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Atividade da 3º Aula de Direito Internacional (1)

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Atividade da 3º Aula de Direito Internacional
1. O Direito Internacional Público é a disciplina jurídica que regula as relações entre os Estados, Organizações Internacionais e indivíduos dentro da ordem mundial estabelecida. A elaboração das normas internacionais ocorre através de diplomacia.
2. É difícil definir uma data específica quanto ao surgimento do Direito Internacional Público, pelo fato de alguns doutrinadores entenderem que a sua concepção se deu com a formação das primeiras coletividades organizadas, formadas por homens, visto a necessidade de convivência que estabeleceu relações contínuas entre si. Entretanto, a maioria dos doutrinadores conseguiram o surgimento do Direito Internacional no Tratado de Paz de Westfalia e uma minoria considera que sua origem ocorreu na Antiguidade.
3. O Estado é considerado o sujeito mais importante do Direito Internacional Público e é o único que possui plena capacidade jurídica de direito internacional.
4. Falar em sujeitos do direito, é basicamente compreender que essas pessoas possuem personalidade jurídica, sendo capaz de adquirir direitos e contrair obrigações. Na seara do Direito Internacional Público, ser sujeito de direito é poder agir, atuando em como polo em determinada demanda judicial, celebrando tratados internacionais. Serão considerados sujeitos de Direito Internacional Público, os estados, as organizações internacionais, os blocos internacionais e os indivíduos.
5. Existem várias teorias para determinar os alicerces do Direito Internacional, vertendo-se em duas correntes, a saber, a das teorias voluntaristas e a das teorias objetivastes. As primeiras partem do princípio de que os alicerces do Direito Internacional estão vinculados à manifestação da vontade dos Estados na submissão às regras acordadas entre os Estados em seus Tratados por consentimento ou conveniência. Já as teorias objetivastes defendem a obrigatoriedade da aplicação de normas e princípios superando, inclusive, as cartas constitucionais de cada estado já que a expressão de direitos e deveres relativos às relações internacionais suplementam as peculiaridades de cada Estado em questão, fazendo com que a norma seja preferencialmente observada, seja por obrigação, solidariedade internacional ou por aplicação de garantias de direitos internacionais.
6. A história do Direito Internacional Público tem seu início dividido em duas grandes épocas. Para alguns autores ele existe desde a antiguidade e para outros desde a idade moderna.
7. O Direito Internacional Público tem por objeto a organização jurídica da solidariedade entre as nações, atendendo ao interesse público, visando a manutenção da ordem social que deve haver na sociedade internacional.
8. Desde a antiguidade, este ramo do Direito vinha sendo utilizado o termo jus gentium. Emprega-se os termos de Direito Internacional – Internacional Law, Droit Internacional, Derecho Internacional) e Direito das Gentes ( Law of Nations, Droit des Gens, Derecho de Gentes, Völkerrecht) como sinônimos. 
9. Há uma divisão tradicional, que parte do exame da natureza do direito, a qual distingue um Direito Internacional Natural (ideal, racional, teórico, doutrinário, filosófico, objetivo) e um Direito Internacional Positivo (efetivo,
estabelecido, prático, vigente). O primeiro serve de fundamento ao segundo, compreendendo os princípios da justiça aplicados às relações internacionais. Baseia-se na moral, e representa a ordem ideal que deveria imperar nas relações entre os Estados. O segundo resulta do acordo, ou de atos consagrados como prática constante: Direito Internacional Convencional (escrito) e Direito Internacional costumeiro (não escrito).
10. O Direito Internacional Público se relaciona com a Disciplina de Direito Constitucional, onde estuda as normas constitucionais que produzem efeito no âmbito internacional. Com o Direito Civil, que teve grande influência no DIP, onde diversos de seus institutos tiveram origem naquele: acessão, ocupação e etc.; no Direito Penal onde mantem contatos com diversos institutos do DIP. Relaciona-se também com o Direito Comercial, visto que o DIP lida com tratados comerciais, uniões aduaneiras e etc. Ainda, o DIP tem se servido do Direito Administrativo.
11. 
· UNIVERSALIZAÇÃO: tendência voltada à autodeterminação dos povos. O Direito Internacional não é mais um Direito euro-americano, mas sim universal;
· REGIONALIZAÇÃO: criação de espaços regionais por razões econômicas. Eis a União Europeia e o MERCOSUL, bem como tantos outros blocos (NAFTA, CAN, etc);
· INSTITUCIONALIZAÇÃO: do bilateralismo e multilateralismo apenas entre Estados, parte-se para uma maior atuação e interferência das organizações internacionais, como a ONU;
· FUNCIONALIZAÇÃO: relaciona-se com a INSTITUCIONALIZAÇÃO em um duplo sentido. O Direito Internacional começa a ingressar em campos do Direito interno e das relações internacionais. 
· HUMANIZAÇÃO: o Direito Internacional desenvolve uma feição cada vez mais humanizada, especialmente com a exaltação do Direito Internacional dos Direitos Humanos, materializado pela Carta da ONU de 1945 e pela Declaração dos Direitos Humanos de 1948;
· OBJETIVAÇÃO: nessa tendência supera-se o subjetivismo dos Estados, isto é, as suas vontades são cada vez menos importantes. Por exemplo, as norma humanitárias devem ser cumpridas porque simplesmente são HUMANITÁRIAS (jus cogens ou erga omnes), dispensando a aceitação formal dos Estados;
· CODIFICAÇÃO: o Direito Internacional tende a ser codificado, sistematizado, conforme art. 13 da Carta da ONU; 
· JURISDICIONALIZAÇÃO: criação de Tribunais internacionais, inicialmente “ad-hoc” e, atualmente, já permanentes, como é o caso do Tribunal Penal Internacional criado pelo Tratado de Roma de 1998.

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