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BRADIARRITMIAS • FC menor que 55 bpm; • Pausas prolongadas; • Não aceleração da FC durante o esforço. • Bradicardia configura-se por FC menor que 55 bpm com ritmo regular ou irregular e que pode causar prejuízo à capacidade de manter o débito cardíaco suficiente para as atividades cotidianas ou exercício físico; • Há três tipos de definições: bradicardia propriamente dita; as pausas prolongadas ou a não aceleração da FC durante um esforço; • Bradiarritmia ocorre quando mesmo que o paciente tenha uma frequência media mantida, há períodos de pausas prolongadas (acima de 3 segundos) entre um onda P e outra, chamada de parada sinusal; • Bradiarritmia também pode ser considerada em casos de não aceleração da FC durante esforço, algo que é mais percebido no teste ergométrico, embora a FC no repouso possa ser normal. FISIOPATOLOGIA: • Sistema de condução: qualquer alteração no nó AV, no sinusal, feixe de his, de purkinge pó levar uma interrupção da condução do estímulo ou um retardo; • Sistema nervoso autônomo: esse sistema rege a FC, por isso qualquer alteração no SNA pode causar bradiarritmia ou taquicardia, mesmo que o sistema de condução esteja normal. CAUSAS • FISIOLÓGICAS: o Atletas com condicionamento regular; o Sono; o Idosos; o Hipotermia. • DEGENERATIVAS: o Paciente idoso: pó degeneração do sistema de condução por fibrose, por exemplo; o Infiltravas: amiloidose; o Lesões traumáticas: como passagem de cateter central e acidentes; o Drogas: sedativas de modo geral como opioides, bloqueadores de canal de cálcio não diidropiridinicos; o Intoxicação: drogas episogenas por carbonato (chumbinho); o Distúrbios hormonais: hipotireoidismo; o Bloqueios congênitos; o Apneia. • CAUSAS INTRÍNSECAS o Degeneração idiopática associada à idade; o Isquemia por doenças, doenças coronárias; o Infiltração (amiloidose, sarcoidose, homocromatose) o Colagenose (lupos eritromatose sistêmico, artrite reumatoide, esclerose sistêmica); o Distrofia muscular; o Trauma pós-cirurgia cardíaca; o Doenças familiares; o Doenças infecciosas (chagas, edorcatite). • CAUSAS EXTRÍNSECAS: o Sincope neurogênica; o Hipersensibilidade de seio carotídeo; o Fenômeno de vasalva (vomito, micção, defecação); o Drogas (betabloqueadores, bloqueadores de canais de cálcio, clonidina, digoxina); o Hipotermia; o Hipotireoidismo; o Hipertensão intracraniana; o Distúrbios de potássio. • ANÁLISE SITEMÁTICA DO ECG: o Análise da FC (bradicardia < 55 bpm); o Análise da onda P (regularidade entre os intervalos PP, morfologia, polaridade); o Análise do intervalo PR: intervalo entre a despolarização atrial e o início da despolarização ventricular. • CLASSIFICAÇÃO: Disfunção do nó sinusal: • Distúrbios da geração e da condução do estímulo sinusal (dificuldade da passagem do estímulo do nó sinoatrial para o tecido atrial); • caracteriza a incapacidade cardíaca de desempenhar sua função de marcapasso; • mais prevalente em idosos; • pausas ou bloqueios sino-atriais acompanhadas de frequências cardíacas lentas; • Não raramente está associada a bloqueios atrioventriculares de graus variados, taquiarritmias atriais do tipo taquicardia atrial, flutter ou fibrilação atrial paroxística, caracterizando a síndrome taquicardia- bradicardia, indicando doença difusa e instabilidade importante do sistema de condução. • Bloqueios átrio ventriculares (1,2,3 graus - BAVT) • BRADICARDIA SINUSAL: o Pode se apresentar só como uma diminuição da frequência; o Ritmo sinusal com FC menor que 55 bpm (pode ser fisiológica ou não); o Sendo patológica quando não atende as necessidades do indivíduo em determinadas situações; o Há diminuição da automacidade das células P, células do nó sinusal que são automáticas e que geram estímulos. o de acordo com o exemplo FC=50 bpm. • PARADA SINUSAL o Quando há uma FC media normal, mas em algum momento há uma onda P que não conduz, quando esse intervalo é maior que 3 segundos é considerado uma parada sinusal; o Pode ser não patológico em crianças e idoso; o Sem escape juncional o São as células automáticas do coração que possuem a capacidade de gerar estímulos e uma FC de 60 a 100 bpm, quando o nó SA não funciona outras partes assumem essa função como o nó AV ou até mesmo as fibras de Purkinge, mas ocorrerá uma frequência mais baixa; o Logo, quando há uma parada sinusal, uma outra parte como a junção do nó AV pode assumir esse controle e conseguir desencadear uma onda P e o complexo QRS com uma FC mais baixa o Isso trata-se de um evento raro, mas quando ocorre o paciente pode não sentir sintomas, quando ocorre de forma mais prolongada e escape juncional; o Contudo, sem essa ativação de outros nós de condução, paciente pode ter sintomas, como sincope, tonturas o No exemplo abaixo há um ritmo sinusal com um retardo da onda P o Ritmo sinusal normal e depois o aparecimento de uma onda P que se retarda • SINFROME BRADI-TAQUI o Alternância dos períodos de bradicardia e taquicardia; o Arritmia atrial paroxística (FA, Flutter ou taquicardia paroxística supraventricular- TPSV) seguida de parada sinusal ou bradicardia ▪ síndrome pode ocorrer em pacientes com IC e intoxicação digitálica. o No exemplo abaixo o paciente apresenta bradicardia e então desencadeia subitamente uma taquicardia, sem onda P. • BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR DE 1° GRAU o Atraso na condução pelo nó AV o O intervalo PR normal (tempo entre despolarização atrial e despolarização ventricular) é de 0,12-0,20 segundos; o Característica de BAV de primeiro grau é PR maior que 0,20 seg; o Causas: alteração estrutural do nó AV degenerativas como no paciente idoso; o Aumento do tônus vagal; o Drogas como betabloqueadores; o No exemplo acima, há um BAV de 1° grau- intervalo PR regular, ritmo sinusal, mas o intervalo PR vai aumentando (maior que um quadrado grande). Geralmente, esses casos são benignos, ou seja, é necessário apenas tratamento para a causa de base e não um tratamento específico. BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR DE 1° GRAU • Dividido em dois tipos: • Mobitz tipo 1: wenckebach: o aumento do intervalo PR progressivamente ao longo daquela derivação até que a onda P não conduz; o o batimento subsequente acompanha um intervalo PR semelhante ao início do ciclo (mais curto). • Mobitz tipo 2: o intervalos PR mantido até que a onda P para de conduzir, é mais avançado. o Ocorre um bloqueio súbito da onda P, mantendo-se um intervalo PR fixo. Este tipo de bloqueio geralmente acontece por doença mais grave do sistema de condução. o Mobitz tipo 2 junto com o bloqueio atrioventricular tipo 3 pode ser chamado de BAV de alto grau, porque são arritmias mais graves que requer intervenção inclusive com passagem de marcapasso o intervalo PR que está aumentando progressivamente até o aparecimento de uma onda P que não conduz (não há complexo QRS depois da onda P, assim o estímulo não é conduzido do átrio para o ventrículo). o Exemplo acima é de Mobitz tipo 2 em que os intervalos PR fixos podem estar aumentados ou normais e em determinado momento não há condução. • BLOQUEIO 2:1 o É um dos tipos de bloqueio do 2° grau o Há condução alternada do impulso atrial para os ventrículos, com ondas P bloqueadas na proporção 2:1 (duas ondas P para cada QRS); o onda P com o complexo QRS; uma onda T; ao lado uma onda P que não conduz, volto a ter uma onda P normal; o em um momento há a condução do estimulo pela onda P e em outro momento em que não tem a condução do estimulo BAV AVANÇADO • Onda P que conduz e várias outras que não conduzem; • Também chamado de BAV desegundo grau ou avançado e se comporta como BAV 3 • O tempo sem a condução do estímulo e consequentemente sem a contração ventricular é muito longo; • No BAV avançado existem mais de duas ondas P bloqueadas em sequência, tornado a relação P: QRS maior que 2:1 (ou seja, 3:1, 4:1). BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR DE 3° GRAU (BAVT) • Existe uma total dissociação da atividade atrial com ventricular • PR irregular • Frequência entre PP mantida; • Frequência entre QRS mantida • bloqueio atrioventricular total é uma emergência médica; • Não há relação entre a onda P seguida de QRS em nenhum momento; • A FC é mantida porque cada câmera está trabalhando de forma isolada sem uma coordenação entre o átrio e o ventrículo; • o intervalo PP é regular e a onda P pode cair dentro do QRS. SINTOMAS DAS BRADIARRITMIS: • Débito cardíaco: VS X FC (redução da FC reduz o DC); • 1946: Strokes- análise de pulso jugular • Sincope ou pré-sincope (em até 50% dos casos) • Palpitação; • Tontura; • Dispneia aos esforços e dispneia de repouso; • Dor torácica tipo anginosa; • Intolerância ao exercício • Quanto a sua origem podem ser do tipo congênito ou adquirido. Quanto a duração, podem ser permanentes ou transitórios e dependendo de sua etiologia (como alterações eletrolíticas ou ação de fármacos), se o fator causal for removido a estimulação pode ser dispensada. • Pelas características da patologia, no infarto agudo do miocárdio o bloqueio átrio ventricular é um marcador de mau prognostico e o aparecimento de bloqueios de ramo e bloqueio AV de primeiro grau ou superiores, já se recomenda a utilização marca-passo transvenoso. • Outra recomendação de atenção é nos bloqueios transitórios, caso não existir fator causal removível, devem ser tratados como lesão estabelecida. • Nos serviços de urgências, a abordagem faz-se necessária sempre que houver sinais de baixo fluxo transitórios ou definitivos, relacionados à BAV a partir de segundo grau. • O marca-passo transtorácico, está indicado como ponte para estimulação transvenosa ou definitiva, especialmente nos indivíduos instáveis hemodinamicamente. RESUMO • BAV de primeiro grau: intervalo PR fixo, mas maior que 0,2 seg; • BAV de segundo grau mobitz tipo 1: condição mais benigna que a tipo 2, mas que há prolongamento progressivo do intervalo PR ate um dado momento que a onda P não conduz; • BAV de segundo grau mobitz tipo 2: intervalo PR fixo, mas que algum momento a onda P não conduz. Essa não condução da onda P pode ser sem uma relação clara coma frequência, ser esporádica ou relação 2:1 (uma onda P que conduz, uma onda P que não conduz se alternando na mesma frequência) • BAV tipo 2 avançado em que há várias ondas P que não conduzem; • BAV tipo 3: ondas P sem relação definida com o complexo QRS; • o BAV avançando e BAV3 vem acompanhado de bradicardia já nos outros geralmente não ocorre, minha FC pode vir normal; • Os bloqueios atrioventriculares de segundo grau tipo 2, BAV avançado e BAVT, está associado a grave doença do sistema de condução cardíaco e com maior risco de morbimortalidade
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