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Reaçõe� d� Hipersensibilidad� Hipersensibilidade e Alérgenos: . Hipersensibilidade é uma resposta imune exagerada aos alérgenos, com dano tecidual que pode causar doenças como a asma ou rinite . Alérgenos são antígenos inócuos (como o pólen) que induzem reações de hipersensibilidade Hipersensibilidade do Tipo I: . Vinculada a reações envolvendo mastócitos e basófilos apresentando IgEs em sua superfície . Antígenos reconhecidos pelas IgEs são alérgenos . Inclui as doenças atópicas, com tendência para desenvolver reações anafiláticas localizadas . Globalmente as estimativas de incidência geral variam entre 10-40% da população, sendo que taxas de sensitização de crianças variam entre 40-50% . Inclui doenças tais como rinite, asma, dermatite atópica (eczema) e alergias alimentares Reações Mediadas por IgE: Mastócitos nas Alergias do Tipo I: - Mastócitos estão localizados nos epitélios e mucosas (nas vizinhanças dos vasos pequenos e vênulas pós-capilares) - Ao fazerem ligação cruzada com o alérgeno, eles degranulam produtos tóxicos aos tecidos Principais Produtos dos Mastócitos: Produtos Efeitos Biológicos Histamina e Heparina são tóxicos a parasitas, aumentam a permeabilidade vascular e a contração do músculo liso Leucotrienos C4 e D4 contração do músculo liso, aumento da permeabilidade vascular e secreção de muco Prostaglandinas contração do músculo liso e vasodilatação Fatores Genéticos e Ambientais na Indução de Reações de Hipersensibilidade do Tipo I: - Poluentes ambientais como dióxido de enxofre, cinzas, partículas de exaustão de óleo diesel, por exemplo, podem causar os seguintes efeitos: aumento do nível de IgE tabagismo (dependente da dose de dependência - dose alta: supressão; dose baixa: potencialização) - Herdabilidades das alergias, causando os seguintes efeitos: níveis de IgE respostas alérgeno específicas hiper responsividade geral Choque Anafilático: - Ativação disseminada de mastócitos/basófilos causa o choque anafilático - Pode ser letal pois provoca um aumento da permeabilidade vascular disseminado, levando a perda de pressão sanguínea, constrição das vias respiratórias, e fechamento de epiglote que causa o sufocamento - Geralmente ocorre em indivíduos alérgicos a picada de insetos, alimentos ou ainda medicamentos (quando ocorre liberação exagerada de histamina) Eosinofilia nas Alergias: - É uma inflamação alérgica crônica que leva a acumulação de eosinófilos no tecido, causando dano no tecido Efeitos Clínicos: ● Rinite Alérgica (Febre do Feno): - ativação de mastócitos da mucosa do epitélio nasal por alérgenos - caracterizada por edema local que leva à obstrução nasal, corrimento nasal (rico em eosinófilos) e irritação do nariz devido a liberação de histamina - pacientes apresentam um aumento de IgE total no soro bem como ligeira eosinofilia ● Asma: - doença muito mais severa, devida à ativação de mastócitos por alérgenos na mucosa do trato respiratório inferior - pode ocorrer, em segundos, à constrição brônquica e aumento de secreção de muco e líquidos, tornando a respiração mais difícil pelo aprisionamento de ar nos pulmões - os ataques asmáticos podem ser letais - a principal característica importante da asma, é a inflamação crônica das vias respiratórias, levando acumulação de células Th2, eosinófilos e neutrófilos - esta inflamação parece ser mantida na ausência do alérgeno (outros fatores podem desencadear ataques asmáticos, como irritantes químicos presentes na fumaça do cigarro) Como podemos tratar as Alergias: - Evitando o contato com o alérgeno, como forma de prevenção - Tratando os sintomas, com anti-histamínicos, broncodilatadores e glicocorticóides, por exemplo - Desviando a resposta imune, de IgE para IgG Terapia de Dessensibilização e Hipossensibilização: - A terapia mais eficaz talvez seja a terapia de dessensibilização, onde conseguimos desviar uma resposta alérgica (mediada por IgE) em resposta inócua (mediada por IgG) - Os pacientes são injetados com doses progressivas do alérgeno - A imunização desvia uma resposta Th2 (IgE) em Th1 (IgG), reduzindo níveis de IgE e número de mastócitos no local da reação alérgica Hipossensibilização: - São os efeitos da hipossensibilização ao longo de dois anos em um paciente com rinite Hipersensibilidade do Tipo II: . Anticorpos (IgG e/ou IgM) contra antígenos da superfície celular ou matrix extracelular . Anticorpos contra antígenos intracelulares normalmente não causam danos . Anticorpos, geralmente, não causam danos sozinhos, eles necessitam da ativação do complemento e da interação com células efetoras → fagócitos - fagocitose - exocitose - ADCC Hipossensibilização: - Formação de anticorpos contra: sistema ABO (transfusões) sistema Rh (doença hemolítica) anemias hemolíticas auto-imunes neutrófilos, linfócitos e plaquetas → algumas drogas como penicilina, quinina (anti-arritmia cardíaca) e metildopa (anti-hipertensivo), podem levar a destruição de hemácias (anemia hemolítica) ou plaquetas (trombocitopenia) por anticorpos Eritroblastose Fetal: Hipersensibilidade do Tipo III: . Anticorpos (IgG e/ou IgM) ligam-se com antígenos, formando complexos imunes que podem depositar-se em tecidos saudáveis . Complexos imunes são normalmente removidos do corpo pelos fagócitos . Especialmente quando depositam-se nos tecidos causam dano pela ativação do sistema complemento e/ou ativação de fagócitos/ADCC Origens: - Pode ser por infecção persistente, doenças autoimunes ou por inalação de antígenos Doença do Soro: - A doença do soro também é uma reação de hipersensibilidade do tipo III - Na era pré-antibiótica, o soro imune de cavalos era utilizado no tratamento de pneumonia pneumocócica - Contudo, após 7-10 dias após injeção, ocorria a formação de imunocomplexos e os sinais clínicos da doença, como: febre, calafrios, vermelhidão, dor muscular, artrite, linfoadenopatia, glomerulonefrite - Atualmente, a doença do soro pode aparecer após uso de imunoglobulina antilinfócitos (agente imunossupressor para transplantados) e raramente após uso de estreptoquinase (enzima bacteriana), trombolítico, usada para tratar pacientes com infarto do miocárdio ou ataques cardíacos Hipersensibilidade do Tipo IV: . São mediadas por linfócitos T, não por anticorpos . Denominada de hipersensibilidade tardia, pois normalmente leva mais de 12 horas, normalmente de 1 a 3 dias, para se manifestar) . Possuem três tipos diferentes, dependendo se a aplicação do antígeno é sobre a pele ou intradérmica Hipersensibilidade de Contato: - tempo máximo de reação é de 48 a 72 horas - epidérmica (dermatite de contato) ● Reação no ponto de contato: haptenos (pequenas substâncias que causam a irritação) penetram na pele e conjugam-se com proteínas ● Sensibilização: células apresentadoras de antígenos (células de Langerhans) levam os haptenos conjugados com proteínas para os nódulos linfáticos; ativação de linfócitos TCD4; produção de linfócitos T CD4+ de memória e efetores ● Indução: células apresentadoras de antígenos; linfócitos T CD4+ de memória; citocinas; queratinócitos liberam mais citocinas; inflamação ● Repressão: reação desaparece após 48/72 hrs; degradação do hapteno-carreador e macrófagos e queratinócitos liberam prostaglandinas e citocinas repressoras - alguns agentes químicos como o pentadecil catecol são solúveis em lipídios, então entram nas células e podem modificar proteínas intracelulares - peptídeos intracelulares são apresentados via MHC classe I para células CD8+ - estas podem destruir as células que apresentam estes antígenos ou secretar citocinas como o IFN-y Hipersensibilidade Tuberculínica: - tempo máximo de reação é de 48 a 72 horas Hipersensibilidade Granulomatosa: - tempo máximo de reação é de 48 a 72 horas
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