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Aula 5 - Educação a Distância e Estratégias de Medição

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Educação a Distância e 
Estratégias de Mediação
Aula 5
Unidade 4
Educação a Distância e Estratégias de Mediação
Aula 5
Sumário
Aula 05
Educação a Distância e Estratégias de Mediação
1. O Tutor em EaD 4
1.1 A Ação do Tutor 8
1.2. Tipos de Tutoria 9
2. Competências do Tutor de Ead 11
2.1 Competências de Apoio 13
2.2 Competências de Orientação 16
2.3. Competências de Capacitação 20
2.4 Competências Administrativas 22
1. O Tutor em EaD
Como vimos, na EaD, o processo de ensino 
aprendizagem não está centrado no professor ou no 
aluno. Participam dele diferentes sujeitos, fazendo 
uso de diversos recursos e meios. Assim, na EaD, 
além do docente responsável pela elaboração do ma-
terial e/ou do acompanhamento do curso, apresen-
ta-se o professor-tutor como figura importante para 
o sucesso dessa modalidade de educação (SOUZA,
2004; MASSUDA, 2003; MILL, 2007).
Os Referenciais de Qualidade para Educação 
Superior a Distância, elaborados pelo MEC e cita-
dos na Unidade 2 deste Módulo, apresentam uma 
descrição a respeito dos profissionais envolvidos 
na modalidade a distância e inclui o tutor como 
integrante do grupo responsável pela qualidade 
do curso oferecido.
Como o foco desta Unidade é a atuação do Tutor em EAD, 
destacaremos apenas os aspectos relevantes a este profis-
sional nesta categoria. É recomendada a leitura do docu-
mento na íntegra para melhor compreensão e ampliação 
de seus conhecimentos. Acesse: http://portal.mec.gov.br/
seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf
(...) qualquer que seja a opção estabelecida, os 
recursos humanos devem configurar uma equipe 
multidisciplinar com funções de planejamento, im-
plementação e gestão dos cursos a distância, onde 
4
três categorias profissionais, que devem estar em 
constante qualificação, são essenciais para uma ofer-
ta de qualidade: 
• docentes;
• tutores;
• pessoal técnico-administrativo.
Seguem os detalhes das principais competências
de cada uma dessas classes funcionais.
Docentes
Em primeiro lugar, é enganoso considerar que 
programas a distância minimizam o trabalho e a 
mediação do professor. Muito pelo contrário, nos 
cursos superiores a distância, os professores veem 
suas funções se expandirem, o que requer que sejam 
altamente qualificados.
Em uma instituição de ensino superior que 
promova cursos a distância, os professores devem ser 
capazes de:
a) estabelecer os fundamentos teóricos do projeto;
b) selecionar e preparar todo o conteúdo curri-
cular articulado a procedimentos e atividades peda-
gógicas;
c) identificar os objetivos referentes a competên-
cias cognitivas, habilidades e atitudes;
d) definir bibliografia, videografia, iconografia,
audiografia, tanto básicas quanto complementares;
e) elaborar o material didático para programas
a distância;
5
f) realizar a gestão acadêmica do processo de en-
sino-aprendizagem, em particular motivar, orien-
tar, acompanhar e avaliar os estudantes;
g) avaliar-se continuamente como profissional
participante do coletivo de um projeto de ensino su-
perior a distância.
(...)
Tutores
O corpo de tutores desempenha papel de fun-
damental importância no processo educacional de 
cursos superiores a distância e compõem quadro di-
ferenciado, no interior das instituições.
O tutor deve ser compreendido como um dos 
sujeitos que participa ativamente da prática peda-
gógica. Suas atividades desenvolvidas a distância 
e/ou presencialmente devem contribuir para o de-
senvolvimento dos processos de ensino e de apren-
dizagem e para o acompanhamento e avaliação do 
projeto pedagógico.
Ao longo das discussões a respeito da EaD, 
diferentes concepções terminológicas e funcio-
nais foram atribuídas aos tutores, como: conse-
lheiro, guia, orientador, multiplicador, instrutor, 
companheiro e monitor. Como vimos, no início 
deste capítulo, as linhas de pesquisas mais atuais 
apresentam a denominação professor-tutor, em 
vez de simplesmente tutor.
6
A visão de professor, como detentor do conhe-
cimento, tem seu paradigma quebrado na perspectiva 
da modalidade de EaD. Em relação à ação educativa, 
o tutor está presente e tem seu foco na construção
de um processo educativo alicerçado na interativida-
de e na criatividade, provocando discussões, dúvidas
e instigando a aprendizagem dos estudantes. Indica
caminhos e possibilita a construção do conhecimen-
to. É um mediador e motivador deste processo de
aprendizagem em que o conhecimento é juntamente
construído e não mais transmitido.
Veremos nos próximos capítulos algumas 
orientações que permeiam a ação do tutor em sua 
prática, mas esclarecemos que não existe uma re-
ceita única e fechada para garantir a excelência na 
atuação do tutor.
De acordo com o contexto e com as expecta-
tivas de cada curso, cabe ao tutor, primeiramente, 
planejar sua prática pedagógica e sua atuação fren-
te aos alunos, individualmente ou em grupo, res-
pondendo às suas expectativas e garantindo todas 
as formas de interação, comunicação, incentivo e 
construção do conhecimento.
É fundamental experimentar, avaliar e avançar 
nas propostas pedagógicas de um ensino on-line, pois 
um professor inserido em um ambiente virtual e em 
rede é um incansável pesquisador, um profissional 
que aceita os desafios para se aprimorar cada vez mais. 
7
Cabe ao tutor o exame crítico de si mesmo, pro-
curando orientar seus procedimentos de acordo com 
os anseios dos seus alunos na busca de um ensino 
com qualidade, tendo sempre como foco a aprendi-
zagem dos alunos (Kenski, 2003, apud Ribas 2011).
Segundo Azevedo (2005, p.75, apud Ribas 
2011), é preciso que o tutor crie e organize rotinas e 
escolha de modo consciente aquilo que vai e o que 
não vai fazer de acordo com o que é realmente im-
portante. A sensação de presença constante do pro-
fessor é resultado da combinação de dois fatores: 
a assíncrona, que permite a comunicação, mesmo 
quando as pessoas não estão conectadas ao mesmo 
tempo e a regularidade de conexão do tutor, que não 
precisa ocorrer o tempo todo, mas deve seguir um 
padrão (pela manhã, à tarde, toda noite, ou um pou-
co em cada turno).
1.1 A Ação do Tutor
As mais avançadas tecnologias e os diferentes 
materiais didáticos utilizados em um curso a distân-
cia não são suficientes para garantir a compreensão 
e o aprendizado do aluno de EaD. A mediação, in-
teração e atuação do tutor são fundamentais 
para o processo de ensino-aprendizagem.
Para compreender o significado da tutoria Souza et 
al. (2004, p. 5-6) esclarecem que esta pode ser entendida:
8
[...] como uma ação orientadora global, cha-
ve para articular a instrução e o educativo. O 
sistema tutorial compreende, desta forma, um 
conjunto de ações educativas que contribuem 
para desenvolver e potencializar as capacidades 
básicas dos/as estudantes, orientando-os a obte-
rem crescimento intelectual e autonomia, e para 
ajudá-los a tomar decisões em vista de seus de-
sempenhos e suas circunstâncias de participação 
como aluno. (SOUZA et al., 2004, p. 5-6)
Ainda, Blum (2004), aponta que a tutoria de-
veria atuar como estimuladora, motivadora e orien-
tadora do estudante, devendo munir-se de todos os 
conhecimentos, para que, virtual ou presencialmen-
te, seja o elemento que interligará os fios cognitivos, 
afetivos e motivacionais necessários ao rompimento 
das barreiras e à extrapolação dos limites que os es-
tudantes forem encontrando no percurso.
1.2. Tipos de Tutoria
Um sistema de tutoria necessário ao estabele-
cimento de uma educação a distância de qualidade 
deve prever a atuação de profissionais que 
ofereçam tutoria a distância e tutoria presencial, 
como aponta os Referenciais de Qualidade para 
Educação Superior a Distância citados no capítulo 
anterior:
9
A tutoria a distância atua a partir da institui-
ção, mediando o processo pedagógico junto a estu-
dantes geograficamente distantes, e referenciados aos 
polos descentralizados de apoio presencial. Sua princi-
pal atribuição deste profissional é o esclarecimento de 
dúvidasatravés de fóruns de discussão pela Internet, 
pelo telefone, participação em videoconferências, en-
tre outros, de acordo com o projeto pedagógico.
O tutor a distância tem também a responsabi-
lidade de promover espaços de construção coletiva de 
conhecimento, selecionar material de apoio e sustenta-
ção teórica aos conteúdos e, frequentemente, faz parte 
de suas atribuições participar dos processos avaliativos 
de ensino-aprendizagem, junto com os docentes.
Mill (2007) afirma ser a “tutoria virtual ou tu-
toria a distância, dedicada ao acompanhamento dos 
educandos virtualmente (a distância), por meio de 
tecnologias de informação e comunicação”.
A tutoria presencial atende os estudantes nos 
polos, em horários pré-estabelecidos. Este profissio-
nal deve conhecer o projeto pedagógico do curso, o 
material didático e o conteúdo específico dos conte-
údos sob sua responsabilidade, a fim de auxiliar os 
estudantes no desenvolvimento de suas atividades 
individuais e em grupo, fomentando o hábito da 
pesquisa, esclarecendo dúvidas em relação a conte-
10
údos específicos, bem como ao uso das tecnologias 
disponíveis. Participa de momentos presenciais 
obrigatórios, tais como avaliações, aulas práticas 
em laboratórios e estágios supervisionados, quando 
se aplicam. O tutor presencial deve manter-se em 
permanente comunicação tanto com os estudantes 
quanto com a equipe pedagógica do curso.
Cabe ressaltar que as funções atribuídas a tutores 
a distância e a tutores presenciais são intercambiáveis 
em um modelo de educação a distância que privilegie 
forte mobilidade espacial de seu corpo de tutores.
Segundo Mill (2007), a tutoria presencial “é 
composta pelo grupo de educadores que acompa-
nha os alunos, presencialmente, com encontros fre-
quentes ou esporádicos”. 
2. Competências do Tutor de Ead
Ainda, segundo os Referenciais de Qualidade 
para Educação Superior a Distância, tanto para o 
tutor presencial quanto para o tutor a distância é im-
prescindível o domínio do conteúdo e este perma-
nece como condição essencial para o exercício das 
funções. Deve estar aliada à necessidade de dinamis-
mo, visão crítica e global, capacidade para estimular 
a busca de conhecimento e habilidade com as novas 
tecnologias de comunicação e informação.
11
Vamos, neste momento, ampliar e complemen-
tar, com base em outras fontes de pesquisa, as infor-
mações acerca das competências dos tutores aponta-
das pelos Referenciais de Qualidade para Educação 
Superior a Distância.
Segundo Brandão e Guimarães (2001), o con-
ceito de competência está embasado em três dimen-
sões: conhecimento, habilidade e atitude (CHA), ou 
seja, competência diz respeito ao conjunto de conhe-
cimentos, habilidades e atitudes interdependentes e 
necessárias à consecução de determinado propósito.
Utilizaremos, neste capítulo, alguns fragmentos 
do documento Tutoria no EaD: um manual para tu-
tores. Este manual apresenta conceitos e oferece ca-
minhos a serem percorridos pelo tutor em sua prá-
tica, além de destacar sua importância no processo 
e na qualidade do ensino-aprendizagem oferecidos 
nesta modalidade.
A The Commonwealth of Learning (COL) pu-
blicou, com o objetivo de prestar aos profissionais 
um aconselhamento e orientações acerca das res-
pectivas tarefas, funções e papéis, e criar condições 
que lhes permitam refletir acerca das questões-chave 
com que se deparam, entre outros, o documento Tu-
toria no EaD: um manual para tutores, em 2003, sob 
a autoria de Jenniffer O’Rourke.
12
A Commonwealth of Learning (COL) é uma organização 
empenhada em apoiar os governos membros da Com-
monwealth para tirar o máximo partido das estratégias e 
tecnologias do ensino a distância para proporcionar um au-
mento de acessibilidade equitativa à educação e formação 
para todos os seus cidadãos. A Commonwealth of Learning é 
uma organização intergovernamental criada pelos gover-
nos da Commonwealth em Setembro de 1988, na sequên-
cia do encontro dos Chefes de Governo que teve lugar em 
Vancouver em 1987. Tem a sua sede em Vancouver e é 
a única organização intergovernamental da Commonwealth 
localizada fora da Grã-Bretanha.
Recomenda-se a leitura do documento na íntegra para me-
lhor compreensão e ampliação de seus conhecimentos. 
Acesse a versão traduzida para a Língua Portuguesa falada 
em Portugal em: 
http://disciplinas.stoa.usp.br/pluginfile.php/64290/mod_ 
resource/content/2/tutoriaeadINED5.pdf
2.1 Competências De Apoio
Segundo o documento, para um tutor, as com-
petências de apoio ajudam os alunos a lidarem com 
questões não relacionadas com o conteúdo, que pos-
sam afetar a sua aprendizagem. Incluem: 
• comunicação
• motivação
• resolução de problemas
O quadro a seguir foi constituído com base na
síntese das informações apresentadas no referido 
documento:
13
Comunicação Motivação Resolução de problemas
Uma boa comu-
nicação é impor-
tante no apoio aos 
alunos na EaD. 
Promover a moti-
vação é uma com-
petência impor-
tante na tutoria, 
pois os alunos da 
EaD enfrentam 
muitos desafios, e 
poderão precisar 
de um incentivo 
extra para enfren-
tarem esses desa-
fios.
As competências 
de identificação e 
resolução de pro-
blemas são essen-
ciais. 
Inclui:
• escutar
• responder
• manter contato
• uso eficiente dos
meios de comuni-
cação
A motivação, com 
as competências 
de comunicação 
e de resolução de 
problemas, pode:
• incentivar os alu-
nos a desenvolve-
rem estratégias no
enfrentamento das
dificuldades que
afetam sua apren-
dizagem.
Incluem a capaci-
dade de:
• clarificar proble-
mas;
• identificar qual é
o tipo de ajuda ne-
cessária;
• determinar se o
tutor pode e deve
ajudar.
14
As competências 
de escuta são im-
portantes, quer se 
esteja a ouvir a voz 
de um aluno ou a 
mensagem de um 
aluno numa co-
municação por es-
crito. O tutor deve 
interpretar ambas 
as mensagens ex-
plícitas e implícita.
Além de motivar 
os alunos na reso-
lução dos proble-
mas específicos, 
um bom tutor in-
clui mensagens de 
incentivo na sua 
comunicação com 
os alunos.
É provável que o 
tutor seja a primei-
ra pessoa que o 
aluno contate so-
bre um problema, 
ou a primeira pes-
soa a reconhecer 
que um problema 
exista. O tutor 
não precisa resol-
ver todos os pro-
blemas, mas deve 
ajudar os alunos 
a obterem a ajuda 
de que necessitam.
As barreiras à co-
municação podem 
ser causadas por: 
• diferenças cultu-
rais entre aluno e
tutor;
• conhecimento
incompleto da lín-
gua de ensino;
• diferenças de lin-
guagem como dia-
leto ou coloquial;
• ideia de os tuto-
res serem inabor-
dáveis;
• deficiência que
impeça os alunos
de falar ou escre-
ver fluentemente.
Os problemas que 
os tutores normal-
mente encontram 
incluem: 
• problemas aca-
dêmicos. Dificul-
dades em:
- compreender o
conteúdo do cur-
so;
- fazer o trabalho
do curso;
- dominar as com-
petências necessá-
rias para a disci-
plina.
• exigências con-
flitantes de traba-
lho ou família que
poderão fazer com
que os estudantes
por vezes não pos-
sam dedicar tem-
po ao estudo;
15
• problemas de
gestão do tempo.
Em contraste com
a situação anterior,
os alunos têm difi-
culdades em:
- organizar o seu
tempo;
- planejar um tem-
po de estudo;
- prever e trabalhar 
segundo prazos.
• problemas pes-
soais, como um fa-
miliar doente ou a
perda do emprego,
que afetem a capa-
cidade do aluno
em se concentrar
nos estudos.
2.2 Competências De Orientação 
Ainda, segundo o documento, para um tutor, 
as competências envolvidas na orientação à apren-
dizagem devem ajudar os alunos a compreenderem 
o conteúdo e a sua relação com os seus objetivos de
aprendizagem. São elas:
• Usar conhecimentos do conteúdo para dar
uma orientação;
• Dar feedback aos alunos no seu trabalho;
• Familiarizar os alunos com as convenções da
disciplina;
• Estabelecer elos;
16
• Resolução de problemas acadêmicos.
O quadro a seguir foi constituído com base
na síntese das informações apresentadas no refe-
rido documento.
17
Usar conhe-
cimentos 
do conte-
údo para 
dar uma 
orientaçãoDar feedba-
ck aos alu-
nos no seu 
trabalho
Familia-
rizar os 
alunos com 
as conven-
ções da 
disciplina
Estabelecer 
elos
Resolução 
de proble-
mas acadê-
micos
Implica em 
ajudar os 
alunos a en-
contrarem o 
seu sentido 
de orientação 
no conteúdo:
• fornecendo
pistas que
eles possam
usar para or-
ganizarem as
suas ideias;
• sugerindo
fontes de 
informação
adicionais ou
alternativas;
P r o v a v e l -
mente será 
o aspecto 
mais visível 
e que exige 
mais tempo 
na função do
tutor.
O tutor pre-
cisa ser profi-
ciente em:
• estabelecer
e comunicar
expectativas
claras para o
trabalho dos
alunos;
• identificar
pontos for-
tes e fracos
na maneira
como os alu-
nos executa-
ram o traba-
lho;
Cada disci-
plina tem as 
suas próprias 
convenções. 
O tutor po-
derá envolver 
e familiarizar 
os alunos 
com:
• a manei-
ra como as 
ideias são de-
senvolvidas e
apresentadas
na sua disci-
plina;
•as estraté-
gias de pes-
quisa acei-
táveis e não
aceitáveis;
• os requisi-
tos específi-
cos de reda-
ção na sua
área.
Os tutores 
podem aju-
dar os alunos 
a estabelece-
rem a ligação 
entre o con-
teúdo do cur-
so e os seus 
objetivos de 
a p r e n d i z a -
gem específi-
cos, e a com-
preenderem 
as potenciais 
a p l i c a ç õ e s 
do conteúdo 
à sua área de 
i n t e r e s s e s . 
Para isso, os 
tutores preci-
sam: 
• conhecer os
objetivos dos
alunos e qual
a sua apren-
dizagem an-
terior;
• propor um
diálogo com
os alunos
sobre as suas
ideias e pers-
pectivas.
O tutor pre-
cisa saber 
i d e n t i f i c a r 
p r o b l e m a s 
acadêmicos 
que tragam 
dificuldades 
aos alunos, 
tais como: 
• bases insu-
ficientes na
área do con-
teúdo;
• falta de
acesso a re-
cursos apro-
priados; 
• falta de co-
nhecimento
sobre como
utilizar os re-
cursos;
18
• apresentan-
do maneiras
diferentes de
ver as ques-
tões.
• identificar
áreas do con-
teúdo que
eles tenham
compr een -
dido e áreas
que sejam
menos claras
para eles;
• sugerir es-
tratégias para
consolidarem
o que sabem
e para me-
lhorarem as
suas profici-
ências.
• falta de co-
nhecimentos
numa área
específica;
• problemas
com os ma-
teriais do
curso.
Para resolver 
p r o b l e m a s 
acadêmicos 
individuais, 
o tutor pode
ajudar os alu-
nos a:
• reconhece-
rem lacunas
na sua apren-
dizagem;
• desenvol-
verem os co-
nhecimentos
base ou pro-
ficiências de
que necessi-
tam;
19
2.3. Competências de Capacitação
Segundo o documento, para um tutor, as com-
petências de capacitação de aprendizagem devem 
ajudar os alunos a desenvolverem e aplicarem pro-
cessos de aprendizagem com eficiência. Envolvem:
• Ajudar os alunos a desenvolverem competências
de aprendizagem (gerais ou específicas da disciplina);
• desenvol-
verem pro-
ficiências na
loca l ização
dos recursos
apropriados
ou a apren-
derem a usá-
-lo.
Para proble-
mas relacio-
nados com
os materiais
do curso, o
tutor pode:
• desenvol-
ver recursos
alternativos
que permi-
tam aos alu-
nos trabalhar
com essa
seção ou tó-
pico;
• recomendar
a l t e r a ç õ e s
aos materiais
do curso.
20
• Ajudar os alunos a aplicarem essas competên-
cias adequadamente como indivíduos ou em grupos.
O quadro a seguir foi constituído com base na 
síntese das informações apresentadas no referido 
documento.
A capacitação da aprendizagem consiste em:
• ajudar os alunos a desenvolverem as suas
competências na organização de conceitos, a desen-
volverem ‘mapas mentais’ que lhes permitam estru-
turar a sua aprendizagem de uma maneira que faça 
sentido para eles; 
• ajudar os alunos a articularem as suas ideias
por escrito ou verbalmente, e a debaterem-nas pro-
dutivamente; 
• fomentar a capacidade dos alunos de atingi-
rem objetivos de aprendizagem através de interações 
como sejam projetos realizados em cooperação, ou o 
feedback de colegas;
• definir tópicos apropriados e estimulantes para
debate entre os alunos, ajudando-os a centrarem-se no 
tópico, e fornecendo uma estrutura que desenvolva as 
suas competências na gestão de debates;
• moldar estratégias de aprendizagem eficazes
para os alunos, mostrando métodos alternativos 
para um tópico, tornando o processo de aprendiza-
gem transparente, e fornecendo exemplos de cami-
nhos diferentes para a aprendizagem;
21
• resolução de problemas, ajudando os alunos a
identificarem e lidarem com métodos de aprendiza-
gem ineficientes, ou com déficits de competência que 
dificultem a sua aprendizagem, como sejam compe-
tências linguísticas ou matemáticas.
2.4 Competências Administrativas
Em relação às competências administrativas, 
segundo o documento, depois de um aluno ter se 
matriculado, o tutor poderá, em alguns casos, ser o 
seu principal contato com a instituição de ensino. Os 
tutores necessitam destas competências para gerirem 
o relacionamento entre os alunos e a instituição de
ensino em questões administrativas e são responsá-
veis por ambos.
O quadro a seguir foi constituído com base 
na síntese das informações apresentadas no refe-
rido documento.
22
As competências adminis-
trativas utilizadas pelos 
tutores em função dos 
estudantes são para:
As competências adminis-
trativas utilizadas pelos 
tutores em função da 
instituição de ensino são 
para:
• comunicação – os tutores
poderão ser responsáveis
por assegurar que os alunos
serão informados sobre os
prazos e procedimentos rela-
tivos a candidaturas, exames,
desistência de cursos, preen-
chimento de requerimentos,
etc.;
• resolução de problemas –
os tutores utilizam a sua fa-
miliaridade com os processos 
acadêmicos e administrativos
para ajudarem os alunos a
entrarem em contato com a
unidade ou a pessoa respon-
sável que pode ajudar a re-
solver problemas específicos.
Os tutores podem também
ter um papel a desempenhar
em situações envolvendo alu-
nos individualmente, como
sejam questões relacionadas
com a integridade acadêmica, 
plágio, etc.;
• planejamento – os tutores
muitas vezes estão em po-
sição de ajudar os alunos a
identificarem as suas necessi-
dades de aprendizagem para
além do curso específico, e
a planejarem a forma mais
apropriada de ir ao encontro
das suas necessidades.
• gerir e transmitir informa-
ções dos alunos, manutenção
de registros, comunicação
de notas, e assegurar que as
informações sobre os alunos
são transmitidas à pessoa
certa na altura certa;
• manter os padrões de prá-
ticas, assegurando a familia-
rização dos alunos com as
práticas acadêmicas, e iden-
tificando qualquer possível
violação dos padrões aca-
dêmicos, de uma forma que
seja justa para todos a quem
diz respeito.
23

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