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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES 
FACULDADE DE EDUCAÇÃO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB 
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD 
 
Avaliação Presencial 3 (AP3) – 2021.1 
Disciplina: Língua Portuguesa Instrumental 
Coordenadora: Profa. Helena Feres Hawad 
 
Nome Perlina de Jesus dos Reis Polo:Angra dos Reis 
 
 
INSTRUÇÕES 
 
 
▪ Esta prova contém um texto e dez questões, no total de quatro páginas 
(incluindo esta página com cabeçalho e instruções). 
 
▪ A prova é individual. É permitida a consulta a materiais de estudo, mas não a 
pessoas. Casos documentados de cópia (“cola”) receberão nota zero. 
 
▪ Digite suas respostas no próprio arquivo da prova (em Word) após o 
enunciado de cada questão. 
 
▪ Ao terminar de responder e revisar todas as suas respostas, salve o arquivo 
em formato PDF e entregue por meio da ferramenta especialmente criada para 
essa finalidade na sala de aula virtual da disciplina. 
 
▪ Observe o prazo para entrega da prova. Nenhuma prova será aceita após o 
fim do prazo, em nenhuma hipótese. É recomendável fazer a postagem com 
antecedência para evitar contratempos na última hora. 
 
▪ Depois de postar seu trabalho, saia da ferramenta, entre novamente, abra o 
arquivo enviado e verifique se está correto. Até o fim do prazo, você poderá 
excluir o arquivo e fazer nova postagem, caso note algum erro no envio. Provas 
enviadas por engano (arquivos em branco, provas de outras disciplinas, ou 
outros trabalhos quaisquer) receberão nota zero. 
 
 
 
 
 
BOM TRABALHO! 
 
 
 
 
 
 
 
As origens latinas do português 
 
Rodolfo Ilari e Renato Basso 
 
 Todos sabem que o português deriva do latim, a língua da civilização que teve como 
centro a Roma antiga, e floresceu, para usar as datas tradicionais, entre a fundação da própria 
cidade por Rômulo (753 a.C.) e a deposição do último imperador, Rômulo Augústolo (476 
d.C.). A origem latina do português já foi cantada em versos por grandes poetas, como 
Camões e Olavo Bilac. 
 Para a maioria das pessoas, a palavra latim faz pensar numa das tantas matérias que 
se estudavam alguns anos atrás na escola média, ou então na língua que foi usada nos cultos 
pela Igreja Católica até o Concílio Vaticano (1962-1965). Nesses dois contextos, ainda eram 
estudados, respectivamente, o latim literário e o latim eclesiástico. Mas a variedade de latim 
que deu origem ao português não foi nem o latim literário, nem o latim da Igreja, mas sim uma 
terceira variedade, conhecida como latim vulgar. Uma boa maneira de explicar em uma só 
palavra o que foi o latim vulgar consiste em dizer que ele foi um vernáculo. 
 A palavra vernáculo caracteriza um modo de aprender as línguas: vernáculo é a língua 
que se aprende por assimilação espontânea e inconsciente, no ambiente em que as pessoas 
são criadas. A vernáculo opõe-se tudo aquilo que é transmitido através da escola. Para 
exemplificar com fatos conhecidos, basta que o leitor brasileiro pense em formas verbais como 
eu farei e eu fizera, ou em construções como fá-lo-ei, dir-lhe-ia, tu o fizeste, ou ninguém lho 
negaria. A parte da população brasileira que as conhece chegou a elas pela escola, 
provavelmente através da leitura de textos literários bastante antigos, pois no Brasil de hoje é 
quase nula a chance de que essas formas ou construções sejam usadas de maneira 
espontânea. Ao contrário, qualquer criança assimila formas como eu vou fazer, eu tinha feito, 
eu vou fazer isso, eu diria isso para ele, ninguém negaria isso a ele interagindo com os adultos 
diretamente, isto é, sem interferência da escola. Podemos resumir tudo isso dizendo que 
somente as últimas formas são vernáculas, ao passo que as primeiras não são. 
 Pois bem: o latim vulgar opõe-se ao latim literário e ao latim eclesiástico por ter sido 
um vernáculo. Ao passo que o latim literário e, mais tarde, o latim eclesiástico foram ensinados 
com o apoio da escrita, o latim vulgar foi uma variedade de latim principalmente falada, a 
mesma que os soldados e comerciantes romanos levaram às regiões conquistadas durante a 
formação do Império, que foi passando de geração em geração sem ser ensinada 
formalmente. 
 Depois das conquistas militares, o Império Romano passou por alguns séculos de 
estabilidade, durante os quais o latim vulgar foi falado na maioria dos territórios conquistados. 
Nesse período, acredita-se que o latim vulgar apresentou uma relativa uniformidade em uma 
grande área geográfica que correspondia a boa parte da Europa ocidental. 
 Mas à unidade política sucedeu um período de fragmentação provocado pelas grandes 
invasões “bárbaras”, e à uniformidade linguística seguiu um período de diversificação cada 
vez maior, sob o impulso de inovações locais que já não tinham como circular por todo o 
território romanizado. Assim, ao final do século X, o que havia sido um único território 
linguístico (ao qual os estudiosos chamam hoje România), tinha-se transformado num 
mosaico de falares locais, de maior ou menor prestígio. Essa fragmentação do latim vulgar 
contrasta não só com a relativa uniformidade do próprio latim vulgar durante o período 
imperial, mas ainda com a uniformidade do latim literário e do latim eclesiástico, que 
continuaram sendo usados para outros fins, ao lado da fala popular. 
Posteriormente, alguns dos falares locais derivados do latim vulgar ganharam prestígio 
e transformaram-se nas línguas românicas que conhecemos hoje: o romeno, o italiano, o 
sardo, o reto-românico (falado na Suíça e em algumas regiões do norte da Itália), o occitano, 
o francês, o catalão, o espanhol, o galego e o português. 
O latim vulgar e o latim literário eram parcialmente diferentes tanto em sua estrutura 
gramatical quanto em seu léxico; é por isso que certas características marcantes da frase 
latina, como as declinações e a voz passiva sintética, não aparecem em todas as línguas 
românicas. Pelo mesmo motivo, encontramos no português palavras como casa, boca ou 
espada (originárias do latim vulgar) em vez das correspondentes domus, os ou gladius (do 
latim literário). É por isso também que, embora o português derive do latim, não basta saber 
português para entender os textos da literatura latina: na verdade, o latim da literatura foi 
criado pelo esforço consciente de várias gerações de escritores e tinha fins estéticos. Mas 
esse latim sempre foi uma forte referência cultural; foi objeto de importantes tentativas de 
recuperação em diferentes momentos da história (por exemplo, na Renascença) e foi a língua 
internacional da cultura até ser substituído, nessa função, pelo francês (no século XVIII) e, 
posteriormente, pelo inglês (no século XX). 
 
 
ILARI, Rodolfo; BASSO, Renato. O português da gente: a língua que estudamos, a língua que 
falamos. São Paulo: Contexto, 2007. p.15-18. Adaptado. 
 
 
 
1. (1,0) Dê um exemplo da diferença entre o vernáculo brasileiro e a língua portuguesa 
ensinada na escola no Brasil, dentre os que são apresentados no texto. 
 
Vernáculo brasileiro: como eu vou fazer, eu tinha feito. 
Língua portuguesa ensinada na escola: eu farei e eu fizera. 
 
 
2. (1,0) Aponte a diferença entre o latim vulgar e as outras variedades (latim literário e 
eclesiástico) no que se refere à aprendizagem. 
 
O latim literário e mais tarde o Latim eclesiástico foram ensinados com o apoio da 
escrita; O latim vulgar foi uma variedade de Latim, que foi passada de geração em 
geração sem ser ensinado formalmente, de forma espontânea e inconsciente. 
 
 
3. (1,0) Identifique o acontecimento histórico que favoreceu a transformação do latim 
vulgar em diferentes línguas. 
 
A fragmentação do império romano pelas invasões barbaras. 
 
 
4. (1,0) Com base em informação contida no texto, explique por que o português, o 
espanhol, o italiano (entre outros idiomas) são chamadas “línguas românicas”. 
 
São chamadas línguas Românicas porque passaram por transformaçõesem uma região 
que sob o domínio dos Romanos, Chamada “România”. 
 
5. (1,0) Diga a que se referem, no contexto, as expressões sublinhadas na frase abaixo, 
a última do texto. 
 
Mas esse latim sempre foi uma forte referência cultural; foi objeto de importantes 
tentativas de recuperação em diferentes momentos da história (por exemplo, na Renascença) 
e foi a língua internacional da cultura até ser substituído, nessa função, pelo francês (no século 
XVIII) e, posteriormente, pelo inglês (no século XX). 
 
Esse Latim – O latim literário 
Nessa Função – A língua internacional da cultura. 
 
 
6. (1,0) Justifique o emprego da vírgula em cada frase abaixo. 
 
a. Todos sabem que o português deriva do latim, a língua da Roma antiga. 
 
b. [...] a palavra latim faz pensar numa das tantas matérias que se estudavam alguns 
anos atrás na escola média, ou então na língua que foi usada nos cultos pela Igreja Católica 
até o Concílio Vaticano (1962-1965). 
 a) a virgula empregada está separando o aposto. 
b) a virgula empregada, está separando a expressão explicativa. 
 
 
 
7. (1,0) Preencha a lacuna em cada versão reescrita da frase abaixo, em conformidade 
com a norma padrão. 
 
Os soldados e comerciantes romanos levaram o latim vulgar às regiões conquistadas 
durante a formação do Império. 
 
a. Os soldados e comerciantes romanos levaram o latim vulgar ___a_____ todas as 
regiões do Império. 
 
b. Os soldados e comerciantes romanos levaram o latim vulgar ___à_____ região onde 
hoje fica Portugal. 
 
 
8. (1,0) A frase abaixo tem um tom pessoal criado pelo emprego da pessoa gramatical 
nós. Reescreva a frase, empregando a voz passiva para eliminar esse traço pessoal. 
ATENÇÃO: Altere somente o aspecto pedido, conservando ao máximo o sentido da frase 
original. 
 
Encontramos no português palavras como casa, boca ou espada. 
 
Palavras como casa, boca ou espada são encontradas no português. 
 
9. (1,0) Cada uma das frases abaixo (a e b) foi reescrita de modo que, para conservar o 
mesmo sentido da versão original, um novo conectivo precisa ser empregado. Preencha cada 
lacuna com um conectivo adequado, conservando, ao máximo, o sentido da frase original. 
 
a. Embora o português derive do latim, não basta saber português para entender os 
textos da literatura latina. 
 
O português deriva do latim, _mas _ não basta saber português para entender os 
textos da literatura latina. 
 
b. O latim vulgar e o latim literário eram parcialmente diferentes, por isso certas 
características da frase latina não aparecem em todas as línguas românicas. 
 
Certas características da frase latina não aparecem em todas as línguas românicas 
porque o latim vulgar e o latim literário eram parcialmente diferentes. 
 
 
10. (1,0) Reescreva a frase abaixo, substituindo o verbo existir pela forma 
correspondente do verbo haver, em conformidade com a norma padrão. 
 
Existiram grandes poetas que cantaram a origem latina do português. 
 Houve grandes poetas que cantaram a origem latina do português.

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