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• Introdução: - Uma das complicações mais severas do diabetes mellitus. - Ocorre quando há uma infecção, ulceração e ou destruição dos tecidos profundos associados a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periféricas dos membros inferiores. - Então, há um quadro infeccioso dentro de uma lesão a qual é decorrente da integração da neuropatia com a vasculopatia. - O risco de infecção é maior no pé devido a sua localidade e o constante contato com o chão, tendo maior atrito e gerando maiores traumas. • Prevalência: - A prevalência de desenvolver uma úlcera nos pés de um diabético é de 4 a 10%. E tem-se a prevalência de 11% de membros amputados em diabéticos de longa data. - Como há uma integração de neuropatia com vasculopatia, vale ressaltar que 70% dos pacientes diabéticos apresentam neuropatia (cerca de 10 a 15% das úlceras são puramente isquêmicas). - 80 a 90% das úlceras são desencadeadas por trauma externo. • Fator de risco: mais importante para o desenvolvimento de uma úlcera nos pés é a presença da neuropatia sensitivo-motora periférica -> paciente não sente dor e não nota que apareceu uma calosidade ou ferida no pé -> região tenar. • Desenvolvimento: como não percebe, tem-se constantes traumas e hemorragias, evoluindo para uma necrose de tecido, o qual buscar uma solução de continuidade com o meio externo, formando uma úlcera. Dessa maneira, a úlcera acaba sendo um tecido inflamado e infectado e a infecção pode permanecer no local, ser tratada e curada. Ou, por conta das disfunções que o paciente tem, como também uma retinopatia, a infecção pode se tornar profunda. • Tratamento: como a infecção está aliada à uma isquemia distal, geralmente o tratamento com anti-inflamatório e antibiótico não surge efeito, por não chegar ao local, nesse caso, indica-se a realização da amputação para evitar maiores complicações. • Classificação de Wagner: ➢ GRAU 0 – Sinais de neuropatia e ou isquemia SEM ULCERAÇÕES ➢ GRAU 1 – Úlcera superficial ➢ GRAU 2 – Úlcera profunda sem osteomielite e sem abcesso ➢ GRAU 3 – Úlcera profunda com celulite, abcesso, possivelmente com focos de osteomielite e gangrena no subcutâneo – geralmente há infecção por bactérias gram-positivas - Sinais clínicos que indicam uma infecção na úlcera: secreção purulenta, odor forte e celulite nos bordos da úlcera -> indica-se a antibioticoterapia e o desbridamento cirúrgico dos tecidos desvitalizados -> deve retirar todo o tecido morto e infectado, às vezes sendo necessário debridar até o osso (osteomielite por contiguidade – geralmente no calcâneo). ➢ GRAU 4 – Gangrena úmida localizada ➢ GRAU 5 – Gangrena em todo o pé. Atenção: Geralmente realiza-se a amputação nos graus 4 e 5 para evitar maiores complicações. - Osteomielite: antibiótico e o diagnostico geralmente é feito pela ressonância magnética • Prevenção: elemento fundamental da consulta ambulatorial no diabetes mellitus, que é realizado a partir de testes de vibração, teste com monofilamento (pontos na região tenar ao hálux), testes para avaliar a parte vascular e se necessário realizar doppler arterial dos membros inferiores. E para prevenção, o uso de palmilha ou calçados que aliviam os pontos de pressão e devem olhar o próprio pé todos os dias, procurando qualquer tipo de lesão. Não podem andar descalços, nem usar calçados com solado duro ou demasiadamente apertados.
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