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Thiago Mendes- MED104 pacto pela saúde Com o processo de descentralização, a gestão do SUS, inicialmente, passou a ser regulada pelas normas operacionais básicas, que definem as responsabilidades dos municípios, Estado e União, pelas Normas Operacionais de Assistência à Saúde, e, por último, pelo Pacto pela Saúde. Normas operacionais básicas: ✓ Definem as responsabilidades de cada esfera do governo; ✓ Estratégias e movimentos que visam dar operacionalidade ao sistema; ✓ Visaram à reordenação dos modelos de atenção de gestão da saúde através de instrumentos de gestão; ✓ Estabelece critérios e fluxos de financiamento. NOB 91➔ pagamento dos serviços por produção, equiparando prestadores públicos e privados na compra e venda de serviços. por exemplo: unidade básica fez 10 atendimentos médicos, 10 atendimentos da enfermagem, 10 curativos, isso tudo é enviado ao ministério e tudo que era feito o esse ministério pagava no âmbitos públicos e privados, vendas de serviços, institucionalizou essa modalidade. Os municípios apoiaram esta NOB, por perceberem a oportunidade de receber recurso direto da União sem passar pelos estados. NOB 92➔ segue, em linhas gerais, a NOB 91 e mantém intocados os mecanismos de pagamento por produção de serviços. alteração na questão hospitalar, introdução da AIH (autorização internação hospitalar), formulário assinado pelo gestor do município autorizando ele a ser internado para receber o recurso, cálculo. A AIH é numerada, vigente até hoje, de acordo com a população, solicita para o estado para faturar. NOB 93➔ instâncias gestoras (CIB/CIT) que são instâncias de negociação e pactuação de aspectos operacionais da gestão do sistema descentralizado e participativo da Assistência Social são as Comissões Intergestores Bipartite (CIB) e a Comissão Intergestores Tripartite (CIT) NOB 96➔ avanço no processo de descentralização. ➢ Duas formas de habilitação dos municípios: ✓ Gestão Plena da Atenção Básica ✓ Gestão Plena do Sistema Municipal de Saúde ➢ Criou o: PAB (piso de atenção básica) fixo➔ 5,65 reais por habitante por exemplo. PAB variável ➔ depende de ações no seu município, recebe por estratégia implantada, se implantar projetos de saúde bucal, etc., recebe por esses. ➢ Consolidou a política de Municipalização da Saúde Thiago Mendes- MED104 ➢ Forte centralização do financiamento da União e pouca participação do estados. Com isso, ficou evidente a necessidade avançar na regionalização, mediante a adoção de novas formas de organização e atenção e de gestão, ou seja municípios tiveram mais autonomia, união de municípios pois não davam conta da atenção secundária e terciaria sozinhos. Normas Operacionais da Assistência à Saúde: NOAS01/2001 2002 ➢ amplia as responsabilidades dos municípios na Atenção Básica, define o processo de regionalização da assistência e cria alternativas para o fortalecimento da gestão do sistema de saúde. ➢ instituiu o Plano Diretor de Regionalização como um instrumento de organização do processo de regionalização, na perspectiva de garantir o acesso aos serviços de saúde o mais próximo da residências dos cidadãos (PDR➔ tudo o que a região oferece para a população). A organização dos serviços no âmbito da atenção básica passa a ser responsabilidade dos municípios, com as ações de atenção secundária ficando a cargo da responsabilidade solidária dos municípios da microrregião e as ações de alta complexidade sob a responsabilidade das Secretarias Estaduais de Saúde e ainda existe. Pacto pela Saúde Foi criado pela necessidade de gerenciar. Pacto pela Saúde foi instituído pela Portaria GM/MS nº 399/2006 e pode ser entendido como a produção de acordos sobre as regras definidoras de responsabilidades e recursos à disposição dos entes vinculados a cada esfera de governo (União, Estados e Municípios) na gestão das redes de atenção à saúde em função das necessidades de saúde da população e na busca da equidade social. ➢ Publicado em portaria GM/MS n 399, de 22/02/200+ ➢ Pactuação firmada pelos 3 gestores do SUS (União, Estados e Municípios) ➢ O pacto pela saúde representa mudanças significativas para execução do SUS. O porquê do pacto pela saúde? Thiago Mendes- MED104 Tentativa de superar a fragmentação das políticas e programas de saúde. Organização de uma rede regionalizada e hierarquizada de ações e serviços de saúde. Qualificação da gestão. Reconhecimento da autonomia dos entes federados. Desafios: ➢ Promover inovações nos processos e instrumentos de gestão. ➢ Alcançar mais efetividade, eficiência e qualidade da resposta do sistema às necessidades da população. Princípios: ✓ Respeito às diferenças loco-regionais ✓ reforço da organização das regiões de saúde. ✓ Qualificação do acesso da população à atenção integral à saúde ✓ redefinição dos instrumentos de regulação, programação e avaliação. Ou seja, não adianta somente ter ressonância mas ter um planejamento de como levar ele, quantas pessoas irão fazer o exame. ✓ Instituição de mecanismo de co-gestão e planejamento regional ✓ com base nas necessidade de saúde da população. ✓ fortalecimento dos espaços e mecanismos de controle social. ✓ Proposição de um financiamento tripartite ✓ estimulação de critérios de equidade para transferência de recursos fundo a fundo. A implementação do Pacto pela Saúde se da pela adesão municípios, estados e união ao Termo de Compromisso de Gestão (TCG). O TCG substitui os processos de habilitação das varias formas de gestão anteriormente vigentes e estabelece metas e compromissos para cada ente da federação, sendo renovado anualmente. O município tem que cumprir metas para receber os recursos. Possui 3 dimensões: 1. PACTO PELA VIDA (ações de saúde) 2. PACTO PELA DEFESA DO SUS (fortalecer o sus) 3. PACTO DE GESTÃO. PACTO PELA VIDA Compromisso entre os gestores do SUS em torno de prioridade que apresentam impacto sobre a situação de saúde da população brasileira. Estabelece um conjunto de compromissos sanitários, considerados prioritários, pactuados de forma tripartite, a ser implementado por cada ente federado. Thiago Mendes- MED104 Esses compromissos deverão ser efetivados pela rede do SUS, de forma a garantir o alcance das metas pactuadas Prioridades estaduais, regionais ou municipais podem ser agregadas as prioridades nacionais, a partir de pactuações locais. Existe um rol de indicadores para o próprio município pactuar, pactuação Inter federativa, ou seja, tantos de exames preventivos, tanto de óbitos, etc., e o município sempre deve lutar para melhoras dos índices e isso passa pelo crivo dos conselheiros de saúde e é enviado para CIR (comissão intergestora regional). Prioridades: 1. Saúde do Idoso; 2. Controle do câncer do colo do útero e da mama; 3. Redução da mortalidade infantil e materna; 4. Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias ,com ênfase na dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza; 5. Promoção da Saúde; 6. Fortalecimento da Atenção Básica; PACTO EM DEFESA DO SUS Prevê ações concretas e articuladas pelos 03 níveis federativos no sentido de reforçar o SUS como política de Estado. Prioridades: 1. Repolitização da saúde (fazer uma nova política, reformular) 2. Promoção da Cidadania: mobilização social (mostrar a saúde como direito e o SUS como garantidor desse direito) 3. Garantia de financiamento (EC-29, orçamento do SUS, incremento de recursos) Está no termo de compromisso e indicadores (numero de reuniões de conselho de saúde, o município pactua, ouvidoria implantada é uma meta dessa pactuação). Objetivos: 1. Implementar um projeto permanente de mobilização social; 2. Elaborar e divulgar a Carta dos Usuários do SUS (PORTARIA Nº 1.820, DE 13 DE AGOSTO DE 2009) que é um sumario do próprio sistema de saúde municipal, glossário, carta para sabero que precisa fazer para conseguir um remédio/exame/consulta passo a passo, manual, transparência, onde tem que ir e o que tem que levar, facilitar o acesso da população à saúde. PACTO DE GESTÃO Estabelece as responsabilidades claras de cada ente federado de forma a diminuir as competências concorrentes e a tornar mais claro quem deve fazer o Thiago Mendes- MED104 quê, contribuindo, assim, para o fortalecimento da gestão compartilhada e solidária do SUS. Existe um rol de medicamentos disponibilizados pelas 3 esferas. “O Brasil é um país continental e com muitas diferenças e iniquidades regionais.” Mais do que definir diretrizes nacionais é necessário avançar na regionalização e descentralização do SUS, a partir de uma unidade de princípios e uma diversidade operativa que respeite as singularidades regionais. Prioridades: ✓ Definir de forma inequívoca a responsabilidade sanitária de cada instancia gestora do SUS: federal, estadual, municipal. Diretrizes: 1. Descentralização 2. Regionalização 3. Financiamento 4. Planejamento 5. Programação Pactuada Integrada 6. Regulação da Atenção à saúde e Assistencial 7. Participação e Controle Social 8. Gestão do Trabalho 9. Educação em Saúde Descentralização 1. fortalecimento, das comissões bipartite 2. descentralização dos processos administrativos Município pode fazer sua proposta diretamente pela união sem passar pelos estados, pedido para transferir UBS seria direto ao Governo Federal etc. Regionalização 1. Garantir o acesso, a resolutividade, a integralidade na atenção à saúde da população, através da organização das demandas e da identificação das necessidades loco- regionais. Regiões de Saúde: Recortes territoriais organizados de modo a assegurar os princípios do SUS: a Universalidade do acesso, a equidade e a integralidade do cuidado. A conformação das regiões deve considerar: • a identidade cultural, econômica e social entre os municípios; Thiago Mendes- MED104 • as redes de comunicação e de infraestrutura de transportes; • a existência de fluxos assistenciais. Em resumo: leva em consideração a proximidade, o diagnóstico epidemiológico, parecida as demandas, redes de comunicação e infraestruturas de transportes como ele vai chegar em outra cidade, se existe um fluxo. Região de vassouras centro-sul (em cinza), por doenças cardiovasculares e mesma cultura. Financiamento 1. Responsabilidade das 3 esferas de governo; 2. Repasse federal feito através de blocos ✓ atenção básica ✓ atenção de média e alta complexidade ✓ vigilância em saúde ✓ gestão do sus 3. Repasse federal de investimento Os recursos de cada bloco devem ser aplicados, exclusivamente, nas ações e serviços relacionados ao Bloco. Os repasses, antes realizados em seis blocos temáticos, passam a ser feitos em duas modalidades: Custeio e Investimento. Isso foi pactuado na 1ª reunião ordinária da CIT de 2017➔ os recursos agora terão duas destinações: custeio e investimento. ✓ Inviabilizando um possível planejamento eficiente. ✓ Inviabilizando a execução real do planejado e aprovado pelos Conselheiros de Saúde. Segundo economistas da saúde, a maior parte das experiências internacionais de alocação equitativa de recursos distingue recursos de custeio para financiar as ações e serviços de saúde dos recursos de investimento. PORTARIA 3.992 –28 DE DEZEMBRO DE 2017 A partir de janeiro de 2018 os recursos do Ministério da Saúde, destinados a despesas com ações e serviços públicos de saúde, a serem repassados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, serão organizados e transferidos na forma dos seguintes blocos de financiamento: Thiago Mendes- MED104 Ou seja, agora pode usar a verba para qualquer coisa, entre aspas pis precisa estar dentro, porém aumentou a abrangência de onde pode ser utilizado esse dinheiro. PORTARIA Secretaria de Planejamento e Orçamento Nº 1, DE 5 DE FEVEREIRO DE 2021: alterou o nome dos blocos. 1. Bloco de Custeio das Ações e Serviços Públicos de Saúde➔ Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde 2. Bloco de Investimento na Rede de Serviços Públicos de Saúde➔ Bloco de Estruturação da Rede de Serviços Públicos de Saúde. Planejamento 1. critério para planejamento necessidade da população. 2. integração dos instrumentos de planejamento (PPI, Pacto, Agenda, etc.) 3. institucionalização e fortalecimento do Sistema de Planejamento, incluindo o monitoramento e avaliação no processo de planejamento. 4. revisão dos instrumentos de planejamento (planos, relatórios, programações etc.). (padronização) Processo articulado, integrado e solidário entre as 03 esferas de governo. Programação Pactuada Integrada (PPI) Desenho da referência e contrarreferência, com o respectivo desenho do processo regulatório e do conjunto das responsabilidades a serem assumidas por cada ente. Explicitar pactos de referências entre municípios parcela de recursos destinados à população própria e referenciada, isso teve um estudo para o que cada cidade pode oferecer. Principais diretrizes: ✓ Feita por área de atuação; ✓ Programação da assistência; ✓ Visualização dos recursos financeiros das 3 esferas de governo; ✓ Revisão periódica e sempre que necessária; ✓ Subsidiar a programação físico-financeira dos estabelecimentos; ✓ Guardar relação com o desenho da regionalização. Município A pode oferecer um rol de exames para o B, estado direciona uma verba para fazer esses exames e não tem prestador dentro do território B, daí o município vizinho tem esses prestadores, então você destina aquele dinheiro para aquele outro município. Revisão periódicas➔ ver pra onde vai os recursos, deveria vir mais dinheiro em tal lugar. Está vigente até hoje essa acima. Regulação Define conceitos: Thiago Mendes- MED104 a) regulação da atenção à saúde; b) contratação; c) regulação assistencial; d) complexo regulador; e) auditorias assistencial ou clínica. Ninguém vai de um lugar pro outro sem passar por essa regulação, esse regulação ordena, para priorizar. Tal regulação assim como a PPI vai mudando não é engessada, novos critérios para uti covid por exemplo, vai mudando. Participação e Controle Social Fortalecimento da participação social: 1. Apoio aos conselhos, conferências, movimentos sociais; 2. Apoio ao processo de formação de conselheiros; 3. Estimulo à participação e avaliação dos cidadãos nos serviços de saúde; 4. Apoio aos processos de educação popular na saúde; 5. Apoio à implantação e implementação de ouvidorias; 6. Apoio ao processo de mobilização social e institucional em defesa do SUS. Gestão de trabalho 1. Estruturação da área de Gestão do Trabalho no SUS; 2. Capacitação para a Gestão do Trabalho no SUS (qualificação de gestores e técnicos); 3. Sistema Gerencial de Informação os conselheiros não são fiscalizadores. os conselheiros não são fiscalizadores. Educação em saúde 1. Avançar na implementação da Política Nacional de Educação Permanente; 2. Considerar a educação permanente parte essencial de uma política de formação e desenvolvimento dos trabalhadores para a qualificação do SUS. 3. Centrar, o planejamento, programação e acompanhamento das atividades educativas e consequentes alocações de recursos na lógica de fortalecimento e qualificação do SUS e atendimento das necessidades sociais em saúde; A implementação do Pacto pela Saúde se dá pela adesão de Municípios, Estados e União ao Termo de Compromisso de Gestão (TCG). O TCG substitui os processos de habilitação das várias formas de gestão anteriormente vigentes e estabelece metas e compromissos para cada ente da federação, sendo renovado anualmente. Nessa educação possui reciclagem de corpo técnico, o que precisa mudar, o que é deficitário de habilidades e quais cursos precisam ser oferecidos., formulação de cursos.
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