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CADERNO DE DIREITO FINANCEIRO

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1 
 
 
1 
 
Sumário 
1. Conceito: ........................................................................................... 1 
2. Espécies de orçamento: .................................................................... 1 
3. Natureza Jurídica : ............................................................................ 2 
4. Classificação das Receitas: ............................................................... 3 
5. Princípios orçamentários: .................................................................. 4 
6. Princípios da LRF .............................................................................. 7 
7. Renúncia de Receita (art. 14 LRF) .................................................. 10 
8. Normas gerais de Direito financeiro (Lei 4.320 de 64) ..................... 11 
9. Leis Orçamentárias. Art. 165 CF. .................................................... 12 
10. Créditos adicionais: ...................................................................... 17 
11. Controle da Administração Pública. .............................................. 27 
 
 
 
 
1 
 
Direito financeiro 
 
1. Conceito: 
 
Disciplina jurídica da atividade financeira do Estado; 
 “Ação do Estado na obtenção de receitas, em sua gestão, e 
nos gastos para desenvolvimento de suas funções.” 
Instrumento de planejamento que leva em conta aspectos do 
passado, a realidade presente e projeções para o futuro. 
 
2. Espécies de orçamento: 
 
A) Orçamento Clássico ou tradicional: Constava apenas a 
fixação da despesa e a previsão da receita, sem 
nenhuma espécie de planejamento das ações do 
governo. 
Peça meramente contábil, um documento de previsão de 
receita e autorização de despesa.Não questionava objetivos 
e metas. 
 
B) Orçamento de desempenho ou por realizações: neste 
tipo de orçamento, o gestor começa a se preocupar 
com os resultados dos gastos e não apenas com o 
gasto em si. Preocupa-se em saber “as coisas que o 
governo faz e não apenas as coisas que o governo 
compra”. 
Ainda se encontra desvinculado de um planejamento central 
das ações do governo. 
 
C) Orçamento-programa: introduzido através da lei 
4.3208/64 e do DL 200/67. É entendido como um plano 
de trabalho, projetos e atividades, além do 
estabelecimento de objetivos e metas a serem 
implementadas, bem como a previsão dos custos 
relacionados. 
 
2 
 
A CF implantou definitivamente o orçamento-programa, ao 
estabelecer a normatização da matéria orçamentária 
através do PPA, LDO e LOA. 
D) Orçamento de base zero ou por estratégia: Técnica 
utilizada para a confecção do orçamento-programa, 
consiste basicamente em uma análise crítica de todos 
os recursos solicitados pelos órgãos governamentais. 
Na fase de elaboração da proposta 
orçamentária,haverá um questionamento acerca das 
reais necessidades de cada area, não havendo 
compromisso com qualquer montante inicial de 
dotação. Os órgãos governamentais deverão justificar 
anualmente na fase de elaboração da sua proposta 
orçamentária, a totalidade de seus gastos, sem utilizar o 
ano anterior como valor inicial. 
 
E) Orçamento-Participativo: participação direta e efetiva 
das comunidades na elaboração da proposta 
orçamentária do governo. A iniciativa pode ser 
resumida na busca de uma decisão descentralizada. 
Criação de conselhos populares. 
 
3. Natureza Jurídica : 
 
Segundo definição de Ricardo Lobo Torres, em 
conformidade com entendimento do STF, o orçamento é lei 
em sentido formal. 
Sendo peça formalmente instrumentalizada por meio de lei 
mas com matéria de ato político-administrativo. 
Apenas prevê as receitas públicas e autoriza os gastos, sem 
criar direitos subjetivos e sem modificar as leis tributárias e 
financeiras. 
● Orçamento autorizativo: a efetivação das despesas 
autorizadas não é obrigatório. 
O próprio ordenamento jurídico trata o orçamento público 
como lei (art. 165 CF ): 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
 
3 
 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
 
● Tendo as seguintes características: 
I. Temporária: lei de vigência limitada; 
II. Especial: de conteúdo determinado e processo 
legislativo peculiar; 
III. Lei ordinária: aprovada por maioria simples. 
 
● Unidade: conjunto de normas organizadas que tratam 
da atividade financeira sob o aspecto jurídico e se 
diferencia dos outros sistemas/subsistemas; 
● Coerência: normas que se relacionam de forma 
coerente e possuem mesmo critério de validade; 
● Completude: normas e relações que estão unificadas 
pela conexão material com a atividade financeira do 
Estado; 
● Sistema Constitucional Financeiro: 
Constitucionalização das finanças públicas. 
● Receitas públicas: recursos nos cofres públicos de 
forma definitiva. 
● Meros ingressos/fluxo de caixa: valores repassados à 
Adm. Pública mas que, por força de lei ou de contratos, 
são posteriormente devolvidos. 
 
4. Classificação das Receitas: 
 
a) Econômica ou legal: 
Corrente: contínuas; 
De capital: não contínuas - definitivas. 
b) Conforme a origem: 
Receita originária: origem no patrimônio próprio; 
Receita derivada: origem no patrimônio do particular . 
Ex. multas e tributos. 
Receitas transferidas: São aquelas decorrentes da 
transferência entre os entes da Federação. A hipótese 
 
4 
 
mais comum é a repartição da arrecadação tributária, 
realizada nos termos dos artigos 157 a 162 da CF. 
 
5. Princípios orçamentários: 
 
A) P. da legalidade: 
Não pode haver despesa pública sem a autorização 
legislativa. (art. 167, I e II CF): 
Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei 
orçamentária anual; 
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações 
diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais; 
➢ Exceção: abertura de crédito extraordinário em 
situações imprevisíveis e urgentes por meio de MP 
(União) e Decretos (Entes). 
 
B) Princípio da Anterioridade ou precedência: 
O orçamento deve ser aprovado antes do início do exercício 
financeiro. 
➢ Exceção: créditos suplementares, especiais e 
extraordinários (art. 165, §8 e art. 167, V, §2 e 3 da CF): 
Art. 165: 
 § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo 
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não 
se incluindo na proibição a autorização para abertura de 
créditos suplementares e contratação de operações de 
crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da 
lei. 
Art. 167: 
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no 
exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato 
de autorização for promulgado nos últimos quatro meses 
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus 
 
5 
 
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício 
financeiro subsequente. 
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será 
admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, 
como as decorrentes de guerra, comoção interna ou 
calamidade pública, observado o disposto no art. 62. 
C) P. da Universalidade: 
Todas as despesas e receitas orçamentária devem estar 
compreendidas no orçamento. 
➢ Exceção: Súmula 66: é legítima a cobrança de tributo se 
houver sido criado após o orçamento, mas antes do 
respectivo exercício financeiro. 
Sub-princípio do orçamento-bruto, que indica que todas as 
receitas e despesas constarão na lei orçamentárias pelos 
seus totais, vedadas quaisquer deduções. 
 
D) P. da unidade: 
O orçamento é uno, no sentido de totalidade e harmonia 
(compatibilidade); 
 
E) P. da exclusividade: 
O orçamento não pode conter dispositivo estranho à 
previsão de receitas e a fixação de despesas. 
➢ Exceção: autorização para abertura de crédito 
suplementar e contratação de operações de crédito, 
ainda que por antecipação de receita (tipo de 
empréstimo art. 165, §8 cf). 
 
F) P. da não afetação de receitas (não-vinculação): 
É proibido vincular receitas de impostos a órgão, fundo ou 
despesa.➢ Exceto: os recursos para saúde ou ensino, a prestação 
de garantias às operações de crédito por antecipação 
de receita ou garantia à União e para pagamento de 
débito para com esta. 
Julgado à respeito: O artigo 167, IV, da Constituição Federal veda o 
estabelecimento de vinculação de receitas proveniente de impostos, 
 
6 
 
quando não previstas ou autorizadas na Constituição Federal, 
porquanto cerceia o poder de gestão financeira do chefe do Poder 
Executivo e obsta o custeio das despesas urgentes, imprevistas ou 
extraordinárias, que se façam necessárias ao longo do exercício 
financeiro, tanto mais que deve dar-se aplicação aos recursos de receita 
pública consoante critérios de responsabilidade fiscal consentâneos 
com os anseios democráticos. (...) A vedação à vinculação da receita é 
norma que preserva a separação dos poderes, o princípio democrático 
e a responsabilidade fiscal, de modo que o artigo 167, IV, da Constituição 
faz jus à sua simétrica aplicação por todos os entes da Federação. A 
destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde 
figura dentre as exceções à regra constitucional de vedação à 
vinculação de receitas, máxime por estar expressamente estabelecida 
no texto constitucional. 
[ADI 5.897, rel. min. Luiz Fux, j. 24-4-2019, P, DJE de 2-8-2019.] 
 
● DRU: Desvinculação de receita da União, é um 
dispositivo do Governo Federal para desvincular um 
percentual da receita tributária para que ele possa ser 
usado livremente. Desde a emenda 87/15 o percentual é 
de 30%. 
 
G) P. da Anualidade ou Periodicidade: 
É imprescindível um novo orçamento a cada período de 12 
meses. 
 
H) P. da especialização ou especificação ou discriminação: 
É vedada a consignação de dotações globais (gerais) para 
atender as despesas. A discriminação tem que se dar no 
mínimo por elementos. 
 
I) Proibição do estorno de verbas: 
 São vedadas a transposição, o remanejamento ou a 
transferência de recursos de uma categoria de programação 
para outra ou de um órgão para outro, sem prévia 
autorização legislativa, bem como a utilização, sem 
autorização legislativa, dos recursos de orçamento fiscal e 
da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir 
déficit de empresas, fundações ou fundos. 
J) P. do equilíbrio: o orçamento deve ser aprovado com 
igualdade entre receitas e despesas (o artigo 166 §8º da 
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=750423527
 
7 
 
CF admite, excepcionalmente, nos casos lá listados, que 
possa haver um orçamento com desequilíbrio positivo, 
ou seja, que existam receitas sem as correspondentes 
despesas (jamais o contrário). 
 
6. Princípios da LRF 
 
I. Princípio da transparência nas contas públicas; 
II. Princípio do equilíbrio fiscal; 
III. Princípio da prudência fiscal; 
 
● Em que consiste o contingenciamento de despesas? 
O contingenciamento consiste no retardamento ou, ainda, na 
inexecução de parte da programação de despesa prevista na 
Lei Orçamentária em função da insuficiência de receitas. 
Art. 9o Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização 
da receita poderá não comportar o cumprimento das metas 
de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de 
Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, 
por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias 
subseqüentes, limitação de empenho e movimentação 
financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes 
orçamentárias. 
 
● Despesa Pública: lei 4.320/64 arts. 58 a 70. 
a. Empenho; 
b. Liquidação; 
c. Pagamento 
Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de 
autoridade competente que cria para o Estado 
obrigação de pagamento pendente ou não de 
implemento de condição. 
Art. 59 - O empenho da despesa não poderá exceder 
o limite dos créditos concedidos. 
 
8 
 
§ 1º Ressalvado o disposto no Art. 67 da Constituição 
Federal, é vedado aos Municípios empenhar, no último 
mês do mandato do Prefeito, mais do que o 
duodécimo da despesa prevista no orçamento 
vigente. 
§ 2º Fica, também, vedado aos Municípios, no mesmo 
período, assumir, por qualquer forma, compromissos 
financeiros para execução depois do término do 
mandato do Prefeito. 
§ 3º As disposições dos parágrafos anteriores não se 
aplicam nos casos comprovados de calamidade 
pública. 
§ 4º Reputam-se nulos e de nenhum efeito os 
empenhos e atos praticados em desacordo com o 
disposto nos parágrafos 1º e 2º deste artigo, sem 
prejuízo da responsabilidade do Prefeito nos termos 
do Art. 1º, inciso V, do Decreto-lei n.º 201, de 27 de 
fevereiro de 1967. 
Art. 60. É vedada a realização de despesa sem prévio 
empenho. 
§ 1º Em casos especiais previstos na legislação 
específica será dispensada a emissão da nota de 
empenho. 
§ 2º Será feito por estimativa o empenho da despesa 
cujo montante não se possa determinar. 
§ 3º É permitido o empenho global de despesas 
contratuais e outras, sujeitas a parcelamento. 
Art. 61. Para cada empenho será extraído um 
documento denominado "nota de empenho" que 
indicará o nome do credor, a representação e a 
importância da despesa bem como a dedução desta 
do saldo da dotação própria. 
Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado 
quando ordenado após sua regular liquidação. 
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na 
verificação do direito adquirido pelo credor tendo por 
base os títulos e documentos comprobatórios do 
respectivo crédito. 
 
9 
 
§ 1° Essa verificação tem por fim apurar: 
I - a origem e o objeto do que se deve pagar; 
II - a importância exata a pagar; 
III - a quem se deve pagar a importância, para 
extinguir a obrigação. 
§ 2º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos 
ou serviços prestados terá por base: 
I - o contrato, ajuste ou acôrdo respectivo; 
II - a nota de empenho; 
III - os comprovantes da entrega de material ou da 
prestação efetiva do serviço. 
Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado 
por autoridade competente, determinando que a 
despesa seja paga. 
Parágrafo único. A ordem de pagamento só poderá 
ser exarada em documentos processados pelos 
serviços de contabilidade. 
Art. 65. O pagamento da despesa será efetuado por 
tesouraria ou pagadoria regularmente instituídos por 
estabelecimentos bancários credenciados e, em casos 
excepcionais, por meio de adiantamento. 
Art. 66. As dotações atribuídas às diversas unidades 
orçamentárias poderão quando expressamente 
determinadas na Lei de Orçamento ser movimentadas 
por órgãos centrais de administração geral. 
 Parágrafo único. É permitida a redistribuição de 
parcelas das dotações de pessoal, de uma para outra 
unidade orçamentária, quando considerada 
indispensável à movimentação de pessoal dentro das 
tabelas ou quadros comuns às unidades 
interessadas, a que se realize em obediência à 
legislação específica. 
Art. 67. Os pagamentos devidos pela Fazenda Pública, 
em virtude de sentença judiciária, far-se-ão na ordem 
de apresentação dos precatórios e à conta dos 
créditos respectivos, sendo proibida a designação de 
 
10 
 
casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e 
nos créditos adicionais abertos para esse fim. 
Art. 68. O regime de adiantamento é aplicável aos 
casos de despesas expressamente definidos em lei e 
consiste na entrega de numerário a servidor, sempre 
precedida de empenho na dotação própria para o fim 
de realizar despesas, que não possam subordinar-se 
ao processo normal de aplicação. 
Art. 69. Não se fará adiantamento a servidor em 
alcance nem a responsável por dois adiantamentos. 
 
Art. 70. A aquisição de material, o fornecimento e a 
adjudicação de obras e serviços serão regulados em 
lei, respeitado o princípio da concorrência. 
 
7. Renúncia de Receita (art. 14 LRF) 
Art. 14. A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de 
natureza tributária da qual decorra renúncia de receita 
deverá estar acompanhada de estimativado impacto 
orçamentário-financeiro no exercício em que deva iniciar sua 
vigência e nos dois seguintes, atender ao disposto na lei de 
diretrizes orçamentárias e a pelo menos uma das seguintes 
condições: 
I - demonstração pelo proponente de que a renúncia foi 
considerada na estimativa de receita da lei orçamentária, na 
forma do art. 12, e de que não afetará as metas de resultados 
fiscais previstas no anexo próprio da lei de diretrizes 
orçamentárias; 
II - estar acompanhada de medidas de compensação, no 
período mencionado no caput, por meio do aumento de 
receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da 
base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou 
contribuição. 
§ 1o A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito 
presumido, concessão de isenção em caráter não geral, 
 
11 
 
alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que 
implique redução discriminada de tributos ou contribuições, 
e outros benefícios que correspondam a tratamento 
diferenciado. 
§ 2o Se o ato de concessão ou ampliação do incentivo ou 
benefício de que trata o caput deste artigo decorrer da 
condição contida no inciso II, o benefício só entrará em vigor 
quando implementadas as medidas referidas no mencionado 
inciso. 
● Limite prudencial: 60% da receita ser usada para 
pagamento de pessoal. art. 59, §1, II. 
Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o 
auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de 
controle interno de cada Poder e do Ministério 
Público, fiscalizarão o cumprimento das normas desta 
Lei Complementar, com ênfase no que se refere a: 
§ 1o Os Tribunais de Contas alertarão os Poderes ou 
órgãos referidos no art. 20 quando constatarem: 
II - que o montante da despesa total com pessoal 
ultrapassou 90% (noventa por cento) do limite; *Limite 
de alerta: 90% dos 60%. 
 
● RREO - Relatório Resumido da Execução Orçamentária . 
Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fiscal, 
aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios 
eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de 
diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o 
respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução 
Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões 
simplificadas desses documentos. 
 
8. Normas gerais de Direito financeiro (Lei 4.320 de 64) 
 
Ciclo Orçamentário e o Exercício Financeiro: 
 
12 
 
 
A) Elaboração: Estudos preliminares em que são 
estabelecidas as metas e as prioridades, definição de 
programas, de obras e as estimativas das receitas, 
sendo possível a discussão com a população e 
entidades representativas (orçamento participativo). O 
MP, Judiciário, Legislativo enviam propostas parciais 
quanto às suas despesas. 
 
B) Apreciação e votação: cabe ao Poder Legislativo 
apreciar a proposta enviada pelo Executivo, podendo 
emendá-la segundo certos critérios ou até mesmo 
rejeitá-la. Mesmo após o final da votação do orçamento 
poderá haver a votação de autorizações para a 
abertura de créditos adicionais. 
 
C) Execução: encerrado o processo legislativo, o Executivo 
terá trinta dias para estabelecer a programação 
financeira e o cronograma de execução de desembolso 
dos valores. 
D) Controle: depois de executada a despesa ou de forma 
concomitante a esta, caberá aos órgãos de controle 
apreciar e julgar se a aplicação dos recursos públicos 
se deu nos termos previstos nas leis orçamentárias. 
 
9. Leis Orçamentárias. Art. 165 CF. 
 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
● Características: 
 
I. Ordinárias; 
II. Formais; 
III. Temporárias. 
 
13 
 
 
● Plano Plurianual: 
 
§ 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de 
forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da 
administração pública federal para as despesas de capital e 
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas 
de duração continuada. 
 
Art. 167. CF . 
 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um 
exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão 
no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob 
pena de crime de responsabilidade. 
 
*No Brasil, o exercício financeiro tem duração de doze meses 
e coincide com o ano civil, conforme disposto no art. 34 da 
Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964. 
 
● Lei de Diretrizes Orçamentárias 
 
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas 
e prioridades da administração pública federal, incluindo as 
despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, 
orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá 
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a 
política de aplicação das agências financeiras oficiais de 
fomento. 
Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o 
disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e: 
I - disporá também sobre: 
a) equilíbrio entre receitas e despesas; 
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser 
efetivada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso 
II deste artigo, no art. 9o e no inciso II do § 1o do art. 31; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art165%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art165%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art165%C2%A72
 
14 
 
e) normas relativas ao controle de custos e à 
avaliação dos resultados dos programas financiados 
com recursos dos orçamentos; 
f) demais condições e exigências para transferências 
de recursos a entidades públicas e privadas; 
§ 1o Integrará o projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão 
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e 
constantes, relativas a receitas, despesas, resultados 
nominal e primário e montante da dívida pública, para 
o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. 
§ 2o O Anexo conterá, ainda: 
I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao 
ano anterior; 
II - demonstrativo das metas anuais, instruído com 
memória e metodologia de cálculo que justifiquem os 
resultados pretendidos, comparando-as com as 
fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando 
a consistência delas com as premissas e os objetivos 
da política econômica nacional; 
III - evolução do patrimônio líquido, também nos 
últimos três exercícios, destacando a origem e a 
aplicação dos recursos obtidos com a alienação de 
ativos; 
IV - avaliação da situação financeira e atuarial: 
a) dos regimes geral de previdência social e próprio 
dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao 
Trabalhador; 
b) dos demais fundos públicos e programas estatais 
de natureza atuarial; 
V - demonstrativo da estimativa e compensação da 
renúncia de receita e da margem de expansão das 
despesas obrigatórias de caráter continuado. 
§ 3o A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de 
Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos 
contingentes e outros riscos capazes de afetar as 
 
15 
 
contas públicas, informando as providências a serem 
tomadas, caso se concretizem. 
§ 4o A mensagem que encaminhar o projeto da União 
apresentará, em anexo específico, os objetivos das 
políticas monetária, creditícia e cambial, bem como os 
parâmetros e as projeções para seus principais 
agregados e variáveis, e ainda as metas de inflação, 
para o exercício subseqüente. 
 
Compreenderá as metas e prioridades da adm. pública 
federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
financeiro subsequente, orientará a elaboração da LOA, 
disporá sobre as alterações nas legislações tributárias e 
estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras 
(bancos) oficiais e de ofício. 
O Congresso tem de aprovar a LDO até 17 de julho (recesso) - 
Primeiro Período Legislativo. Do contrário, não ocorrerá 
recesso Parlamentar do meio do ano (art. 57, §2 CF) 
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á,anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 
de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. 
§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a 
aprovação do projeto de lei de diretrizes 
orçamentárias. 
Conterá anexo de metas fiscais, com duração trienal. 
Não é condição para criar tributos. 
 
● Lei Orçamentária Anual (art. 165,§5 III) 
 
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, 
seus fundos, órgãos e entidades da administração 
direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
 
16 
 
II - o orçamento de investimento das empresas em que 
a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria 
do capital social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo 
todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da 
administração direta ou indireta, bem como os fundos 
e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
§ 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado 
de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as 
receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, 
remissões, subsídios e benefícios de natureza 
financeira, tributária e creditícia. 
§ 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, 
compatibilizados com o plano plurianual, terão entre 
suas funções a de reduzir desigualdades inter-
regionais, segundo critério populacional. 
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo 
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, 
não se incluindo na proibição a autorização para 
abertura de créditos suplementares e contratação de 
operações de crédito, ainda que por antecipação de 
receita, nos termos da lei. 
I. Orçamento fiscal; 
II. Orçamento de investimento; 
III. Orçamento da Seguridade Social. 
-Principal atribuição: Previsão de receita e despesa. 
● Princípios da LOA: (lei 4.320/64 - Lei Ordinária 
recepcionada como Lei Complementar) : 
-Princípio da Unidade - um documento só; 
-Princípio da Anualidade - lei anual; 
-Princípio da Universalidade - Todos os gastos devem estar 
previstos nela; 
 
● Princípios constitucionais da LOA: 
 
17 
 
-Princípio da Exclusividade - Limitação de crédito, precisão da 
finalidade do crédito. 
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho 
à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo 
na proibição a autorização para abertura de créditos 
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda 
que por antecipação de receita, nos termos da lei. 
-Princípio da Especificação - LRF Art. 5o O projeto de lei 
orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o 
plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com 
as normas desta Lei Complementar: 
§ 4o É vedado consignar na lei orçamentária crédito com 
finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada. 
Art. 167. § 4o É vedado consignar na lei orçamentária crédito 
com finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada. 
-Princípio da não vinculação - não vinculação de imposto 
(receita) a órgão, fundo ou despesa. 
Art. 167. É vedado: 
 IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou 
despesa, ressalvadas a repartição do produto da 
arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, 
a destinação de recursos para as ações e serviços públicos 
de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e 
para realização de atividades da administração tributária, 
como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 
37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito 
por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem 
como o disposto no § 4º deste artigo; 
*Reserva de contingência - dinheiro para os riscos fiscais. 
-DRE - Desvinculação de Receita Estadual de 30% da receita 
relativas a impostos taxas e multas até 2023. 
 
10. Créditos adicionais: 
 
18 
 
 
Art. 40. São créditos adicionais, as autorizações de despesa 
não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de 
Orçamento. 
 
● Tipos de Créditos adicionais: 
 
I. Suplementar - para reforçar a dotação orçamentária : 
tinha previsão, mas a receita foi insuficiente; 
II. Especial - destinados a despesas para as quais não 
haja dotação orçamentária específica; 
III. Extraordinário - destinados a despesas urgentes e 
imprevistas, em caso de guerra declarada, com ação 
intestina ou calamidade pública. 
 
Art. 157. É vedado: 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia 
autorização legislativa e sem indicação dos recursos 
correspondentes; 
 
-É vedado abrir crédito suplementar ou especial sem: 
 
● Autorização Legislativa (PLO); 
● Indicação dos recursos correspondentes - Cre. 
*Extraordinário pode ser por MP; 
 
 
1. Processo de elaboração da Legislação Orçamentária 
(art. 166 CF). 
 
I. Comissão (Permanente- Estadual) (Mista - União); 
-O parlamentar para conseguir uma emenda ao projeto de 
lei orçamentária do governo, tem que apresentar emenda de 
acordo como PPA, LDO e apresentar recursos de anulação 
de projetos e atividades do governo, trazendo recursos para 
sua emenda, Não pode anular: 
a. Despesa com pessoal; 
b. Pagamento da dívida; 
 
19 
 
c. Transferências tributárias constitucionais para os 
outros entes. 
*A EC. 100 instituiu uma parcela destinada às emendas 
parlamentares. 
 
O Projeto de Lei Orçamentária da União tem que ser enviado 
até 31 de agosto, sob pena de crime de Responsabilidade. Lei 
4320/64. 
Art. 32. Se não receber a proposta orçamentária no prazo 
fixado nas Constituições ou nas Leis Orgânicas dos 
Municípios, o Poder Legislativo considerará como proposta a 
Lei de Orçamento vigente. 
 
-Se não receber no prazo correto o Poder Legislativo 
considerará como proposta a Lei Orçamentária vigente. 
*É o fenômeno da Anomia Orçamentária : virar o exercício 
financeiro sem votar a lei orçamentária. 
 
Execução provisória: antecipação da LDO. 
 
 
1. Despesas Públicas: 
 
Obrigatórias- manutenção da máquina. 
 
● Despesa Corrente : vencimento do servidor. 
Manutenção/custeio; 
● Despesa de Capital: Obra pública. 
 
2. Procedimento da Despesa 
 
I. Empenho 
Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de 
autoridade competente que cria para o Estado obrigação de 
pagamento pendente ou não de implemento de condição. 
Art. 61. Para cada empenho será extraído um documento 
denominado "nota de empenho" que indicará o nome do 
 
20 
 
credor, a representação e a importância da despesa bem 
como a dedução desta do saldo da dotação própria. 
 
Os empenhos podem ser classificados em: 
 
-Ordinário: tipo de empenho utilizado para as despesas de 
valor fixo e previamente determinado, cujo pagamento deva 
ocorrer de uma só vez; 
-Estimativo: empenho utilizado para as despesas cujo 
montante não se pode determinar previamente, tais como 
serviços de fornecimento de água e energia elétrica, 
aquisição de combustíveis e lubrificantes e outros; e 
-Global: empenho utilizado para as despesas contratuais ou 
outras de valor determinado, sujeitas a parcelamento, como, 
por exemplo, os compromissos decorrentes de aluguéis. 
 
O empenho poderá ser reforçado quando o valor 
empenhado for insuficiente para atender à despesa a ser 
realizada, e caso o valor do empenho exceda o montante da 
despesa realizada, o empenho deverá ser anulado 
parcialmente. Será anulado totalmente quando o objeto do 
contrato não tiver sido cumprido, ou ainda, no caso de ter 
sido emitido incorretamente. 
 
II. Liquidação 
A liquidação da despesa é, normalmente, processada pelas 
Unidades Executoras ao receberem o objeto do empenho. 
 
Lei 4320/64 
 Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do 
direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e 
documentos comprobatórios do respectivo crédito. 
A liquidação das despesas com fornecimento ou com 
serviços prestados terão por base: o contrato, ajuste ou 
acordo respectivo; a nota de empenho; os comprovantes de 
entrega de material ou da prestação do serviço. 
Principaisdocumentos contábeis envolvidos nessa fase: NS 
(Nota de Sistema) e NL (Nota de Lançamento). 
 
21 
 
 
III. Pagamento 
 
O pagamento representa o terceiro estágio e será 
processado pela Unidade Gestora Executora no momento da 
emissão do documento Ordem Bancária e documentos de 
retenções de tributos, quando for o caso. 
Consiste na entrega de numerário ao credor e só pode ser 
efetuado após regular liquidação da despesa. 
ordem de pagamento como sendo o despacho exarado por 
autoridade competente, determinando que a despesa 
liquidada seja paga. 
 
IV. O art. 16 da LRF inclui a - Fase prudencial - para 
despesa criada ao longo do exercício financeiro e sem 
previsão na LOA - créditos suplementares, especiais: 
-Criação, expansão ou aperfeiçoamento de despesas. 
-Estimativa do impacto orçamentário no exercício em que 
deva entrar em vigor e nos dois subsequentes. 
-Declaração de ordenador da despesa de que o aumento 
tem adequação orçamentária e financeira com a lei 
orçamentária anual e compatibilidade com o PPA e com LDO. 
 
*Fazer a despesa sem apresentar tais documentos: A LRF 
considera não autorizadas, irregulares e lesivas ao 
patrimônio público - nulidade absoluta. Contudo a doutrina 
considera a nulidade relativa, ou seja, só se anula se houver 
prejuízo ao patrimônio público. Havendo convalidação, se 
atendidos a eficiência, economicidade e efetividade o 
interesse público. 
 
*Despesa de irrelevante valor não exige. Dispensa de 
licitação. 
 
O STF decidiu que o art. 23, §1 e 2, da LRF, são 
inconstitucional, prevalecendo a irredutibilidade do salário e 
da carga horária do servidor público, mesmo que os entes 
ultrapassem o teto das despesas com pessoal. 
 
22 
 
 
● Despesa com pessoal 
 
I. União: 50% limite global da receita corrente líquida; 
II. Estados: 60% da receita corrente líquida. 
 
Leva em conta os valores de terceirização. 
*O repasse de dinheiro público para uma ONG qualificada 
como OS gaste, está fora da LRF. 
-Delegados tem tratamento diferenciado por exercer função 
típica de Estado. art. 3 lei 9.801/99 (30% no máximo de 
exoneração). 
 
● Pagamento feito por despesa proveniente de decisão 
judicial condenatória 
 
Requisições: precatório e RPV. 
 
❖ Precatório 
Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas 
Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de 
sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem 
cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos 
créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de 
pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos 
adicionais abertos para este fim. 
 
-Fazenda Pública (toda e qualquer P.J. de direito público), 
Empresa estatal prestadora de serviço público. *prestadora 
de atividade econômica não. 
-Precatório é utilizado para pagamento de quantia certa. 
 
I. Penhora online: para obrigação de fazer/dar. Ex. 
remédio. 
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de 
direito público, de verba necessária ao pagamento de seus 
débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, 
constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de 
julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício 
 
23 
 
seguinte, quando terão seus valores atualizados 
monetariamente. 
 
 
● Inativo 
 
 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir 
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico 
e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, 
como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, 
observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem 
prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às 
contribuições a que alude o dispositivo. 
§ 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
instituirão, por meio de lei, contribuições para custeio de 
regime próprio de previdência social, cobradas dos 
servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas, que 
poderão ter alíquotas progressivas de acordo com o valor 
da base de contribuição ou dos proventos de aposentadoria 
e de pensões. 
§ 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição 
ordinária dos aposentados e pensionistas poderá incidir 
sobre o valor dos proventos de aposentadoria e de pensões 
que supere o salário-mínimo. 
§ 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista no § 
1º-A para equacionar o deficit atuarial, é facultada a 
instituição de contribuição extraordinária, no âmbito da 
União, dos servidores públicos ativos, dos aposentados e 
dos pensionistas. 
§ 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 1º-B 
deverá ser instituída simultaneamente com outras medidas 
para equacionamento do deficit e vigorará por período 
determinado, contado da data de sua instituição 
 
-Regime próprio de Previdência Social - Estatutário 
Cada ente tem um regime e institui a porcentagem de 
contribuição. 
 
24 
 
-Se os entes não pagarem, a União faz intervenção por 
descumprimento de decisão judicial. Art. 34, VI CF. 
 
❖ Requisição de pequeno valor- RPV 
 
Leis próprias definirão este valor tendo como teto mínimo o 
valor do maior benefício do Regime Geral de Previdência 
Social. 
 
Art. 87 do ADCT : 
- 60 SM - União; 
- 40 SM - Estados; 
- 30 SM - Municípios. 
- Ordem de pagamento de precatórios: 
Créditos de natureza alimentícia : salários, vencimentos, 
proventos, pensões e suas complementações, benefícios 
previdenciários e indenizações por morte ou invalidez exceto 
os casos em que os titulares desse direito tenham 60 anos, 
ou doença de natureza grave, até o valor equivalente ao 
triplo do RPV. 
 
● Receita Pública 
 
❖ Lei 4.320/64 (conceito amplo): Qualquer ingresso, 
entrado, movimento, fluxo de caixa. 
❖ Doutrina: o que entra e fica: tributo. 
❖ Lei de responsabilidade fiscal: Receita corrente líquida: 
Somatório das receitas tributárias, de contribuições, 
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviço, 
transferências correntes e outras receitas também 
correntes. (art. 2, IV). 
 
1. Receita corrente: Tributos, patrimonial, 
industrial. São destinadas para despesas de 
manutenção. 
2. Receita de capital: alteram o patrimônio 
duradouro do Estado, com os produtos. 
Conversão em espécie de bens. 
 
25 
 
 
➢ Classificação quanto à compulsoriedade: 
 
A) Receita derivada: proveniente de impostos; 
 
B) Receita originária: 
 
I. Patrimonial: entrega do domínio útil de bem público a 
particular com pagamento de aluguéis . 
Foro de terreno de marinha. Laudêmio=valor pago pelo 
comprador do enfiteuta à união. 
II. Royalt: Receita originária + receita corrente 
(patrimonial da união). 
III. Teoria dos preços públicos: valor recebido do 
particular pela prestação de um serviço prestado 
pelo próprio governo. 
OBS: Tarifa pública: quando quem cobra é uma 
concessionária. 
Taxa (tributo): forma de criação, compulsoriedade, serviço 
essencial, indelegável, receita derivada. 
 
 A LRF obriga o ente a criar todos os tributos que foram 
postos na competência destes. Art. 11: 
Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade 
na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação 
de todos os tributos da competência constitucional do ente 
da Federação. 
Parágrafo único. É vedada a realização de transferências 
voluntárias para o ente que não observe o disposto no 
caput, no que se refere aos impostos. 
 
Contudo, a Constituição Federal não obriga. 
 
➢ Renúncia 
De acordo com a LEI Complementar n 101/00, compreende-se 
como modalidade de renúncia o crédito presumido: 
▪ Anistia; 
▪ Isenção em caráter não geral; 
 
26 
 
▪ Outras benefícios; 
▪ Base de calculo; 
▪ Remissão; 
▪ Alteração na alíquota; 
▪ Subsídios. 
 
➢ Dívida Pública (empréstimos) 
 
A doutrina não considera receita; 
Regra de ouro: não pode fazer dívida pública para pagar 
despesa corrente. Operações de crédito só podem swer 
feitas para despesa de capital. Art. 167, III: 
Art. 167. São Vedadas: 
III - a realização de operações de créditos que excedam o 
montante das despesas de capital,ressalvadas as 
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais 
com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por 
maioria absoluta; 
- Não ferem o princípio da exclusividade. 
- Está dentro da previsão da LOA. 
- Tanto a dívida consolidada, quanto a dívida mobiliária dos 
estados e municípios são reguladas pelo Senado. 
- Nada impede que a União seja credor. Contudo não é 
permitido o empréstimo ente entes públicos. LRF: 
Art. 35. É vedada a realização de operação de crédito entre 
um ente da Federação, diretamente ou por intermédio de 
fundo, autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, 
e outro, inclusive suas entidades da administração indireta, 
ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou 
postergação de dívida contraída anteriormente. 
 
- É vedado ao ente da federação a realização de operação 
de crédito com uma instituição financeira que seja de seu 
controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. 
LRF:Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma 
instituição financeira estatal e o ente da Federação que a 
controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. 
 
27 
 
Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição 
financeira controlada de adquirir, no mercado, títulos da 
dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou 
títulos da dívida de emissão da União para aplicação de 
recursos próprios. 
 
11. Controle da Administração Pública. 
 
11.1. Controle interno (art. 74, VI da CF): 
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário 
manterão, de forma integrada, sistema de controle interno 
com a finalidade de: 
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão 
institucional. 
 
11.2. Controle externo (art. 74, §2 CF): 
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou 
sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar 
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas 
da União. 
 
11.3. Controle Parlamentar: 
CF.Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, 
operacional e patrimonial da União e das entidades da 
administração direta e indireta, quanto à legalidade, 
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e 
renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, 
mediante controle externo, e pelo sistema de controle 
interno de cada Poder. 
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, 
será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, 
ao qual compete: 
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente 
da República, mediante parecer prévio que deverá ser 
elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento; 
II - julgar as contas dos administradores e demais 
responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da 
administração direta e indireta, incluídas as fundações e 
 
28 
 
sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, 
e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou 
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário 
público; 
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de 
admissão de pessoal, a qualquer título, na administração 
direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para 
cargo de provimento em comissão, bem como a das 
concessões de aposentadorias, reformas e pensões, 
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o 
fundamento legal do ato concessório; 
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos 
Deputados, do Senado Federal, de Comissão técnica ou de 
inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, 
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas 
unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo 
e Judiciário, e demais entidades referidas no inciso II; 
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas 
supranacionais de cujo capital social a União participe, de 
forma direta ou indireta, nos termos do tratado constitutivo; 
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados 
pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros 
instrumentos congêneres, a Estado, ao Distrito Federal ou a 
Município; 
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso 
Nacional, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das 
respectivas Comissões, sobre a fiscalização contábil, 
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre 
resultados de auditorias e inspeções realizadas; 
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de 
despesa ou irregularidade de contas, as sanções previstas 
em lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa 
proporcional ao dano causado ao erário; 
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as 
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se 
verificada ilegalidade; 
 
29 
 
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, 
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao 
Senado Federal; 
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades 
ou abusos apurados. 
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado 
diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de 
imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. 
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo 
de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no 
parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a respeito. 
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de 
débito ou multa terão eficácia de título executivo. 
§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, 
trimestral e anualmente, relatório de suas atividades. 
 
- O controle externo, a cargo do Congresso 
Nacional/Câmara Legislativa, será exercido com o auxílio do 
Tribunal de Contas da União/Estadual. 
➢ Somente São Paulo e Rio de Janeiro têm Tribunais de 
conta Municipais. 
- A CF proibiu a criação de Tribunais de contas municipais, 
quem controla as contas de todos os municípios do estado é 
o TCE. 
 
11.3.1. Controle Externo Parlamentar direto: 
Podem convocar ministros de Estado ou qualquer titular de 
órgãos diretamente subordinados à Presidência da 
República, para prestar pessoalmente informações sobre 
assuntos previamente definidos, importando em crime de 
responsabilidade, a ausência sem justificativa adequada. 
➢ Decreto autônomo independente: o Executivo podia, na 
ausência ou omissão do legislativo, legislar criando 
deveres e direitos. *A CF baniu. 
- Compete ao CN sustar os atos normativos do Poder 
Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos 
limites de delegação legislativa. 
 
 
30 
 
11.3.2. Controle Externo Parlamentar Indireto (com 
auxílio do Tribunal de Contas) 
- O Tribunal não é órgão auxiliar do CN, é independente, 
possui suas atribuições definidas na CF. 
-Órgão judicante que tem independência, sem vinculação a 
nenhum poder. 
 
A) Atribuições do Tribunal de contas: 
 
- Deverá prestar contas: qualquer pessoa física ou jurídica 
que administre e gerencie, utilize bens, dinheiro e valores 
públicos. 
- Apreciar as contas do Chefe do Executivo, mediante 
parecer. 
-Quem julga as contas é o poder legislativo. (art. 49) 
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente 
da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos 
planos de governo; 
 
I. Controle do Tribunal de Contas em relação a: 
A) Ato administrativo de contas (art. 71, X da CF). 
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, 
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao 
Senado Federal; 
As decisões do TCU vinculam o Poder Executivo no controle 
externo. 
O Poder Executivo pode recorrer ao judiciário pleiteando a 
não sustação determinada pelo TCU. 
 
B) Contratos Administrativos: O TCU não pode sustar 
contrato §1 e 2 do art. 71: 
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado 
diretamente pelo Congresso Nacional, que solicitará, de 
imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis. 
 
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo 
de noventa dias, não efetivar as medidas previstas no 
parágrafoanterior, o Tribunal decidirá a respeito. 
 
31 
 
O Tribunal ao encontrar irregularidade em contrário, 
encaminha a irregularidade ao Parlamento para que este 
tome as providências, o qual utilizando-se do Princípio da 
diferença, busca contato com o Poder Executivo para que 
anule seu ato, sem sendo este omisso quanto a ilegalidade 
arguida, o CN sustará o contrato. 
- Contudo, se nem o Poder Executivo, nem o CN tomarem as 
devidas providências no prazo de 90 dias, o TCU decidirá a 
respeito. 
Segundo Ricardo Lobo Torres: o Tribunal imporá multa e 
ressarcimentos aos responsáveis por assinar o contrato 
considerado ilegal, não podendo sustar o contrato por não 
ter tal atribuição. 
O STF entende que mesmo que o Chefe do Executivo assine 
a -nota de empenho, só o parlamento pode julgar. 
 
Todos os atos de admissão e aposentadoria passam pelo 
Controle do TCU. Contudo, cargos em comissão não se 
incluem em tal análise. Com base no art. 37, V da CF: 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer 
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, 
também, ao seguinte: 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por 
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em 
comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira 
nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, 
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e 
assessoramento.

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