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Educação a Distância e Estratégias de Mediação Aula 8 Unidade 4 Educação a Distância e Estratégias de Mediação Aula 8 Sumário Aula 08 Educação a Distância e Estratégias de Mediação 1. Metodologia de ensino a distância 1 2 Politicas em EAD 8 2.1 Elaboração do guia didático de um curso 10 2.2 Tópicos essenciais 10 2.3 Caracteristicas e funções 18 2.4 Componentes 19 1. Metodologia de ensino a distância As metodologias de ensino-aprendizagem e de avaliação são vitais para o sucesso de um curso a distância. O desenvolvimento de uma metodologia pedagógica, que tenha como objetivo repensar o papel do professor e do aluno no processo de ensinar e aprender, deve ser constantemente revisado e atualizado. Para que o processo de ensino-aprendiza- gem, bem como o de avaliação, seja eficaz, deve-se levar em consideração o processo de reflexão sobre as experiências individuais de cada participante com a abordagem teórica das metodologias pedagógicas, as quais conduzirão ao autodesenvolvimento, à aprendizagem colaborativa e às aulas com maior interação entre professor e alunos. A Metodologia de trabalho está baseada numa concepção de aprendizagem que o aluno entenda como um ser ativo e construtor de seu conhecimento. Assim, acreditamos que, como bem colocou Freire (2005), “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar condições para que ele ocorra”. As relações de ensino e aprendizagem são tão antigas quanto à própria humanidade, e, ao longo da história, foram adquirindo cada vez mais importân-cia em dada situação. Porém, o ensino não é restrito 4 à sala de aula e a escola não é o único lugar onde a educação acontece, ou a única fonte de aprendi- zagem. Para ser uma situação de ensino e aprendi- zagem, de acordo com Piletti (1997), basta que se tenha uma atitude científica diante da realidade e esta postura é a geradora do progresso tecnológico e educacional. As teorias educacionais continuam a evoluir e, na atualidade, há uma maior ênfase em processos educacionais envolvidos na construção do conheci- mento em sala de aula. Este processo, na opinião de Vasconcellos (1995), compreende qualquer espaço físico onde haja interação direta entre professor e aluno, passando pela prática, seleção de conteúdo, posições políticas e ideológicas, transmitindo e rece- bendo “afetos e valores”. Ensinar é orientar, estimular, relacionar, mais que informar. Mas, só orienta aquele que conhece, que tem uma boa base teórica e que sabe comunicar- -se. O professor vai ter que se atualizar sem parar, vai precisar abrir-se para as informações que o aluno vai trazer, aprender com o aluno, interagir com ele, segundo Dimenstein (1999). Já, no que se refere à aprendizagem, este é um processo individual que se realiza internamente, isto é, corresponde às mudanças que ocorrem nas estru- turas cognitivas internas. Esse processo, de modo geral, desenvolve-se da seguinte forma: a pessoa vive 5 em interação com o meio ambiente, do qual recebe desafios permanentes. Tais desafios ativam suas es- truturas mentais, permitindo-lhe elaborar esquemas de solução que sejam satisfatórios à sua adaptação ou à transformação do meio (Pinheiro e Gonçalves, 2001; Wolff, 2001). Com as definições apresentadas anteriormen- te, pode-se concluir que estamos permanentemente aprendendo em todas as situações em nossas vidas. Mas, o que é imperativo nos dias de hoje em que predomina a educação permanente e a renovação in- cessante do conhecimento não é somente aprender, mas sim aprender a aprender, segundo Piaget (1975). E, para que estes objetivos sejam alcançados, é necessário que a relação pedagógica seja elaborada com base metodológica e planejamento adequado. Ao professor cabe o esforço reconstrutivo, agrupan- do todas as teorias modernas de aprendizagem. “Um professor realmente competente jamais aceitaria ser enquadrado numa teoria qualquer, porque imagina ser capaz de fazer a própria” (Demo, 1997). Segundo Pedro Demo (1997), não há educação nenhuma em assistir às aulas, tomar notas e ser ava- liado no final do bimestre. A isso ele chama ora de instrução, ora de transmissão de conhecimento. Ao relembrar que o indivíduo constrói o conhe- cimento através da interação com o meio (natural, social e cultural), cabe ao professor conduzir a uma 6 concepção de ensino que enfatize a manipulação de materiais e ideias pelos alunos. De acordo com Fiorentini (2002) e Pinheiro e Gonçalves (2001), o professor, neste ambiente, deve escolher estratégias e procedimentos dinâmicos, ajustados aos interesses dos alunos, com o objetivo de conquistar sua partici- pação ativa durante as aulas, ou seja, devem desafiar os alunos de forma que eles busquem constante- mente soluções aos problemas propostos. Esta ideia foi proposta por Piaget em 1975, e afirmava que o que caracteriza a aprendizagem é o movimento de um saber fazer a um saber, o que não ocorre naturalmente, mas por uma abstração reflexi- va, processo pelo qual o indivíduo pensa o processo que executa e constrói algum tipo de teoria que jus- tifique os resultados obtidos. A partir deste enfoque podemos compreender melhor o papel dos atores do processo educativo; e especialmente os profes- sores, que passam a ter postura de orientadores ou facilitadores pedagógicos e preocupam-se em pro- ver ambientes e ferramentas que ajudem os alunos a interpretar as múltiplas perspectivas de análise do mundo real, o que possibilita a construção de suas próprias perspectivas (Jonassen, 1999; Wolff, 2001). No ensino ativo, segundo Pinheiro e Gonçalves (2001), o professor atua como incentivador e orien- tador da aprendizagem, favorecendo a participação dos alunos. É estimulado a observar, experimentar, 7 criar e executar, desenvolvendo desta forma capaci- dade crítica e reflexiva. Nesta modalidade de ensino a prática pedagógica tem metas definidas e expres- sam diferentes níveis de desempenho: capacidade de análise, síntese, relação, comparação e avaliação. 2 Politicas em EAD Nos últimos anos, o Brasil está se adequando, avançando e investindo substancialmente na Educa- ção a Distância; há uma perspectiva estratégica nes- te pensamento, dada principalmente pelo potencial e abrangência desta modalidade. Apresentaremos como é possível aproveitar estas políticas para traçar o planejamento em EAD. A política governamental em Educação a Distância efetiva-se apenas em 1996; não temos dados oficiais que antecedem esta data, pelo menos no que diz respeito ao Ministério da Educação. Foi o Artigo 80 da Lei n.° 9.394 (LDBN) que deu início ao processo, em seu texto que diz que “o Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino e de educa- ção continuada”. A partir daí, podemos falar formal- mente em Educação a Distância no Brasil. As IES – Instituições de Ensino Superior, en- tendem que com o crescimento e a possibilidade de expansão da EAD, baseado no que a lei determinou, 8 estrategicamente aproveitam a estrutura que possuem para ofertar os cursos que, até então, encontravam-se na modalidade presencial. Desta maneira, os contro- les implementados pelo MEC dificultam a expansão da EAD; tal controle é necessário e importante, devi- do ao elevado número de instituições fraudulentas e ofertando um ensino de baixíssima qualidade. Com esta lei, as instituições de ensino, públicas e privadas sentem-se amparadas com a implemen- tação de políticas governamentais que as auxiliem a ofertar cursos. A Secretaria de Educação a Distância foi criada para orientar, porém, em 2011 foi extin- ta. O documento Referenciais de Qualidade para a Educação a Distância, embora não tenha força de lei, será um referencial norteador para subsidiar atos legais do poder público no que se refere aos proces- sos específicos de regulação, supervisão e avaliação da modalidade citada. Em 2001, o Ministério da Educação apresenta umanovidade para a Educação a Distância e, subs- tancialmente, para os cursos presenciais: a Portaria n.° 2.253 (atualizada posteriormente pela portaria n.º 4.059/2004). Esta portaria permitiu às institui- ções de ensino superior que oferecessem, na moda- lidade a distância, até 20% de sua carga horária de cursos regulares já reconhecidos. 9 2.1 Elaboração do guia didático de um curso O guia didático (GD) é um instrumento com orientações técnicas para o estudante incluindo toda informação necessária para o uso adequado dos di- versos meios didáticos que compõem o curso, com a finalidade de incentivar o aluno a um trabalho autônomo, apoiando-o nas decisões e nos momen- tos em que busca respostas a perguntas do tipo: o que, como, quando e com a ajuda de quem, estu- dar os conteúdos de um curso, a fim de melhorar o aproveitamento do tempo disponível e maximizar a aprendizagem e sua aplicação (VANEGAS, 1999). 2.2 Tópicos essenciais Não há uma forma rígida que possa ser repro- duzida por todos os cursos no que diz respeito à estrutura de um projeto pedagógico. Porém, é reco- mendável que exista uma estrutura básica que consi- dere os seguintes elementos: Apresentação É o momento em que se demonstra a impor- tância do documento. A apresentação será elabora- da pela equipe, de acordo com as especificidades de cada projeto. 10 Considerações sobre Educação a Distância De forma a fundamentar teoricamente o traba- lho, torna-se importante elaborar considerações sobre a EaD, contextualizando-a nos objetivos do projeto. A Educação a Distância no contexto da instituição Ainda dentro do contexto, é recomendável que seja elaborado um resgate histórico da EaD na ins- tituição, destacando a necessidade estratégica de sua utilização para garantir o acesso ao ensino. Caracterização da instituição/setor Todo projeto deve contemplar a caracterização docente, discente e administrativa do curso em ques- tão, com a finalidade de demonstrar a organização interna do setor. Projeto pedagógico do curso de (nome do curso) 1. Folha de rosto contendo: (Nome do curso) na modalidade de Educação a Distância Identificação: (nome do curso) Natureza do curso: (licenciatura ou outro...) Ofertado por: 11 Parcerias: Carga horária total de: Duração: Eixos estruturantes: (no caso de existir) 2. Justificativa da necessidade social do curso: Justificar o curso, abordando as suas dimensões téc- nicas e políticas. Esta justificativa possui um papel fundamental para esclarecer as motivações que le- varam à criação do referido curso e o amparo legal que sustenta a formação do profissional. A definição do perfil do profissional que se deseja formar põe o foco no curso e, sobre esse perfil, todas as ações deverão convergir. 3. Habilidades e competências: Apresentam o que o egresso deve ser capaz de fazer e como deverá agir em sua vida profissional e so- cial. As competências envolvem diversas habilidades que não precisam, necessariamente, ser apresentadas separadamente. Segundo Perrenoud (1999), compe- tência em educação é a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos - como saberes, ha- bilidades e informações - para solucionar com perti- nência e eficácia uma série de situações, ou seja, um saber interiorizado de aprendizagens orientadas para 12 uma classe de situações profissionais que permitirão ao indivíduo enfrentar situações e acontecimentos com iniciativa e responsabilidade. 4. As exigências curriculares em relação às pos- sibilidades de trabalho: Abrangem o perfil do estudante em relação às com- petências e habilidades bem como ao mercado de trabalho e à área de atuação do profissional. Algumas questões para reflexão: que homem, que sociedade, que ética, que valores e que horizonte as- sumimos? Como se concebe a educação de adultos e que implicações curriculares se fazem necessárias abordar e organizar? Como a sociedade valora o cur- rículo proposto? 5. Pressupostos teórico-metodológicos: Contemplam a descrição teórico-metodológica do curso a ser ofertado e os princípios norteadores do currículo. Expressam o conceito de currículo e de aprendizagem. Não podem ser uma mera transposi- ção do curso presencial, pois a EaD possui caracte- rísticas, linguagem e formatos próprios. A EaD possui identidade própria, não estando limi- tada a uma concepção supletiva do ensino presencial. Os pressupostos devem destacar a relação entre en- sino-pesquisa e extensão e as estratégias pedagógicas do curso. Dentre as questões para reflexão, destacam- 13 -se: que relações teoria-prática e de construção coope- rativa contextualizada vamos assumir e realizar? 5.1. Matriz curricular: Neste tópico, é importante que o projeto expresse como se articulam os objetivos, conteúdos e discipli- nas. Inclui a matriz curricular, mas não se reduz ape- nas a ela. Desta forma, deve descrever os eixos estru- turantes, conteúdos curriculares, códigos, ementários, bibliografia, etc. É fundamental que os conteúdos curriculares que compõem um bloco, módulo ou núcleo estejam inter- -relacionados para facilitar o estudo dos alunos, lem- brando também as possibilidades de ação interdisci- plinar do curso. Questões reflexivas: que tipo de aluno quero for- mar? Como adaptar o currículo às demandas da sociedade contemporânea? 5.2 Dimensão legal: Expressa a sincronicidade com as Diretrizes Curricu- lares Nacionais (DCN) e demais indicadores da legis- lação vigente. 6. Processos de mediação: Em cursos a distância a interação professor-aluno e entre todos os participantes é realizada mediante a uti- lização de multimeios que são selecionados levando 14 em consideração o perfil do aluno, a infraestrutura lo- cal, etc. Desta forma, deve ser descrito como irão ser realizadas as formas de interação/comunicação entre todos os participantes (alunos, professores, tutores e administração) do curso: fax, telefone, internet, cor- reio, etc. 7. Mecanismos de nivelamento: Descreve as estratégias a serem utilizadas para supera- ção de obstáculos ao aprendizado. 8. Processos avaliativos: A qualidade de um curso a distância tem como ponto de partida o desenho do projeto, que deverá especi- ficar os seguintes tópicos: processos de ensino e de aprendizagem e organização curricular, equipe mul- tidisciplinar, material didático, interação de alunos e professores, avaliação de ensino e de aprendizagem, infraestrutura de apoio, gestão acadêmico-administra- tiva e custos. Assim, este item contempla a descrição sobre a concepção pedagógica da avaliação prevista no curso e suas múltiplas formas, tais como: avaliação somativa e formativa, avaliação do material didático, avaliação dos alunos, avaliação tutor/aluno, avaliação aluno/tutor, e outras de acordo com as necessidades que poderão surgir no decorrer do projeto. 9. Sistema tutorial: 15 “A ação tutorial proporciona o fluxo da comunicação, o acompanhamento pedagógico e a avaliação de todo o projeto pedagógico em EAD.” (SÁ, 2001, p. 40). Devido à importância atribuída ao sistema tutorial em cursos a distância, torna-se necessário um item espe- cífico para descrever a operacionalização dos proce- dimentos logísticos relacionados com os momentos de tutoria presencial e a distância (organização, carga horária, planejamento, formas de mediação, número de alunos atendidos por tutor, entre outras). 10. Estágio supervisionado: De acordo com o desenho do projeto e os objetivos propostos, descreve como serão implementadas as atividades relativas ao estágio supervisionado. 11. Gestão acadêmico-administrativa: A garantia do bom funcionamento do curso envol- ve descrever: • os processos logísticos relacionados com o controle da produção e distribuição de material didático; • o sistema administrativo contendo cadastro de alu- nos, de professores, de coordenadores, tutores, for- mas de inscrição e trancamento de disciplinas e ma- trículas, registro de resultados de todas as avaliações e atividades acadêmicas, entre outras informações; • registro acadêmico. 16 12. Equipe deprofessores do projeto. 13. Equipe de professores tutores. 14. Colegiado e coordenação. 15. Infraestrutura: Um curso a distância exige a montagem de infraes- trutura material proporcional ao número de alunos, aos recursos tecnológicos envolvidos e à extensão de território a ser alcançada. Tópicos que devem ser lembrados: • Indicar e quantificar os equipamentos necessários para instrumentalizar o curso • Indicar acervo bibliográfico atualizado (livros, peri- ódicos, áudios, etc.) • Definir onde serão realizadas as atividades práticas em laboratórios e os estágios supervisionados. 16. Orçamento do curso: Tópicos que devem ser lembrados: • Investimento de curto e médio prazo: produção de material didático, implantação do sistema de gestão, infraestrutura, implantação dos centros de atendi- mento presenciais e unidades descentralizadas, quan- do for o caso; • Custeio: equipe de professores/coordenadores de 17 curso e disciplinas, equipe de professores orientado- res/tutores, equipe multidisciplinar, equipe de gestão do sistema, recursos de comunicação, distribuição de material didático, sistema de avaliação, apresentação de uma planilha de oferta de vagas, especificando cla- ramente o aumento da oferta ao longo do tempo. 17. Certificação: Descreve o título conferido na conclusão do curso e a instituição credenciada para o ato legal. 2.3 Caracteristicas e funções Na elaboração do GD algumas características são importantes, visando torná-lo sempre útil. Por- tanto, é necessário: • oferecer informações sobre o conteúdo, relacionan- do-as com a organização do curso; • apresentar orientações sobre a metodologia a ser uti- lizada; • apresentar o modo como serão desenvolvidas as ha- bilidades e competências esperadas dos alunos; • orientar o planejamento do estudo dos alunos (ativi- dades, textos, avaliações, etc.). O GD possui as seguintes funções: • estabelecer recomendações para conduzir e orientar o trabalho dos alunos; 18 • especificar as formas de avaliação da aprendizagem que estarão presentes no curso; • orientar os alunos para o estudo autônomo por meio de estratégias diversas; • especificar as formas de ação tutorial. 2.4 Componentes A estrutura do GD deve conter os seguintes itens: 1. Sumário: Em geral, o sumário apresenta a relação dos itens en- contrados no corpo do GD. 2. Apresentação: Este é o momento em que se apresenta uma visão ge- ral do curso e da equipe que o projetou, a qual estará à disposição dos alunos para os contatos pessoais pre- vistos no programa ou quando necessários. A seguir, uma sugestão de roteiro: • apresentação do curso em geral e da sua administração; • descrição da equipe técnica envolvida (professores elaboradores dos materiais - conteudistas, professores tutores, coordenadores, entre outros). 3. Justificativa do Curso: Retrata a relevância do curso para o desenvolvimento profissional do aluno, indicando, também, a utilidade 19 dos conteúdos para a vida cotidiana. Possui um papel fundamental como elemento motivador para o estudo do aluno. Recomendam-se argumentos claros e convin- centes, sem esquecer-se da objetividade e da concisão. 4. Objetivos: Traçar objetivos bem definidos significa ter a capa- cidade de expressar os conhecimentos, habilidades, competências e atitudes esperadas dos alunos ao término do curso. Na redação dos objetivos devem- -se evitar textos longos e uma linguagem rebuscada, iniciando com os verbos no infinitivo e optando por verbos operacionais. 5. Público-alvo: O público é definido no momento em que se pensa o curso. Em outras palavras, a quem o curso se dirige, a quem beneficia, qual o nível de formação mínimo exi- gido, qual a área de conhecimento e qual faixa etária irá alcançar. 6. Estrutura e conteúdo: • conteúdos: descrição sucinta dos conteúdos que se- rão abordados no decorrer do curso. • organização do curso: descrição dos módulos (con- teúdos, objetivos, unidades didáticas e bibliografia), da forma de mediação e do trabalho final do curso, caso haja. 20 A organização geral do curso pode ser apresentada me- diante um fluxograma ou de qualquer outra forma grá- fica, conforme exemplificado na Figura 1. Essa é uma técnica usual que o torna mais objetivo e que facilita a compreensão do caminho a ser percorrido desde o início à conclusão do curso. Num rápido olhar o aluno pode ter uma visão geral do curso como um todo. 7. Materiais de estudo: Este é o momento no qual se descreve como o cur- so se apresenta em termos de: recursos didáticos 21 facilitadores da aprendizagem, material impresso, materiais didáticos elaborados em outros meios (fi- tas de vídeo, áudio, ambientes online etc.), fichas de avaliação, entre outros. A opção pelo meio didático a ser utilizado deve considerar custos operacionais, possibilidades locais e regionais, disponibilidade da instituição, público-alvo e objetivos que se preten- dam atingir. 8. Orientações para o estudo: Uma boa orientação para que o aluno estude e alcan- ce um aproveitamento satisfatório na sua aprendiza- gem contempla as seguintes recomendações: • organização do horário de estudo; • como estudar a distância; • apresentação do significado de codificação de ações, caso existam no material didático, conforme exemplificado na Figura 1. 22 O GD pode incluir também orientações esti- mando um período de tempo necessário para que o aluno cumpra com o conteúdo e as várias atividades de fixação da aprendizagem, avaliações somativas e formativas, bem como práticas de laboratórios, den- tre outros. Alguns cursos incluem, ainda, orientações para o aprendizado da leitura crítica, reflexiva e analí- tica de textos didáticos. 9. Atividades de aprendizagem: Este é o momento em que se descrevem as ativida- des previstas no decorrer do curso, tais como: tare- fas, exercícios, provas e memoriais. Observação: memorial é um processo de reflexão que se desenvolve ao longo do curso, sendo uma construção contínua e diária. Nele estão incluídas: dificuldades e sua superação, facilidades, vitórias e conquistas, transformações pessoais (aprendizado, melhoria de vocabulário, aprimoramento da leitura e da escrita) e troca de experiências. 10. Sistema de tutoria: A função do tutor e o sistema tutorial serão descritos de forma sucinta. O sistema de tutoria contempla o nome dos tutores e as formas de mediação (fax, telefones, cor- reio, telemática e endereços para plantões presenciais). 23 11. Calendário de atividades: Para que o aluno tenha a correta orientação sobre a periodicidade do curso e das atividades nele previs- tas, este item deve contemplar: o tempo de duração do curso, as datas de entrega do material didático, das avaliações, dos seminários, entre outros. 12. Avaliação: As formas de avaliação previstas em um curso de EaD precisam estar claras para os alunos e dependem do tipo e nível de formação a que o curso se propõe. 13. Estudando no ambiente virtual de aprendizagem: Um curso que possua um ambiente de suporte ao aprendizado online precisa descrever o funciona- mento geral das ferramentas que serão utilizadas pelos alunos para que haja uma aprendizagem signi- ficativa. O aluno precisa ser orientado com clareza e simplicidade sobre o que fazer para acessar um con- teúdo específico. Observação: Para cursos regulamentados é pertinente constar, no guia didático, uma cópia da resolução (pare- cer, decreto, ou outro documento) que os regulamentou. 24
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