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Embriologia do Sistema Cardiovascular Referências bibliográficas Embriologia Médica - Langman (cap. 13) Embriologia Clínica - Moore Embriologia Humana – Larsen (cap. 13) Desenvolvimento do Coração O coração começa a bater entre os dias 22 e 23. Os três sistemas de veias pareadas drenam para o coração primitivo. ● Sistema vitelino - se torna o sistema porta ● Veias cardinais - formam o sistema cava ● Veias umbilicais - regridem após o nascimento → O sistema cardiovascular surge na metade da 3ª semana de desenvolvimento para suprir as necessidades embrionárias nutricionais e de oxigênio. → O coração é o primeiro órgão funcionalmente ativo. Ao 21º dia ocorre os batimentos cardíacos; entre o 24º e 25º ocorre o bombeamento de sangue. → Coração bombeia sangue durante os eventos de morfogênese Mesoderma Intraembrionário ● Paraxial - do lado do eixo do corpo. ○ Da origem principalmente aos somitos que atuam na coluna. ● Intermediário - do meio ○ Sistema urogenital e gônadas ● Lateral - fica nas laterais. Vai ser contínuo com o mesoderma extraembrionário. ○ Importante na formação de tecido conjuntivo, vísceras e coração primitivo. ○ Ectoderma + mesoderma lateral - somatopleura ○ Endoderma + mesoderma lateral – esplancnopleura A linhagem cardíaca ANOTAÇÕES DE AULA Existem células que estão preparadas desde o período embrionário para formar o coração. Essas células são chamadas de precursores cardiogênicos, são derivadas do epiblasto e durante a sua migração já sabem qual a sua função e o que devem se tornar. Tais células originam as diversas estruturas cardíacas. A região cardiogênica é chamada de primeiro campo cardíaco e está localizada na frente da membrana bucofaríngea. Vale lembrar ainda que, o segundo campo cardíaco assim como o primeiro, encontra-se na região cardiogênica. Ainda na terceira semana pós-fecundação, hemangioblastos agregam-se na região superior do mesoderma do embrião formando ferraduras, esse cordão cardiogênico apresenta um orifício no meio, passando a ser chamado de tubo endocárdicos. Medicamentos como a isotretinoína (hipervitaminose A), cetralina, etc (recaptação de serotonina) causam problemas na sinalização da formação do coração, devido essas substâncias estarem em grandes quantidades, levando a má formação do mesmo. A sinalização pode ser incompleta ou inadequada. O ácido retinóico e a serotonina, portanto, precisam estar em quantidades adequadas para exercer sua função corretamente. Com o dobramento no plano mediano e lateral a região cardiogênica entra no embrião e passa a se conectar formando um tubo único. Os dobramentos no plano mediano e transverso promovem o reposicionamento do tubo endocárdico e este passa a se localizar na região ventral do embrião. Além disso, esse tubo é internalizado no embrião. Se o coração não vai pro lugar certo podemos ter ectopia cordis (coração fora da cavidade torácica), por isso o dobramento é tão importante. O dobramento longitudinal leva o tubo endocárdico seja deslocado para a região torácica. Já o dobramento lateral é importante para a fusão dos tubos endocárdicos. Obs.: esplancnopleura forma o coração. O que diz a literatura diz sobre a embriologia do coração? As células progenitoras cardíacas se encontram no epiblasto, imediatamente adjacentes à parte cranial da linha primitiva. De lá, elas migram através da linha primitiva para a camada visceral do mesoderma da placa lateral, onde algumas formam um aglomerado celular em formato de ferradura chamado de área cardiogênica primária (ACP) ou primeiro campo cardíaco (PCC), cranial às pregas neurais → formam partes dos átrios e de todo o ventrículo esquerdo Segundo campo cardíaco (SCC) de células está localizado no mesoderma visceral (esplâncnico) ventral à faringe → forma o ventrículo direito e a via de saída (cone arterial e tronco arterioso ou arterial) e também contribui com células para a formação dos átrios na extremidade caudal do coração Depois que as células estabelecem o SCC, elas são induzidas pelo endoderma faríngeo subjacente a formar mioblastos cardíacos e ilhotas sanguíneas que se tornarão células e vasos sanguíneos pelo processo conhecido como vasculogênese. As ilhotas se unem e formam um tubo em formato de ferradura revestido por endotélio e circundado por mioblastos. Essa região é conhecida como região cardiogênica. A cavidade intraembrionária (corpo primitivo) sobre essa região evolui posteriormente para a cavidade pericárdica. Conforme o embrião cresce e se curva cefalocaudalmente, ele também se dobra lateralmente. Como resultado, as regiões caudais dos tubos cardíacos se fusionam, exceto em suas extremidades mais caudais. Simultaneamente, a parte central do tubo em formato de ferradura se expande para formar as futuras regiões ventricular e da via de saída. Assim, o coração se torna um tubo expandido e contínuo, que consiste em um revestimento interno endotelial e uma camada miocárdica externa. Ele recebe drenagem venosa em seu polo caudal e começa a bombear sangue para fora do primeiro arco aórtico para a aorta dorsal em seu polo cranial. Durante esses eventos, o miocárdio se espessa e secreta uma camada de matriz extracelular e rica em ácido hialurônico chamada geleia cardíaca, que o separa do endotélio. Além disso, a formação do órgão proepicárdico ocorre nas células mesenquimais localizadas na borda caudal do mesocárdio dorsal. As células dessa estrutura proliferam e migram sobre a superfície do miocárdio para formar a camada epicárdica (epicárdio) do coração. Desse modo, o tubo cardíaco consiste em três camadas: (1) o endocárdio, que forma o revestimento endotelial interno do coração; (2) o miocárdio, que constitui a parede muscular; e (3) o epicárdio ou pericárdio visceral, que cobre o exterior do tubo. Essa camada externa é responsável pela formação das artérias coronarianas, incluindo seu revestimento endotelial e o músculo liso. Durante a quarta semana, o coração sofre uma alça cardíaca. Esse processo faz com que o coração se dobre sobre si mesmo e adote sua posição normal na região esquerda do tórax com os átrios posteriormente localizados e os ventrículos em uma posição mais anterior.
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