Buscar

Questões Comentadas de Residência - Sanar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

QUESTÕES COMENTADAS DE 
RESIDÊNCIAS
NUTRIÇÃO
2 ▕ Questões Comentadas - Residências 2017-2018
QUESTÕES TESTES
01 Os dissacarídeos são polímeros compos-tos por dois monossacarídeos unidos por 
uma ligação glicosídica e podem ser classificados 
em redutores e não redutores. Como exemplo de 
dissacarídeo, é correto citar:
[A] Frutose
[B] Galactose
[C] Rafinose
[D] Amilose
[E] Lactose 
Alternativa A: INCORRETA. A frutose, também conheci-
da como açúcar das frutas é um monossacarídeo.
Alternativa B: INCORRETA. A galactose A galactose é 
um monossacarídeo transformada rapidamente 
em glicose após seu consumo/absorção.
Alternativa C: INCORRETA. A Rafinose é um trissaca-
rídeo composto por galactose, glicose e frutose, 
muito encontrada em leguminosas, como o fei-
jão e a lentilha, além de algumas hortaliças como 
repolho e couve-de-bruxelas.
Alternativa D: INCORRETA. A Amilose na verdade é uma 
molécula composta apenas por resíduos de glicose.
Alternativa E: CORRETA. a lactose se encontra em lei-
tes e derivados. Ela é um dissacarídeo formado 
pela união de glicose e galactose.
Anota ai!
Dissacarídeo Monossacarí-deos Fonte
Sacarose Glicose + frutose
Cana de 
açúcar
Lactose Glicose + galactose Leite
Maltose Glicose + Glicose Malte
02 A absorção do ferro não-heme é influen-ciada pelo estado nutricional do indivíduo 
em relação a esse mineral e por alguns compos-
tos alimentares. Dentre as substâncias que afe-
tam negativamente a absorção do ferro não he-
me, é correto citar:
[A] O ácido ascórbico;
[B] O fósforo 
[C] O cálcio
[D] A biotina
[E] O ácido fólico
Alternativa A: INCORRETA. O ácido ascórbico, quando 
ingerido na mesma refeição como ferro não he-
me, potencializa a absorção. Ele mantém o ferro 
no estado ferroso e forma o quelato ferro-ascor-
bato, que é mais solúvel, por isso pronto para ser 
absorvido.
Alternativa B: INCORRETA. O Fósforo não interfere a 
absorção do ferro não heme, pois compete por 
diferentes sítios de absorção do mineral
Alternativa C: CORRETA. Cálcio e ferro possuem o 
mesmo mecanismo de transporte e instalação 
celular. Por isso, a ingestão desses minerais de 
maneira conjunta, acaba por afetar a absorção 
de ambos pelo organismo. O ideal é priorizar o 
consumo de cálcio nas refeições intermediárias e 
de ferro nas principais refeições.
Alternativa D: INCORRETA. A biotina também conhe-
cida como vitamina B7 pode ser encontrada em 
uma série de alimentos que contêm ferro em 
suas composições, como o bife de fígado, por 
exemplo. Dessa forma, sua presença não afeta a 
absorção do ferro não heme.
Alternativa D: INCORRETA. Também conhecida co-
mo vitamina B9, o ácido fólio é fundamental pa-
ra mulheres que estejam tentando engravidar e 
para grávidas no primeiro trimestre gestacional. 
A vitamina interage de modo positivo com o fer-
ro, sem causar nenhum tipo de problema na ab-
sorção desse mineral.
03 A xeroftalmia ainda é um dos principais problemas de nutrição e saúde pública no 
mundo e está relacionada à deficiência de:
[A] Vitamina A
[B] Vitamina K
[C] Cianocobalamina 
[D] Riboflavina
[E] Vitamina D
DICA DO AUTOR:A xeroftalmia é uma doença pro-
gressiva dos olhos que é causada pela deficiên-
cia de vitamina A no organismo, o que leva a um 
ressecamento dos olhos, podendo resultar, a lon-
go prazo, em complicações como cegueira no-
turna ou surgimento de úlceras na córnea, por 
exemplo.
Alternativa A: CORRETA. Levando em conta as causas 
da doença, a deficiência de vitamina A é a prin-
cipal responsável pela instalação e desenvolvi-
mento da xeroftalmia.
3▏Gabriela Perez
Alternativa B: INCORRETA. Embora faça parte das vita-
minas lipossolúveis, como a vitamina A a ausên-
cia de vitamina K afeta diretamente o processo 
de coagulação sanguínea.
Alternativa C: INCORRETA. Também conhecida como 
vitamina B12, a cianocobalamina, quando em 
baixos níveis no organismo, favorecem a instala-
ção de quadros de anemia.
Alternativa D: INCORRETA. Popularmente chama-
da de vitamina B2, a riboflavina quando em bai-
xas doses no organismo causa cansaço excessi-
vo, alergias cutâneas e em crianças pode afetar o 
crescimento e desenvolvimento.
Alternativa E: INCORRETA. Também fazendo parte das 
vitaminas lipossolúveis, a vitamina D pode cau-
sar enfraquecimento ósseo, muscular e sensação 
de fraqueza em adultos, além de retardar o cres-
cimento das crianças.
04 A faixa de normalidade para o IMC de indi-víduos idosos, segundo a Organização Pa-
namericana de Saúde (OPAS), é de:
[A] ≥ 25,0 kg/m² e < 279 kg/m²
[B] >25,0 kg/m² e < 27,9 kg/m²
[C] ≥ 23,0 kg/m² e < 28,0 kg/m²
[D] > 23,0 kg/m² e < 279 kg/m²
[E] > 25,0 kg/m² e < 28 kg/m²
DICA DO AUTOR:De acordo com a OPAS (2002) os pon-
tos de corte de IMC estabelecidos para idosos são:
IMC (kg/m²) Classificação
<23 Baixo peso
23 - 28 Eutrofia
28 - 30 Sobrepeso
>30 Obesidade
Alternativa A: INCORRETA. De acordo com a OPAS a faixa 
de normalidade é maior, se iniciando em 23 kg/m².
Alternativa B: INCORRETA. Levando em conta os pon-
tos de corte de IMC estabelecidos pela OPAS, a 
faixa de normalidade é mais extensa do que essa.
Alternativa C: CORRETA. De acordo com a faixa de 
corte da OPAS, a faixa de eutrofia para idosos va-
ria entre ≥ 23,0 kg/m² e < 28,0 kg/m².
Alternativa D: INCORRETA. Por conta de 0,1 kg/m² es-
sa faixa é considerada incorreta, levando em con-
ta o que é estabelecido pela OPAS.
Alternativa E: INCORRETA. A faixa de normalidade es-
tabelecida pela OPAS é superior à da indicada 
por essa alternativa.
05 Um paciente de 60 anos admitido em uma UTI com diagnóstico de insuficiência res-
piratória apresentou os seguintes dados labora-
toriais: glicose – 82 mg/dL; sódio sérico 129 mE-
q/L; potássio sérico – 4,1 mEq/L e albumina – 2,8 
g/dL. No momento da internação o paciente pe-
sava 45,5 kg, com altura de 171,5 cm. Com base 
nos valores do IMC e albumina, respectivamente, 
o diagnóstico nutricional foi de:
[A] Eutrofia; desnutrição moderada. 
[B] Baixo peso; desnutrição severa. 
[C] Baixo peso; desnutrição moderada. 
[D] Eutrofia; desnutrição leve. 
[E] Baixo peso; desnutrição leve.
DICA DO AUTOR:Para essa questão é necessária a re-
alização do cálculo de IMC. Onde IMC = peso/al-
tura². Já os níveis de desnutrição aliados as con-
centrações de albumina são:
Classificação Nível sérico
Normal > 3,5 g/dL
Depleção Leve 3,0 – 3,5 g/dL
Depleção Moderada 2,4 – 2,9 g/dL
Depleção Grave < 2,4 g/dL
Alternativa A: INCORRETA. De acordo com cálculos de 
IMC o paciente encontra-se em baixo peso e não 
em eutrofia.
Alternativa B: INCORRETA. De acordo com os níveis 
de albumina, a desnutrição do paciente é leve.
Alternativa C: INCORRETA. De acordo com os níveis de 
albumina, a desnutrição do paciente é leve.
Alternativa D: INCORRETA. De acordo com os cálculos 
de IMC o paciente encontra-se em baixo peso e 
não em eutrofia.
Alternativa E: CORRETA. O paciente se encontra em 
baixo peso de acordo com o IMC e desnutrição 
leve de acordo com os níveis de albumina.
06 As proteínas plasmáticas são importantes in-dicadores do estado nutricional. Dentre as 
mais utilizadas, a que se mostra mais sensível a cur-
to prazo devido à sua meia vida mais reduzida é 
[A] a albumina. 
[B] a proteína C-reativa. 
4 ▕ Questões Comentadas - Residências 2017-2018
[C] a proteína total. 
[D] a transferrina. 
[E] a pré-albumina.
Alternativa A: INCORRETA. A albumina é um indica-
dor pouco sensível de desnutrição, uma vez que 
sua reserva corporal é grande e sua meia é longa, 
chegando próxima dos 20 dias.
Alternativa B: INCORRETA. Também conhecida como 
PCR, a proteína C reativa é produzida pelo fíga-
do e se faz presente no sangue quando ocorre al-
gum processo de inflamação ou infecção no or-
ganismo.
Alternativa C: INCORRETA. A proteína total é um in-
dicativo pouco válido do estado nutricional de 
uma pessoa, uma vez que ela pode ser utiliza-
da para diagnosticar alterações hepáticas, renais, 
além de demais distúrbios. Quando alterada, é 
preciso que se realizem outros testes para que se 
identifique a origem da alteração.
AlternativaD: INCORRETA. A transferrina é uma pro-
teína de transporte do ferro, sintetizada no fíga-
do. Embora tenha meia vida curta, de aproxima-
damente 8 dias, não é uma proteína sensível pa-
ra determinar desnutrição.
Alternativa E: CORRETA. Trata-se de uma proteína de-
pletada de modo precoce em estado hipermeta-
bólico, uma vez que sua vida média possui cer-
ca de dois dias e sua reserva corporal é pequena.
07 Imunomoduladores são nutrientes especí-ficos usados em fórmulas enterais que atu-
am alterando a resposta inflamatória para manu-
tenção da mucosa intestinal. Um exemplo desse 
nutriente é:
[A] folacina. 
[B] frutano. 
[C] glutamina. 
[D] alicina. 
[E] tirosina.
Alternativa A: INCORRETA. A folacina ou ácido fólico é 
uma vitamina hidrossolúvel cuja função é formar 
proteínas estruturais e hemoglobina.
Alternativa B: INCORRETA. Frutanos são polissacarí-
deos originados da frutose e sintetizados em ve-
getais (principalmente em plantas) por micror-
ganismos provenientes da sacarose.
Alternativa C: CORRETA. A glutamina é um aminoácido 
livre presente no tecido muscular e alguns alimen-
tos e serve como energia para enterócitos, células 
da mucosa intestinal, age como imunomodulado-
ra, prevenindo respostas inflamatórias.
Alternativa D: INCORRETA. A alicina é um composto 
químico proveniente de uma reação enzimática 
quando o alho cru é cortado ou então esmagado.
Alternativa E: INCORRETA. A tirosina é um aminoáci-
do não essencial produzido pelo organismo que 
atua no organismo sintetizando proteínas.
08 Considere a seguinte definição: “síndrome associada ao processo de envelhecimento, 
que resulta em redução da massa magra e da for-
ça muscular, geralmente acompanhada por inati-
vidade física, diminuição da mobilidade, marcha 
lenta e baixa resistência física”. Essa definição se 
refere 
[A] à síndrome metabólica. 
[B] à demência senil. 
[C] à osteoporose. 
[D] à sarcopenia. 
[E] à desnutrição protéica.
Alternativa A: INCORRETA. A síndrome metabólica é 
um conjunto de patologias que quando associa-
das levam ao aumento de problemas cardiovas-
culares. Essas patologias são: obesidade relacio-
nada ao aumento de cintura abdominal, HAS, Hi-
percolesterolemia, aumento de triglicérides e gli-
cemia.
Alternativa B: INCORRETA. A demência senil é uma 
patologia que acomete diretamente o funciona-
mento cerebral, diminuindo a eficácia da libera-
ção e recebimento de sinapses neuronais.
Alternativa C: INCORRETA. A osteoporose é uma con-
dição onde os ossos se tornam frágeis, porosos e 
consequentemente suscetíveis a fraturas.
Alternativa D: CORRETA. A sarcopenia tem como ca-
racterística a perda de massa magra, resultando 
diretamente na perda de força muscular. Seu sur-
gimento está intimamente ligado a inatividade 
física, facilitando a diminuição de mobilidade e 
trazendo menor resistência física.
Alternativa E: INCORRETA. A desnutrição proteica é 
um déficit energético decorrente de uma defi-
ciência de todos os macronutrientes e normal-
mente abrange a carência de uma série de mi-
cronutrientes, também. Sua instalação causa fra-
queza, absoluta, edemas, perda capilar e atrofia 
cuânea.
5▏Gabriela Perez
09 São exemplos de prebióticos e probióticos, respectivamente: 
[A] lactobacilos e pectina. 
[B] maltose e inulina. 
[C] bifidobactérias e β-glucanos. 
[D] frutano e lactobacilos. 
[E] inulina e imunoglobulina.
NOTA DO AUTOR:
São fibras não digeríveis que 
são fontes alimentares para as 
bactérias intestinais.
•Prebióticos
São bactérias intestinais 
benéficas que agem de modo a 
modular e manter o equilíbrio 
de toda a flora intestinal. 
•Probióticos
Alternativa A: INCORRETA. Lactobacilos são bactérias 
probioticas. Já a pectina é um polisscarídeo rami-
ficado presente em plantas e frutas, como a ma-
çã e a pera, por exemplo, ela até pode ser consi-
derada como uma fibra prebiótica, mas a coloca-
ção da resposta está ao contrário do enunciado.
Alternativa B: INCORRETA. A maltose é um dissacarí-
deo, proveniente da união de duas moléculas de 
glicose. Já a inulina é uma fibra prebiótica não di-
gestível presente em alimentos como alho, cebo-
la, chicória e pode ser ingerida de modo natura 
ou manipulada.
Alternativa C: INCORRETA. Bifidobactérias são bacté-
rias probioticas presentes na mucosa intestinal. 
Os betaglucanos são fibras não digeríveis pre-
sentes em cereais integrais, podendo ser consi-
derados poderosos prebioticos. No entando a 
colocação de ambos, não condiz com o enuncia-
do da questão.
Alternativa D: CORRETA. Frutanos são fibras prebioti-
cas não digeríveis encontradas em alimentos de 
origem vegetal. Já os lactobacilos são bactérias 
probióticas que se alimentam de fibras prebio-
ticas e dessa maneira se multiplicam benefica-
mente, aumentando a flora intestinal.
Alternativa E: INCORRETA. Como colocado na ques-
tão B, a inulina é uma fibra prebiótica não diges-
tível presente em alimentos como alho, cebola, 
chicória e pode ser ingerida de modo natura ou 
manipulada. Já a imunoglobulina são anticorpos 
presentes no nosso organismo.
10 Em situações como jejum, exercício físico prolongado ou trauma, o organismo esgo-
ta suas reservas de carboidratos em até 24 horas. 
A formação de glicose a partir de fontes diferen-
tes dos carboidratos é chamada de 
[A] gliconeogênese. 
[B] glicólise. 
[C] ciclo do ácido tricarboxílico. 
[D] balanço nitrogenado. 
[E] fosforilação oxidativa.
• Metabolismo da molécula de glicose à piruvato ou lactato 
para a produção de energia.
Glicólise
• Formação de glicose-6-fosfato de fontes não glicídicas.
Gliconeogênese
• Quebra do glicogênio em glicose para a produção de energia.
Glicogenólise
• Conversão de glicose a glicogênio para armazenamento.
Glicogênese
Alternativa A: CORRETA. A gliconeogênese é o pro-
cesso pelo qual percussores, como piruvato, gli-
cerol, aminoácidos ou lactatos são convertidos 
em glicose em situações de jejum, traumas, ou 
atividades físicas prolongadas. 
Alternativa B: INCORRETA. A glicólise é uma das eta-
pas da respiração celular, na qual ocorre a que-
bra da glicose em partes menores e consequente 
liberação de energia.
Alternativa C: INCORRETA. Também conhecido co-
mo ciclo de Krebs, o ciclo do ácido tricarboxíli-
co é uma das etapas metabólicas da respiração 
celular aeróbica que ocorre na matriz mitocon-
drial das células.
Alternativa D: INCORRETA. O balanço nitrogenado é a 
diferença entre nitrogênio das proteínas ingeri-
das e excretadas. 
Alternativa E: INCORRETA. A fosforilação oxidativa é 
uma v via metabólica que utiliza energia liberta-
da pela oxidação de nutrientes para a produção 
de energia sob a forma de ATP.
11 A Lei no 11 346, de 15 de setembro de 2006, criou o Sistema Nacional de Seguran-
ça Alimentar e Nutricional – SISAN que tem como 
objetivo principal 
[A] implementar a agricultura comercial em lar-
ga escala. 
[B] garantir o cumprimento das metas de padro-
nização da produção, comercialização e consu-
mo alimentar no país, eliminando as diferenças 
regionais. 
6 ▕ Questões Comentadas - Residências 2017-2018
[C] promover a saúde dos grupos populacionais 
vulneráveis. 
[D] assegurar o direito humano à alimentação 
adequada. 
[E] monitorar o cumprimento das ações gover-
namentais quanto ao diagnóstico nutricional da 
população.
NOTA DO AUTOR:A lei nº 11346 de 15 de setembro 
de 2006, atualizada em 29/05/2017 13h10 afir-
ma que: A sociedade civil organizada, que atua 
no campo da Segurança Alimentar e Nutricional, 
propôs a criação do Sistema Nacional de Segu-
rança Alimentar e Nutricional – SISAN, por reco-
nhecer que a realização do Direito Humano à Ali-
mentação Adequada - DHAA requer ações públi-
cas que devem ser participativas, articuladas e 
intersetoriais.
Alternativa A: INCORRETA. A agricultura comercial em 
larga escala já está implementada no Brasil;
Alternativa B: INCORRETA. Mesmo através de leis, de-
vido ao tamanho continental do Brasil, seria di-
fícil padronizar produções e eliminar diferenças 
regionais.
Alternativa C: INCORRETA. A promoção de saúde de 
gruposde vulneráveis é um papel do ministé-
rio da saúde através de programas de saúde e do 
SUS – Sistema Único de Saúde.
Alternativa D: CORRETA. O SISAN tem como principal 
objetivo assegurar o direito humano à alimenta-
ção adequada.
Alternativa E: INCORRETA. monitorar o cumprimento 
das ações governamentais quanto ao diagnósti-
co nutricional da população faz parte da PORTA-
RIA Nº 2.715, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2011
12 O Guia Alimentar para a População Brasilei-ra apresenta um conjunto de informações 
e recomendações sobre alimentação que objeti-
vam promover a saúde de pessoas, famílias e co-
munidades e da sociedade brasileira como um 
todo. Em sua última edição (2014), o Guia apre-
senta como “regra de ouro” para uma alimenta-
ção saudável
[A] preferir alimentos de origem controlada e de 
produção local. 
[B] priorizar o consumo de alimentos ou produ-
tos orgânicos. 
[C] preferir alimentos in natura ou minimamente 
processados, evitando os ultraprocessados. 
[D] valorizar a culinária regional e a sustentabili-
dade na produção de alimentos. 
[E] preferir os alimentos industrializados modi-
ficados com menores teores de sal, gordura e 
açúcar.
Alternativa A: INCORRETA. embora preferir alimentos 
de produção local seja uma boa recomendação 
de saúde, nem sempre é possível ter pleno co-
nhecimento que sua origem seja controlada.
Alternativa B: INCORRETA. embora alimentos orgâ-
nicos sejam comprovadamente saudáveis, ape-
nas a ingestão desse tipo de alimentos não é su-
ficiente para uma alimentação plenamente sau-
dável.
Alternativa C: CORRETA. Ingerir alimentos in natura 
ou minimamente processados, evitando o con-
sumo de ultraprocessados é uma ótima forma de 
evitar problemas e complicações de saúde, man-
tendo a alimentação plenamente saudável.
Alternativa D: INCORRETA. A culinária regional, embora 
deva ser realçada, nem sempre é considerada sau-
dável e sustentável do ponto de vista nutricional.
Alternativa E: INCORRETA. Embora alimentos indus-
trializados possam conter menores quantidades 
de sal, gordura e açúcar, normalmente dispõe de 
grandes quantidades de conservantes, para au-
mentar seu tempo de prateleira, o que é não é vi-
ável do ponto de vista de saúde.
13 O Bacillus cereus vive normalmente nos ambientes naturais, sendo que os alimen-
tos contaminados por essa bactéria não apresen-
tam modificações visíveis. A ingestão de alimen-
tos contaminados pode levar a dois tipos de do-
enças: a diarreia e a síndrome emética. A intoxi-
cação emética, resultante da ingestão do alimen-
to com a toxina produzida pelo bacilo, tem sido 
associada com o consumo 
[A] de conservas enlatadas. 
[B] de ovos crus. 
[C] de peixe cru. 
[D] de arroz cozido. 
[E] de frutas mal lavadas.
Alternativa A: INCORRETA. Conservas enlatadas são 
fontes frequentes de toxina botulínica, fazendo 
com que seus consumidores acabem por con-
trair botulismo.
Alternativa B: INCORRETA. Ovos crus são suscetíveis à 
contaminação bacteriana por salmonela.
7▏Gabriela Perez
Alternativa C: INCORRETA. A ausência de cozimento 
de peixes, sendo estes consumidos sob a forma 
crua, faz com que as chances de contaminação 
parasitária acometam seus consumidores.
Alternativa D: CORRETA. Bacillus cereus são encon-
trados em diferentes alimentos de origem vege-
tal, entre eles os cereais, como o arroz. Trata-se de 
uma bactéria com grande capacidade de produ-
zir toxina e crescer em temperaturas baixas, pró-
ximas ao 5ºC e germinar em temperaturas supe-
riores a 50ºC.
Alternativa E: INCORRETA. Frutas mal lavadas carre-
gam, geralmente, em suas superfícies bactérias 
como salmonela, toxinas botulínicas e parasitas. 
14 O folato é uma vitamina hidrossolúvel que atua na formação de produtos intermedi-
ários do metabolismo que estão envolvidos na 
formação celular. A principal consequência de 
sua deficiência é a alteração do metabolismo do 
ácido desoxirribonucleico (DNA), resultando em 
alterações na morfologia nuclear das células, nas 
hemácias, nos leucócitos e nas células epiteliais 
do estômago, do intestino, da vagina do cérvix 
uterino. As principais fontes de folato são:
[A] grãos integrais como linhaça, aveia e gérmen 
de trigo. 
[B] verduras como espinafre e brócolis, vísceras, 
leguminosas e gema de ovo. 
[C] leite e derivados como queijos e iogurte. 
[D] frutas como kiwi, mamão papaia, abacaxi e 
melancia. 
[E] carnes vermelha e branca, frutos do mar e ce-
reais integrais
Alternativa A: INCORRETA. Grãos integrais são princi-
palmente fontes de gorduras de qualidade, co-
mo ômega 3.
Alternativa B: CORRETA. também conhecido como vi-
tamina B9 ou ácido fólico, o folato está presente 
em vegetais verdes escuros, vísceras de origem 
animal, leguminosas como feijão e na gema do 
ovo.
Alternativa C: INCORRETA. Leites e seus derivados são 
principalmente fontes de cálcio.
Alternativa D: INCORRETA. Frutas como kiwi, mamão 
papaia abacaxi e melancia, possuem principal-
mente em suas composições vitamina C.
Alternativa E incorreta. Carnes vermelhas e bran-
cas, são boas fontes de proteínas, enquanto que 
frutos do mar e cereais integrais são boas fontes 
de gorduras do tipo ômega 3.
15 O Guia Alimentar para a População Brasilei-ra, de 2014, recomenda que uma alimenta-
ção saudável seja composta, principalmente, por 
alimentos in natura ou minimamente processa-
dos, evitando-se, ao máximo, os ultraprocessa-
dos. São exemplos de alimentos ultraprocessa-
dos:
[A] arroz branco, frutas secas e azeite. 
[B] chá, café e leite ultrapasteurizado. 
[C] palmito em conserva, farinha de trigo e frutas 
cristalizadas. 
[D] pães de forma, açúcar e geleias de frutas. 
[E] barra de cereal e bebidas lácteas adoçadas e 
aromatizadas.
Alimentos in 
natura
• Partes de plantas ou animais como, frutas, legumes, verduras, carnes.
Alimentos 
minimamente 
processados
• Foram submetidos a processos como limpeza, moagem ou 
pasteurização, onde não foram adicionados substâncias ao alimento 
original como: arroz, fejão, cogumelos, frutas secas, farinhas, castanhas 
sem sal, café, dentre outros.
Alimentos 
processados
• Fabricados pela indústria. Há adição de sal ou açúcar para torna-los 
mais palatáveis e duráveis. Exemplos: conservas, compotas, geléias, 
pães, carnes salgadas e defumadas, queijos, entre outros. 
Alimentos 
ultraprocessados
• Formulações industriais, com aditivos e com pouco ou nenhum 
alimento inteiro. Exemplos: salsicha, biscoitos, sorvetes, macarrão e 
temperos instantâneos, salgadinhos de pacote, refrigerantes e 
alimentos prontos para consumo como hamburguer, pizza, nuggets.
Alternativa A: INCORRETA. O arroz branco é polido no 
processo de produção, as frutas são apenas res-
secadas e azeites são feitos através de prensas. 
Por isso, são processados ou minimamente pro-
cessados.
Alternativa B incorreta o chá é resultado prove-
niente de cocção, a exemplo do café que sofre 
torra e adição de água e o leite sofre o proces-
so de ultrapasteurização como controle micro-
biológico.
Alternativa C: INCORRETA. As opções dessa alternati-
va sofrem pequenos processos de processamen-
to, o que não permite que alcancem status de ul-
traprocessados.
Alternativa D: INCORRETA. Embora o pão de forma se-
ja um alimento ultraprocessado, o açúcar sofre 
8 ▕ Questões Comentadas - Residências 2017-2018
pouco processamento, assim como existem ge-
leias de frutas minimamente processadas.
Alternativa E: CORRETA. Barras de cereais são repletas 
de ingredientes ultraprocessados, assim como as 
bebidas lácteas que sofrem adição de açucares e 
aromatizantes sintéticos.
16 O sobrepeso e a obesidade constituem um problema de saúde pública e são fatores 
de risco para diversas doenças crônicas, como hi-
pertensão arterial sistêmica, diabetes, doenças 
cardiovasculares e câncer. A obesidade é uma 
doença multifatorial e, entre os fatores aponta-
dos como responsáveis pelo seu desenvolvimen-
to, é correto citar:
[A] consumo de gordura saturada, de gordura 
trans e de colesterol. 
[B] alimentação fora de casa, principalmente no 
caso de mulheres. 
[C]Consumo de carnes magras, peixes, frutas e 
vegetais. 
[D] consumo excessivo de calorias e inatividade 
física. 
[E] aumento do consumo de arroz, feijão, raízes 
e tubérculos.
Alternativa A: INCORRETA. Embora calóricas, esses ti-
pos de gordura quando consumidas favorecem 
a ocorrência de problemas do sistema cardíaco.
Alternativa B: INCORRETA. Embora comer fora de ca-
sa possa não ser tão saudável quanto realizar re-
feições caseiras, o planejamento antecipado evi-
ta que se coma mal. O sexo independe para ins-
talação da obesidade.
Alternativa C: INCORRETA. O consumo de carnes ma-
gras, peixes frutas e vegetais são frequentemen-
te recomendados por profissionais da saúde aos 
seus pacientes visando uma vida mais saudável.
Alternativa D: CORRETA. A inatividade física e o con-
sumo excessivo de calorias faz com que pouca 
quantidade de caloria seja gasto em detrimento 
do número consumido de calorias, facilitando a 
instalação da obesidade.
Alternativa E: INCORRETA. O consumo de arroz e fei-
jão, raízes e tubérculos são benéficas à saúde de-
vido as concentrações de proteínas vegetais, car-
boidratos e fibras alimentares. 
17 A doença celíaca é uma enteropatia au-toimune, semelhante à alergia alimentar, 
mas com diferença importante relacionada à cro-
nicidade das lesões mediada pelo linfócito T em 
resposta à presença do glúten, sendo seu único 
e efetivo tratamento a contínua dieta isenta des-
sa proteína. Um dos alimentos que não contém 
glúten é
[A] a cevada. 
[B] a aveia. 
[C] o sarraceno. 
[D] o malte. 
[E] o centeio.
DICA DO AUTOR:O glúten resulta da mistura de pro-
teínas que se encontram naturalmente no en-
dosperma da semente de cereais da família das 
gramíneas e é encontrado nos cereais como tri-
go, centeio e cevada. A ingestão de alimentos 
com esses cereais faz mal para quem possui do-
ença celíaca, alergia ou intolerância a esse tipo 
de proteína. Vale a pena ressaltar que a aveia, 
apesar de não possuir naturalmente o glúten, no 
Brasil elas são produzidas e transportadas geral-
mente junto com o trigo, ocasionando uma con-
taminação cruzada.
Alternativa A: INCORRETA. Ao ter conhecimento da 
origem do glúten, chega-se à conclusão lógica 
de que a cevada contém glúten.
Alternativa B: INCORRETA. Embora a aveia a princípio 
não tenha glúten em sua composição, esse cere-
al é administrado em máquinas que administra-
ram alimentos com glúten, ocasionando assim 
uma contaminação.
Alternativa C: CORRETA. O sarraceno é uma semente 
e não um cereal, como o trigo comum, por isso, 
não contém glúten em sua composição. 
Alternativa D: INCORRETA. O malte faz parte dos cere-
ais das gramíneas, que como a cevada, possuem 
glúten em sua composição.
Alternativa E: INCORRETA. A exemplo do malte e da 
cevada, o centeio também é um cereal que con-
tem a proteína em sua composição.
18 A insuficiência cardíaca é a via final de di-versas doenças que acometem o coração. 
Uma das repercussões clínico nutricionais comu-
mente observadas em pacientes nas fases avan-
çadas da doença é:
9▏Gabriela Perez
[A] hipertireoidismo. 
[B] caquexia. 
[C] trombose. 
[D] esteatose hepática. 
[E] hipercolesterolemia
Alternativa A: INCORRETA. O hipertireodismo é uma 
repercussão clínica observada em pacientes com 
aumento de funcionamento da glândula da ti-
reoide.
Alternativa B: CORRETA. A caquexia é uma patologia 
complexa, caracterizada por perda de peso, mas-
sa magra e tecido adiposo, normalmente relacio-
nada a doenças como câncer ou alterações car-
díacas.
Alternativa C: INCORRETA. A trombose é uma condi-
ção que se caracteriza pela formação de coágu-
los em um ou mais vasos sanguíneos nos mem-
bros inferiores.
Alternativa D: INCORRETA. A esteatose é o acumulo 
de gordura no fígado, muitas vezes relacionada 
à síndrome metabólica, obesidade ou sobrepeso.
Alternativa E: INCORRETA. A hipercolesterolemia se 
caracteriza pelo aumento das moléculas de co-
lesterol presentes na corrente sanguínea.
19 De acordo com a RDC no.63, de julho de 2000, regulamento técnico para a terapia 
nutricional enteral (TNE), é de competência do 
nutricionista:
[A] realizar todas as operações inerentes à pres-
crição dietética, composição e preparação de nu-
trição enteral, atendendo às recomendações das 
boas práticas de preparação de nutrição enteral. 
[B] estabelecer as diretrizes técnico administrati-
vas que devem nortear as atividades da equipe 
multiprofissional de terapia nutricional. 
[C] garantir que o paciente receba uma terapia se-
gura, que permita a máxima eficácia, em relação 
aos custos, utilizando técnicas padronizadas de 
administração. 
[D] assegurar a atualização dos conhecimentos 
técnicos e científicos relacionados com a TNE e 
a sua aplicação. 
[E] assegurar o acesso ao trato gastrointestinal 
para a TNE e estabelecer a melhor via, incluindo 
estomias de nutrição por via cirúrgica, laparoscó-
pica ou endoscópica.
Alternativa A: CORRETA. De acordo com a RDC é de 
competência do nutricionista a realização de to-
das as operações inerentes à prescrição dietética, 
composição e preparo de nutrição enteral aten-
dendo às recomendações de boas práticas de 
preparo de nutrição enteral.
Alternativa B: INCORRETA. Diretrizes técnico administra-
tivas não são de competências do nutricionista.
Alternativa C: INCORRETA. é dever de toda a equipe 
multidisciplinar garantir que o paciente receba 
uma terapia segura.
Alternativa D: INCORRETA. é dever do estabelecimen-
to empregatício assegurar e fornecer atualização 
dos conhecimentos técnicos e científicos relacio-
nados com a TNE e sua aplicação.
Alternativa E: INCORRETA. O acesso ao trato gastroin-
testinal para a TNE deve ser assegurado pelo mé-
dico cirurgião/gastroenterologista.
20 O consumo de prebióticos, probióticos e simbióticos deve ser incentivado, pois eles 
contribuem para uma microbiota intestinal sau-
dável e agem na profilaxia e tratamento de uma 
série de condições patológicas. É correto afirmar 
que os prebióticos:
[A] produzem lactase, atenuando os sintomas da 
intolerância à lactose. 
[B] reduzem a absorção de cálcio, magnésio e fer-
ro. 
[C] reduzem de maneira significativa a coloniza-
ção e infecção vaginal por cândida. 
[D] contribuem para o desenvolvimento de bifi-
dobactérias e lactobacilos. 
[E] atenuam a gravidade de infecções respiratórias.
NOTA DO AUTOR: Prebióticos são fibras não-digerí-
veis que funcionam como alimento para as bac-
térias intestinais benéficas.
Alternativa A: INCORRETA. A lactase é uma enzima na-
turalmente presente no TGI e serve para quebrar 
a lactose ingerida através da alimentação para 
que esse dissacarídeo seja corretamente absor-
vido pelo organismo.
Alternativa B: INCORRETA. Quando consumidos, pre-
bioticos aumentam a capacidade de absorção de 
minerais por conta do aumento de bactérias be-
néficas do intestino.
Alternativa C: INCORRETA. Prebióticos agem direta-
mente na flora intestinal bacteriana, não tendo 
nenhum tipo de ação na flora bacteriana vaginal.
Alternativa D: CORRETA. Por não serem digeríveis, os 
probióticos servem como alimentos para o de-
10 ▕ Questões Comentadas - Residências 2017-2018
senvolvimento de bactérias intestinais benéficas, 
como é o caso das bifidobactérias e lactobacilos. 
Alternativa E: INCORRETA. Prebióticos agem exclusiva-
mente no TGI, sem qualquer tipo de interferências 
benéficas ou maléficas no trato respiratório.
21 Nos últimos anos, tem-se observado uma modificação nos perfis de morbidade e 
mortalidade das populações humanas.
Tendo em vista esse fato, considere as seguintes 
afirmações:
I. As doenças infecciosas agudas foram substitu-
ídas por doenças crônicas não transmissíveis. 
II. As deficiências nutricionais foram, progressiva-
mente, substituídas pelo sobrepeso e obesidade. 
III. A desnutrição energético-proteica, em crian-
ças, aumentou em mais de 80% nas últimas 
três décadas.
Está correto apenas o que se afirma em:
[A] I. 
[B] II. 
[C] I e II. 
[D] I e III. 
[E] II e III.
Alternativa A: INCORRETA. Embora as doenças infec-
ciosas agudas tenham sidosubstituídas por do-
enças crônicas não transmissíveis na última dé-
cada tendo em vista o aumento da imunização 
e o consumo de alimentos ultraprocessados essa 
não é a única opção correta.
Alternativa B: INCORRETA. Deficiências nutricionais 
foram diminuídas ao longo do ano, dando ori-
gem a problemas de saúde como sobrepeso e 
obesidade.
Alternativa C: CORRETA. A má qualidade da alimen-
tação em todo o globo, potencializou a ocorrên-
cia de doenças cônicas não transmissíveis, assim 
como as deficiências nutricionais diminuíram ao 
longo dos anos sendo substituídas por sobrepe-
so e obesidade.
Alternativa D: INCORRETA. Como já debatido na alter-
nativa A, embora a afirmativa I esteja correta, a 
alternativa III está incorreta, uma vez que a des-
nutrição energético-proteica em crianças foi re-
duzida em todo o globo.
Alternativa E: INCORRETA. Já debatida nas alternati-
vas B e D.
22 A desnutrição em pacientes cirúrgicos pre-dispõe ao aumento de complicações pós-
-operatórias, tais como:
[A] infecção e retardo na cicatrização de feridas. 
[B] maior tempo de internação e diabetes. 
[C] edema e hipermetabolismo. 
[D] hiperglicemia e edema. 
[E] hipotensão e anemia.
Alternativa A: CORRETA. A falta de nutrientes no or-
ganismo favorece o mal funcionamento do sis-
tema imunológico, deixando o organismo mais 
suscetível a infecções e consequentemente re-
tardo na cicatrização de feridas.
Alternativa B: INCORRETA. Embora a desnutrição pos-
sa levar um paciente a permanecer internado por 
um maior período de tempo, o diabetes é uma 
patologia caracterizada pela alta concentração 
de glicose sanguínea.
Alternativa C: INCORRETA. A desnutrição está intima-
mente relacionada com o surgimento de ede-
mas, mas o hipermetabolismo é causado geral-
mente por desordens hormonais.
Alternativa D: INCORRETA. A hiperglicemia é causa-
da pelo consumo elevado de alimentos ricos em 
carboidratos simples, por alterações no metabo-
lismo da insulina ou então na presença de diabe-
tes, enquanto o edema está intimamente relacio-
nado à desnutrição
Alternativa E: INCORRETA. A hipotensão é um proble-
ma de saúde de origem multifatorial, no entan-
to, a desnutrição não está entre suas causas. En-
quanto a anemia, pode sim, ser uma patologia 
associada a desnutrição e uma situação pós-ci-
rúrgica.
23 Com base na Resolução da Diretoria Co-legiada (RDC) número 63 de 06072000, 
analise as três afirmações sobre os controles aos 
quais a nutrição enteral deve ser submetida:
I. A inspeção visual é necessária para assegurar 
a integridade física da embalagem e condi-
ções organolépticas gerais. 
II. A água a ser utilizada no preparo da nutrição 
enteral deve ser analisada quanto às caracte-
rísticas microbiológicas, pelo menos uma vez 
por mês, ou por outro período, desde que 
acordado com a Comissão de Controle de In-
fecção Hospitalar. 
11▏Gabriela Perez
III. Toda nutrição enteral preparada deve ser 
mantida sob refrigeração, em geladeira ex-
clusiva, à temperatura maior que10°C.
Está correto apenas o que se afirma em:
[A] I. 
[B] II. 
[C] III. 
[D] I e II. 
[E] II e III
Alternativa A: INCORRETA. Embora a inspeção visual 
seja importante, essa não é a única medida de se-
gurança em um preparo para dieta enteral.
Alternativa B: INCORRETA. Embora a água deva ser 
analisada microbiologicamente, essa não é a úni-
ca medida de segurança que deve ser levada em 
conta em um preparo para dieta enteral.
Alternativa C: INCORRETA. Toda nutrição enteral pre-
parada deve ser conservada sob refrigeração em 
geladeira exclusiva, com temperaturas controla-
das que permaneçam entre 2ºC e 8ºC.
Alternativa D: CORRETA. A inspeção visual e o contro-
le microbiológico da água utilizada no preparo 
são de suma importância para o preparo da nu-
trição enteral.
Alternativa E: INCORRETA. Questão discutida na alter-
nativa C.
24 De acordo com o Guia Alimentar Para A População Brasileira, de 2014, a definição 
“alimentos in natura que foram submetidos a 
processos de limpeza, remoção de partes não co-
mestíveis ou indesejáveis, fracionamentos, moa-
gem, secagem, fermentação, pasteurização, re-
frigeração e congelamento e processos similares 
que não envolvam agregação de sal, açúcar, óle-
os, gorduras ou substâncias ao alimento original” 
corresponde a alimentos
[A] minimamente processados. 
[B] in natura. 
[C] processados. 
[D] ultraprocessados. 
[E] in natura ultraprocessados
Alternativa A: CORRETA. alimentos minimamente 
processados são alimentos in natura que, antes 
de sua aquisição, foram submetidos a alterações 
mínimas, submetidos a processos de limpeza, re-
moção de partes não comestíveis ou indesejá-
veis, fracionamento, moagem, secagem, fermen-
tação, pasteurização.
Alternativa B: INCORRETA. alimentos in natura são 
aqueles obtidos diretamente de plantas ou ani-
mais sem que tenham sofrido qualquer tipo de 
alteração.
Alternativa C: INCORRETA. Alimentos processados são 
fabricados principalmente com a adição de com-
postos como sal ou açúcar a um alimento in na-
tura ou minimamente processado.
Alternativa D: INCORRETA. Alimentos ultraproces-
sados são aqueles produtos cuja fabricação en-
volve diversas etapas, técnicas de processamen-
to e ingredientes, muitos deles de uso exclusivo 
de grandes indústrias. O alimento ultraprocessa-
mento é visualmente atraente, acessível, palatá-
vel e tem longa vida de prateleira
Alternativa E: INCORRETA. Resposta debatida nas al-
ternativas anteriores.
25 A insuficiência cardíaca é definida como uma síndrome clínica caracterizada pela 
falência da função cardíaca e congestão circula-
tória, devido ao desenvolvimento e progressão 
do remodelamento do ventrículo esquerdo, ge-
ralmente resultante de uma série de eventos ini-
ciados com a ativação de neuro-hormônios en-
dógenos e citocinas. 
Analise as três afirmações em relação ao manejo 
nutricional do paciente com insuficiência cardíaca:
I. O atendimento nutricional deve preservar a 
composição corporal e/ou limitar os efeitos 
do catabolismo da doença. 
II. A assistência nutricional deve ser sempre in-
dividualizada, levando-se em conta as condi-
ções clínicas, aspectos culturais, econômicos 
e sociais do paciente.
III. As necessidades energéticas na insuficiência 
cardíaca estão aumentadas de 30 a 50% aci-
ma do nível basal. Para tanto, recomenda-se 
a prescrição de suplementos orais com alta 
densidade calórica.
Está correto o que se afirma em,
[A] I, apenas. 
[B] II, apenas. 
[C] III, apenas. 
[D] I e II, apenas. 
[E] I, II e III
12 ▕ Questões Comentadas - Residências 2017-2018
Alternativa A: INCORRETA. Embora a preservação da 
composição corporal seja uma necessidade do 
ponto de vista nutricional de um paciente com 
insuficiência cardíaca, essa não é a única obriga-
ção do profissional nutricionista
Alternativa B: INCORRETA. Em qualquer tipo de pato-
logia, a nutrição deve ser individualizada e levar 
em conta as condições clínicas, aspectos cultu-
rais e socioeconômicos do paciente, no entanto, 
essa não é a única necessidade do ponto de vis-
ta nutricional.
Alternativa C: INCORRETA. O fator injuria de doenças 
cardíacas, como a insuficiência aumentam entre 
30% e 50% o gasto energético de pacientes aci-
ma de suas taxas basais, sendo importante a uti-
lização de suplementos hipercalóricos para ma-
nutenção e recuperação de sua saúde. Entretan-
to, não é apenas essa atenção nutricional que de-
ve ser dada ao paciente.
Alternativa D: INCORRETA. Embora as afirmações I e II 
estejam corretas, o nutricionista há de se preocu-
par com as necessidades energéticas aumenta-
das do paciente que se encontra nessa condição.
Alternativa E: CORRETA. A nutrição nesse caso espe-
cífico deve agir de forma multifatorial. Preser-
vando a composição corporal, ser individuali-
zada em diversos aspectos e se atentar ao gas-
to energético aumentado de pacientes com esse 
quadro de saúde.
26 A terapia nutricional tem grande impor-tância na evolução do paciente grave, sen-
do considerada como um indicador de qualida-
de do atendimento de pacientes críticos,uma 
vez que altera a morbidade e mortalidade neste 
grupo de pacientes. 
Dentre as complicações da terapia nutricional 
enteral, pode-se citar:
[A] pneumonia aspirativa. 
[B] colestase. 
[C] complicações do acesso venoso central. 
[D] colelitíase. 
[E] coma hiperglicêmico
Alternativa A: CORRETA. Sondas mal colocadas ou 
até mesmo locomoção do paciente podem fa-
zer com que a terapia nutricional enteral seja as-
pirada pelos pulmões culminando em pneumo-
nia aspirativa.
Alternativa B: INCORRETA. A colestase é um bloqueio 
do fluxo da bile ao duodeno, não estando assim, 
ligada a terapia nutricional enteral.
Alternativa C: INCORRETA. A terapia nutricional en-
teral quando acoplada ao paciente está intima-
mente relacionada ao TGI, sem prejudicar qual-
quer tipo de acesso venoso.
Alternativa D: INCORRETA. A colelitíase é formação de 
pedras no interior da vesícula biliar e não tem re-
lação alguma com a terapia nutricional enteral.
Alternativa E: INCORRETA. A terapia nutricional en-
teral, fornece ao paciente uma alimentação de 
acordo com seu estado de saúde. O coma hiper-
glicêmico, como o nome já sugere, é uma com-
plicação em decorrência de uma alimentação hi-
perglícidica, portanto, sem relação a terapia nu-
tricional enteral.
27 A Pirâmide dos Alimentos adaptada à po-pulação brasileira é organizada em oito 
grupos de alimentos. Para o grupo alimentar “ar-
roz, pão, massa, batata, mandioca”, o número de 
porções diárias e o valor calórico por porção re-
comendados são ___ a ___ porções diárias e ___ 
kcal por porção.
As lacunas dessa frase devem ser corretamente 
preenchidas por:
[A] 3;6;110 
[B] 3;6;150 
[C] 5;9;150 
[D] 5;9;190 
[E] 6;9;190
NOTA DO AUTOR: A cartilha técnica da pirâmide ali-
mentar da população brasileira diz que no gru-
po 4 – base da pirâmide, para o grupo alimentar 
“arroz, pão, massa, batata, mandioca”, os núme-
ros de porções diárias devem variar entre 5 e 9, 
tendo cada porção 150 kcal.
Alternativa A: INCORRETA. o número de porções e as 
calorias são insuficientes. 
Alternativa B: INCORRETA. Embora o valor energético 
esteja correto, essa quantidade de porções é in-
suficiente.
Alternativa C: CORRETA. O número de porções se faz 
correto, assim, como o valor energético.
Alternativa D: INCORRETA. Embora o número de por-
ções se faz correto, o valor energético é superior 
ao recomendado.
13▏Gabriela Perez
Alternativa E: INCORRETA. O número de porções é incor-
reto, assim como o valor energético recomendado.
28 Os polissacarídeos, também conhecidos como carboidratos complexos, são forma-
dos por uma grande quantidade de monossaca-
rídeos e exercem a função de reserva energéti-
ca em plantas e animais. O polissacarídeo que re-
presenta a reserva energética nos animais é o
[A] amido. 
[B] glicogênio. 
[C] lactato. 
[D] piruvato. 
[E] fruto oligossacarídeo.
Alternativa A: INCORRETA. Embora o amido seja um 
polissacarídeo ele é obtido através de fontes ali-
mentares como como arroz, trigo, milho, batata e 
mandioca. Ele na verdade é uma reserva energé-
tica dos vegetais.
Alternativa B: CORRETA. O glicogênio é o principal 
polissacarídeo de reserva em animais. Ele se faz 
presente em todas as células de um animal, sen-
do mais abundante no fígado e na musculatura 
esquelética. 
Alternativa C: INCORRETA. O lactato é produzido pelo 
organismo após a queima da glicose (glicólise), 
para o fornecimento de energia sem a presença 
de oxigênio (metabolismo anaeróbico láctico). 
Portanto, não se trata de uma reserva energética.
Alternativa D: INCORRETA. O piruvato é um cetoácido, 
que pode se originar tanto pela glicólise, quanto 
pela degradação de aminoácidos. Muitas vezes é 
convertido em acetil coA, para dar início ao ciclo 
de Krebs e formar ATP.
Alternativa E: INCORRETA. os frutooligossacarídeos, 
também conhecidos como FOS, são açucares 
não metabolizados pelo organismo e não caló-
ricos. Eles são considerados prebioticos, uma vez 
que promovem o crescimento de bactérias intes-
tinais benéficas.
29 A avaliação nutricional constitui uma im-portante etapa na definição e acompa-
nhamento da terapia nutricional. Uma das medi-
das estimadas a partir da prega cutânea tricipital 
e circunferência do braço é a
[A] razão cintura-quadril. 
[B] altura recumbente. 
[C] circunferência do pescoço. 
[D] área muscular do braço. 
[E] soma de duas pregas.
Alternativa A: INCORRETA. A razão cintura-quadril é 
a divisão entre as medidas da cintura e do qua-
dril e não possui ligação com prega cutânea tri-
cipital;
Alternativa B: INCORRETA. A altura recumbente é a 
medida do paciente deitado em superfície reta, 
marcando a distância entre a extremidade da ca-
beça até a base do pé.
Alternativa C: INCORRETA. A circunferência do pes-
coço consiste, basicamente na aferição dessa re-
gião corporal com uso de uma fita métrica flexí-
vel para isso.
Alternativa D: CORRETA. A área muscular do braço 
necessita da estimativa da prega cutânea. Para 
que possa ser utilizada a seguinte equação: AMB: 
CB – (3,14 x PCT / 10) onde AMB = área muscular 
do Braço, CB circunferência do braço e PCT prega 
tricipital cutânea.
Alternativa E: INCORRETA. Não existe nenhum proto-
colo de avaliação nutricional que leve em consi-
deração somente a soma de duas pregas. 
30 A sistematização do cuidado de nutrição tem o objetivo de otimizar tempo e recur-
sos e, para tal, é composta por etapas que podem 
nortear o nutricionista no atendimento de nutri-
ção hospitalar, ambulatorial e domiciliar.
Sobre a etapa de triagem de risco nutricional, é 
correto afirmar:
[A] Seu objetivo é identificar a ocorrência, a na-
tureza (etiologia) e a extensão(magnitude) das 
anormalidades nutricionais. 
[B] Sua aplicação é indicada em até 72h da admis-
são do paciente no hospital. 
[C] Deve ser um procedimento rápido e executa-
do exclusivamente por nutricionistas. 
[D] Mal nutrition Universal Screening Tool 
(MUST), Nutritional Risk Screening (NRS 2002) e 
Screening ToolRisk Nutritional Status And Gro-
wth (Strong Kids) são instrumentos que podem 
ser utilizados para a triagem nutricional. 
[E] A Miniavaliação Nutricional (MAN) e a Avalia-
ção Subjetiva Global (SGA) são instrumentos uti-
lizados para avaliação do estado nutricional e 
não podem ser aplicados para triagem de risco 
nutricional.
14 ▕ Questões Comentadas - Residências 2017-2018
Alternativa A: INCORRETA. O objetivo da triagem é 
analisar riscos nutricionais e não a ocorrência, 
natureza e extensão das anormalidades nutricio-
nais.
Alternativa B: INCORRETA. A indicação é que a avalia-
ção de risco nutricional seja feita o mais rapida-
mente possível.
Alternativa C: INCORRETA. o procedimento deve ocor-
rer de modo rápido, mas pode ser realizado por 
qualquer profissional da equipe de saúde multi-
disciplinar.
Alternativa D: CORRETA. MUST, NRS 2002 e Strong 
Kids são instrumentos indicados para avaliação 
e triagem nutricional.
Alternativa E: INCORRETA. MAN e SGA podem tam-
bém ser utilizados para triagem de risco nutricio-
nal, ao contrário do que prega a alternativa.
31 As doenças de notificação compulsória são “doenças ou agravos à saúde que de-
vem ser notificados à autoridade sanitária por 
profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para 
fins de adoção de medidas de controle pertinen-
tes”. Brasil, O SUS de A a Z, 2009 São doenças de 
notificação compulsória: 
[A] dengue, sarampo e tuberculose. 
[B] tétano, depressão e aids. 
[C] botulismo, sífilis congênita e sinusite. 
[D] varíola, traumatismo craniano e síndrome res-
piratória aguda grave. 
[E] meningite, Alzheimer e síndrome do pânico
NOTA DO AUTOR: O Ministério da Saúde estabelece 
a Lista Nacional de Notificação Compulsória de 
doenças, agravos e eventos de saúde pública nos 
serviços de saúde públicos e privados em todo o 
território nacional. 
A ocorrência de suspeita ou confirmação de 
eventos de saúde pública, doenças e agravos lis-
tados na Portaria nº 204, de 17 de fevereiro de 
2016, são de comunicação obrigatória à autori-
dade de saúde, realizada pelos médicos, profis-
sionais de saúde ouresponsáveis pelos estabele-
cimentos de saúde, públicos ou privados. É facul-
tado a estados e municípios incluir outros pro-
blemas de saúde importantes em sua região
Alternativa A: CORRETA. Dengue, sarampo e tubercu-
lose constam no na portaria 204 de 17 de feve-
reiro de 2001 como doenças de notificação com-
pulsória.
Alternativa B: INCORRETA. Tétano e Aids constam na 
portaria 204 de 17 de fevereiro de 2001 como do-
enças de notificação compulsória e semanal res-
pectivamente, enquanto depressão não cons-
ta na lista de doença de notificação compulsória.
Alternativa C: INCORRETA. Botulismo e sífilis congêni-
ta constam na portaria 204 de 17 de fevereiro de 
2001 como doenças de notificação compulsória 
e semanal respectivamente, enquanto sinusite 
não consta na lista.
Alternativa D: INCORRETA. varíola e síndrome respira-
tória aguda e grave constam na portaria 204 de 
17 de fevereiro de 2001 como doenças de noti-
ficação compulsória. Traumatismo craniano, não 
consta na lista.
Alternativa E: INCORRETA.Meningite consta na porta-
ria 204 de 17 de fevereiro de 2001 como doenças 
de notificação compulsória e semanal respecti-
vamente. Alzheimer e síndrome do pânico estão 
ausentes da lista.
32 A portaria do Centro de Vigilância Sanitá-ria (CVS) 06/99, de 100399, estabelece o 
regulamento técnico sobre os parâmetros e cri-
térios para o controle higiênico-sanitário em es-
tabelecimentos de alimentos. Sobre tais parâme-
tros e critérios, é correto afirmar:
[A] Os estabelecimentos devem ter no mínimo 
três (3) responsáveis técnicos. 
[B] Os exames médico-laboratoriais para contro-
le da saúde de funcionários devem ser realizados 
mensalmente. 
[C] A água utilizada no preparo de alimentos e pa-
ra consumo direto deve ser controlada indepen-
dentemente das rotinas da manipulação dos ali-
mentos. 
[D] Os visitantes a um Serviço de Alimentação, 
por não fazerem parte da equipe de funcioná-
rios, são isentos de ser paramentados para rea-
lizar a visita. 
[E] A aplicação de produtos para controle de pra-
gas independe do registro no Ministério da Saúde.
Alternativa A: INCORRETA. de acordo com a portaria, 
os estabelecimentos devem ter um responsável 
técnico.
Alternativa B: INCORRETA. A periodicidade dos exa-
mes médico-laboratoriais deve ser anual. De-
pendendo das ocorrências endêmicas de certas 
doenças, a periodicidade pode ser reduzida de 
15▏Gabriela Perez
acordo com os serviços de Vigilância Sanitária e 
Epidemiológica locais
Alternativa C: CORRETA. A água utilizada para o con-
sumo direto ou no preparo dos alimentos deve 
ser controlada independente das rotinas de ma-
nipulação dos alimentos. É obrigatório a existên-
cia de reservatório de água. O reservatório deve 
estar isento de rachaduras e sempre tampado, 
devendo ser limpo e desinfetado nas seguintes 
situações: - quando for instalado - a cada 6 meses 
- na ocorrência de acidentes que possam conta-
minar a água (animais, sujeira, enchentes).
Alternativa D: INCORRETA. Todas as pessoas que não 
fazem parte da equipe de funcionários da área 
de manipulação ou elaboração de alimentos, são 
consideradas visitantes, podendo constituir fo-
cos de contaminação durante o preparo dos ali-
mentos. Portanto, são considerados visitantes os 
supervisores, consultores, fiscais, auditores e to-
dos aqueles que necessitem entrar nestas de-
pendências. Para proceder às suas funções, os vi-
sitantes devem estar devidamente paramenta-
dos com uniforme fornecido pela empresa, co-
mo: avental, rede ou gorro para proteger os ca-
belos e se necessário, botas ou protetores para 
os pés.
Alternativa E: INCORRETA. A aplicação de produtos 
só deve ser realizada quando adotadas todas as 
medidas de prevenção, só podendo ser utiliza-
dos produtos registrados no Ministério da Saúde.
33 A Pesquisa de Orçamento Familiar permite estimar a disponibilidade individual de ali-
mentos de cada família. A primeira foi realizada 
em 1986 - 1987e a última, em 2008 - 2009, sendo 
esta considerada a mais completa entre as reali-
zadas no país até o momento devido à
[A] constatação das refeições consumidas fora de 
casa. 
[B] mensuração dos gastos e receitas da amostra 
estudada. 
[C] coleta de dados representativos da população 
urbana. 
[D] inclusão da análise do consumo alimentar in-
dividual. 
[E] avaliação dos dados referentes à compra de 
alimentos
Alternativa A: INCORRETA. A constatação de refeições 
consumidas fora do lar embora consiga consta-
tar o número de refeições consumidas fora de 
casa, não consegue quantificar o impacto orça-
mentário, pois muitas vezes os trabalhadores al-
moçam nas empresas onde trabalham.
Alternativa B: INCORRETA. Muitas refeições são ofer-
tadas por empregadores, podendo gerar erros 
na mensuração dos gastos e receitas da amostra 
estudada.
Alternativa C: INCORRETA. Os dados representativos 
da população urbana, pouco aderem ao âmbi-
to de disponibilidade individual de alimentos em 
cada família. 
Alternativa D: CORRETA. Ao fazer o levantamento es-
timado da disponibilidade individual de alimen-
tos de cada família, é possível analisar o consumo 
alimentar individual de cada membro da família.
Alternativa E: INCORRETA. A pesquisa de orçamento 
não é capaz de quantificar os dados referentes à 
compra de alimentos pelas famílias.
34 Pré-escolar de um ano e seis meses, apá-tico, letárgico, apresentando diminuição 
do apetite, mucosas descoradas e queda de ca-
belos, foi encaminhado ao ambulatório de nutri-
ção para acompanhamento. Concluiu-se o diag-
nóstico de anemia ferropriva. À avaliação antro-
pométrica, verificou-se peso = 11kg e compri-
mento = 80cm. 
A dosagem de ferro (em mg/dia) a ser suplemen-
tada e as orientações gerais para o tratamento 
dessa criança, respectivamente, são: 
[A] 11 / garantir duas refeições de sal ao dia 
[B] 44 / incluir cereais integrais no almoço e jantar 
[C] 22 / incluir 50 a 100g de fígado bovino uma 
vez por semana 
[D] 33 / oferecer uma fruta fonte de vitamina C 
junto às principais refeições
NOTA DO AUTOR: De acordo com o programa nacio-
nal de suplementação do ferro, a A recomenda-
ção (WHO, 2001) de suplementação de ferro para 
o tratamento da anemia ferropriva é:
1 - Adultos: 120 mg de ferro elementar/dia por 
três meses;
2 - Crianças menores de dois anos: 3 mg de ferro/
kg/dia, não superior a 60 mg por dia
Alternativa A: INCORRETA. A dosagem não condiz 
com as recomendações de suplementares, assim 
como o sal não possui qualquer tipo de auxílio na 
anexação do mineral no organismo.
16 ▕ Questões Comentadas - Residências 2017-2018
Alternativa B: INCORRETA. A dosagem é muito exces-
siva, de acordo com as recomendações de suple-
mentação e os cereais integrais não são boas fon-
tes de ferro.
Alternativa C: INCORRETA. De acordo com as reco-
mendações, a dosagem suplementar não é efi-
ciente, embora o fígado bovino seja uma boa 
fonte do mineral.
Alternativa D: CORRETA. A dosagem é correta e ade-
quada de acordo com as recomendações do 
programa nacional de suplementação do ferro. 
Além disso, a vitamina C potencializa a absorção 
dos minerais nas principais refeições, que geral-
mente possuem alimentos fontes de ferro.
35 Idoso com diagnóstico de câncer de cabe-ça e pescoço vem apresentando odinofa-
gia e disfagia para sólidos e líquidos. Será subme-
tido à radioterapia na região da laringe por seis 
semanas, período em que pode ocorrer piora 
dos sintomas apresentados. De acordo com esse 
quadro, a via de alimentação mais indicada para 
esse período seria a: 
[A] jejunostomia 
[B] gastrostomia 
[C] nasogástrica 
[D] nasojejunal
Tipos de aces-
so de sonda
Local de 
inserção
Quando é 
utilizada
Nasogástrica
Pelo nariz, 
descendo até o 
estômago
Por até seis 
semanas
Nasojejunal
Nasoduodenal
Pelo nariz, 
descendo até 
o intestino 
(jejuno)
Pelo nariz, 
descendo até 
o intestino 
(duodeno)
Quando a dieta 
no estômago 
não é tolerada, 
por até seis 
semanas.
Gastrostomia
Diretamente 
no estômago, 
por meio de 
orifício no 
abdômen
Para uso a 
longo prazo 
(mais de seis 
semanas)Jejunostomia
Diretamente 
no intestino, 
por meio de 
orifício no 
abdômen. 
Para uso a 
longo prazo 
(mais de seis 
semanas)
Alternativa A: INCORRETA. A jejunostomia é realizada 
em pacientes que perderam, de forma momen-
tânea ou definitiva a capacidade de deglutir os 
alimentos, não podem se alimentar pela boca 
ou sofreram lesões no TGI superior. Ela é indicia-
da para pacientes que precisem se alimentar por 
períodos entre três e seis meses.
Alternativa B: CORRETA. A gastrostomia (GTT) é um 
método alternativo de alimentação de longo 
prazo, com o objetivo de garantir aporte nutri-
cional e/ou hídrico, evitando assim a desnutrição 
e/ou desidratação do paciente. A GTT é indicada 
em casos onde não há obstrução intestinal, mas 
que por algum motivo mecânico e/ou neuroló-
gico, o indivíduo está impedido de alimentar-se 
por via oral. 
Alternativa C: INCORRETA. A alimentação nasogástri-
ca consiste em uma passagem de sonda pelo na-
riz até o estomago do paciente. Nesse caso por 
haver obstrução na região da laringe, ela não é 
indicada para o paciente.
Alternativa D: INCORRETA. A exemplo da alimentação 
nasogástrica, a sonda nasojejunal é inserida pe-
lo nariz e vai até o jejuno do paciente. A obstru-
ção na região da laringe do paciente é uma nega-
tiva ao uso dessa alternativa via de alimentação.
36 A gota é um distúrbio no metabolismo das purinas, em que níveis anormalmente ele-
vados de ácido úrico se acumulam no sangue. 
Pacientes que apresentam gota devem evitar ali-
mentos que contenham de 100 a 1000mg de ni-
trogênio de purina por 100g de alimento. Alguns 
desses alimentos são: 
[A] extrato de carne, queijo e ovos 
[B] anchova, sardinha e molho de carne 
[C] frutas, bebidas carbonatadas e picles 
[D] bebida de cereais, chocolate e vinagre
Alternativa A: INCORRETA. Extrato de carne, queijos e 
ovos são fontes de proteínas e não contêm aditi-
vos químicos em sua composição, não culminan-
do em acumulo de ácido úrico.
Alternativa B: CORRETA. Anchova, sardinha e molho 
de carnes possuem, de modo comum, elemen-
17▏Gabriela Perez
tos conservantes como acompanhamento em 
sua composição, tais como sódio, além de puri-
nas que elevam os níveis de ácido úrico e contri-
buem para o agravamento da gota.
Alternativa C: INCORRETA. Frutas, bebidas carbonata-
das e picles são fontes primárias de carboidratos, 
que não interferem diretamente nos níveis de 
ácido úrico e consequentemente na gota.
Alternativa D: INCORRETA. Bebidas de cereais e cho-
colate são fontes primárias de gorduras, enquan-
to o vinagre é uma fonte de ácidos orgânicos, en-
zimas e minerais complexos. Esses compostos 
não interferem no aumento dos níveis de ácido 
úrico.
37 O percentual de gordura corporal está as-sociado ao risco cardiovascular em adoles-
centes, tendo sido propostos os valores acima de 
25% para o sexo masculino e de 30% para o sexo 
feminino como pontos de corte. No caso de ado-
lescentes do sexo masculino, o instrumento mais 
fidedigno que leva em consideração a avaliação 
da maturação sexual é o(a): 
[A] equação de Slaughter 
[B] dobra cutânea subescapular 
[C] equação de Jackson & Pollock 
[D] somatório de dobras cutâneas triciptal e su-
bescapular
Alternativa A: CORRETA. A equação de Slaughter le-
va em consideração a idade e a maturação sexu-
al do indivíduo analisado.
Alternativa B: INCORRETA. A dobra cutânea subes-
capular tem como objetivo apenas, definir a 
quantidade de gordura nessa localidade.
Alternativa C: INCORRETA. A equação de Jackson e 
Pollock tem como objetivo definir a composi-
ção corporal com diferentes números de pregas 
cutâneas.
Alternativa D: INCORRETA. O somatório dessas do-
bras, têm como objetivo apenas definir a com-
posição de gordura nessas localidades corporais.
38 Para realizar a avaliação nutricional com-pleta de um paciente, é muito importante 
que se cumpram todas as etapas dos exames fí-
sico e bioquímico. Os achados clínicos caracterís-
ticos da deficiência de oligoelementos, que de-
vem ser reconhecidos nessas etapas, tais como 
anemia e neutropenia, podem indicar deficiên-
cia de: 
[A] boro 
[B] zinco 
[D] cobre 
[C] cromo
NOTA DO AUTOR: Reconhecida como patologia ab-
sortiva produtora de anemia, neutropenia, mie-
lopatia e mieloneuropatia, a deficiência de cobre 
vem ganhando terreno em humanos por causa 
de procedimentos cirúrgicos bariátricos, gastrec-
tomias, patologias de origem absortiva e altera-
ções do trânsito gastrointestinal. 
Observa-se, nos exames complementares pré ou 
pós-cirúrgicos das patologias acima detalhadas, 
a inexistência de pesquisa de dosagem de cobre 
e ceruloplasmina, o que excluiria uma das cau-
sas prováveis de mielopatia ou mieloneuropatia. 
Ao cursar paralelamente com deficiência de vita-
mina B12, pode levar, no longo prazo, a erros de 
diagnósticos e tratamentos.
Alternativa A: INCORRETA. O boro influência de modo 
positivo a absorção de cálcio, magnésio e vitami-
na D. Portanto, baixos níveis do mineral facilitam 
a ocorrência de patologias como osteoporose e/
ou osteopenia.
Alternativa B: INCORRETA. O zinco é um mineral mui-
to importante para a manutenção da saúde por-
que ele participa em mais de 300 reações quími-
cas do corpo. A carência de zinco está relaciona-
da a doenças inflamatórias intestinais, síndrome 
nefrótica, pancreatite e alguns tipos de cancro.
Alternativa C: CORRETA. A ausência de cobre no or-
ganismo facilita a ocorrência de patologias como 
anemia e neutropenia.
Alternativa D: INCORRETA. O cromo é um nutriente 
que pode encontrado em alimentos como car-
ne, cereais integrais e feijão, e atua no organismo 
aumentando o efeito da insulina e melhorando 
quadros de diabetes.
39 Paciente do sexo masculino, apresentando hipercolesterolemia e hipertensão arterial, 
com histórico familiar de doenças cardiovascula-
res, ao ser atendido no ambulatório geral de nu-
trição, recebeu uma prescrição nutricional que 
incluía o seguinte alimento funcional que inibe 
a agregação plaquetária: 
18 ▕ Questões Comentadas - Residências 2017-2018
[A] suco de uva 
[B] manjericão 
[D] cúrcuma 
[C] alho
Alternativa A: INCORRETA. O suco de uva é rico em 
polifenóis, compostos que auxiliam na degrada-
ção de ácidos graxos como colesterol, reduzindo 
assim, os níveis de colesterol e triglicérides san-
guíneos.
Alternativa B: INCORRETA. O manjericão é reconheci-
do cientificamente por seu aroma e sua ação em 
afecções bucais, e do trato respiratório.
Alternativa C: INCORRETA. A cúrcuma é rica em cur-
cumina, um poderoso agente anti-inflamatório e 
antioxidante sistêmico, diminuindo a ação de ra-
dicais livres. 
Alternativa D: CORRETA. o alho é rico em alicina e ajo-
ene, que dificultam a ocorrência de agregação 
plaquetária, prevenindo assim quadros de trom-
bose e infartos.
40 As leguminosas secas necessitam ficar al-gumas horas de remolho antes de serem 
submetidas à cocção. Em determinadas indica-
ções dietoterápicas, a recomendação é despre-
zar a água de remolho para reduzir a ingestão de: 
[A] rafinose 
[B] potássio 
[D] fitatos 
[C] sódio 
Alternativa A: INCORRETA. a rafinose é reduzida das 
leguminosas secas, através da troca de água, po-
rém, sem que haja necessidade de cocção.
Alternativa B: CORRETA. A troca da água de remolho 
auxilia na redução dos níveis de potássio, uma 
importante medida para pacientes portadores 
de hipercalemia ou alterações de funcionamen-
to renal.
Alternativa C: INCORRETA. Fitatos são conhecidos co-
mo anti-minerais e podem ser facilmente redu-
zidos de vegetais folhosos, a partir da colocação 
desses de molho em água por longos períodos 
de tempo.
Alternativa D: INCORRETA. O sódio é um mineral im-
portante presente em uma série de alimentos, 
que pode ser reduzido através do processo de 
cocção. No entanto, leguminosas não são fontes 
desse mineral.
19▏Gabriela Perez
QUESTÕES ABERTAS
As informações a seguir são utilizadas para as 
questões de 1 a 5: 
História da moléstia atual: paciente R.A.M., 55 
anos, sexo gênero masculino, apresenta dor no 
peito de forte intensidade eprolongada, acom-
panhada de irradiação para os membros superio-
res e pescoço, náuseas e vômitos. Encaminhado 
para o serviço de atendimento de emergência, 
onde foi submetido a eletrocardiograma, sen-
do confirmado o diagnóstico de Infarto Agudo 
do Miocárdio. O plano terapêutico sugerido foi 
a realização de angioplastia percutânea coroná-
ria. Após o procedimento, o paciente apresentou 
uma arritmia, evoluindo a uma parada cardior-
respiratória, que foi prontamente revertida após 
manobras de ressuscitação.
Paciente é encaminhado para a Unidade de Te-
rapia Intensiva, em intubação orotraqueal, ven-
tilação mecânica, recebendo drogas vasoativas.
Antecedentes pessoais: hipertensão arterial sis-
têmica, diabetes mellitus, hipercolesterolemia, 
ex tabagista.
Dados:
• Peso atual = 83,0 kg Valor de referência Es-
tatura = 1,70 m
• Colesterol total = 285 mg/dL (< 200 mg/dL 
– desejável)
• HDL colesterol = 26 mg/dL (> 60 mg/dL – 
desejável)
• LDL colesterol = 182 mg/dL (100 a 129 mg/
dL – desejável)
• Triglicérides = 420 mg/dL (< 150 mg/dL – 
desejável)
• Glicemia de jejum = 145 mg/dL (70 a 99 mg/
dL – normal)
• Creatinina = 1,26 mg/dL (0,70 a 1,30 mg/dL)
• Ureia = 36 mg/dL (15 a 39 mg/dL)
• Hemoglobina glicada = 7,2 % (<6,5)
01 Segundo o índice de massa corpórea, qual o estado nutricional atual do paciente? 
RESPOSTA: Fazendo o cálculo de IMC onde IMC = 
Peso (em kg) / altura ², temos então, 83 / 2,89, on-
de o resultado é 28,71 kg/m². Nessa situação o 
paciente se encontra em estado nutricional de 
sobrepeso. 
02 Qual a conduta dietoterápica para o pa-ciente após a estabilização hemodinâmica 
do quadro? Justifique. 
RESPOSTA: Após a estabilização hemodinâmica, o 
paciente já é capaz de manter o pulso e a pres-
são sanguínea, sem ajuda mecânica ou farmaco-
lógica. Assim, já podemos considerar a alimenta-
ção via oral e não enteral.
Diante do quadro crítico de internação e da ne-
cessidade de maior repouso cardíaco, recomen-
da-se nas primeiras 48h dieta líquida, com fracio-
namento normal (5 a 6 refeições por dia), e volu-
me reduzido.
Vale a pena destacar o quadro de Síndrome Meta-
bólica que também exige alterações no plano ali-
mentar pobre em ácidos graxos saturados e coles-
terol, isenta de cafeína e sódio de até 2g/d, com 
evolução gradual para dieta pastosa e sólida.
Tendo em vista a evolução da dieta para pasto-
sa e sólida deve ser gradual. Frequentemente se 
prescreve dieta
para redução de peso com limitações de cafeína 
e dieta estágio II.
Dieta Estágio II:
VET para manter o peso ideal
Lipídeos ≤30% do VET
Gordura saturada<7% do VET
Gordura poliinsaturada>10% do VET
Gordura monoinsaturada>15% do VET
Proteína ±15% do VET
Colesterol dietético<200mg/d
Em geral 5 a 6 refeições/dia, em pequenos volu-
mes e quantidades adequadas de fibras para pre-
venir constipação. Pois a constipação pode pro-
vocar alterações do ritmo cardíaco de origem va-
gal. Substitutos do sal podem ser usados, exceto 
no caso de problemas renais. 
03 Calcule as metas calóricas e proteicas do paciente para início da terapia nutricional. 
Justifique o método utilizado. 
RESPOSTA: Para calcular as metas calóricas e protei-
cas do paciente para início da terapia nutricional, 
fez-se uso da equação de Harris Benedict, 1919.
Onde: TMB 66,5 + 13,8 x peso(83 kg) + 5 x altura 
(170 cm) – 6,8 x idade (55 anos)
Temos então: TMB (Taxa metabólica basal) = 
1687,9 calorias
GET = TMB x FA X FI X FT 
20 ▕ Questões Comentadas - Residências 2017-2018
Onde: FA = Fator atividade; FI = Fator Injuria; FT 
= Fator térmico
Em pacientes acamados no ventilador o fator ati-
vidade é igual a 1,1;
O Fator injuria de doença cardiopulmonar com 
cirurgia varia entre 1,3 a 1,55 (tira-se a média que 
é 1,44);
E o fator térmico não é fornecido no enunciado.
Então calcula-se: GET = 1687,9 x 1,1 x 1,44 x 1 
GET = 2.673,6 calorias 
Levando em conta o stress metabólico do pa-
ciente, que é moderado, devido a sua situação 
pós-operatória sua necessidade proteica varia 
entre 1 a 1,5 g de proteína por quilo de peso. Por 
isso, a necessidade proteica do paciente varia en-
tre 83 e 124,5 gramas de proteínas.
04 Paciente permaneceu internado na Unida-de de Terapia Intensiva, apresentando seis 
evacuações de fezes líquidas em grande quanti-
dade no período de 24 horas. Na presença des-
te quadro, quais as condutas nutricionais que de-
vem ser implementadas? 
RESPOSTA: Nesse caso, a dieta mais indicada para 
o paciente é a dieta pastosa, uma vez que forne-
ce alimentos que possam ser mastigados e de-
glutidos com pouco ou nenhum esforço. Esse ti-
po de dieta ainda permite um repouso do TGI e é 
indicada para pós-operatórios. Importante aten-
tar-se ao consumo de água do paciente, uma vez 
que evacuações líquidas promovem desidrata-
ção.
Nesse tipo de dieta os alimentos são transforma-
dos em purês e fornecidos aos pacientes sem fi-
bras, peles ou gorduras. Esse tipo de dieta é nor-
moglicídica, normoproteíca e normolipídica.
05 Paciente evoluiu com melhora do quadro clínico, foi transferido para a enfermaria, 
com boa reabilitação, com deglutição preserva-
da e boa aceitação alimentar e com programa-
ção de alta hospitalar. Quais as características nu-
tricionais da dieta a ser orientada para a alimen-
tação domiciliar? 
RESPOSTA: Levando em consideração os exames 
do paciente, os procedimentos aos quais ele foi 
submetido e seu estado nutricional, o ideal é que 
se adote uma alimentação geral, porém com res-
trições no que diz respeito a índices glicêmicos 
e lipídicos e de energia total, uma vez que o pa-
ciente se encontra em sobrepeso.
Por isso, preferir carnes grelhadas e assadas, re-
duzindo assim, o consumo de ácidos graxos sa-
turados, vegetais folhosos, alimentos integrais, 
ingerir frutas nas presenças de cereais e consu-
mir água de maneira adequada são fundamen-
tais para recuperação da saúde desse paciente.
Exemplo: Dar preferência para o consumo de 
peixes de água profunda, como salmão, aren-
que e sardinha que são ricos em ômega 3 – con-
tribuindo assim, para redução dos níveis de tri-
glicérides. 
O aumento do consumo de fibras é importante 
também, pois contribui para redução dos níveis 
de colesterol e glicose. A ingestão hídrica tam-
bém deve ser aumentada para prevenir episó-
dios de constipação intestinal.
As informações a seguir são utilizadas para as 
questões de 6 a 10: 
Paciente do sexo feminino, 65 anos, deu entrada 
no pronto atendimento com hematêmese abun-
dante; após rápida lavagem gástrica, foi realizada 
endoscopia digestiva alta de emergência, sendo 
diagnosticada ulceração gástrica perfurada. Foi 
indicada cirurgia de urgência, tendo sido realiza-
da uma gastrectomia subtotal. 
A recuperação anestésica foi sem intercorrências. 
A paciente foi transferida para uma Unidade de 
Terapia Intensiva, com sonda traqueal com ven-
tilação mecânica, estável hemodinamicamente e 
com trato gastrointestinal funcionante. A equipe 
multiprofissional de Terapia Nutricional foi acio-
nada para acompanhar o caso e definir a condu-
ta nutricional a ser implementada.
Dados complementares:
• Hipertensão arterial sistêmica, diabetes e gas-
trite.
• Perda de peso progressiva não intencional 
de 10 kg nos últimos três meses.
• Peso atual = 55 kg; Altura = 160 cm.
• Albumina sérica = 2,6 g/dL.
• Hemoglobina sérica = 8,9 mg/dL.
06 Foi aplicada a triagem nutricional por meio do instrumento Nutritional Risk Scre-
ening 2002, sendo obtido o escore igual a seis. 
Explique o que significa esse escore. 
21▏Gabriela Perez
RESPOSTA: Como se sabe, a NRS – Nutritional Risk 
Screening 2002 é uma ferramenta considerada co-
mo padrão ouro para análise do risco nutricional. 
Existem dois Scores: O de nível nutricional e de 
gravidade da doença. O escore nutricional vai de 
0 a 3, sendo 0, a ausência de score e 3, grave es-
core. Já o score de gravidade da doença também 
varia de 0 a 3. Sendo 0, novamente o valor de au-
sência de score e 3 um grave score. 
O resultado da NRS soma os dois Scores, poden-
do variar então, de 0 a 6. Valores menoresdo que 3 
pontos de score representam ausência de risco nu-
tricional, enquanto que valores maiores do que 3 
pontos representam risco nutricional. Nesse caso, a 
paciente possui um grave risco nutricional. 
07 Realize a avaliação nutricional da pa-ciente com base nos dados antropomé-
tricos e dê o diagnóstico nutricional. Justifique 
sua resposta. 
RESPOSTA: Perda de peso progressiva não intencio-
nal de 10kg nos últimos três meses. 
Peso atual: 55kg
Peso há 3 meses: 65kg
Peso perdido: 10kg
Altura: 1,60m.
Tempo
Perda signi-
ficativa de 
peso (%)
Perda severa 
de peso 
(%)
1 semana 1 - 2 >2
1 mês 5 >5
3 meses 7,5 >7,5
6 meses 10 >10
Cálculo da perda de peso:
65kg -------100%
10kg ------- X
X = 15,38%
Logo, perda severa de peso. 
Sobre o diagnóstico através do IMC:
IMC = 21,46kg/m²
Lembre-se que ao se tratar de idoso a classifica-
ção muda:
IMC (kg/m²) Classificação
<23 Baixo peso
23 - 28 Eutrofia
28 - 30 Sobrepeso
>30 Obesidade
Portanto, de acordo com a OPAS (2002), paciente 
se encontra com baixo peso.
A paciente se encontra com baixo de acordo com a 
Organização Panamericana de Saúde, 2002. Além 
disso, podemos afirmar que a mesma apresentou 
perda de peso de 15,38% nos últimos três meses, 
sendo considerada uma perda de peso grave.
08 Realize a avaliação nutricional da pacien-te com base nos dados bioquímicos e dê o 
diagnóstico nutricional. Justifique sua resposta. 
RESPOSTA: Os dados bioquímicos da paciente são: 
Albumina sérica = 2,6 g/dL;
Hemoglobina sérica = 8,9 mg/Dl.
Classificação Nível sérico
Normal > 3,5 g/dL
Depleção Leve 3,0 – 3,5 g/dL
Depleção Mode-
rada 2,4 – 2,9 g/dL
Depleção Grave < 2,4 g/dL
Fonte: Waitzberg, 2009.
Gênero Normal Redução Moderada Redução Grave
Homem > 14 mg/dL
12 - 13,9 mg/
dL < 12 mg/dL
Mulher > 12 mg/dL
10 – 11,9 mg/
dL < 10 mg/dL
Fonte: Waitzberg, 2009.
As referências para albumina e hemoglobina sé-
rica, podem variar de referência para referência. 
No caso da questão analisada, a Residência da 
USP já informa no seu edital qual referência de-
ve-se utilizar, dessa forma, atente-se à bibliogra-
fia recomendada no edital desejado. 
A albumina é a proteína mais abundante encon-
trada no meio sanguíneo, aliado a isso, o baixo 
custo do teste o torna importante para determi-
nação de desnutrição energético-proteica. No 
caso em questão, a paciente se encontra em es-
tado de depleção moderada de albumina.
A hemoglobina sérica é uma proteína presente 
nas hemácias – glóbulos vermelhos que auxilia 
na capacidade de transportar oxigênio para ba-
sicamente todos os tecidos corporais. Os valo-
res indicados na referência demonstram redução 
grave de hemoglobina.
22 ▕ Questões Comentadas - Residências 2017-2018
Portanto, levando em consideração os dados 
bioquímicos, pode-se afirmar que a paciente es-
tá em depleção moderada de albumina e redu-
ção grave de hemoglobina. 
Observação: pro outras referências podemos fe -
char o diagnóstico como: paciente em desnutri-
ção moderada e anemia, no entanto, por se tra-
tar de uma Residência que sugere a utilização de 
determinada referência, prioriza-se reproduzir a 
classificação do livro indicado. 
09 Considerando a fase inicial e aguda da pa-ciente, calcule as necessidades energéti-
cas e proteicas recomendadas. 
RESPOSTA: Fase inicial e aguda: no caso da pacien-
te em questão essa fase se refere ao período logo 
após a cirurgia realizada, estando estável hemo-
dinamicamente sendo assim, a paciente se en-
contra eleita a receber uma terapia nutricional. A 
terapia nutricional precoce (quando iniciado em 
até 72h) no paciente pós cirúrgico, oferece di-
versos benefícios ao individuo como melhora na 
imunidade intestinal, previne translocação bac-
teriana, mantém trofismo e evita atrofia do teci-
do intestinal, reduz a incidência de complicações 
infecciosas, melhora o balanço nitrogenado, di-
minui a permanência hospitalar dentre outros.
Recomendação Requerimento calórico
Requerimento 
proteico
ESPEN (2006)
Fase aguda: 20 
a 25Kcal/kg
Fase anabólica: 
25 a 30Kcal/kg
Desnutrido 
grave: 25 a 
30Kcal/kg
Não há reco-
mendações 
específicas
ESPEN (2016) 25 – 30Kcal/kg 1,2 a 2,0g/Kg
ASPEN (2009) Determinação individualizada
1,2 a 2,0g/kg se 
IMC<30
DITEN (2011) Fase aguda: 20 a 25Kcal/kg
1,2 a 2,0g/kg, 
>2,0g/Kg (diáli-
se, queimados 
e fístulas)
CCPG (2013)
Dados insufi-
cientes para 
recomendação
Dados insufi-
cientes para 
recomendação
Considerando uma fase inicial e aguda, as necessi-
dades energéticas devem estar entre 20 -25Kcal/kg 
de peso, o equivalente a 1100kcal – 1375kcal. Caso 
seja verificada uma boa tolerância à dieta, a neces-
sidade calórica deve então ser elevada para uma 
quantidade entre 25 – 30kcal/kg de peso, o equiva-
lente a 1375kcal e 1650kcal já que a paciente está 
com “baixo peso” de acordo com o IMC e possui um 
histórico de perda severa de peso. Enquanto a ne-
cessidade proteica deve estar entre 1,2 – 2g/kg de 
peso/ dia, equivalendo a 66 e 110g por dia.
10 Quais são a via e o tipo de dieta indicados na terapia nutricional? Justifique sua resposta. 
RESPOSTA: Para responder essa pergunta, primei-
ramente precisamos rever o caso clínico em 
questão e lembrar que existem 3 vias para a te-
rapia nutricional:
Via oral Via Enteral
Via 
Parenteral
A paciente fez uma ressecção no estômago: pre-
cisa de repouso para iniciar processo de cicatri-
zação e adaptação. É necessário evitar o contato 
com os alimentos já que eles podem aumentar 
o risco de infecção. Paciente também se encon-
tra em ventilação mecânica. Todos esses fatores 
já descartam a via de administração oral.
Como decidir entre a via enteral e oral? 
Dica: Se o trato gastrointestinal estiver íntegro e 
funcionando, use-o
Para responder esse questionamento, é impor-
tante levar em conta todo o estado de saúde da 
paciente. A endoscopia mostrou ulceração gás-
trica perfurada, onde uma gastrectomia subtotal 
foi realizada.
Após a cirurgia, a paciente se encontra em uma 
unidade de terapia intensiva UTI com sonda tra-
queal para ventilação mecânica, e com o trato 
gastrointestinal funcionante. 
Pensando nisso tudo, o tipo de dieta indicado 
para esse caso, seria uma dieta enteral, visando 
recuperação cirúrgica e trazendo maior tranquili-
dade ao TGI. A utilização de um sistema fechado 
com bomba de infusão é interessante, pelo fato 
da paciente estar desnutrida, evitaria a síndrome 
de realimentação. Assim que a aceitação da pa-
ciente fosse alcançada. A dieta deveria ser: Hiper-
calórica, hiperprotéica e hipoglícidica. 
23▏Gabriela Perez
11 A obesidade é uma enfermidade crônica multifatorial que se caracteriza pelo acú-
mulo excessivo de gordura corporal. As decisões 
da conduta nutricional nesses casos deverão ba-
sear-se no conhecimento dos fatores envolvidos 
na adiposidade e no controle de peso. 
Com base nas informações apresentadas: 
a) Indique as faixas de percentual de gordu-
ra corporal total consideradas ideais para a boa 
saúde de homens e mulheres.
RESPOSTA: Existem diferentes recomendações pa-
ra percentual de gordura corporal, porém as refe-
rências mais utilizadas são as de Lohman (1992) 
e NIDDK (1993):
Homens (%) Fator condicionante Mulheres (%)
< 5
Risco de 
doenças e 
desordens 
relacionadas à 
desnutrição
< 8
6 - 14 Abaixo da média 9 - 22
15 Média 23
16 - 24 Acima da média 24 - 31
> 25
Risco de doen-
ças associadas 
à obesidade
> 32
Fonte: Lohman (1992)
Homens (%) Tipo de obesidade Mulheres (%)
15 - 20 Leve 25 - 30
20 - 25 Moderada 30 - 35
25 - 30 Elevada 35 - 40
> 30 Mórbida > 40
Fonte: NIDDK (1993)
Sendo assim, utilizar qualquer uma das fontes, 
referenciando-as, serve como resposta para es-
sa pergunta.
b) Alterações na quantidade de tecido adipo-
so afetam peptídeos e adipocitocinas (proteínas 
bioativas secretadas pelos adipócitos). Cite duas 
adipocitocinas bioativas, descrevendo suas rela-
ções com a obesidade.
RESPOSTA: Adiponectina – modula a regulação da 
glicose e o catabolismo de ácidos graxos. Ajuda 
a resposta insulínica, intensificando

Continue navegando