Buscar

avaliação1 ppf2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

¹ Podemos questionar aqui o que seriam fatos. Assumimos a ideia do senso comum de que os 
fatos são acontecimentos objetivos que ocorreram num determinado momento. A discussão 
sobre a natureza dos fatos não vem ao caso discutir. 
 
Avaliação 1 - PPF II 
Aluno: Rodolpho Nagel 
_________________________________________________________________________ 
Leia e releia atentamente os dois prefácios que Friedrich Nietzsche escreveu para o livro 
A filosofia na idade trágica dos gregos. Analise, de acordo com o que foi abordado até 
agora, 1) O tipo de enunciador, 2) O tipo de destinatário que o texto sugere. Leve em 
conta que podem ocorrer pequenas variações no decorrer dos textos. 
R: 
PRIMEIRO PREFÁCIO 
 Na abertura do primeiro prefácio, Nietzsche, assim como muitos outros autores, 
evocam a experiência para introduzir o tema de discussão. Neste caso, o julgamento 
valorativo em geral serve como exemplo daquilo que Nietzsche parece tratar: o 
conhecimento do Homem. Identificamos, portanto, um enunciador de referência nesse 
primeiro momento, sendo alvo o destinatário universal. 
Num segundo movimento, o autor o autor passa a utilizar conteúdo de sua própria 
consciência que, diferente do primeiro movimento, não pode ser verificado com um 
produto de experiência universal, como no trecho que diz: 
 
 Quem, em contrapartida, se alegra com grandes homens, também tem a sua alegria em tais 
sistemas, pois, mesmo que sejam inteiramente errôneos, não deixam de ter um ponto 
completamente irrefutável, uma disposição pessoal, uma tonalidade; podem utilizar-se para 
construir a imagem do filósofo: assim como a partir de uma planta se podem tirar conclusões 
sobre o solo. 
Assim como no primeiro movimento, Nietzsche defende um maior valor dos meios sobre 
os fins. Pois os fins variam de homem para homem, já os meios são apenas ações factuais 
que podem ser somente, ou seja, não possuem em si mesmas algo além delas. Faz-se uma 
análise factual daquele que age, identificando suas características (analogia da planta e da 
terra). Segundo o mesmo, assim podemos entender o sistema a partir da personalidade de 
seu criador. 
¹ Podemos questionar aqui o que seriam fatos. Assumimos a ideia do senso comum de que os 
fatos são acontecimentos objetivos que ocorreram num determinado momento. A discussão 
sobre a natureza dos fatos não vem ao caso discutir. 
 
Vemos nesse segundo movimento um sujeito de identificação, pois, mesmo utilizando de 
suas próprias ideias, relatando suas próprias experiências, Nietzsche tem uma pretensão 
generalista. O destinatário universal permanece. 
No terceiro movimento do último parágrafo, poderíamos confundi-lo com a mesma direção 
do segundo, todavia Nietzsche retorna ao ponto do primeiro movimento, apresentando o 
objetivo de seu trabalho: “A tarefa consiste em trazer à luz o que devemos amar e venerar 
sempre e que não nos pode ser roubado por nenhum conhecimento posterior: o grande 
homem.”. Ainda há um pequeno detalhe a ser destacado que é a inversão epistemológica 
com relação ao segundo. Se lá ele se propões a entender o sistema a partir do homem, aqui 
ele propõe entender o Homem a partir de seu sistema, sendo este último tarefa mais 
importante. 
 
SEGUNDO PREFÁCIO 
 Diferente do primeiro, o segundo prefácio consiste de um único movimento. 
Nietzsche é bem claro quanto ao seu objetivo: mostrar o Homem. Tenciona fazer isso de 
modo que as teorias filosóficas por trás do filósofo fiquem em segundo plano, servindo 
apenas como evidencias de sua personalidade. 
 “Mas escolheram-se as doutrinas em que ressoa com maior força a personalidade de cada 
filósofo, ao passo que uma enumeração completa de todas as teses que nos foram transmitidas, 
como é costume nos 
manuais, só leva a uma coisa: ao total emudecimento do que é pessoal.” 
Outra curiosidade encontra-se no seguinte trecho: “pois em sistemas que foram refutados só 
nos pode interessar a personalidade, uma vez que é a única realidade eternamente 
irrefutável.”. Aqui podemos encontrar duas coisas. A primeira diz respeito a refutação, onde 
podemos fazer dois questionamentos: se sistemas filosóficos são refutados, como Nietzsche 
parece defender, então isso significa que há progresso na filosofia? Além disso, qual 
mecanismo que faz com que esses sistemas sejam refutados? A ciência? 
A segunda coisa diz respeito a essa realidade irrefutável. Fica mais uma vez claro que 
Nietzsche pouco se importa com a finalidade dos sistemas filosóficos, mas sim com aquilo 
que ele pode analisar de fato: as ações do homem. Nietsche está interessado em fatos¹, não 
em ideias. 
¹ Podemos questionar aqui o que seriam fatos. Assumimos a ideia do senso comum de que os 
fatos são acontecimentos objetivos que ocorreram num determinado momento. A discussão 
sobre a natureza dos fatos não vem ao caso discutir. 
 
Apoiando-se nisso, podemos identificar um sujeito de identificação nesse segundo prefácio 
em movimento único. Tendo como alvo um destinatário universal.

Outros materiais