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Intestino Moore (237-262)

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Anatomia – Moore | Intestino 
1 Isis Rabelo Med103 
Intestino delgado 
Duodeno 
O duodeno segue um trajeto em formato de C ao redor 
da cabeça do pâncreas , começa no piloro no lado 
direito e termina na flexura (junção) duodenojejunal 
no lado esquerdo . Essa junção ocorre 
aproximadamente no nível da vértebra L II, 2 a 3 cm à 
esquerda da linha mediana. A junção geralmente 
assume a forma de um ângulo agudo, a flexura 
duodenojejunal. 
A parte superior do duodeno ascende a partir do 
piloro e é superposta pelo fígado e pela vesícula biliar. 
O peritônio cobre sua face anterior, mas não há 
peritônio posteriormente, com exceção da ampola. A 
parte proximal tem o ligamento hepatoduodenal 
(parte do omento menor) fixado superiormente e o 
omento maior fixado inferiormente . 
A parte descendente do duodeno segue 
inferiormente, curvando-se ao redor da cabeça do 
pâncreas .Inicialmente, situa-se à direita da VCI e 
paralela a ela. Os ductos colédoco e pancreático 
principal entram em sua parede posteromedial. Esses 
ductos geralmente se unem para formar a ampola 
hepatopancreática, que se abre em uma eminência, 
chamada papila maior do duodeno, localizada 
posteromedialmente na parte descendente do 
duodeno. A parte descendente do duodeno é 
totalmente retroperitoneal. A face anterior de seus 
terços proximal e distal é coberta por peritônio; 
entretanto, o peritônio é refletido de seu terço médio 
para formar o mesentério duplo do colo transverso, o 
mesocolo transverso. 
A parte inferior (horizontal) do duodeno segue 
transversalmente para a esquerda, passando sobre a 
VCI, a aorta e a vértebra L III. É cruzada pela artéria e 
veia mesentéricas superiores e pela raiz do mesentério 
do jejuno e íleo. Superiormente a ela está a cabeça do 
pâncreas e seu processo uncinado. A face anterior da 
parte horizontal é coberta por peritônio, exceto na 
parte em que é cruzada pelos vasos mesentéricos 
superiores e pela raiz do mesentério. Posteriormente, 
é separada da coluna vertebral pelo músculo psoas 
maior direito, VCI, aorta e vasos testiculares ou 
ováricos direitos. 
A parte ascendente do duodeno segue superiormente 
e ao longo do lado esquerdo da aorta para alcançar a 
margem inferior do corpo do pâncreas. Aí, ela se curva 
anteriormente para se unir ao jejuno na flexura 
duodenojejunal, sustentada pela fixação de um 
músculo suspensor do duodeno (ligamento de Treitz). 
Esse músculo é formado por uma alça de músculo 
esquelético do diafragma e uma faixa fibromuscular de 
músculo liso da terceira e quarta partes do duodeno. A 
contração desse músculo alarga o ângulo da flexura 
duodenojejunal, facilitando o movimento do conteúdo 
intestinal. O músculo suspensor do duodeno passa 
posteriormente ao pâncreas e à veia esplênica e 
anteriormente à veia renal esquerda. 
 
As artérias do duodeno originam-se do tronco celíaco 
e da artéria mesentérica superior .O tronco celíaco, por 
intermédio da artéria gastroduodenal e seu ramo, a 
artéria pancreaticoduodenal superior, supre a parte do 
duodeno proximal à entrada do ducto colédoco na 
parte descendente do duodeno. A artéria mesentérica 
superior, por meio de seu ramo, a artéria 
pancreaticoduodenal inferior, supre o duodeno distal à 
entrada do ducto colédoco. As artérias 
pancreaticoduodenais situam-se na curvatura entre o 
 
 Anatomia – Moore | Intestino 
2 Isis Rabelo Med103 
duodeno e a cabeça do pâncreas e irrigam as duas 
estruturas. A anastomose das artérias 
pancreaticoduodenais superior e inferior (i. e., entre o 
tronco celíaco e a artéria mesentérica superior) ocorre 
entre a entrada do ducto biliar (colédoco) e a junção 
das partes descendente e inferior do duodeno. Aqui 
ocorre uma importante transição na irrigação do 
sistema digestório: na parte proximal, estendendo-se 
oralmente (em direção à boca) até inclusive a parte 
abdominal do esôfago, o sistema digestório é irrigado 
pelo tronco celíaco; na região distal, estendendo-se 
aboralmente (afastando-se da boca) até a flexura 
esquerda do colo, o sangue provém da AMS. A base 
dessa transição na irrigação sanguínea é embriológica; 
esse é o local da junção do intestino anterior com o 
intestino médio. As veias do duodeno acompanham as 
artérias e drenam para a veia porta, algumas 
diretamente e outras indiretamente, pelas veias 
mesentérica superior e esplênica. 
JEJUNO E ÍLEO 
A segunda parte do intestino delgado, o jejuno, começa 
na flexura duodenojejunal, onde o sistema digestório 
volta a ser intraperitoneal. A terceira parte do intestino 
delgado, o íleo, termina na junção ileocecal, a união da 
parte terminal do íleo e o ceco . Juntos, o jejuno e o íleo 
têm 6 a 7 m de comprimento, o jejuno representa cerca 
de dois quintos e o íleo cerca de três quintos da parte 
intraperitoneal do intestino delgado. 
mesentério é uma prega de peritônio em forma de 
leque que fixa o jejuno e o íleo à parede posterior do 
abdome. A origem ou raiz do mesentério (com 
aproximadamente 15 cm de comprimento) tem 
direção oblíqua, inferior e para a direita . Estende-se da 
flexura duodenojejunal no lado esquerdo da vértebra L 
II até a junção ileocólica e a articulação sacroilíaca 
direita. O comprimento médio do mesentério, desde a 
raiz até a margem do intestino, é de 20 cm. A raiz do 
mesentério cruza (sucessivamente) as partes 
ascendente e horizontal do duodeno, parte abdominal 
da aorta, VCI, ureter direito, músculo psoas maior 
direito e vasos testiculares ou ováricos direitos. Entre 
as duas camadas do mesentério estão os vasos 
mesentéricos superiores, linfonodos, uma quantidade 
variável de gordura e nervos autônomos. A artéria 
mesentérica superior (AMS) irriga o jejuno e o íleo via 
artérias jejunais e ileais . 
A AMS geralmente origina-se da parte abdominal da 
aorta no nível da vértebra L I, cerca de 1 cm inferior ao 
troncocelíaco, e segue entre as camadas do 
mesentério, enviando 15 a 18 ramos para o jejuno e o 
íleo . As artérias se unem para formar alças ou arcos, 
chamados arcos arteriais, que dão origem a artérias 
retas, denominadas vasos retos. A veia mesentérica 
superior drena o jejuno e o íleo. Situa-se 
anteriormente. A VMS termina posteriormente ao colo 
do pâncreas, onde se une à veia esplênica para formar 
a veia porta . 
Os vasos linfáticos especializados nas vilosidades 
intestinais (pequenas projeções da túnica mucosa) que 
absorvem gordura são denominados lactíferos. Eles 
drenam seu líquido leitoso para os plexos linfáticos nas 
paredes do jejuno e do íleo. Por sua vez, os vasos 
lactíferos drenam para os vasos linfáticos entre as 
camadas do mesentério. No mesentério, a linfa 
atravessa sequencialmente três grupos de linfonodos 
Linfonodos justaintestinais: localizados perto da 
parede intestinal 
Linfonodos mesentéricos: dispersos entre os arcos 
arteriais 
Linfonodos centrais superiores: localizados ao longo 
da parte proximal da AMS. 
 
Intestino grosso 
O intestino grosso é o local de absorção da água dos 
resíduos indigeríveis do quimo líquido, convertendo-o 
em fezes semissólidas, que são temporariamente 
armazenadas e acumuladas até que haja defecação. O 
intestino grosso é formado pelo ceco; apêndice 
vermiforme; colos ascendente, transverso, 
descendente e sigmoide; reto e canal anal. O intestino 
 
 Anatomia – Moore | Intestino 
3 Isis Rabelo Med103 
grosso pode ser distinguido do intestino delgado por: 
CECO E APÊNDICE VERMIFORME 
O ceco é a primeira parte do intestino grosso; é 
contínuo com o colo ascendente. É uma bolsa intestinal 
cega.Situa-se na fossa ilíaca do quadrante inferior 
direito do abdome,inferiormente à sua junção com a 
parte terminal do íleo . Quando distendido por fezes ou 
gases, o ceco pode ser palpável através da parede 
anterolateraldo abdome. 
O ceco geralmente está situado a 2,5 cm do ligamento 
inguinal; é quase totalmente revestido por peritônio e 
pode ser levantado livremente. Entretanto, não tem 
mesentério. Em vista de sua relativa liberdade, pode 
ser deslocado da fossa ilíaca, mas costuma estar ligado 
à parede lateral do abdome por uma ou mais pregas 
cecais de peritônio . A parte terminal do íleo entra no 
ceco obliquamente e invagina-se em parte para o seu 
interior. 
Na dissecção, o óstio ileal entra no ceco entre os lábios 
ileocólico e ileocecal (superior e inferior), pregas que 
se encontram lateralmente e formam cristas chamadas 
de frênulos do óstio ileal . Acreditava-se que quando o 
ceco fosse distendido ou quando se contraísse, 
ocorreria contração ativa dos frênulos, que fecharia a 
válvula para evitar refluxo do ceco para o íleo. No 
entanto, a observação direta por endoscopia em 
pessoas vivas não confirma essa descrição. O músculo 
circular é mal desenvolvido ao redor do óstio; 
portanto, é improvável que a válvula tenha alguma 
ação esfincteriana que controle a passagem do 
conteúdo intestinal do íleo para o ceco. O óstio, porém, 
geralmente é fechado por contração tônica, 
apresentando-se como uma papila ileal no lado cecal . 
A papila provavelmente atua como uma válvula 
unidirecional relativamente passiva, que impede o 
refluxo do ceco para o íleo quando houver contrações 
para impulsionar o conteúdo para o colo ascendente e 
colo transverso. 
O apêndice vermiforme é um divertículo intestinal 
cego (6 a 10 cm de comprimento) que contém massas 
de tecido linfoide. Origina-se na face posteromedial do 
ceco, inferiormente à junção ileocecal. O apêndice 
vermiforme tem um mesentério triangular curto, o 
mesoapêndice, originado da face posterior do 
mesentério da parte terminal do íleo .O mesoapêndice 
fixa-se ao ceco e à parte proximal do apêndice 
vermiforme. A posição do apêndice vermiforme é 
variável, mas geralmente é retrocecal . 
COLO 
O colo ascendente é a segunda parte do intestino 
grosso. Segue para cima na margem direita da cavidade 
abdominal, do ceco até o lobo hepático direito, onde 
vira para a esquerda na flexura direita do colo (flexura 
hepática). Essa flexura situase profundamente às 
 
 Anatomia – Moore | Intestino 
4 Isis Rabelo Med103 
costelas IX e X e é superposta pela parte inferior do 
fígado. O colo ascendente é mais estreito do que o ceco 
e é secundariamente retroperitoneal ao longo da face 
direita da parede posterior do abdome. O colo 
ascendente é coberto por peritônio anteriormente e 
nas suas laterais; entretanto, tem um mesentério curto 
em aproximadamente 25% das pessoas. O colo 
ascendente é separado da parede anterolateral do 
abdome pelo omento maior. Um sulco vertical 
profundo revestido por peritônio parietal, o sulco 
paracólico direito, situa-se entre a face lateral do colo 
ascendente e a parede adjacente do abdome . 
A irrigação arterial do colo ascendente e da flexura 
direita do colo provém de ramos da AMS, as artérias 
ileocólica e cólica direita. A drenagem venosa do colo 
ascendente segue por meio de tributárias da VMS, as 
veias cólica direita e ileocólica . A drenagem linfática 
segue primeiro até os linfonodos epicólicos e 
paracólicos, perto dos linfonodos cólicos direitos 
intermediários e ileocólicos, e daí para os linfonodos 
mesentéricos superiores . A inervação do colo 
ascendente é derivada do plexo mesentérico superior. 
 
O colo transverso é a terceira parte do intestino 
grosso, a mais longa e mais móvel . Atravessa o 
abdome da flexura direita do colo até a flexura 
esquerda do colo, onde se curva para baixo e dá origem 
ao colo descendente. A flexura esquerda do colo 
(flexura esplênica) geralmente é superior, mais aguda 
e menos móvel do que a flexura direita do colo. Situa-
se anteriormente à parte inferior do rim esquerdo e 
fixa-se ao diafragma através do ligamento frenocólico . 
O colo transverso e seu mesentério, o mesocolo 
transverso, faz uma volta para baixo, amiúde inferior 
ao nível das cristas ilíacas . O mesentério adere à 
parede posterior da bolsa omental ou se funde com 
ela. A raiz do mesocolo transverso situa-se ao longo da 
margem inferior do pâncreas e é contínua com o 
peritônio parietal posteriormente. Sendo livremente 
móvel, a posição do colo transverso é variável, 
geralmente pendendo até o nível do umbigo (nível da 
vértebra L III) . No entanto, em pessoas magras e altas, 
o colo transverso pode estender-se até a pelve. 
A irrigação arterial do colo transverso provém 
principalmente da artéria cólica média ,um ramo da 
AMS. Entretanto, o colo transverso também pode 
receber sangue arterial das artérias cólicas direita e 
esquerda por meio de anastomoses, parte da série de 
arcos anastomóticos que coletivamente formam o arco 
justacólico (artéria marginal). 
A drenagem venosa do colo transverso é feita pela VMS 
. A drenagem linfática do colo transverso se dá para os 
linfonodos cólicos médios, que, por sua vez, drenam 
para os linfonodos mesentéricos superiores. A 
inervação do colo transverso provém do plexo 
mesentérico superior via plexos periarteriais das 
artérias cólicas direita e média . Esses nervos 
conduzem fibras nervosas simpáticas, parassimpáticas 
(vagais) e aferentes viscerais . 
O colo descendente ocupa posição secundariamente 
retroperitoneal entre a flexura esquerda do colo e a 
fossa ilíaca esquerda, onde é contínua com o colo 
sigmoide . Assim, o peritônio cobre o colo anterior e 
lateralmente e o liga à parede posterior do abdome. 
Embora retroperitoneal, o colo descendente, 
sobretudo na fossa ilíaca, tem mesentério curto em 
aproximadamente 33% das pessoas; entretanto, em 
geral não é longo o suficiente para causar vólvulo 
(torção) do colo. Ao descer, o colo passa anteriormente 
à margem lateral do rim esquerdo. Como o colo 
ascendente, o colo descendente tem um sulco 
paracólico (o esquerdo) em sua face lateral. 
O colo sigmoide, caracterizado por sua alça em forma 
de S com comprimento variável, une o colo 
descendente ao reto. O colo sigmoide estende-se da 
fossa ilíaca até o terceiro segmento sacral (S III), onde 
se une ao reto. O fim das tênias do colo, a 
aproximadamente 15 cm do ânus, indica a junção 
retossigmoide. 
O colo sigmoide geralmente tem mesentério longo — 
o mesocolo sigmoide — e, portanto, tem grande 
liberdade de movimento, principalmente sua parte 
média. A raiz do mesocolo sigmoide tem fixação em 
 
 Anatomia – Moore | Intestino 
5 Isis Rabelo Med103 
formato de V invertido, que se estende primeiro medial 
e superiormente ao longo dos vasos ilíacos externos e, 
depois, medial e inferiormente a partir da bifurcação 
dos vasos ilíacos comuns até a face anterior do sacro. 
O ureter esquerdo e a divisão da artéria ilíaca comum 
esquerda situam-se no retroperitônio, posteriormente 
ao ápice da raiz do mesocolo sigmoide. Os apêndices 
omentais do colo sigmoide são longos ;eles 
desaparecem quando o mesocolo sigmoide termina. As 
tênias do colo também desaparecem quando o 
músculo longitudinal na parede do colo se alarga para 
formar uma camada completa no reto. 
A irrigação arterial do colo descendente e do colo 
sigmoide provém das artérias cólica esquerda e 
sigmóidea, ramos da artéria mesentérica inferior. 
Assim, aproximadamente na flexura esquerda do colo, 
há uma segunda transição na irrigação da parte 
abdominal do sistema digestório: a AMS que irriga a 
parte oral (proximal) à flexura (derivado do intestino 
médio embrionário), e a AMI que irriga a parte aboral 
(distal) à flexura (derivada do intestino posterior 
embrionário). As artérias sigmóideas descem 
obliquamente para a esquerda, onde se dividem em 
ramos ascendentes e descendentes. O ramo superiorda artéria sig-móidea superior anastomosa-se com o 
ramo descendente da artéria cólica esquerda, assim 
formando uma parte da artéria marginal. A drenagem 
venosa do colo descendente e do colo sigmoide é feita 
pela veia mesentérica inferior, geralmente fluindo para 
a veia esplênica e, depois, para a veia porta em seu 
trajeto até o fígado.

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