problemas de saúde. 
O plano de cuidado do paciente envolve a seleção de condutas para promover o alívio da dor, proporcionando bem-estar 
e manutenção das atividades de vida diárias. O plano contém as ações pactuadas entre o paciente e o farmacêutico, 
embasadas nas melhores evidências disponíveis, e de forma coordenada com o restante da equipe de saúde envolvida 
no cuidado. 
O objetivo do tratamento da dor lombar inclui diminuir a intensidade (gravidade) e a duração da dor; restaurar função da 
área afetada; prevenir lesões e incapacidades (ou seja, melhorar a realização das atividades de vida diárias) e prevenir 
que a dor lombar aguda evolua para dor lombar crônica persistente. 
 
 
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
A abordagem terapêutica inicial inclui a discussão de intervenções não farmacológicas que possam ser úteis, tais como 
aplicação de calor na região lombar, acupuntura e massagem. O tratamento farmacológico inclui anti-inflamatórios não 
esteroidais (AINEs), relaxantes musculares e/ou analgésicos. 
 
MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS 
Medidas de tratamento não farmacológicas para dor lombar não estão bem descritas na literatura e os dados de 
efetividade não são robustos. De um modo geral, as medidas não farmacológicas podem ser adotadas para dor lombar 
associada aos tratamentos farmacológicos isentos de prescrição médica. Entre essas medidas, temos: 
 Aconselhamento para permanecer ativo demonstrou associação com melhora da dor e estado funcional em 
comparação com o repouso em pacientes com dor lombar aguda. 
 Terapia de calor demonstrou associação com redução da dor em curto prazo em pacientes com dor lombar 
aguda ou subaguda. 
 
MEDIDAS FARMACOLÓGICAS 
A decisão do emprego da farmacoterapia pelo farmacêutico deve estar apoiada na Resolução do CFF nº 585, de 29 de 
agosto de 2013 e nº 586, de agosto de 2013, nos limites da Lista de Medicamentos Isentos de Prescrição (LMIP) e nas 
apresentações disponíveis no mercado brasileiro, assim como as suas alterações. 
Os principais medicamentos isentos de prescrição para o tratamento da dor lombar são: AINEs (ibuprofeno, naproxeno, 
cetoprofeno e diclofenaco tópico); analgésicos (paracetamol e dipirona); associações de relaxantes 
musculares+analgésicos (paracetamol+carisoprodol+cafeína; Dipirona monoidratada+citratode orfenadrina+cafeína). O 
Quadro 2 traz um resumo das informações sobre os principais medicamentos utilizados no tratamento da dor lombar. 
 
QUADRO 2 – Informações sobre os medicamentos utilizados no tratamento da dor lombar. 
Fármaco Dose e Administração Considerações 
Naproxeno 
Comprimido 250mg e 500 mg: Iniciar com 
500 mg seguido por 250 mg a cada 6 a 8 
horas, conforme necessário; ajuste a dose 
e a frequência para os requisitos individuais 
do paciente; 
Dose máxima: Dose máxima 1250 mg/dia. 
O tratamento não deve ultrapassar 10 dias. 
 
Administração via oral em jejum ou com as 
refeições 
 
Contraindicado: pacientes com histórico de crise de 
asma, urticária ou outras reações alérgicas pelo uso de 
outros AINEs; antecedente ou história atual de úlcera 
ou sangramento gastrintestinal; ou pessoas com 
insuficiência cardíaca grave. 
Situações especiais: Categoria C na gestação. Evitar 
o uso no terceiro trimestre de gestação. Distribuído no 
leite; não recomendado o uso durante a lactação. 
Critérios de Beers: Evitar o uso crônico em idosos a 
menos que outras alternativas não sejam efetivas e o 
paciente possa usar um protetor gástrico, devido ao 
aumento do risco de sangramento gastrointestinal e 
úlcera péptica (atentar para pacientes de alto risco); 
Evitar em pacientes com ICC, devido ao risco de 
retenção de líquidos e exacerbação da ICC. Evitar em 
idosos em estágio 4 e 5 de doença renal crônica, risco 
de aumentar lesão renal. 
Instruir os pacientes a comunicar sinais/sintomas 
de problemas gastrointestinais graves (ex.: melena, 
hematêmese, cólica intensa, náusea, pirose e/ou 
indigestão) ou reação cutânea (ex.: erupção cutânea, 
febre com ou sem calafrios, feridas, úlceras, pele 
espessa e escamosa, vermelhidão, hematomas 
 
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
incomuns) 
Ibuprofeno 
Gotas 100 mg/mL: 200 mg (20 gotas) - 800 
mg (80 gotas), não devendo exceder a dose 
máxima diária de 3.200 mg. 
Comprimido - 200 mg; 200-400 mg 4/4h ou 
6/6h 
Dose máxima: 1.200 mg/dia. 
O tratamento não deve ultrapassar 10 dias. 
 
Tomar com as refeições para evitar irritação 
gástrica. 
Contraindicado: pacientes com alergia a outros 
AINEs; portadores da “tríade do ácido acetilsalicílico” 
(presença de crise de asma, inflamação do nariz e 
intolerância ao ácido acetilsalicílico); tratamento 
perioperatório na cirurgia de revascularização da 
artéria coronária (cirurgia da ponte de veia safena ou 
de artéria mamária para obstrução da coronária); 
insuficiência renal, hepática e cardíaca grave. 
Situações especiais: Categoria C na gestação. Evitar 
o uso no terceiro trimestre de gestação. Não detectado 
no leite; entretanto, estudos são limitados; não 
recomendado o uso durante a lactação. 
Critérios de Beers: Evitar o uso crônico em idosos a 
menos que outras alternativas não sejam efetivas e o 
paciente possa usar um protetor gástrico, devido ao 
aumento do risco de sangramento gastrointestinal e 
úlcera péptica (atentar para pacientes de alto risco); 
Evitar em pacientes com ICC, devido ao risco de 
retenção de líquidos e exacerbação da ICC. Evitar em 
idosos em estágio 4 e 5 de doença renal crônica, risco 
de aumentar lesão renal. 
Instruir os pacientes a comunicar sinais/sintomas 
de problemas gastrointestinais graves (ex.: melena, 
hematêmese, cólica intensa, náusea, pirose e/ou 
indigestão), reação cutânea (ex.: erupção bolhosa, 
eczema, urticária, coceira, exantema) ou de 
hepatotoxicidade (fadiga, letargia, icterícia, dor no 
quadrante superior direito do abdome e sintomas 
gripais). 
Cetoprofeno 
Cápsula 50 mg: 50-100 mg a cada 6 ou 8 
horas. 
 
Comprimido revestido 100 mg: 100 mg a 
cada 6 ou 8 horas. 
 
Solução 20 mg/ml: 50-100 gotas em dose 
única, se necessário terapia de 
manutenção, utilizar 50 gotas a cada 6 ou 8 
horas 
Dose máxima 300 mg/dia. 
 
Gel 25 mg/g: aplicar 2-3 x/dia. 
 
Tomar com as refeições para evitar irritação 
gástrica. 
 
Contraindicado: pacientes com alergia a outros 
AINEs; histórico de doença cardíaca ou com sinais e 
sintomas de infarto do miocárdio ou acidente vascular 
encefálico, úlcera péptica/hemorrágica; insuficiência 
hepática, renal e cardíaca. 
Situações especiais: Categoria C na gestação. Evitar 
o uso no terceiro trimestre de gestação. Não detectado 
no leite; entretanto, estudos são limitados; não 
recomendado o uso durante a lactação. 
Critérios de Beers: Evitar o uso crônico em idosos a 
menos que outras alternativas não sejam efetivas e o 
paciente possa usar um protetor gástrico, devido ao 
aumento do risco de sangramento gastrointestinal e 
úlcera péptica (atentar para pacientes de alto risco); 
Evitar em pacientes com ICC, devido ao risco de 
retenção de líquidos e exacerbação da ICC. Evitar em 
idosos em estágio 4 e 5 de doença renal crônica, risco 
de aumentar lesão renal. 
Instruir as pacientes a comunicar sinais/sintomas 
de problemas gastrointestinais graves (ex.: 
sangramento, ulceração ou perfuração, melena, 
hematêmese, cólica intensa, náusea, pirose e/ou 
indigestão) 
Diclofenaco 
Gel 1% (10 mg/g): aplicar 1 cm do gel na 
área afetada, 2-3 x/dia, friccionando 
Contraindicado: Não aplicar em lesões abertas, ou 
áreas irritadas. Uso cauteloso em pacientes com 
 
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
suavemente o local 
Aerossol 1% (10 mg/ml): aplicar na área 
afetada, 3-4 x/dia 
história de úlcera ativa. 
Paracetamol 
ADULTOS E CRIANÇAS ≥12 ANOS 
500-1000mg em intervalos de 4-6h 
Dose máxima: 4g/dia 
 
CRIANÇAS (até 1 ano) 
10 a 15 mg/kg/dose com intervalos de 4 a 
6h. 
Dose máxima: 75 mg/kg/dia 
 
CRIANÇAS (até 11 anos, < 60 kg) 
10 a 15 mg/kg/dose com intervalos de 4 a 
6h. 
Dose máxima: 100 mg/kg/dia ou 4g/dia. 
 
Tomar com um copo cheio de água, 
independente das refeições. 
Contraindicado: doença hepática ativa e grave; 
insuficiência hepática grave. 
Situações especiais: Categoria B na gestação (FDA): 
deve ser evitado durante a gestação; no entanto, se o 
benefício supera o risco, poderá ser utilizado; 
compatível com a amamentação; pacientes etilistas 
tem maior risco de desenvolver lesão hepática. 
Eventos adversos: Prurido, constipação, náusea, 
vômitos, dor de cabeça, insônia, agitação e síndrome 
de Stevens-Johnson. 
Evitar bebidas alcoólicas. 
Instruir os pacientes que muitas combinações isentas 
de prescrição podem conter paracetamol. O paciente 
deve ser alertado quanto a possibilidade de ultrapassar 
a dose máxima diária permitida, se utilizar 
medicamento que contêm este fármaco na 
composição. 
Dipirona 
Comprimido 500mg: 1-2 cp até 4 x/ dia. 
Gotas 500 mg/ml: 20 a 40 gotas em 
administração única ou até o máximo de 40 
gotas 4x/dia. 
Solução oral 50 mg/mL: 10-20 mL, até 4 
x/dia 
Dose máxima 4g/dia. 
Contraindicado: com função da medula óssea 
prejudicada (ex. após tratamento citostático) ou 
doenças do sistema hematopoiético; que tenham 
desenvolvido broncoespasmo ou outras reações 
anafilactóides (isto é urticária, rinite, angioedema) com 
analgésicos tais como salicilatos, paracetamol, 
diclofenaco, ibuprofeno, indometacina, naproxeno. 
porfiria hepática aguda intermitente (risco de indução 
de crises de porfiria); deficiência congênita da glicose-
6-fosfato-desidrogenase (risco de hemólise). 
Situações especiais: Categoria D na gestação; Os 
metabólitos da dipirona são excretados no leite 
materno. A lactação deve ser evitada durante e por até 
48 horas após a administração de dipirona. 
Eventos adversos: Cardiovasculares: hipotensão; 
Dermatológicas: erupção cutânea, rash, urticária; 
Gastrintestinais: náuseas, vômitos, irritação 
gastrointestinal, xerostomia; Hematológicas: 
agranulocitose, anemia aplástica; Neurológicas: 
sonolência, cansaço e dor de cabeça. 
 
Dipirona monoidratada + 
citrato de orfenadrina + 
cafeína 
Comprimidos 300 mg + 35 mg + 50mg: 1 a 
2 comprimidos, 3 a 4 vezes /dia. 
Solução oral (gotas) (300 mg + 35 mg + 50 
mg) / ml - frascos com 20 mL: 30 a 60 
gotas, 3 a 4 vezes/dia. 
Contraindicado: pacientes com glaucoma, obstrução 
pilórica ou duodenal, acalasia do esôfago, úlcera 
péptica estenosante, hipertrofia prostática, obstrução 
do colo vesical ou miastenia grave. 
Situações especiais: Categoria C na gestação; Não 
existem dados sobre uso durante a lactação. 
Segurança e eficácia não estabelecida em crianças < 
12 anos. 
Critério de Beers: efeito anticolinérgico, sedação e 
risco de queda; 
Eventos adversos: bradicardia ou taquicardia, 
arritmias cardíacas, secura da boca, sede, diminuição 
 
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
da sudorese, midríase, dificuldade de acomodação 
visual ("visão borrada") 
Paracetamol + 
Carisoprodol + Cafeína 
Comprimido 350 mg + 150 mg + 50 mg: 1 a 
2 comprimidos, 2 a 4 vezes/dia. 
Contraindicado: miastenia gravis, discrasias 
sanguíneas, porfiria aguda intermitente, gastrites, 
duodenites, úlceras gástricas ou duodenais, 
hipertensão, cardiopatias, nefropatias e hepatopatias. 
Situações especiais: Categoria C na gestação; 
Medicamento distribuído no leite; pode atingir 
concentrações 2-4 vezes maior que a concentração 
plasmática da mãe. Use com cautela e monitore o bebê 
para sedação ou outras mudanças no comportamento 
e função. Segurança e eficácia não estabelecida em 
crianças < 16 anos. 
Critério de Beers: efeito anticolinérgico, sedação e 
risco de queda. 
Eventos adversos: distúrbios gastrintestinais como 
dispepsia, dor epigástrica, náuseas e vômitos. 
Ocasionalmente, podem ocorrer cefaleia, tonturas, 
irritabilidade e insônia. 
FONTE: Truven Health Analitycs (2018); Micromedex (2018); UpToDate (2018); Bulas oficiais dos medicamentos. 
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 
Para avaliação dos resultados, o farmacêutico deve considerar os seguintes aspectos: 
 A avaliação dos resultados pode constatar quatro diferentes resultados: melhora parcial, piora, ausência de 
melhora e resolução; 
 A meta terapêutica a ser alcançada é o alívio parcial ou total da dor, restaurar a funcionalidade, prevenir 
recidivas e minimizar os efeitos adversos. 
 Reavaliação dos sinais/sintomas do paciente, sendo importante a investigação daqueles considerados de alerta 
para encaminhamento, assim como monitoramento dos aspectos mais importantes; 
 Para avaliação dos resultados é importante avaliar o tempo de duração do sintoma, a evolução da dor e a 
resposta ao tratamento prescrito; 
 Antes de considerar falha no tratamento, avaliar a adesão ao tratamento proposto e condições do paciente em 
seguir o plano; 
 Identificação precoce de problemas relacionados à segurança. Pacientes que apresentam eventos adversos 
devem ser orientados a suspender o medicamento e encaminhados a outro profissional de saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
DECISÃO TERAPÊUTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
REFERÊNCIAS 
 
CAFEÍNA + CARISOPRODOL + DICLOFENACO SÓDICO + PARACETAMOL. Bula do medicamento. Disponível em: < 
http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=11890332017&pIdAnexo=7435306>. Acesso em 
16/02/2018. 
CETOPROFENO. Bula do medicamento. Disponível em: < 
http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=19221342017&pIdAnexo=9409672>. Acesso em 
16/02/2018. 
DICLOFENACO. Bula do medicamento. Disponível em: 
<http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=15956382016&pIdAnexo=3351611>. Acesso em 
16/02/2018 
DIPIRONA. Bula do medicamento. Disponível em: 
<http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=9505472013&pIdAnexo=1860179>. Acesso em 
16/02/2018. 
DIPIRONA MONOIDRATADA + CITRATO DE ORFENADRINA + CAFEÍNA. Bula do medicamento. Disponível em: < 
http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=5192652014&pIdAnexo=2102924>. Acesso em 
16/02/2018. 
IBUPROFENO. Bula do medicamento. Disponível em: < 
http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=18168072016&pIdAnexo=3524196>. Acesso em 
16/02/2018. 
NAPROXENO. Bula do medicamento. Disponível em: 
<http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=10646222014&pIdAnexo=2331686>. Acesso em 
16/02/2018. 
PARACETAMOL. Bula do medicamento. Disponível em: < 
http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=14737532016&pIdAnexo=3248701>. Acesso em 
16/02/2018. 
PARACETAMOL + CARISOPRODOL + CAFEÍNA. Bula do medicamento. Disponível em: < 
http://www.anvisa.gov.br/datavisa/fila_bula/frmVisualizarBula.asp?pNuTransacao=8853452015&pIdAnexo=2883433>. Acesso em 
16/02/2018. 
UptoDate. Society guideline links: Lower spine disorders. Disponível em: < https://www.uptodate.com/contents/society-guideline-links-
lower-spine-disorders?source=see_link>. Acesso em 16/02/2016. 
UptoDate. Patient education: Low back pain in adults (Beyond the Basics). Disponível em: < https://www.uptodate.com/contents/low-
back-pain-in-adults-beyond-the-
basics?search=low%20back%20pain&source=search_result&selectedTitle=13~150&usage_type=default&display_rank=13>. Acesso 
em 16/02/2018. 
UptoDate. Subacute and chronic low back pain: Nonpharmacologic and pharmacologic treatment. Disponível em: < 
https://www.uptodate.com/contents/subacute-and-chronic-low-back-pain-nonpharmacologic-and-pharmacologic-
treatment?search=rise%20back%20low&usage_type=default&source=search_result&selectedTitle=4~150&display_rank=4>. Acesso 
16/02/2018. 
UptoDate. Evaluation of low back pain in adults. Disponível em: < https://www.uptodate.com/contents/evaluation-of-low-back-pain-in-
adults?search=low%20back%20pain&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1>. Acesso em 
16/02/2018. 
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução do Conselho Federal de Farmácia n. 586 de 29 de agosto de 2013. Regula a 
prescrição farmacêutica e dá outras providências.: Diário Oficial da União [da] República Federativa do Brasil: 1-12 p. 2013a. 
CONSELO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução do Conselho Federal de Farmácia nº 585, de 29 de agosto de 2013. Regulamenta 
as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. Brasília, DF, 29 set. 2013: Diário Oficial da União [da] República 
Federativa do Brasil 2013b. 
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA Serviços farmacêuticos diretamente destinados ao paciente, à família e à comunidade: 
contextualização e arcabouço conceitual. Brasília - DF: 200 p. 2016. 
Koes BW, van Tulder MW, Thomas S. Diagnosis and treatment of low back pain. BMJ. 2006 Jun 17;332(7555):1430-4 full-text, 
commentary can be found in BMJ 2006 Jul 22;333(7560):201 
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Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Realização: 
 
Organização 
Grupo de Trabalho sobre Saúde Pública 
Coordenação Geral 
Valmir de Santi 
Concepção Pedagógica 
Cassyano Januário Correr 
Thais Teles de Souza 
Walleri Christini Torelli Reis 
Coordenação Pedagógica 
Walleri Christini Torelli Reis 
Autores 
Alcindo de Souza Reis Junior 
Aline de Fátima Bonetti 
Bruna Aline de Queirós Bagatim 
Cínthia Caldas Rios Soares 
Fernanda Coelho Vilela 
Fernando Henrique Oliveira de Almeida 
Inajara Rotta 
Livia Amaral Alonso Lopes 
Natália Fracaro Lombardi 
Valmir de Santi 
Wallace Entringer Bottacin 
Walleri Christini Torelli Reis 
Revisão 
Cassyano Januário Correr 
Wellington Barros da Silva

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