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Frutos e Sementes Após a polinização e a Fecundação, a flor sofre uma modificação extraordinária. De todos os componentes que foram vistos anteriormente, acabam sobrando apenas o pedúnculo e o ovário. Todo o restante degenera. O ovário sofre uma grande modificação, se desenvolve e agora dizemos que virou fruto. Em seu interior os óvulos viram sementes. 1. Partes do fruto Um fruto é constituído por duas partes principais: o pericarpo, resultante do desenvolvimento das paredes do ovário, e as sementes, resultantes do desenvolvimento dos óvulos fecundados. O pericarpo compõe-se de três camadas: epicarpo (camada mais externa), mesocarpo (camada intermediária) e endocarpo (camada mais interna). 2. Classificação dos frutos 3. Pseudofrutos Nos pseudofrutos a porção comestível não corresponde ao ovário desenvolvido. a) CAJU: ocorre hipertrofia do pedúnculo ou receptáculo floral de uma única flor (pseudofruto simples), a castanha é o verdadeiro fruto seco cuja parte comestível é a semente. b) MAÇA E PÊRA: a parte suculenta é o receptáculo floral de uma flor (pseudofruto simples). c) MORANGO: são vários ovários de uma única flor, associados ao receptáculo (pseudofruto composto). CURIOSIDADE! O coco é um fruto seco simples classificado como drupa fibrosa. O mesocarpo retém ar, o que facilita a flutuação, além possui água interna (endosperma líquido). A carne branca do coco e a água representam o endosperma secundário triplóide (3n), que é um tecido de reserva para a alimentação do embrião das monocotiledôneas. IMPORTANTE! O que se conhece popularmente por “frutas” não tem significado botânico. Fruta é aquilo que tem sabor agradável, às vezes azedo, às vezes doce. É o caso da laranja, pêssego, caju, banana, pêra, maça, morango, amora. Note que nem toda fruta é fruto verdadeiro. Já o tomate, a berinjela, o jiló e a abobrinha, entre outros, são frutos verdadeiros, mas não são frutas... 4. Frutos partenocárpicos Os frutos partenocárpicos (parthenos = virgem ; karpós = carpelo) corresponde ao ovário desenvolvido sem fecundação, logo, sem sementes. O grande exemplo é a banana nos quais seus pontinhos pretos que aparecem são óvulos não fecundados. 5. Infrutescências Assim como os frutos são resultado da fecundação de flores, as infrutescências são, a rigor, o resultado da fecundação de flores de uma inflorescência. Exemplos: Abacaxi, Jaca, Amora e Figo. Não se deve confundir infrutescências com frutos compostos. Infrutescências são um conjunto de frutos pequenos originados de muitas flores separadamente, enquanto frutos compostos, como a fruta-do-conde, framboesa, são originados de uma única flor, cujo ovário é formado por diversos carpelos livres ou ligeiramente aderidos entre si. 6. Origem e estrutura da semente A semente é o óvulo modificado e desenvolvido. Toda a semente possui um envoltório, mais ou menos rígido, um embrião inativo da futura planta e um material de reserva alimentar chamado endosperma ou albúmen. Em condições ambientais favoráveis, principalmente de umidade, ocorre a hidratação da semente e pode ser iniciada a germinação. Os cotilédones o A radícula, que é a primeira estrutura a emergir, quando o embrião germina; o O caulículo, responsável pela formação das primeiras folhas embrionárias. As plantas que possuem dois cotilédones são chamadas de Dicotiledôneas e plantas que possuem um cotilédone são chamadas de Monocotiledôneas. Os cotilédones inserem-se no caulículo, que dará origem ao caule. Diferenças entre monocotiledôneas e dicotiledôneas As angiospermas foram subdivididas em duas classes: as monocotiledôneas e as dicotiledôneas. São exemplos de angiospermas monocotiledôneas: capim, cana-de-açúcar, milho, arroz, trigo, aveias, cevada, bambu, centeio, lírio, alho, cebola, banana, bromélias e orquídeas. São exemplos de angiospermas dicotiledôneas: feijão, amendoim, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico, pau-brasil, ipê, peroba, mogno, cerejeira, abacateiro, acerola, roseira, morango, pereira, macieira, algodoeiro, café, jenipapo, girassol e margarida. CURIOSIDADE! O abacaxi é um pseudofruto também, pois o que comemos é o receptáculo floral hipertrofiado. A formação de sementes é rara, por serem as flores auto-estéreis.
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