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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Focus do Saber Educacional. 1 MÓDULO 2 AULA 03: Protagonismo Juvenil Objetivos • Conhecer o que a BNCC destaca sobre protagonismo juvenil. • Compreender o que é Protagonismo Juvenil. • Compreender as demandas no adolescente como participante do processo de construção de um ensino melhor. • Aplicar o protagonismo Juvenil para além dos componentes curriculares, respeitando a visão de jovem da BNCC. • Planejar o processo de construção de aprendizagem com a figura ativa do jovem. ________________________________________________________________ O tema protagonismo juvenil está na agenda de atuação no eixo curricular na reforma do Ensino Médio de forma importante. E, entendido como participação de jovens na vida da escola, já é discutido na reforma do Ensino desde a década de 90. Ferretti (et al, 2004, p. ¿), descreve que dentro da perspectiva etimológica da palavra, "protagonismo", advém da palavra protagonistas que descreve “ator principal do teatro grego, ou aquele que ocupava o lugar principal em um acontecimento”. Dentro dessa perspectiva a BNCC (BRASIL, 2017), reafirma seu compromisso com o desenvolvimento humano global, sem privilegiar a dimensão cognitiva ou a afetiva. Dessa forma, assumi a visão plural do ser humano nas suas diferentes etapas do desenvolvimento, com foco em uma educação para o desenvolvimento da democracia, respeito aos diferentes e às diversidades. Seguindo as descrições da BNCC, a visão de protagonismo e diversidade, dentro da perspectiva das linguagens, deve ser atendida por cinco campos: campo da vida pessoal, campo da vida pública, campo artístico-literário, campo jornalístico-midiático e campo das práticas de estudo e pesquisa: Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Focus do Saber Educacional. 2 • CAMPO DA VIDA PESSOAL: Entendimentos sobre si, dentro da realidade brasileira e mundial, criando um espaço de articulações e aprendizagens de outros campos na perspectiva de desenvolvimento dos projetos de vida dos jovens (BRASIL, 2017). • CAMPO DA VIDA PÚBLICA: destaque na atuação e conhecimento das diversas instâncias da vida pública em uma perspectiva sócio-histórica: a defesa dos direitos, textos legais, dialética e a discussão e o debate de ideias, proposta de intervenção e projetos; e no fortalecimento do reconhecimento de sua atuação dentro de uma perspectiva social, de atuação coletiva, para além das demandas de um protagonismo singular e individualista (BRASIL, 2017). • CAMPO JONALÍSTICO-MIDIÁTICO: desenvolvimento da compreensão, ou seja, compreender os fatos e circunstâncias principais e, como a própria BNCC descreve, a “impossibilidade de neutralidade absoluta no relato de fatos; adotar procedimentos básicos de checagem de veracidade de informação” (2017, p. 494). Esta compreensão está diretamente ligada ao como da vida pública, ou seja, o jovem deve ser estimulado a identificar diferentes pontos de vistas, tomar posições de éticas e desenvolver argumentação, além de reconhecer os posicionamentos nas peças midiáticas. • CAMPO ARTÍSTICO-LITERÁRIO: apresentação de possibilidades de análises contextualizadas e valorização das expressões culturais e artísticas em geral e do reconhecimento como marcos da construção da humanidade conforme o passar das épocas (BNCC, 2017). • CAMPO PRÁTICAS DE ESTUDO E PESQUISA: campo que alimenta os demais e estabelece a importância para as condições de coleta de dados, análise e socialização dos resultados, ampliando a valorização dos procedimentos envolvidos no estudo para leitura do mundo e desenvolvimento de novas descobertas (BRASIL, 2017). Utilizando do tempo e se seu contexto, “cada unidade escolar democratiza sua gestão e cumpre efetivamente sua função, tornando-se um espaço pedagógico atraente e desafiador para os jovens, de modo a favorecer seu progresso intelectual, social e afetivo, e, ainda, um espaço democrático, confiável e culturalmente rico para pais e para a comunidade, com vistas a um intercâmbio fecundo entre a escola e o seu entorno” (Ferretti et al, 2004) . Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Focus do Saber Educacional. 3 A diversificação desses espaços e tempos escolares, dos campos de atuação do jovem, refletiram na flexibilização curricular definidas pela BNCC, dentro dos itinerários formativos, nos quais as escolas devem adotar a organização curricular que melhor responda aos seus contextos e as suas condições. Seguindo esse princípio, a reforma do ensino médio, pretende atender “às necessidades e expectativas dos estudantes, fortalecendo seu interesse, engajamento e protagonismo, visando garantir sua permanência e aprendizagem na escola” (MEC, 2018). Assim, os itinerários formativos, com o olhar do protagonismo da escola e da acolhida do jovem, pela Lei nº 13.415/17, estão diretamente ligados ao aprofundamento em uma ou mais áreas curriculares, e também, a itinerários da formação técnica profissional conforme demanda do estudante. Assim, seguindo a perspectiva de Saviani (2011, p.6) “a natureza humana não é dada ao homem, mas é por ele produzida sobre a base da natureza biofísica. Consequentemente, o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens”. Seguindo essa as discussões de Abramovay et al (2007, p.174) é importante reconhecer o jovem como protagonista, cidadão atuante e agente revolucionário; contudo “o problema reside em lançar sobre a juventude o peso da transformação social, sem ouvir ou dimensionar as demandas juvenis. Assim, o risco reside no sentido de os jovens se tornarem alvo do interesse público apenas no que se refere à sua contribuição social e política e não em relação às suas necessidades reais”. Conforme Ferretti et al (2004), pode-se destacar que, no caso do protagonismo, a escola e os professores devem estar atentos à manter uma atitude de educação progressista, para não estimular apenas a visão desse protagonismo singular, mas da demanda a de concepção de um humano completo, aberto as possibilidades de sua cultura e atento à responsabilidade social. O avançar depende da dialética vivenciada dentro das escolas, envolvendo todos os atores da comunidade escolar. O envolvimento do estudante na escola não depende apenas da atuação dos professores ou dos gestores locais, mas também de políticas públicas e da interação do próprio governo garantindo os investimentos nas escolas e a adequação dos espaços conforme descrito pela própria BNCC. A escola deve ter em vista uma construção coletiva com toda a sua comunidade, centrada em uma abordagem integral que fortaleça as novas gerações e garanta os direitos da juventude cidadã, com igualdade de oportunidades e condições básicas. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Focus do Saber Educacional. 4 PARA LER MAIS UM POUQUINHO • REFERENCIAIS CURRICULARES PARA A ELABORAÇÃO DE ITINERÁRIOS Acesse: http://novoensinomedio.mec.gov.br/resources/downloads/pdf/DCEIF.pdf• FORMATIVOS PORTARIA Nº 1.432, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2018. Estabelece os referenciais para elaboração dos itinerários formativos conforme preveem as Diretrizes Nacionais do Ensino Médio. Acesse: https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/70268199 PARA VER MAIS UM POUQUINHO • Os itinerários formativos do Novo Ensino Médio: https://www.youtube.com/watch?v=9zPshUn0ZNg REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABRAMOVAY, Miriam; ANDRADE, Eliane Ribeiro; ESTEVES, Luiz Carlos Gil. Juventudes: outros olhares sobre a diversidade. Brasília - DF: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade; Unesco, 2007. Disponível em: <http://pronacampo.mec.gov.br/images/pdf/bib_volume27_juventude_outros_olhares_so bre_a_diversidade.pdf> Acesso em: 06 de outubro de 2020. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_ versaofinal_site.pdf> Acesso em: 05 de outubro de 2020 . FERRETI, et al. Protagonismo juvenil na literatura especializada e na reforma do ensino médio. Caderno de Pesquisa, vol.34 Nº 122 São Paulo: maio\Agosto. 2004 Disponível em <http://novoensinomedio.mec.gov.br/resources/downloads/pdf/DCEIF.pdf.> Acesso em: 06 de outubro de 2020. SAVIANI, D. Pedagogia Histórico-Crítica. Escola e Saber Objetivo na Perspectiva Histórico-Crítica. São Paulo: Autores Associados, 2011 http://novoensinomedio.mec.gov.br/resources/downloads/pdf/DCEIF.pdf http://novoensinomedio.mec.gov.br/resources/downloads/pdf/DCEIF.pdf https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/70268199 https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/70268199 https://www.youtube.com/watch?v=9zPshUn0ZNg https://www.youtube.com/watch?v=9zPshUn0ZNg http://pronacampo.mec.gov.br/images/pdf/bib_volume27_juventude_outros_olhares_sobre_a_diversidade.pdf http://pronacampo.mec.gov.br/images/pdf/bib_volume27_juventude_outros_olhares_sobre_a_diversidade.pdf http://pronacampo.mec.gov.br/images/pdf/bib_volume27_juventude_outros_olhares_sobre_a_diversidade.pdf http://pronacampo.mec.gov.br/images/pdf/bib_volume27_juventude_outros_olhares_sobre_a_diversidade.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_%20versaofinal_site.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_%20versaofinal_site.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_%20versaofinal_site.pdf http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_%20versaofinal_site.pdf http://novoensinomedio.mec.gov.br/resources/downloads/pdf/DCEIF.pdf http://novoensinomedio.mec.gov.br/resources/downloads/pdf/DCEIF.pdf
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