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Aula 11 - Língua Brasileiras De Sinais - LIBRAS

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Língua Brasileira de 
Sinais - Libras
Aula 11
Língua Brasileira de 
Sinais - Libras
Aula 11
Sumário
1 O Aprendizado da Leitura e 
Escrita em Sinais 4
1.1 O aprendizado da leitura e escrita em Sinais 4
2 Análise Contrastiva entre 
Língua Portuguesa e Libras 11
2.1 Análise Contrastiva 11
2.1.1 Linguística 14
4
1 O Aprendizado da Leitura e 
Escrita em Sinais
1.1 O aprendizado da leitura e escrita em Sinais
O sujeito surdo que têm acesso a Libras e participa de uma 
comunidade se torna mais seguro e autoconfiante, sua autoesti-
ma e identidade se desenvolvem de forma sadia ( Strobel, 2008). 
Da mesma forma que o contato com a Língua de Sinais na mo-
dalidade escrita também influenciará na organização do pensa-
mento, na criatividade e na forma como ele apresentará o texto.
Devido às escolas, de uma maneira geral, não estarem to-
talmente adaptadas às necessidades educativas dos surdos, mui-
tos desses alunos acabam desistindo da escola ou permanecem, 
mas sem estímulos para aprender uma nova língua. Surdos na 
fase adulta contam seus “traumas” em relação ao aprendizado 
da Língua Portuguesa.
Sabe-se das barreiras enfrentada pelos surdos, quanto à 
comunicação dentro da sua própria família, pois na maioria são 
pais ouvintes e filhos surdos. Isso dificulta à criança surda ter 
contato com as práticas do letramento. Enquanto nesta fase as 
crianças ouvintes já estão tendo contato com as histórias e con-
tos infantis, os surdos acabam ficando aquém do que é esperado 
para sua idade, agregando atrasos não só quanto ao aprendizado 
de uma segunda língua, mas também da sua própria língua, a 
Língua de Sinais.
As barreiras que os surdos enfrentam não estão apenas 
dentro da escola, mas, principalmente, dentro de suas próprias 
5
casas. Para a criança surda, os pais e familiares servem de mo-
delos linguísticos, sociais, emocionais e culturais, e isso faz toda 
diferença no desenvolvimento da identidade e na forma como a 
criança vai interagir com a sua própria língua e a aprendizagem 
da segunda língua.
Em muitas escolas, podemos observar que os pais dos alu-
nos surdos apresentam um baixo nível de escolaridade, o que 
influencia na maneira da criança surda ver o valor da escrita e da 
leitura. Isso já faz parte do letramento, entender a função social 
da leitura e da escrita. Apresentar práticas de letramento, princi-
palmente de imagens, às crianças surdas é possibilitar que, por 
meio da Língua Sinais, elas conhecem diferentes formas textos, 
sendo estimulado a produzir seus próprios textos.
Em um primeiro momento a escrita do surdo se asseme-
lha a de um estrangeiro, cometendo praticamente as mesmas fa-
lhas e apresentando as mesmas dificuldades em compreender as 
variações da gramática do Português. A escrita do surdo passa 
por um período de interlíngua, que é quando ele usa a estrutura 
gramatical da Língua de Sinais e utiliza palavras da escrita do 
Português, o que nos dá a impressão de que o texto não tem 
coerência.
Exemplo:
No tempo das missões macaco eu não brincar bebe 
macaco na árvore.
Homem tem animais leão, macacos dois, sapo, no 
casa menino gritou
observou árvore macaco.
6
Índios tem pau fazer árvore ou mão pau fazer casas.
Índios não animais para menino.
Os índios tem carne bife fogo morte leão.
Os homens tem não casas ou homem um casa.
Índios não para leão.
(Francisco, 17 anos, 6ª série).
In: REVISTA LETRA MAGNA
Revista Eletrônica de Divulgação Científica em Língua Portuguesa, Linguística e 
Literatura – Ano 03- n.05 -2º Semestre de 2006
Conhecendo a Língua de Sinais, pode-se entender que 
esse processo é totalmente natural. A Língua Portuguesa para 
os surdos tem muitos entraves, e um dos motivos é a diferença 
na constituição das línguas: uma é oral auditiva e outra é espaço 
visual. Por isso, quando falamos de Escrita da Língua de Sinais, 
ela se torna muito mais relevante tanto no período de criação do 
texto, como também na compreensão das diferenças das duas 
línguas.
A Língua de Sinais sempre foi considerada ágrafa, ou seja, 
ela era apenas sinalizada sem registros escritos, o que aumen-
tava ainda mais os mitos em torno da Língua de Sinais, sobre a 
“pobreza”de recursos.
SignWriting foi criado por Valerie Sutton em 1974. Valerie 
criou um sistema para escrever as danças que criava. Os pesqui-
sadores da Língua de Sinais dinamarquesa estavam procurando 
uma forma de escrever os sinais. A década de 70 caracterizou um 
período de transição de Dancewriting para SignWriting, isto é, 
da escrita de danças para a escrita de sinais das línguas de sinais.
7
No Brasil a ELS (Escrita da Língua de Sinais) vem sendo 
usada e pesquisada desde 1997, desde então, várias obras literá-
rias já foram produzidas em ELS, como por exemplo: Cinderela 
Surda, Rapunzel surda, entre outras.
Atualmente, as pesquisas têm crescido sobre a ELS 
(Escrita da Língua de Sinais) e cada vez mais alunos surdos 
têm contato com a Língua de Sinais na modalidade escrita. Isso 
tem aberto novos horizontes para essa comunidade. Sabe-se que 
pela Lei, tanto a Libras quanto a ELS não substituem a Língua 
Portuguesa, mas entende-se a necessidade do surdo receber edu-
cação em sua própria língua, facilitando seu aprendizado em to-
das as áreas do conhecimento.
Antes os surdos só poderiam filmar seus próprios sinais 
e depois revê-los, mas agora os surdos conseguem registrar em 
forma de textos tudo que lhe é importante.
Segundo Stumpf ( 2004):
A escrita de sinais trata-se de um sistema para re-
presentar línguas de um modo gráfico esquemático que 
funciona como um sistema de escrita alfabético, em que 
unidades gráficas fundamentais representam unidades 
gestuais fundamentais, suas propriedades e relações. O 
SignWriting pode registrar qualquer Língua de Sinais do 
8
mundo sem passar pela tradução da língua falada. Cada 
Língua de Sinais vai adaptá-lo a sua própria ortografia. 
Para escrever em signwriting é preciso saber uma Língua 
de Sinais.
A estrutura da escrita da Língua de Sinais (ou signwriting) 
é dividida em 10 grupos, contendo símbolos para as mãos. Esses 
grupos foram organizados de acordo com os dedos que serão 
usados. As configurações de mãos de todas as línguas de sinais 
foram incluídas. Os símbolos são referentes a posição da mão, 
os movimentos e pontos de contato. Assim como pode-se ver na 
figura abaixo:
9
Com esse tipo de escrita, estimulado desde a Educação 
Infantil, alunos surdos tem a chance de se tornarem leitores e 
escritores. Pesquisadores relatam a importância da escrita em 
sinais, porque além dela fazer parte da cultura surda, ela devolve 
a identidade dessa comunidade.
A Língua de Sinais enfrentou muitas barreiras para chegar 
até a escola e ainda há longo caminho a ser percorrido até chegar 
ao ponto de surdos poderem aprender os conteúdos pedagógicos 
em sua própria língua. Agora, outro entrave é o pré – conceito 
que muitos têm a respeito da escrita da Língua de Sinais – ELS 
( ou signwriting). A concepção equivocada sobre a escrita da 
Língua de Sinais é que ela venha substituir a Língua Portuguesa 
na modalidade escrita e também existe o receio de que o aluno 
surdo tendo contato com esse tipo de escrita não se interesse em 
10
aprender o Português.
Lebedeff (apud Thoma, 2004) reafirma a necessidade de 
apresentar textos escritos via Língua de Sinais com o objetivo de 
ensinar estratégias, tais como a de realizar interferências , mo-
nitorar a compreensão e planejar e estruturar histórias. Essas es-
tratégias podem ajudar o futuro leitor a desenvolver habilidades 
para construir representações coerentes que integrem a Língua 
de Sinais e que depois podem ser transferidas para entender tex-
tos escritos.
Atualmente, o professor pode contar com a tecnologia, um 
programa chamado signwriter que é um editor para escrever em 
Língua de Sinais.
11
2 Análise Contrastiva entre 
Língua Portuguesa e Libras
2.1 Análise Contrastiva
De acordo com os estudos sobre ensino-aprendizagem de 
Língua Estrangeira (LE), se pode afirmarque a Língua Materna 
(LM) tem um papel ativo sim na aprendizagem da Língua 
Estrangeira, seja:
1- como conhecimento pré-existente ao que se antecede 
estrategicamente na comunicação;
2- como fonte de uma interferência, também estratégica 
integrada nos mesmos processos de construção criativa da 
língua;
3- como mediadora entre a LE e a gramática universal; ou
4- integrada no marco dos universais linguísticos.
A Língua Portuguesa para surdos é considerada como uma 
língua estrangeira quando se trata da sua aprendizagem. As mes-
mas dificuldades que um estrangeiro encontra em aprender a 
Língua Portuguesa, da mesma forma essas dificuldades se apre-
sentam para os surdos com um agravante que é a diferença das 
duas línguas, uma oral auditiva e outra espaço visual.
A intenção dos estudos na área da surdez é que o surdo se 
torne um sujeito bilíngue, ou seja, que domine duas línguas, a 
Líbras como primeira língua (L1) e o Português escrito como se-
gunda língua (L2). O sujeito surdo sempre vai buscar referências 
na sua língua materna para dar significado à outra língua, o que 
12
produz alguns confrontos entre as línguas, mas que vai marcar 
as especificidades de cada uma. É nesse momento que a análise 
contrastiva entre as duas línguas entra em campo para que o sur-
do entenda como diferenciar uma língua da outra.
A Língua de Sinais fornece subsídios para o surdo criar e 
produzir seus textos, utilizando frases, palavras do seu contexto 
social, aquelas que ele já tem agregadas ao seu vocabulário, ou 
seja, a primeira norteará toda a produção, facilitando a maneira 
que ele vai transcrever suas ideias. Dar significado ao Português 
escrito é, antes, ter domínio da língua materna e, depois, traduzi-
-la para escrita e assim fazer a passagem da língua espaço visual 
para a oral auditiva.
Nesse sentido, Fernandes (1999) e Adjuto (2001), inves-
tigando textos produzidos por adolescentes e adultos surdos, 
observaram que muitas das irregularidades morfossintáticas 
identificadas coincidiam com construções próprias da Língua de 
Sinais. O “equívoco” encontrava-se exatamente nos elementos 
textuais, cujo funcionamento era mais diferenciado de uma lín-
gua para outra, como, por exemplo, o uso dos artigos, dos conec-
tivos em geral e a flexão de verbos e adjetivos. (apud Peixoto, 
2006)
Para se trabalhar com a análise contrastiva com as duas 
línguas é preciso conhecer as características de formação das 
duas línguas. A seguir vamos ver algumas dessas características:
A Libras (Língua Brasileira de Sinais) apresenta as se-
guintes características:
13
 ● Ela apresenta todos os níveis de organização: 
Fonológico, Sintático, Semântico, Morfológico e 
Pragmático, da mesma maneira que as línguas orais;
 ● é uma língua espaço-visual;
 ● é própria da comunidade surda;
 ● não é mímica;
 ● a Língua de Sinais possui uma gramática constituída 
por verbos, pronomes, substantivos, adjetivos e assim por 
diante, e sua organização frasal segue a regra SVO (sujeito 
/verbo/ objeto), mudando apenas a ordem de acordo com a 
construção da frase.
 ● a Libras, assim como as línguas orais-auditivas, possui 
expressões, gírias que são próprias da comunidade surda;
 ● muitos sinais são regionais, então pode haver mudança 
de um sinal de um estado para outro;
 ● na Libras, também há presença dos empréstimos 
linguísticos;
 ● é comum o uso da Topicalização.
A Língua Portuguesa apresenta as seguintes 
características:
 ● Ela apresenta todos os níveis de organização: 
Fonológico, Sintático, Semântico, Morfológico e 
Pragmático;
 ● é uma língua oral auditiva;
 ● é uma língua própria da comunidade ouvinte;
 ● ela apresenta a modalidade oral e escrita;
14
 ● possui uma gramática constituída por verbos, prono-
mes, substantivos, adjetivos e assim por diante, e sua orga-
nização frasal segue a regra SVO (sujeito /verbo/ objeto), 
mudando apenas a ordem de acordo com a construção da 
frase.
 ● cada região do país fala a Língua Portuguesa com so-
taques diferentes;
 ● presença de empréstimos linguísticos;
Podemos então concluir que apesar dessas duas línguas se-
rem tão diferentes no modo de se apresentarem, elas têm pontos 
em comum.
2.1.1 Linguística
É o estudo científico das línguas naturais e humanas.
Segundo karnopp (2004), a Linguística é a área que se 
preocupa com a natureza da linguagem e da comunicação. A 
linguística é uma ciência que busca respostas para problemas 
essenciais relacionados à linguagem que precisam ser explica-
dos, como por exemplo: qual a natureza da linguagem humana? 
Como a comunicação se constitui?
Fonética e Fonologia
A fonética trata do estudo dos sons da voz humana, ou 
15
seja, os sons da fala, sob o ponto de vista:
 ● Articulatório: como os sons são articulados e organiza-
dos na estrutura silábica;
 ● acústico: como os sons são transmitidos do falante para 
o ouvinte.
A Fonologia trata do estudo dos sons de uma língua no que 
concerne á função que esses sons têm em cada idioma. Não cabe 
à fonologia tratar de como os sons são produzidos.
Fonema e letra:
Leia em voz alta as palavras abaixo:
Data-lata-mata
Percebe-se facilmente que cada uma tem um som diferen-
te. O que as diferencia é apenas o som inicial, representado pelas 
letras d, l , m, respectivamente. Cada letra indica um fonema, ou 
seja, um som que distingue os significados das palavras citadas.
Fonema é, pois, a menor unidade sonora de uma língua, 
capaz de diferenciar uma palavra da outra.
Letra é, portanto, a representação escrita dos sons da fala.
Morfologia
É a parte da gramática responsável pelo estudo das pala-
vras no que concerne:
 ● Suas estruturas e formações;
 ● suas classificações; e
16
 ● suas flexões.
Então, morfologia é o estudo da estrutura interna das pa-
lavras, ou seja, da combinação entre os elementos que formam 
as palavras e o estudo das diversas formas que apresentam tais 
palavras quanto à categoria de número, gênero, tempo e pes-
soa. Uma das questões que a morfologia busca responder é: o 
que nós sabemos quando conhecemos uma palavra? Há vários 
tipos de informações que são necessárias para a identificação e 
compreensão de uma palavra, por exemplo, a informação foné-
tica/fonológica ( dominar a pronúncia, os sons, a sequência dos 
sons), a informação morfológica (saber como o plural se forma, 
como o gênero é marcado, perceber as relações entre as pala-
vras), a informação sintática (saber onde a palavra se encaixa na 
estrutura) e a informação semântica (compreender o/os signifi-
cado(s) da palavra).
Sintaxe
É o estudo da estrutura da frase, ou seja, da combinação 
das unidades significativas da frase. A sintaxe trata das funções, 
das formas e das partes do discurso. É a parte da linguística que 
estuda a estrutura interna das sentenças e a relação interna entre 
as suas partes. Os seres humanos são capazes de compreender 
e produzir um número infinito de sentenças que jamais foram 
produzidas em outro momento. Obviamente, não há uma lista 
de todas as sentenças possíveis à disposição de cada falante em 
uma determinada língua. O que há é uma estrutura que acomoda 
infinitas combinações de palavras em número finito de possibi-
lidades. Neste sentido, a sintaxe combina as palavras de forma 
17
recursiva, observando restrições impostas por princípios que a 
determinam.
Você conseguiria entender se alguém lhe dissesse:
Curtas tem pernas mentira a
Provavelmente não, pois as palavras estão desorganizadas, 
tornando difícil a compreensão do que se pretende dizer. Para 
que ocorra uma boa comunicação, pode-se organizar o enuncia-
do e obter:
A mentira tem pernas curtas.
O enunciado ficou compreensível, pois as palavras estão 
organizadas e relacionadas entre si.
Frase é qualquer palavra ou conjunto de palavras que 
crie uma situação de comunicação.
De acordo com os elementos que as constituem, as frases 
podem ser:
 ● Verbais: quando têm como base significativa um verbo.
 ● nominais: quando têm como base significativa um 
nome ( substantivo,adjetivo, numeral ou advérbio).
A frase é caracterizada pela entonação, que na linguagem 
escrita é indicada pelos sinais de pontuação. Por isso, quanto ao 
sentindo as frases podem ser:
 ● Declarativas: usadas quando se quer afirmar algo posi-
tiva ou negativamente. Representadas por um ponto final:
Exemplo: Adoro praticar esportes. (frase declarativa 
18
afirmativa).
Nós não gostamos de jiló (frase declarativa negativa)
 ● Interrogativas: usadas quando se deseja esclarecer al-
guma dúvida. Representadas pelo ponto de interrogação.
 ● Exclamativas: expressam espanto, admiração, surpresa.
 ● Imperativas: indicam ordem, pedido, conselho. São re-
presentadas pelo ponto de exclamação.
 ● Optativas: expressam um desejo.
Oração: É qualquer enunciado baseado em um verbo. A 
oração é um tipo de frase mais elaborada, melhor estruturada, 
que não precisa ter sentido completo, basta ser centrada no ver-
bo. Ex: Precisa-se de empregada.
Semântica
É o estudo do significado da palavra e da sentença. A se-
mântica trata da natureza, da função e do uso dos significados 
determinados ou pressupostos. É a parte da linguística que estu-
da a natureza do significado individual das palavras e do agrupa-
mento das palavras nas sentenças, que pode apresentar variações 
regionais e sociais nos diferentes dialetos de uma língua. Para 
além desse tipo de significado, há aquele do utente da língua, 
que pode incluir o literal e o não literal das expressões (casos de 
ironias e metáforas, por exemplo).
Apesar dessas variações, existem limites nos significa-
dos de cada expressão, ou seja, os utentes não podem usar ex-
pressões para significar o que bem entendem. Se fizerem isso, 
19
provavelmente serão mal-interpretados.
Sinônimos:
É a propriedade de duas ou mais palavras possuírem signi-
ficados iguais ou semelhantes:
Ousadia - coragem
Alegre – contente
Lento – devagar
Antônimos
É a propriedade de duas ou mais palavras possuírem sig-
nificados opostos:
Bem - mal
Feliz – infeliz
Rápido- devagar
Homônimos
É a propriedade de duas ou mais palavras possuírem sig-
nificados diferentes, mas serem iguais no som e/ou na escrita:
Exemplo:
Ganhei um jogo de cartas.
Eu jogo cartas.
As pessoas querem ascender na vida.
Cuidado ao acender o fogo.
Parônimos
São palavras parecidas na escrita e na pronúncia:
Coro – couro
Descrição – discrição
20
Soar – suar
Polissemia
É a capacidade que uma palavra tem de assumir sig-
nificados diferentes, de acordo com o contexto em que ela é 
empregada.
Linha:
 ● Fio de linho, de algodão de seda.
 ● Barbante.
 ● Cadarço.
 ● Linha telefonica.
 ● Traço usado no caderno.
 ● Percurso, via, rota.
Ponto
 ● Ponto final, na gramática.
 ● Sinal usado sobre letras i/j.
 ● De tricô.
 ● Dado num jogo.
 ● Um lugar fixo.
 ● Matéria escolar.
Denotação e Conotação
Denotação: é a descrição de uma palavra usada no seu 
sentido próprio, comum, habitual, exatamente da maneira como 
aparece registrada nos dicionários.
Exemplo: Comprei um par de rosas ( rosa = flor da roseira)
21
Ganhei um brinco de ouro (ouro = metal precioso).
Conotação: é o uso figurado que uma palavra pode assu-
mir, de acordo com o contexto em que for empregada.
Exemplo: Você é a rosa da minha vida ( rosa = amor, 
paixão).
Seu namorado está nadando em ouro ( ouro= riqueza, 
poder).
Por serem mais subjetivas, as palavras conotativas são usa-
das com maior liberdade nas linguagens literária e coloquial.
Pragmática
É o estudo da linguagem em uso (contexto) e dos princí-
pios de comunicação. Essa definição é considerada tradicional; 
no entanto, vale registrar que há várias tendências ao definir-se 
a área da pragmática.
	1	O Aprendizado da Leitura e 
Escrita em Sinais
	1.1	O aprendizado da leitura e escrita em Sinais
	2	Análise Contrastiva entre 
Língua Portuguesa e Libras
	2.1	Análise Contrastiva
	2.1.1	Linguística

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