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Fisiologia do trauma introdução Tipos de síndromes inflamatórias Síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SRIS): usado para descrever a resposta do hospedeiro às causas infecciosas e não infecciosas, e consiste em dois ou mais dos seguintes – hipertermia ou hipotermia, leucocitose ou leucopenia, taquicardia e taquipneia. síndrome da disfunção de múltiplos órgãos (SDMO): descreve a resposta inflamatória quando prejudica a função de órgãos ou sistemas Hormônios do SNA e citocinas Estresse/agente nocivo proteção cicatrização Fases do trauma: Fase inicial Liberação de catecolaminas e hormônios vasoativos ↑DC ↑ FC ↑Forca de contração ↑Frequência respiratória Vasoconstrição periférica e visceral Movimentação dos líquidos extracelulares para manutenção do fluxo sanguíneo Elevação nos níveis de glicose Nutrição das vias dependentes: cérebro medula óssea Eritrócitos tecido de granulação sistema imune Fase caracterizada pela deficiência da perfusão textual necessidade de um metabolismo anaeróbio acumulo de lactato Aumento do metabolismo para garantir a chegada de substratos aos órgãos vitais ↓K+ e H+ ↑ O2 e ATP Fases do trauma: Fase tardia ‘’fase catabólica’’ Fornecimentos de substratos para cicatrização Curiosidades: O metabolismo basal aumenta em 80% em um trauma ósseo e em até 103% em casos de queimadura Mediadores da resposta ao trauma: Reposta neurodrócina Eixo simpaticoadrenal Regulação positiva Gera altas concentrações no plasma de: Epinefrina; Norepinefrina; Vasopressina; Dopamina. Alterações de glicose no sangue Inibição da captação de glicose pelo tecido Estimula a secreção do glucagon Lipogênese Gliconeogênese Fornecimento de energia S.N simpático Eixo hipotálamo-hipófisário o hormônio adenocorticotrópico (corticotropina ou ACTH) córtex adrenal Hormônios glicocorticoides Cortisol Aldosterona Cortisol + epinefrina destruição do tecido muscular, catabolismo de proteínas e liberação de aminoácidos Mediadores derivados dos lipídeos Metabolismo do ácido araquidônico Ciclo-oxigenases produtos Lesão Tromboxano A2 ↑Agregação: Neutrófilos Prostaciclina lipo-oxigenase vasoconstricção pulmonar vasodilatação sistêmica produtos Afeta a permeabilidade vascular do leito pulmonar. O fator de ativação plaquetária (FAP) é um metabólito fosfolipídico liberado por diversas células, incluindo os neutrófilos. A resposta ao FAP na superfície endotelial resulta num aumento na produção de superóxidos, aumento da agregação plaquetária, alteração da reatividade vascular pulmonar e mudanças na permeabilidade endotelial Citocinas Local da lesão e células circundantes Mediadores proteicos (citocinas) Ex: Monócitos, linfócitos, macrófagos produção Função parácrina (ação local/ célula- célula) ou Mecanismo endócrino (ação sistêmica) Principais citocinas: Fator de necrose tumoral (TNF), as interleucinas (IL-1, IL-2, IL-6 e IL-8), os interferons, e vários fatores de crescimento, como o fator estimulador de colônias de granulócitos e macrófagos (GM-CSF) e os fatores de crescimento derivados das plaquetas (PDGFs). Funções: Eles melhoram a função das células imunológicas e são responsáveis pelos efeitos sistêmicos da inflamação e da sepse, como febre, leucocitose, hipotensão, prostração e atraso no esvaziamento gástrico Citocinas, em uma visão mais aprofundada: TNF: Apesar de ser o mediador mais proximal da resposta inflamatória, foi descrito originalmente como fator catabólico caquetina. O TNF influencia na atração celular como parte da resposta inflamatória local, da migração de leucócitos e da hipotensão sistêmica. Promove também o catabolismo muscular, a liberação de ácidos graxos livres e a síntese hepática de reagentes da fase aguda. O receptor livre de TNF é uma proteína glicosilada ligada à membrana e na forma livre. Em contraste com a IL-1, o TNF parece agir perifericamente e não tem efeito direto na ativação do linfócito. Interleucinas: São polipeptídeos liberados pelos linfócitos, onde cada um é formado de acordo com a sequência de aminoácidos que origina sua ação. São conhecidos os receptores livres circulantes para IL-1 e IL-6. Esses receptores livres podem existir para todas as citocinas. Eles parecem agir na regulação da atividade das citocinas. A IL-1, que pode ser detectada na circulação dentro de poucas horas após a lesão, tem efeitos biológicos múltiplos, incluindo a ativação de linfócitos T e macrófagos latentes, a indução de fatores de crescimento hematopoiéticos, a estimulação na quimiotaxia de neutrófilos e a síntese de colágeno e colagenases. IL-1:Os efeitos sistêmicos mais profundos incluem febre e mudanças no metabolismo proteico. A IL-1 foi conhecida como pirexina, pois agia na via de produção de prostaglandinas no hipotálamo e na alteração da termorregulação no hipotálamo. A aspirina, por exemplo, ela inibe a febre causada pela Ll-1. Um subproduto do metabolismo de IL-1 pode aumentar a proteólise muscular e induzir a síntese de proteína hepática. Identificadas como fator de diferenciação de células B, as IL-6 são reconhecidas como os mediadores finais comuns numa cascata de ativação das citocinas que altera a síntese de proteínas pelos hepatócitos. Neutrófilos polimorfonucleares Glicocorticoides E Catecolaminas Marginalização dos polimorfonucleares (PMNs) Recrutamento dos PMNs na medula óssea Lipídeos e citocinas (p. ex., IL-1, TNF, FAP) Melhoraria na liberação e apreensão de superóxidos em órgãos-alvo Rompimento da integridade capilar endotelial Pode causar edema, problemas na distribuição de oxigênio, lesão celular por hipóxia, e outras consequências adversas para a homeostasia celular. Falência múltipla dos órgãos Estresse adicional Aumento no PMNs Implicações clínicas O tratamento bem-sucedido das mudanças metabólicas que acompanham o trauma grave influencia e pode prevenir algumas das maiores complicações do trauma: A sepse; A falência múltipla de órgãos; O comprometimento da resposta imunológica. Modulação da resposta Existem algumas tentativas de modulação da resposta: Dificuldades de lidar com casos de sepse; Dificuldades em inibir ações específicas das citocinas nos seres humanos, por meio de anticorpos anticitocinas e receptores antagonistas de citocinas; Manipulação farmacológica da resposta do órgão alvo ao estresse que agem em mediadores específicos. Ex: ibuprofeno A terapia insulínica intensiva, que se baseia em deixar os níveis de glicose permaneçam abaixo de 110 mg/dL. Porem demonstra aumento da mortalidade relacionada a eventos hipoglicêmicos. Casos de lesões graves, sepse e pacientes gravemente debilitados, o sistema adrenal fica impossibilitado de fornecer a enorme demanda requerida de glicocorticoides, e ocorre uma insuficiência adrenal relativa. Obs: existem estudos que aplicaram única dose de etomidato, que aumentaram as taxas de insuficiência adrenal e mortalidade em pacientes críticos. Além disso, também há estudos que a hidrocortisona atenua a resposta ao estresse e diminui a possibilidade de pneumonia hospitalar. A proteína C ativada humana inicialmente mostrava respostas significativas contra resposta inflamatória generalizada e pró- coagulante que ocorre durante a sepse, porem estudos com grupo placebo mostrou que não havia benefícios.
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