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Decomposição da Matéria Orgânica José Luiz Attayde Matéria Orgânica Matéria Orgânica Dissolvida (MOD) MOD = MO < 0,2 μm Matéria Orgânica Particulada (MOP) MOP = MO > 0,2 μm Fina = MOP < 1 mm Grossa = MOP > 1mm Como se mede decomposição? Método mais comum: litter bag Monitora-se a perda de peso seco dos detritos que foram colocados nos sacos em intervalos regulares de tempo. Geralmente, manipula-se o tipo de detrito e o tamanho das malhas em condições normais de temperatura e umidade M a ss a d e D e tr it o s (g P .S .) Tempo (dias) 1 2 3 4 5 25 Dinâmica da Decomposição Lixiviação (MOD) Decomposição do MOP dD/dt = - kD, onde D é a massa de detritos e k é a taxa de decomposição. Integrando a equação acima temos: Dt = D0 e -Kt Após transformação logaritimica temos: ln (Dt/D0) = - kt Dinâmica da Decomposição 1ª Etapa - Lixiviação; Liberação dos compostos solúveis; Até 30% da perda de peso; Dura até 24 ou 48 horas; Produção de compostos lábeis, ou seja, compostos de rápida decomposição. 2ª Etapa – Decomposição do Material Particulado Colonização microbiológica Utilização por macroinvertebrados Processos facilitadores entre si [M O D ] ( μ M C ) Tempo (horas) 1 2 3 4 5 25 Dinâmica da Decomposição - MOD A B C D E F G H ➢ Cada decaimento individual, representa um composto orgânico diferente; ➢ A ordem de decomposição vai do mais lábil para o mais refratário; ➢ Ex. Açúcares - carboidratos – aminoácidos – proteínas ... Organismos responsáveis Bactérias – MOD Responsáveis pela decomposição de matéria orgânica dissolvida e matéria orgânica particulada fina Fungos – MOP Responsáveis pela decomposição de matéria orgânica particulada grossa Invertebrados – MOP Responsáveis pela fragmentação e decomposição de matéria orgânica particulada grossa Controle da decomposição Fatores intrínsecos Qualidade do detrito Conteúdo de compostos orgânicos complexos (e.g. lignina) Conteúdo de nutrientes (e.g. N e P) Conteúdo de compostos secundários (e.g. fenóis) Fatores extrínsecos Temperatura Umidade do solo pH Concentração de oxigênio Concentração de nutrientes Radiação solar Os fatores intrínsecos e extrínsecos interagem entre si afetando as taxas de decomposição, que também dependem da comunidade microbiana Estequiometria da decomposição Bacteria C:N = 5:1 ECB = 50% Substrato 1 C = 50 e N = 1 C:N = 50:1 Produção 5C e 1N Respiração 5 CO2 Resíduo C = 40 Substrato 2 C = 50 e N = 25 C:N = 2:1 Produção 25C e 5N Respiração 25 CO2 Resíduo N = 20 Premissa: Eficiência de crescimento bacteriano (ECB) = Produção/(Produção + Respiração) = 50% Incompleta Limitada por N Demanda N Completa Limitada por C Libera N Foto-degradação da Matéria Orgânica P a r t i c u l a d a & D i s s o l v i d a CO2 MOD CO2 MOD MOD Bactérias Anaerobiose Metanogenese Aerobiose Foto-degradação MOP Foto-degradação MOD Radiação UV e a foto- degradação da MOP UV-A Controle UV-A + UV-B (Anésio et al. 1999).µ g C ID /m g p e so s e c o Horas Foto-degradação da MOD e crescimento bacteriano Amado 2008 Na região semiárida da patagônia argentina, a radiação solar (foto-degradação) foi mais importante do que a atividade biológica para a decomposição dos detritos vegetais. Porque? Decomposição em ecossistemas terrestres Fauna do solo Produção e estoque de serapilheira em diferentes tipos de florestas Em condições de equilíbrio: Coeficiente de decomposição = k = produção/estoque de detritos Tempo de residência = 1/k = estoque/produção de detritos Principais constituintes químicos em cada fase Efeito da qualidade do detrito no coeficiente de decomposição Efeitos da temperatura na respiração do solo PPL e respiração do solo Fatores controladores da respiração heterotrófica no solo Correlação entre NEP (GPP- ER) e variáveis climáticas em florestas da Europa IWA = razão entre evapotranspiração atual e potencial Balanço liquido de C no ecossistema = dC/dt (NECB) E o que acontece com o detrito (MOP e MOD) exportado dos ecossistemas terrestres? Balanço de carbono e o conceito de continuidade de riachos e rios Processamento de uma folha em um riacho temperado Leitura obrigatória Weathers, K.C. et al. 2013 Fundamentals of Ecosystem Science. Academic Press Capitulo 4 Chapin, F.S. et al. 2011. Principles of Terrestrial Ecosystem Ecology. Springer. 529 pp. Capitulo 7
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