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Sistema Muscular

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Sistema muscular 
Juntamente do sistema esquelético e articular, 
forma o aparelho locomotor do corpo. O 
movimento é efetuado por células especializadas 
denominadas fibras musculares, cuja energia 
latente é ou pode ser controlada pelo sistema 
nervoso. As fibras musculares são alongadas e 
fusiformes, agrupando-se em feixes para formar 
massas macroscópicas denominadas músculos. O 
tecido conjuntivo associado conduz fibras 
nervosas e capilares para as células musculares e 
une-as em feixes ou fascículos. Quanto maior for 
o número de fibras, mais forte será o músculo. Do 
mesmo modo, quanto maior for o comprimento da 
fibra muscular, maior será a capacidade de 
contração do músculo ao qual pertence. 
 
Enquanto os ossos e articulações são considerados 
elementos passivos do movimento (alavancas 
biológicas), os músculos são elementos ativos. 
Eles se encontram fixados pelas suas 
extremidades e, portanto, movem os segmentos do 
corpo por encurtamento da distância que existe 
entre suas extremidades fixadas, ou seja, por 
contração. Em resumo, os músculos são, em sua 
maioria, estruturas individualizadas que cruzam 
uma ou mais junturas e, pela sua contração, são 
capazes de transmitir-lhes movimento. O músculo 
vivo é de cor vermelha. Essa coloração denota a 
existência de pigmentos e de grande quantidade de 
sangue nas fibras musculares. Alguns músculos 
são carnosos em toda sua extensão, mas a maioria 
também tem porções brancas não contráteis 
(tendão), compostos principalmente de feixes 
colágenos organizados, que garantem um meio de 
inserção. Os músculos representam 40-50% do 
peso corporal total. Eles convertem energia 
quimicamente armazenada em trabalho mecânico. 
Número de músculos: 656; sendo 327 pares e 2 
ímpares (diafragma e próscero). 
 
 Produção dos movimentos corporais 
 Estabilização das posições corporais: a 
contração dos músculos esqueléticos 
estabilizam as articulações e participam da 
manutenção das posições corporais, como 
a de ficar em pé ou sentar 
 Regulação do volume dos órgãos: a 
contração sustentada das faixas anelares 
dos músculos lisos (esfíncteres) pode 
impedir a saída do conteúdo de um órgão 
oco 
 Movimento de substancias dentro do 
corpo: as contrações dos músculos lisos 
das paredes dos vasos sanguíneos regulam 
a intensidade do fluxo. Os músculos lisos 
também podem mover alimentos, urina e 
gametas do sistema reprodutivo. Os 
músculos esqueléticos promovem o fluxo 
de linfa e o retorno do sangue para o 
coração. 
 Produção de calor: quando o tecido 
muscular se contrai ele produz calor e 
grande parte desse calor liberado pelo 
musculo é usada na manutenção da 
temperatura corporal 
 
Cada músculo possui o seu nervo motor, o qual se 
divide em muitos ramos para poder controlar 
todas as células do músculo. As divisões mais 
delicadas destes ramos terminam num mecanismo 
especializado conhecido como placa motora. 
Quando o impulso nervoso passa através do 
nervo, a placa motora transmite o impulso às 
células musculares determinando a sua contração. 
Se o impulso para a contração resulta de um ato 
de vontade, diz-se que o músculo é voluntário; e, 
se não, é involuntário. 
1) Músculo estriado esquelético: músculo 
somático voluntário inervado pelo SNC. 
Suas fibras musculares são alongadas, 
 
 
multinucleadas e apresentam estriações 
transversais, produzindo no tecido faixas 
alternadas claras e escuras visíveis no 
microscópio óptico. Apesar de 
classificados como voluntários, muitas das 
suas ações são automáticas, e alguns deles 
têm ação reflexiva e apenas parcialmente 
submetida ao controle voluntário. Como 
por exemplo, tem-se o diafragma e os 
músculos da respiração (é possível, 
voluntariamente, suspender a respiração 
por algum tempo, mantendo o diafragma 
fixo). 
 
2) Músculo estriado cardíaco: músculo 
visceral involuntário inervado pelo SNA. 
Forma a maior parte das paredes do 
coração e partes adjacentes dos grandes 
vasos, como a aorta, e bombeia o sangue. 
Possui contração rítmica, contínua, rápida 
e forte. Fibras musculares mais curtas, 
estriadas e núcleo único e central. 
 
3) Músculo liso: localizado nas paredes dos 
vasos sanguíneos, vias aéreas e maioria 
dos órgãos da cavidade abdômino-pélvica. 
É o músculo visceral involuntário inervado 
pelo SNA. Contração fraca, lenta e rítmica. 
Fibras fusiformes e sem estriações, núcleo 
único e central. O músculo liso responde 
mais devagar do que o músculo estriado e 
com uma contração tardia e mais suave. 
Pode sofrer contração parcial durante 
longos períodos e tem capacidade muito 
maior do que o músculo estriado de 
alongar sem sofrer lesão paralisante: esses 
dois fatores são importantes no controle do 
tamanho dos esfíncteres e do calibre do 
lúmen das estruturas tubulares. Nas 
paredes do sistema digestório, das tubas 
uterinas e dos ureteres: peristalse (conjunto 
de contrações rítmicas que impulsionam o 
conteúdo ao longo dessas estruturas 
tubulares). 
 
 ENDOMÍSIO: cada fibra muscular é 
revestida pelo endomísio. As fibras 
musculares se agrupam em fascículos 
 PERIMÍSIO: envolve os fascículos 
 EPIMÍSIO: bainha conjuntiva que 
envolve os músculos 
 FÁSCIA: lâmina de tecido conjuntivo que 
envolve cada músculo (externamente ao 
epimísio). A espessura da fáscia muscular 
varia de músculo para músculo, 
dependendo da sua função. Às vezes, é 
muito espessa e pode contribuir para 
prender o músculo ao esqueleto. 
 SEPTOS INTERMUSCULARES: 
projeções da fáscia que separam os grupos 
musculares e ocorrem frequentemente nos 
membros. Têm como funções: controlar e 
direcionar a disseminação de infecções, 
compartimentalizar os músculos em 
grupos musculares e permitir o 
deslizamento de músculos entre si. 
 
 VENTRE MUSCULAR: é o corpo do 
músculo (ente origem e inserção). É a 
porção média, carnosa e contrátil do 
músculo; nele predominam as fibras 
musculares. No indivíduo vivo, em 
repouso, o corpo muscular apresenta tônus, 
ou seja, certo grau de contração reflexa. 
 TENDÕES E APONEUROSES: 
esbranquiçados e brilhantes, muito 
resistentes e praticamente inextensíveis, 
constituídos por tecido conjuntivo denso. 
Servem para fixar o músculo ao esqueleto. 
Os tendões, ricos em fibras colágenas, 
possuem formas de fita, enquanto que as 
aponeuroses são laminares. As 
aponeuroses são membranas que envolvem 
grupos musculares. 
 BAINHAS TENDÍNEAS: são estruturas 
que formam pontes ou túneis entre as 
superfícies ósseas sobre as quais deslizam 
 
 
os tendões. Sua função é conter o tendão, 
permitindo-lhe um deslizamento fácil. 
 BOLSAS SINOVIAIS: estão presentes 
onde os tendões sofrem atrito com os 
ossos, ligamentos ou outros tendões, ou 
onde a pele move sobre uma saliência 
óssea. Possibilitam o deslizamento 
muscular. 
 
*Rigidez cadavérica: enrijecimento dos músculos 
devido à perda de adenosinatrifosfato pelos 
músculos após a morte* 
 
A maior parte dos músculos está ligada 
diretamente ou por intermédio de seus tendões ou 
aponeuroses aos ossos, cartilagens, ligamentos ou 
fáscias, ou a uma combinação destes. Outros 
músculos estão ligados a órgãos, como o bulbo do 
olho, e outros à pele. Quando um músculo se 
contrai e encurta, uma de suas conexões 
geralmente permanece fixa, enquanto que a outra 
se movimenta. O ponto fixo é denominado 
“origem” e o móvel, “inserção”. Nos membros, as 
porções mais distais de regra possuem maior 
motilidade. Por essa razão, é a ligação distal 
geralmente denominada inserção. Contudo, os 
termos origem e inserção são convenientes apenas 
com propósitos descritivos. Frequentemente, a 
inserção anatômica permanece fixa, enquanto a 
origem de movimenta. Às vezes, ambas as 
extremidades permanecem fixas; nesses casos, o 
músculo tem como função estabilizar uma juntura. 
 
*O aumento prolongado da intensidade dotrabalho produz aumento do volume das fibras, 
hipertrofia, nunca aumento do número delas 
(hiperplasia)* 
 
 
*Coordenação motora é o trabalho em conjunto 
dos músculos para realizar um movimento* 
1. QUANTO À FORMA DO MÚSCULO E 
AO ARRANJO DE SUAS FIBRAS 
 
1.1. Disposição paralela das fibras: 
 Músculos longos: é comum notar-
se uma convergência das fibras 
musculares em direção aos 
tendões de origem e inserção, de 
tal modo que na parte média o 
músculo tem maior diâmetro que 
nas extremidades, sendo 
denominado fusiforme. Também 
podem ser cônicos ou cilíndricos 
(redondos). 
 Músculos largos: as fibras podem 
convergir para um tendão em uma 
das extremidades, tomando o 
aspecto de um leque. Podem ser 
triangulares, quadrangulares ou 
romboides. 
 
1.2. Disposição oblíqua das fibras: 
 Músculos cujas fibras são obliquas 
em relação aos tendões 
denominam-se peniformes, porque 
esta disposição lembra as barbas 
de uma pena. Se os feixes 
musculares se predem numa só 
borda do tendão falamos em 
músculo unipenado, e se eles se 
prendem nas duas bordas, 
bipenado. 
 
1.3. Disposição circular das fibras: 
 São músculos circulares, que 
rodeiam orifícios e canais, como 
os músculos orbiculares. 
 
2. QUANTO À ORIGEM 
Quando os músculos se originam por mais de 
um tendão, diz-se que apresentam mais de 
uma cabeça ou origem. São, então, 
classificados como: 
 Bíceps: duas cabeças 
 Tríceps: três cabeças 
 Quadríceps: quatro cabeças 
 
 
3. QUANTO À INSERÇÃO 
Do mesmo modo, os músculos podem inserir-
se por mais de um tendão: 
 Bicaudado: dois tendões 
 Policaudados: três ou mais tendões 
 
4. QUANTO AO VENTRE MUSCULAR 
 Monogástrico: um ventre 
 Digástrico: dois ventres (ex.: m. 
digástrico) 
 Poligástrico: mais de dois ventres (ex.: 
m. reto do abdome) 
 
5. QUANTO À AÇÃO 
Dependendo da ação resultante da contração 
do músculo, o mesmo pode ser classificado 
como: 
 Flexor 
 Extensor 
 Adutor 
 Abdutor 
 Rotator medial 
 Rotator lateral 
 Pronador 
 Supinador 
 Flexor plantar 
 Flexor dorsal 
 Depressores ou abaixadores 
 Levantadores ou elevadores 
 Orbiculares 
 Esfíncteres 
 Dilatadores 
 Tensores 
 Retratores 
 Protatores 
 AGONISTA: quando um músculo é o 
agente principal na execução do 
movimento 
 ANTAGONISTA: quando o músculo se 
opõe ao trabalho de um agonista 
 SINERGISTA: participa estabilizando as 
articulações para que não ocorram 
movimentos indesejáveis durante a ação 
principal (agonista) 
 FIXADORES: estabilizam a origem do 
agonista de modo que ele possa agir mais 
eficientemente. Estabilizam a parte 
proximal do membro quando se move a 
parte distal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os músculos recebem eficiente suprimento 
sanguíneo através de uma ou mais artérias, que 
neles penetram por uma das extremidades ou pelo 
meio de seu ventre. As artérias dividem-se em 
ramos cada vez menos calibrosos, dispondo-se no 
sentido das fibras musculares, e se ramificam 
intensamente, formando um extenso leito capilar. 
A drenagem do sangue é feita por veias que 
seguem, em geral, o tipo de distribuição arterial. A 
contração muscular é um fator preponderante para 
impulsionar o sangue e a linfa, pelas veias e pelos 
vasos linfáticos, em direção ao coração. No 
membro, os músculos com ações semelhantes 
geralmente estão contidos em um compartimento 
fascial comum e são supridos pelos mesmos 
nervos. Os nervos, assim como as artérias, que 
suprem os músculos esqueléticos geralmente 
entram na porção carnosa do músculo, quase 
 
 
sempre a partir da face profunda (hilo 
neuromuscular), pois assim estão mais protegidos. 
Cada músculo é inervado por um ou mais nervos 
que contêm fibras motoras, sensitivas 
(sensibilidade muscular), simpáticas e 
parassimpáticas (vasomotricidade). O impulso 
nervoso é transmitido pelas fibras motoras e é ele 
que mantém o tônus e determina as contrações 
musculares. 
 Unidade motora: miomio (neurônio + 
todas as fibras musculares inervadas por 
ele). A força de um músculo depende da 
quantidade de unidades motoras em ação. 
Por outo lado, quanto mais precisos os 
movimentos de um músculo, menor é o 
número de fibras inervadas pelo neurônio. 
 Paca motora terminal: local onde a 
ramificação final do neurônio se liga à 
fibra muscular. 
 A unidade estrutural do músculo é a fibra 
muscular, já a unidade funcional é a 
unidade motora. O movimento (contração 
fásica) resulta da ativação de um número 
crescente de unidades motoras acima do 
nível necessário para manter o tônus. O 
desnervamento do músculo leva à flacidez 
e atrofia. 
 Deltoide: abdutor do braço 
 Bíceps do braço: flexor do antebraço 
 Extensor longo do polegar: extensor da 
falange distal 
 Interósseos: abdutores dos dedos 
 Coracobraquial: flexor do braço 
 Redondo maior: adutor do braço 
 Glúteo máximo: rotação lateral da coxa 
 Glúteo médio: rotação medial da coxa 
 Reto da coxa: extensão de perna 
 Tibial anterior: inversão do pé 
 Fibular curto: eversão do pé 
* Os músculos que formam o quadríceps 
femoral, em conjunto, realizam apenas extensão 
de perna.* 
 
1. Planos: 
Têm fibras paralelas, frequentemente com uma 
aponeurose. Ex: M. oblíquo externo do abdome 
(músculo plano largo). 
 
 
 
 
 
 
2. Peniformes 
São semelhantes a penas na organização de seus 
fascículos, e podem ser semipeniformes, 
peniformes ou multipeniformes. Ex: M. extensor 
longo dos dedos (semipeniforme); M. reto femoral 
(peniforme) e M. deltoide (multipeniforme). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Fusiformes 
Têm formato de fuso com um ou mais ventres 
redondos e espessos, de extremidades afiladas. 
Ex: M. bíceps braquial. 
 
 
 
 
 
 
4. Circulares ou esfincterianos 
Circundam uma abertura ou orifício do corpo, 
fechando-os quando se contraem. Ex: M. orbicular 
da boca (fecha a boca). 
 
 
 
 
 
 
 
5. Quadrados 
Têm quatro lados iguais. Ex: M. reto do abdome 
entre suas interseções tendíneas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Triangulares (convergentes) 
Originam-se em uma área larga e convergem para 
formar um único tendão. Ex: M. peitoral maior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. Com múltiplas cabeças ou múltiplos 
ventres 
Têm mais de uma cabeça de inserção ou mais de 
um ventre contrátil, respectivamente. Os músculos 
bíceps têm duas cabeças de inserção (p. ex., M. 
bíceps braquial); Os músculos tríceps têm três 
cabeças de inserção (p. ex., M. tríceps braquial). 
 
Os músculos esqueléticos atuam por meio da 
contração; eles puxam e nunca empurram. 
Observe que se forem conhecidas as fixações de 
um músculo, geralmente é possível deduzir (em 
vez de memorizar) sua ação. 
 
 Contração reflexa. Embora os músculos 
esqueléticos também sejam denominados 
músculos voluntários, alguns aspectos da 
sua atividade são automáticos (reflexos) e, 
portanto, não são controlados pela 
vontade. 
 
 Contração tônica. Mesmo quando estão 
“relaxados” os músculos de um indivíduo 
consciente estão quase sempre levemente 
contraídos. Essa leve contração, 
denominada tônus muscular, não produz 
movimento nem resistência ativa (como o 
faz a contração fásica), mas confere ao 
músculo certa firmeza, ajudando na 
estabilidade das articulações e na 
manutenção da postura, enquanto mantém 
o músculo pronto para responder a 
estímulos apropriados. Geralmente o tônus 
muscular só está ausente quando a pessoa 
está inconsciente (como durante o sono 
profundo ou sob anestesia geral) ou após 
uma lesão nervosa que acarrete paralisia. 
 
 Contração fásica. Existem dois tipos 
principais de contrações musculares 
fásicas (ativas): (1) contrações isotônicas, 
nas quais o músculo muda de 
comprimento em relação à produção de 
movimento, e (2) contrações isométricas, 
nas quais o comprimentodo músculo 
permanece igual — não há movimento, 
mas a força (tensão muscular) aumenta 
acima dos níveis tônicos para resistir à 
gravidade ou a outra força antagônica. O 
segundo tipo de contração é importante 
para manter a postura vertical e quando os 
músculos atuam como fixadores ou 
sustentadores. Existem dois tipos de 
contrações isotônicas. O tipo no qual 
pensamos com maior frequência é a 
contração concêntrica, na qual o 
movimento decorre do encurtamento 
muscular — por exemplo, ao levantar uma 
xícara, empurrar uma porta ou dar um 
soco. Normalmente, é a capacidade de 
aplicar força excepcional por meio da 
 
 
contração concêntrica que distingue um 
atleta de um amador. O outro tipo de 
contração isotônica é a contração 
excêntrica, na qual um músculo se alonga 
ao contrair — isto é, sofre relaxamento 
controlado e gradual enquanto exerce força 
(reduzida) contínua, como ao desenrolar 
uma corda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Embora seja uma força suave, o tônus muscular 
tem efeitos importantes: o tônus dos músculos 
labiais ajuda a manter os dentes alinhados, por 
exemplo. Quando essa pressão suave, porém 
constante, não existe (devido à paralisia ou a um 
lábio curto que deixe os dentes expostos), os 
dentes migram e são evertidos (“dentes de 
coelho”). A ausência de tônus muscular em um 
paciente inconsciente (p. ex., sob anestesia geral) 
pode permitir a luxação das articulações quando 
ele é levantado ou quando sua posição é 
modificada. Quando um músculo é desnervado 
(perde sua inervação) fica paralisado (flácido, com 
perda do tônus e capacidade de se contrair 
fisicamente à demanda ou de forma reflexa). Na 
ausência de tônus muscular normal, o tônus do(s) 
músculo(s) oponente(s) [antagonista(s)] pode 
fazer com que um membro assuma uma posição 
de repouso anormal. Além disso, o músculo 
desnervado sofre fibrose e perde a elasticidade, 
contribuindo, também, para a anormalidade da 
posição em repouso. 
 
As contrações excêntricas excessivas ou 
associadas a uma nova atividade são as causas 
frequentes de dor muscular de início tardio. 
Assim, descer muitos lances de escada acabaria 
provocando mais dor, devido às contrações 
excêntricas, do que subir os mesmos lances de 
escada. O estiramento muscular que ocorre 
durante a contração excêntrica do tipo 
alongamento parece ser mais propenso a causar 
microlacerações nos músculos e/ou irritação 
periosteal do que a contração concêntrica 
(encurtamento do ventre muscular). A capacidade 
de alongamento dos músculos esqueléticos é 
limitada. Em geral, os músculos não conseguem 
alongar além de um terço de seu comprimento em 
repouso sem sofrer lesão. Isso é refletido por suas 
fixações ao esqueleto, que geralmente não 
permitem alongamento excessivo. Os músculos 
isquiotibiais são exceção. Quando o joelho é 
estendido, os músculos isquiotibiais costumam 
alcançar seu comprimento máximo antes da flexão 
completa do quadril (isto é, a flexão no quadril é 
limitada pela capacidade de alongamento dos 
músculos isquiotibiais). Sem dúvida, isso, além 
das forças relacionadas com sua contração 
excêntrica, explica por que os músculos 
isquiotibiais são “distendidos” (sofrem lacerações) 
com maior frequência do que outros músculos. 
As fibras do músculo estriado esquelético não se 
dividem, mas são substituídas individualmente por 
novas fibras musculares derivadas de células-
satélite de músculo esquelético. As células-
satélite são uma fonte potencial de mioblastos, 
precursores das células musculares, que se fundem 
para formar novas fibras de músculo esquelético, 
quando necessário. Os músculos esqueléticos 
podem aumentar em resposta ao exercício 
 
 
vigoroso frequente, como a musculação. A 
hipertrofia alonga e aumenta as miofibrilas nas 
fibras musculares, incrementando, assim, o 
trabalho que o músculo consegue realizar. 
 
 
Na hipertrofia compensatória, o miocárdio 
responde ao aumento das demandas por meio de 
aumento do tamanho de suas fibras. Quando as 
fibras do músculo estriado cardíaco são lesadas 
por perda da irrigação sanguínea durante um 
infarto, há necrose (morte) do tecido e o tecido 
cicatricial fibroso que se desenvolve forma um 
infarto do miocárdio, uma área de necrose do 
miocárdio (morte patológica do tecido cardíaco). 
 
 
As células musculares lisas sofrem hipertrofia 
compensatória em resposta ao aumento da 
demanda. As células musculares lisas da parede 
uterina durante a gravidez aumentam não apenas 
de tamanho, mas também em número 
(hiperplasia), porque essas células preservam a 
capacidade de divisão. Além disso, novas células 
musculares lisas podem se desenvolver a partir de 
células incompletamente diferenciadas (pericitos) 
situadas ao longo de pequenos vasos sanguíneos. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
Moore, Keith L.; DALLEY, Arthur F.. Anatomia orientada 
para a clínica. 6 ed. Rio De Janeiro: Editora Guanabara 
Koogan S.A., 2011. 
DÂNGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo 
Américo. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar. 2ed. 
São Paulo: Atheneu, 2001.

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