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As fases do ciclo ovariano

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GINECOLOGIA
Ciclo ovariano
. DEFINIÇÕES .
● Caracteriza-se por uma série de eventos que
ocorrem em diversos níveis do eixo
hipotálamo-hipófise-ovário.
● A menstruação é um sangramento genital
periódico e temporário na mulher, a partir de um
conjunto de eventos neuroendócrinos que
determinam as modificações fisiológicas no
organismo.
● O eixo HHO é a estrutura que sustenta o
funcionamento hormonal da mulher.
● Os ciclos mais comuns duram 25-30 dias e são
divididos em 3 fases.
● FASE FOLICULAR: folículo dominante é selecionado,
desenvolve-se por ação do FSH até tornar-se
folículo de Graaf maduro (folículo pré-ovulatório).
Dura de 10 a 14 dias.
● PERÍODO OVULATÓRIO: ocorre a retomada do processo
de maturação do oócito e a ruptura folicular.
● FASE LÚTEA: folículo ovulatório se converte em corpo
lúteo que produz progesterona responsável pelo
preparo endometrial para a recepção do embrião.
Essa fase geralmente dura cerca de 14 dias.
● OBS: a variação da duração do ciclo de cada
organismo é determinada pela duração da fase
folicular, que é bastante variável. A fase lútea é, em
geral, fixa e varia pouco de pessoa para pessoa.
. O EIXO HHO .
HIPOTÁLAMO:
● O GnRH é liberado em pulsos (extremamente
importante para ser funcional) pelo Núcleo
arqueado ou porção infundibular.
● É chamada de Hormônio Liberador de
Gonadotrofinas, sendo responsável por estimular a
adenohipófise e causar o aumento dos receptores
gonadotróficos ⇒ Fenômeno Up-regulation.
● Se administrado de forma contínua, o GnRH causa
diminuição desses receptores e não aumento ⇒
Fenômeno Down-regulation.
As fases do GnRH:
● FASE FOLICULAR: os pulsos são frequentes e de baixa
amplitude, causando aumento dos níveis de FSH.
● FIM DA FASE FOLICULAR: elevam-se a frequência e
amplitude dos pulsos.
● FASE LÚTEA: diminuem a frequência com gradativa
redução da amplitude dos pulsos.
● OBS: sobre influências endógenas e ambientais:
exercícios físicos, estresse, problemas emocionais,
dietas e nutrição.
HIPÓFISE:
● Estimulada pelo GnRH liberado pelo hipotálamo, a
adenohipófise libera FSH (hormônio folículo
estimulante) e o hormônio luteinizante (LH).
● Esses hormônios atuam no recrutamento,
desenvolvimento e ovulação dos folículos.
● Participam da foliculogênese, ovulação e produção
dos hormônios sexuais pelos ovários.
● São secretados também de forma pulsátil.
OVÁRIO:
● São as gônadas femininas.
● Produz estradiol e progesterona.
● Eles são produzidos pela foliculogênese e
conversão periférica.
● Atuam por feedback positivo ou negativo no
hipotálamo e na hipófise.
● A cada ciclo cerca de 1000 folículos são perdidos
por atresia. Apenas 1 será ovulado.
Quantidade de oócitos:
● 20° SEMANA INTRA-UTERO: 6-7 milhões de oócitos.
● NASCIMENTO: 1-2 milhões de oócitos.
● FASE PUBERAL: 300-500 mil oócitos.
● VIDA REPRODUTIVA: 300 a 400 são ovulados.
. DESENVOLVIMENTO FOLICULAR .
● O crescimento folicular inicial ocorre
independentemente da ação hormonal ⇒
independente do FSH e LH.
● O desenvolvimento folicular é um processo
contínuo e só se interrompe quando a reserva
chega ao fim (menopausa).
● Os folículos crescem e entram em atresia mesmo
durante a gestação e em ciclos anovulatórios.
TIPOS DE FOLÍCULOS:
● PRIMORDIAL: Envolto por camada única de células
epiteliais achatadas (foliculares) e membrana
delgada.
● PRIMÁRIO: Adquire cobertura glicoproteica (Zona
pelúcida) envolvido por células cilíndricas (da
granulosa).
● SECUNDÁRIO (PRÉ ANTRAL): Possui zona pelúcida mais
evidente.
● Há a proliferação celular na camada granulosa
(chamado cúmulus oóforo, bem próximas ao
ovócito).
● Surge a camada Tecal (que é modificação do
estroma), mais externas, juntamente com a camada
da Granulosa, é essencial na produção hormonal
⇒ as células da teca respondem ao LH.
● Ocorre acúmulo de líquido dentro do folículo
(chamado de Antro);
● Células foliculares envolvem o oócito (a chamada
Corona Radiata).
● FOLÍCULO MADURO (GRAAF): É o estágio pré ovulatório. O
ovócito primário completa a 1° divisão meiótica,
formando o oócito secundário e o corpo polar.
● FOLÍCULO ATRÉSICO: Incide em qualquer fase do
desenvolvimento folicular (degeneração).
. FASES DO OVÁRIO NO CICLO .
FASE FOLICULAR:
● Nessa fase, o FSH promove a multiplicação das
células cubóides da Granulosa e a diferenciação
das células estromais circunjacentes em camadas
concêntricas denominadas Teca Interna e Teca
Externa.
● As células da Granulosa produzem 03 classes de
hormônios: Estrogênios, Progestagênios e
Androgênios.
● Os Androgênios são convertidos em estrogênios
por ação enzimática (aromatase, CYP19), induzida
pelo FSH.
● Ou seja, o FSH aumenta a produção de
estrogênios por meio de dois mecanismos: 1.
crescimento da Granulosa e 2. estimulação da
atividade da aromatase.
● Para o perfeito desenvolvimento folicular é
necessário um delicado equilíbrio entre
androgênios e estrogênios ⇒ Se a produção de
androgênio superar a capacidade de
aromatização da granulosa, provoca atresia do
folículo.
A SELEÇÃO DO FOLÍCULO DOMINANTE:
● O FSH exerce ação positiva sobre a produção de
estrogênio a nível folicular.
● O estrogênio, por sua vez, exerce ação de
Feedback negativo a nível hipotálamo/Hipófise,
fazendo com que as concentrações de FSH sofram
redução no meio da fase folicular.
● Somada a ação limitadora do estrogênio, tem-se a
inibina, responsável por colaborar com a inibição
da secreção de FSH pela hipófise.
● Esse processo é determinante para a seleção do
folículo dominante ⇒ quase todos os folículos, por
conta da pouca quantidade de FSH, tende a
atresia, sobrando apenas 1 folículo dominante que
continua a colaborar para o aumento da produção
de estrogênio e inibina.
● Essa seleção ocorre por volta do 5° dia do ciclo.
O PICO DE LH:
● Apesar do estrogênio fazer um feedback negativo
em relação ao FSH, ele faz o oposto e exerce
feedback positivo em relação ao LH no hipotálamo.
● Na metade da fase folicular, sob influência dos
altos níveis de estrogênio (fazendo feedback
positivo sobre a Hipófise), os níveis de LH
aumentam, juntamente com o número de
receptores de LH nas células da Teca.
● O LH estimula a produção de androgênios
(Androstenediona) pela Teca e esses serão
aromatizados para estrogênios na Granulosa sob
ação do FSH.
● Os receptores de FSH são predominantes nas
células da granulosa e os receptores de LH
predominam nas células da teca.
● No período pré ovulatório a produção de
estrogênio chega em seu nível máximo para
permitir o pico de LH, que inicia o processo de
luteinização e produção de progesterona pela
granulosa.
● A elevação de androgênios nessa fase leva à
atresia da granulosa e aumento da libido.
FASE OVULAÇÃO:
● O processo de ovulação caracteriza-se pela
retomada do processo da meiose iniciada pelo
pico de LH ⇒ só se completará após a fertilização
do oócito pelo espermatozóide.
● Nessa fase ocorre a luteinização das células da
Granulosa, a expansão do cumulus ovariano
(oophorus) e a produção de prostaglandinas (E e
F), responsável pelas modificações imprescindíveis
para a ruptura do folículo.
● Após o pico de LH a produção de progesterona se
eleva de forma progressiva (provável causa da
queda de LH após a ovulação, por feedback
negativo).
● A progesterona distende a parede folicular
tornando-a delgada e o escape do oócito ocorre
por ação de enzimas proteolíticas.
● Sob ação das gonadotrofinas, as células da
Granulosa e da Teca produzem ativador de
plasminogênio, iniciando a produção de plasmina,
que gera uma colagenase que atua na parede do
folículo.
● Essa colagenase desgasta a parede do folículo e
facilita a ovulação ⇒ ruptura do folículo,
dissociação das células granulosas e liberação do
complexo cumulus-oócito (cumulus + ovócito).
● As prostaglandinas estimulam a contração da
musculatura lisa do ovário facilitando a expulsão
do óvulo.
● A ovulação ocorre por volta de 34-36 h após o
início da elevação do LH e 10-12 h após seu pico.
FASE LÚTEA:
● O acúmulo de pigmento amarelo(Luteína) nas
células da granulosa é que determina seu nome
(fase lútea).
● A elevação dos níveis de progesterona de forma
aguda é característica dessa fase, com pico
máximo por volta do 8° dia após a ovulação
(coincide com maior nível estrogênico e maior
vascularização do endométrio).
● A progesterona, além do estrogênio e da inibina da
granulosa luteinizada, suprime a possibilidade de
um novo crescimento folicular.
SEM FERTILIZAÇÃO:
● Se não há fertilização, tem-se o declínio do corpo
lúteo dentro de 09 a 11 dias após a ovulação (não
se sabe bem o mecanismo da morte do corpo
lúteo).
● Após a morte do corpo lúteo, a diminuição do
estrogênio, progesterona e inibina remove o
Feedback (-) da Hipófise, permitindo novos ciclos
de GnRH e início de um novo ciclo menstrual.
SE HOUVER FERTILIZAÇÃO:
● Em caso de gravidez, o ovócito secundário termina
a meiose II e formará o zigoto juntamente com o
espermatozóide.
● A partir da implantação do blastocisto no
endométrio, tem-se a produção de hCG e, dessa
forma, o corpo lúteo se mantém ativo até cerca de
9 semanas.
. FASES DO ENDOMÉTRIO NO CICLO .
FASE PROLIFERATIVA:
● Fase inicial, coincidindo com a fase folicular.
● O estrogênio aumenta a espessura do endométrio,
de modo que ele é estimulado e passa de cerca de
2mm para por volta de 10mm.
● Ao mesmo tempo, o estrogênio também aumenta a
tortuosidade das glândulas, o número das
glândulas, a pseudoestratificação do epitélio
glandular.
● Por fim, as glândulas tornam-se mais escuras por
aumento da hipercromia nuclear também.
FASE SECRETORA:
● O progestogênio age colaborando para diversas
modificações.
● Surgem vacúolos secretores no interior do
citoplasma das células glandulares (rico em
glicogênio).
● Células do estroma adquirem aspecto
pseudodeciduais, principalmente em torno das
arteríolas espiraladas.
● Não ocorrendo gestação, há infiltração
leucocitária e reação decidual do estroma.
● Quando não acontece a gestação, não existe a
produção de hCG (gonadotrofina coriônica), que
deveria ser produzida pelo blastocisto.
● O hCG é fundamental para a manutenção do
corpo lúteo, que, em sua ausência, regride.
● Com a regressão, ocorre a diminuição dos níveis
de estrogênio e progesterona, ocorrendo a
descamação endometrial (menstruação).
● Com níveis baixos de gonadotrofinas, o feedback
negativo deixa de acontecer e tem-se a retomada
do estímulo do GnRH, que dará início a um novo
ciclo.

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