Cromoblastomicose: Infecção Fúngica Crônica

Prévia do material em texto

Cromoblastomicose
Infecção micótica crônica; evolução lenta.
Acomete a pele e o tecido celular subcutâneo (homens e animais); 
Família – Dematiaceae
Lesões – polimorfo; formação de nódulos, lesões papulosas, eritemato-descamativas; forma clássica- verrugosa; ulceração ou não. 
Localização – membros inferiores (pés e pernas);
Acometidos – XY (contato com o solo);
ETIOLOGIA
Espécies – Fonsecaea pedrosoi, Fonsecaea compacta, Phialophora verrucosa, Cladosporium carrionee e Rhinocladiella aquaspersa. 
Produzem colônias filamentosas – verde-oliva ao marrom e preto; crescem lentamente; 4 a 6 sem. Para diagnóstico final. 
ASPECTOS CLINICOS 
Diversidade dos achados – dificulta o diagnóstico clínico; 
Lesões unilaterais – crônica 
Macroscopia variável – eritemato-escamosas planas; verrucosas; hiperqueratósicas; pápula-pedunculadas e granulomatosas nodulares. 
Tipos básicos – 
Nodulares: membros inferiores; nódulos violáceos pequenos, coberto por pele sã; múltiplos ou únicos; cresc. Lento e confluente; Ulceração no centro da lesão.
Placas: qualquer parte da pele; pápulas pruriginosas; coloração: violácea ou vermelha; cresc. Excêntrico. 
Tempo: aspecto placas – bordas papilomatoso-violaceas; recoberta por crostas serossanguinolentas. 
Exame direto (KOH – 10 a 40 %) – pode confirmar suspeita clínica.
Corpos fumagóides – confirma etiologia. 
(O que são esses corpos? A tranformacao da forma filamentosa (sapróbia), para estruturas obs na infecção. 
Obs: corpos fumagóides podem se assemelhar com levedura demácea (brotamento simples e múltiplos). 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
Exame direto – células fúngicas globosas, ovaladas, de parede espessa; coloração – castanha; septação interna ou não (corpos fumagóides).
Meio Sabourand (com/sem antib.) – não são inibidos pela cicloeximida.
Amostra – raspagem lesões, colheita de secreções com swabs e biopsias do tecido;
Macromorfólogia: 
1. Fonsecaea pedrosoi – colônias de maturação lenta (14 dias); textura – veludosa; tom marrom-escuro, verde-oliva ou negro; relevo- plano ou lev. Rugoso; 
2. Cladosporium carrionii – maturação lenta (21 dias); aspecto similar ao F. pedrosoi;
3. Phialophora verrucosa - colônias de maturação lenta (14 dias); textura – veludosa; tom verde-oliva, escura ou marrom; se recobrem: micélio algodonoso e cinza.
4. Fonsecaea compacta: lenta (28 dias); textura: veludosa; tom verde-oliva, escura ou preta; relevo – levemente rugoso.
5. Rhinocladiella aquaspersa – colônias veludas; maturação rápida (7 dias); coloração: verde-escuro ou preta; relevo – pouco caracateristico. 
Microscopia – três tipos de conídios.
1- Phialophora: formas de jarros (fiálides); longas hifas – originam o conídio; conídio – aglomeram na parte superior das fiálides.
2- Rhinocladiella: Estruturas alongadas (conifióforos), longas hifas – conídios ovais. 
3- Cladosporium: estruturas (conidióforos) – formam cadeias de conídios – ramificam através do brotamento apical.