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IPEMIG - Apostila - Botânica Estrutural

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BOTÂNICA ESTRUTURAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE / MG 
 
 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
2 
Sumário 
1 INTRODUÇÃO À BOTÂNICA ............................................................................... 4 
1.1 Características das Plantas ........................................................................... 5 
1.2 Histologia Vegetal ......................................................................................... 5 
2 A BOTÂNICA COMO CIÊNCIA ............................................................................ 7 
3 O REINO PLANTAE ............................................................................................. 8 
3.1 Cloroplastos .................................................................................................. 9 
3.2 Representação simplificada do Processo de Nutrição Vegetal ...................... 9 
3.3 As plantas: importância ecológica ................................................................. 9 
3.4 Características e classificação das plantas ................................................. 10 
3.5 Criptógamas e Fanerógamas ...................................................................... 11 
3.6 Criptógamas ................................................................................................ 12 
3.7 Fanerógamas .............................................................................................. 12 
3.8 Briófitas ....................................................................................................... 12 
3.9 Reprodução das briófitas ............................................................................ 13 
3.10 Pteridófitas .............................................................................................. 14 
3.11 Reprodução das pteridófitas .................................................................... 14 
3.12 Gimnospermas ........................................................................................ 15 
3.13 Angiospermas.......................................................................................... 17 
4 MORFOLOGIA DOS ORGÃOS VEGETAIS ....................................................... 19 
5 Raiz .................................................................................................................... 19 
5.1 Raízes Subterrâneas................................................................................... 20 
5.2 Raiz Axial ou Pivotante ............................................................................... 20 
5.3 Raiz Ramificada .......................................................................................... 20 
5.4 Raiz Fasciculada ......................................................................................... 21 
5.5 Raiz Tuberosa ............................................................................................. 21 
5.6 Raízes Aéreas ............................................................................................ 22 
5.7 Raiz Estranguladora .................................................................................... 22 
5.8 Raiz Grampiforme ou Aderente ................................................................... 22 
5.9 Raiz Respiratória ou Pneumatóforo............................................................. 23 
5.10 Raiz Suporte ............................................................................................ 23 
5.11 Raiz Sugadora ......................................................................................... 24 
5.12 Raiz Tubular ou Sapopema ..................................................................... 24 
5.13 Raízes Aquáticas ..................................................................................... 25 
6 Caule ................................................................................................................. 25 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
3 
6.1 Gemas ........................................................................................................ 26 
6.2 Troncos ....................................................................................................... 28 
6.3 Estolão ........................................................................................................ 29 
6.4 Rizomas ...................................................................................................... 30 
6.5 Bulbos ......................................................................................................... 30 
6.6 Cladódios .................................................................................................... 31 
6.7 Gavinhas ..................................................................................................... 31 
7 Folha .................................................................................................................. 32 
7.1 Classificação das folhas .............................................................................. 34 
7.2 Filotaxia ...................................................................................................... 34 
7.3 Tipos de limbo ............................................................................................. 35 
8 Flor ..................................................................................................................... 35 
8.1 Flores completas e incompletas .................................................................. 36 
8.2 Cálice, corola e perianto .............................................................................. 37 
8.3 Estames ...................................................................................................... 37 
8.4 Carpelos...................................................................................................... 38 
8.5 Diagramas florais ........................................................................................ 39 
8.6 Inflorescências ............................................................................................ 39 
9 Fruto .................................................................................................................. 39 
9.1 Partes do fruto ............................................................................................ 40 
9.2 Classificação dos frutos .............................................................................. 40 
9.3 A diferença de fruta e fruto .......................................................................... 41 
9.4 Pseudofrutos e frutos partenocárpicos ........................................................ 41 
9.5 Origem e estrutura da semente ................................................................... 42 
9.6 Os cotilédones ............................................................................................ 43 
10 BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO DAS MAGNOLIOPHYTAS ............................ 44 
10.1 Monocotiledôneas e dicotiledôneas: algumas diferenças......................... 44 
11 Polinização ..................................................................................................... 47 
12 Germinação .................................................................................................... 49 
13 Dispersão ....................................................................................................... 50 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA........................................................................................... 53 
 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
4 
1 INTRODUÇÃO À BOTÂNICA 
 
Fonte: euquerobiologia.com.br 
 
Botânica é o estudo da fisiologia, morfologia, ecologia, evolução, anatomia, 
classificação, doenças, distribuição, dentre outros aspectos das plantas. Essa ciência foi 
reconhecida como tal em 1979, juntamente com os cursos de Biologia. 
A história dessa área das ciências naturais nos remete a um passado bem longínquo: 
sabe-se, por exemplo, que no ano 370antes de Cristo, um filósofo grego chamado Teofrastus, 
discípulo de Aristóteles - este que havia classificado as plantas em “com flores” e “sem flores” 
- escreveu dois tratados: "Sobre a História das Plantas" (História Plantarum) e "Sobre as 
Causas das Plantas". 
 O alemão Otto Brunfels, no século 16, publicou uma obra denominada 
Herbarium, com informações precisas sobre algumas espécies de plantas e, dois séculos 
depois, o botânico sueco Lineu propôs a nomenclatura binomial para identificação, também, 
deste reino vivo. Seu sistema de classificação era baseado na posição e número de estames 
na flor. Ambos são considerados como os pais da botânica científica. 
Hicher, mais tarde, propôs a submissão do Reino Plantae em criptógamas e 
fanerógamas: plantas sem e com flores, respectivamente. Outro cientista, Engler, propôs a 
classificação entre talófitas e cormófitas, sendo essas últimas as que possuem raiz, caule e 
folhas. Atualmente, com o advento da filogenia e avanço da Biologia Molecular, outras formas 
de classificação vêm sendo propostas. Em nosso país, o estudo dos vegetais foi 
impulsionado pela chegada da corte portuguesa, tendo como consequência a criação do 
Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em 1808, por D. João VI. 
 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
5 
1.1 Características das Plantas 
As principais características das plantas são: 
 
• Células eucariontes: núcleo delimitado por membrana nuclear; 
• Seres autotróficos: produzem o seu próprio alimento; 
• Fotossintetizantes: realizam fotossíntese, o processo para obtenção de 
alimento e energia. 
 
Fonte: todamateria.com.br 
 
As plantas são constituídas pelas células vegetais. Elas diferenciam-se das células 
animais por possuírem vacúolos, cloroplastos e parede celular. 
Os vacúolos são organelas que ocupam a maior parte do citoplasma. Eles são 
responsáveis por armazenar substâncias e regular a entrada de água na célula, controlando 
a sua turgidez. 
Os cloroplastos são organelas exclusivas de células vegetais. É o local onde é 
encontrada a clorofila, o pigmento necessário para a realização da fotossíntese. 
A parede celular dos vegetais é constituída pelo polissacarídeo celulose. Ela é 
responsável pela sustentação, resistência e proteção contra patógenos. 
1.2 Histologia Vegetal 
As células vegetais formam os tecidos das plantas, eles são o objeto de estudo da 
Histologia Vegetal. 
Os tecidos vegetais são divididos em: 
 
https://www.todamateria.com.br/celula-vegetal/
https://www.todamateria.com.br/celula-vegetal/
https://www.todamateria.com.br/histologia-vegetal/
https://www.todamateria.com.br/histologia-vegetal/
https://www.todamateria.com.br/histologia-vegetal/
https://www.todamateria.com.br/histologia-vegetal/
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
6 
• Tecidos meristemáticos: são responsáveis pelo crescimento do vegetal e 
formação dos tecidos permanentes. 
• Tecidos permanentes: são diferenciados e classificam-se conforme a função 
que desempenham. 
 
 
Fonte: todamateria.com.br 
 
As partes da planta são: raízes, folhas, caule, flores e frutos. Cada uma delas 
desempenha uma função que garante a sobrevivência do vegetal. 
 
• Raiz: Absorção e condução de substâncias. Em alguns casos, podem 
armazenar substâncias energéticas. 
• Folhas: Responsável pela fotossíntese, respiração e transpiração. 
• Caule: Sustentação e transporte de substâncias. 
• Flores: Responsáveis pela reprodução. 
• Frutos: Dispersão de sementes, garantindo a sobrevivência da espécie. 
 
Algumas plantas não apresentam flores e frutos, como veremos a seguir nos grupos 
das plantas. 
https://www.todamateria.com.br/partes-da-planta/
https://www.todamateria.com.br/partes-da-planta/
https://www.todamateria.com.br/partes-da-planta/
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
7 
2 A BOTÂNICA COMO CIÊNCIA 
E fundamental ensinar racionalmente a Botânica para que as pessoas não só a 
percebam bem, como também não a odeiem por decorarem conceitos e termos sem os 
entenderem. Muitas pessoas, particularmente os alunos, não gostam de Botânica por lhes 
terem fornecido uma imensidade de termos, alguns até de difícil pronúncia. A grande maioria 
desses termos são desnecessários para se entenderem as plantas, respectivas 
características, funcionalidade, ecologia e ciclo biológico (não ciclo de "da, pois a -"da não é 
cíclica; todos os seres nascem, vivem e morrem). 
 Assim, surgiu-nos a ideia de lhes mostrar que as árvores são seres vivos 
extremamente semelhantes a nós e, nesta Revista (Parques e Vida Selvagem 28: 6466; 2009) 
já comparámos o corpo de uma árvore com o corpo humano. As árvores apenas não precisam 
de boca para ingerirem as substâncias nutritivas (glucídios, lipídios e protídeos) essenciais 
para as funções vitais, pois basta-lhes estarem ao sol para as produzirem, como, também, já 
desenvolvemos em artigo anterior nesta mesma Revista (Parques e Vida Selvagem 22: 48-
50; 2007). Os animais, como não conseguem produzi-las, têm de comer plantas (herbívoros) 
ou comerem animais que se alimentam de plantas (carnívoros). Os onívoros comem plantas 
e animais. Isto é, sem as plantas os animais não sobreviveriam. É por isso que o volume da 
biomassa vegetal é o maior (89% da biomassa global) e é extremamente relevante nos 
ecossistemas terrestres. 
 Assim, por exemplo, como as florestas tropicais são as de maior biomassa, essas 
florestas têm uma elevada Biodiversidade. Vamos, então, observar uma planta vascular com 
vasos, isto é, com líber (transporta a seiva elaborada) e lenho (transporta a seiva bruta). O 
corpo destas plantas é constituído por raiz [usualmente com geotropismo positivo (mo-"mento 
em direção ao solo), caule (geralmente com geotropismo negativo) e folhas. O órgão mais 
primitivo destas plantas vasculares é o caule, pois conhecem-se fósseis de plantas só com 
caule (ex.: Rhinia major) e, claro, esporângios, pois reproduziam-se por esporos. Tinham um 
caule subterrâneo (rizoma), mais ou menos paralelo à superfície do solo, com rizoides (pelos 
para absorverem água do solo) e um caule aéreo (verde, pois não havendo folhas é o caule 
que tem de ser fotossintético), em cujas extremidades se inseriam os esporângios. 
Atualmente, há um representante destas plantas vasculares primitivas, o PsHotum nudum, 
um pouco mais evoluído do que as Rhinia, pois os esporângios já não são terminais, mas 
inseridos no eixo caulinar. 
 
Fonte: cienciaviva.pt 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
8 
Portanto, a raiz resultou do caule, por geotropismo positivo, e as folhas resultaram do 
achatamento de ramificações caulinares. As raízes ou constituem o prolongamento do caule 
(raízes aprumadas) ou estão inseridas em fascículos na base dos caules (raízes 
fasciculadas). As folhas normalmente são clorofilinas (nomofilos), ou servem para proteger 
outros órgãos das plantas (brácteas), sendo geralmente de tamanho reduzido e não 
clorofilinas, ou são portadoras de esporângios com esporos (esporófilos). Os esporos ou são 
todos do mesmo tamanho (isosporia) ou há uns de menor tamanho (micrósporos) do que 
outros (macrósporos), havendo, neste caso, heterosporia. Raramente existem micrósporos e 
macrósporos no mesmo esporângio. Geralmente, há esporângios apenas com micrósporos 
(microsporângios) ou apenas com macrósporos (macrosporângios). 
3 O REINO PLANTAE 
Todos os seres incluídos no Reino Plantae são: 
 
• EUCARIONTES 
• PLURICELULARES 
• AUTÓTROFOS 
 
A clorofila encontra-se dentro dos plastos: 
 
 
Fonte: colegiofaat.files.wordpress.com 
 
 
 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
9 
3.1 Cloroplastos 
 
 
Fonte: colegiofaat.files.wordpress.com 
 
3.2 Representação simplificada do Processo de Nutrição Vegetal 
 
 
Fonte: colegiofaat.files.wordpress.com 
 
3.3 As plantas: importância ecológica 
As plantas são organismos fotossintetizantes e multicelulares. Em seu corpo, as 
células estão organizadas em conjuntos com funçõesespecíficas, chamados tecidos. As 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
10 
algas e os fungos multicelulares, que estudamos nas unidades anteriores, não são formados 
por tecidos. 
Por serem fotossintetizantes, as plantas são organismos autótrofos, assumindo o 
papel de produtores nos ecossistemas, como as cianobactérias e as algas. 
Os organismos fotossintetizantes possuem células que contêm o pigmento verde 
clorofila. Em algumas plantas podem existir outros pigmentos, de cores diferentes, que podem 
dar outra coloração a elas que não a verde. Assim, a cor predominante da planta pode não 
ser a verde, mas a clorofila está presente. Isso também ocorre com diversas espécies de 
algas. 
Nos eucariontes fotossintetizantes, a clorofila se localiza no interior de organelas 
chamadas cloroplastos. Nas cianobactérias, que são fotossintetizantes, mas procariontes, não 
há cloroplastos. Dizemos que os cloroplastos estão presentes em células eucarióticas de 
algas e plantas. 
As células das plantas apresentam, além dos cloroplastos, uma parede celular externa 
à membrana plasmática, feita de celulose, que confere resistência à célula. Há também os 
vacúolos de suco celular, que são organelas nas quais a água é armazenada. Dependendo 
da espécie de planta e do tecido vegetal, também podem existir pigmentos no vacúolo, como 
o pigmento avermelhado que dá cor às folhas da planta coração-de-maria. 
Além da importância ecológica, as plantas têm, para o ser humano, grande valor 
econômico. Muitas espécies são utilizadas em nossa alimentação e, em função disso, cada 
vez mais são desenvolvidas técnicas agrícolas que visam melhorar a qualidade e aumentar a 
produção. O Brasil, por exemplo, tornou-se grande exportador de café, soja, milho, laranja, 
manga, melão e várias outras plantas e seus 1 derivados, o que favorece a economia de 
muitas cidades e estados brasileiros. 
Há espécies de plantas utilizadas como matéria-prima na produção de remédios e 
outras, ainda, que fornecem madeira, utilizada na fabricação de móveis, casas, pontes e 
dormentes de ferrovias, por exemplo. 
O Brasil é um país muito rico em relação a biodiversidade de plantas. Há 
especialmente 6 biomas brasileiros que merecem ser estudados. 
Um fato interessante sobre as plantas é que elas têm capacidade de movimento. Entre 
eles podemos destacar o tropismo, tactismo e nastismo. Esses movimentos são fundamentais 
para as plantas. 
3.4 Características e classificação das plantas 
Resumidamente podemos classificar assim as plantas. 
 
• Filo Hepatophyta – são as hepáticas 
• Filo Bryophyta – os musgos • Filo Anthocerophyta – antóceros 
• Filo Pterophyta – avencas e samambaias 
• Filo Sphenophyta – cavalinha 
• Filo Lycophyta – os licopódios e selaginelas 
https://planetabiologia.com/o-que-e-clorofila-para-que-uma-planta-utiliza/
https://planetabiologia.com/o-que-e-clorofila-para-que-uma-planta-utiliza/
https://planetabiologia.com/o-que-e-clorofila-para-que-uma-planta-utiliza/
https://planetabiologia.com/os-principais-biomas-brasileiros-resumo/
https://planetabiologia.com/os-principais-biomas-brasileiros-resumo/
https://planetabiologia.com/os-principais-biomas-brasileiros-resumo/
https://aulazen.com/biologia/movimentos-vegetais-tropismo-tactismo-e-nastismo/
https://aulazen.com/biologia/movimentos-vegetais-tropismo-tactismo-e-nastismo/
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
11 
• Filo Psilotophyta – psilotáceas 
• Filo Coniferophyta – coníferas, pinheiros e ciprestes 
• Filo Gnetophyta – gnetáceas 
• Filo Cycadophyta – cicas 
• Filo Ginkgophyta – gincobilobas 
• Filo Magnoliophyta ou Anthophyta – árvores, gramíneas, etc.). 
 
A classificação procura refletir a evolução das plantas. Assim, o cladograma a seguir 
representa as relações evolutivas entre os filos que formam o reino das plantas: briófitas, 
hepatófitas, antocerófitas, pteridófitas, licófitas, shenófitas, psilotófitas, gimnospermas e 
angiospermas. Note que o grupo das plantas, tão diversificado, é descendente de um grupo 
ancestral relacionado com as algas verdes. 
Veja na figura abaixo um cladograma resumido do Reino Plantae. Observe que está 
sendo considerado os grupos mais abundantes e estudados que são as briófitas, pteridófitas, 
gimnospermas e angiospermas. 
 
 
Fonte: planetabiologia.com 
 
3.5 Criptógamas e Fanerógamas 
 
Podemos dividir as plantas em dois grandes grupos: as Criptógamas e Fanerógamas, 
mas qual é a diferença entre criptógamas e fanerógamas? 
 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
12 
3.6 Criptógamas 
 
São as plantas que não possuem flores. Nesse grupo temos as briófitas e pteridóftas. 
São os vegetais mais simples e também os mais dependentes de água. 
 
3.7 Fanerógamas 
 
São as plantas que realizam a sua reprodução sexuada através de flores. Flores nada 
mais são que os órgãos sexuais das plantas. No caso, das gimnospermas e angiospermas. 
 
 
Fonte: mamdala-etec.com 
 
3.8 Briófitas1 
 
https://bit.ly/2SQygzJ 
As briófitas é o grupo do Reino vegetal que não possui órgãos bem definidos como as 
folhas caule ou raiz. É o grupo mais simples do reino vegetal, não possuem nem flores nem 
frutos e seu ciclo de vida é extremamente dependente da água. Sua reprodução pode ser 
tanto assexuada como sexuada. 
 
1 Extraído e adaptado do site: https://planetabiologia.com/caracteristicas-gerais-das-briofitas-
resumo/ 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
13 
As briófitas (do grego bryon = musgo; phyton = planta) mais comuns são os musgos. 
Nesse grupo, ainda estão incluídas as hepáticas (do grego hepatos = fígado – pela sua 
aparência com o formato de um fígado) e os antóceros. 
As briófitas são plantas de tamanho pequeno, nunca ultrapassam poucos centímetros. 
Além disso, costumam ser encontradas em locais úmidos e, de preferência, sombreados. De 
maneira geral, essas plantas vivem sobre troncos, rochas e no solo. Poucas espécies vivem 
em água doce ou em locais banhados pela água do mar. 
São formadas por rizoides, caulídios e filídios. Pode haver também a cápsula, que 
aparece somente em uma das fases do desenvolvimento das briófitas. Os caulídios, filídios e 
rizoides são estruturas diferentes dos caules, das folhas e das raízes que existem em outras 
plantas. Professor (a), caules, folhas e raízes se diferenciam porque apresentam vasos 
condutores de seiva. 
Os rizoides (do grego rhiza = raiz; eidos = semelhante) são responsáveis por fixar as 
briófitas no substrato, que pode ser uma pedra, um tronco de árvore ou o solo. Eles também 
são os responsáveis por absorver água e sais minerais. 
Os caulídios e filídios, além de absorverem água diretamente do ambiente, realizam 
fotossíntese. As briófitas não apresentam vasos condutores, daí serem chamadas de plantas 
avasculares (o prefixo “a”, na frente da palavra, significa negação, sem). Nessas plantas, o 
transporte da água é feito de uma célula para outra, sendo, por isso, mais lento do que nas 
plantas com vasos condutores. Por esse motivo, as briófitas são baixas, pequenas e vivem 
em locais úmidos e geralmente sombreados, onde perdem pouca água para o ambiente. 
 
3.9 Reprodução das briófitas 
 
A seguir, há uma ilustração representando o ciclo de vida dos musgos. Para entendê-
la melhor, acompanhe cada etapa com a descrição apresentada. 
 
Fonte: planetabiologia.com 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
14 
 
As briófitas vivem em locais úmidos e precisam da água para a reprodução. Elas 
apresentam plantas masculinas e plantas femininas, que produzem, respectivamente, os 
gametas (células reprodutivas) masculinos e femininos. 
De tempos em tempos novas briófitas são catalogadas, isto é, há um grande número 
de espécies ainda a serem descobertas. 
 
3.10 Pteridófitas 
 
As pteridófitas são plantas em geral maiores do que as briófitas. Esse fato está 
associado a duas novas características que não estão presentes nas briófitas: presença de 
vasoscondutores (por isso, são plantas vasculares), que permitem que a água e os sais 
minerais sejam distribuídos eficientemente por toda a planta; capacidade de produzir uma 
substância chamada lignina, que torna as células e as estruturas de sustentação da planta 
mais firmes, além de proteger melhor todas as partes do vegetal. 
Além disso, sobre a epiderme (do grego epi = sobre; derme= pele) das pteridófitas 
há a cutícula, que é uma estrutura formada por uma fina camada de substâncias 
impermeabilizantes, que dificultam a perda de água por transpiração. 
 
3.11 Reprodução das pteridófitas 
 
O ciclo de vida das pteridófitas é semelhante ao das briófitas: para que ocorra a 
fecundação, é necessário que o gameta masculino seja transportado pela água até o gameta 
feminino. 
 
Fonte: planetabiologia.com 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
15 
 
De onde vem o xaxim? 
 
 
Fonte: planetabiologia.com 
O xaxim é formado pelo conjunto de raízes que se entrelaçam e partem do caule de 
samambaias arborescentes, como a samambaiaçu (uma planta nativa da Mata Atlântica). Até 
há pouco tempo, o xaxim era muito usado para fazer vasos ou placas para uso ornamental. 
No entanto, sua exploração irracional fez com que ele fosse colocado na lista oficial do 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de 
espécies ameaçadas de extinção. Hoje, a exploração e a comercialização do xaxim estão 
proibidas. 
Como o crescimento da samambaiaçu é muito lento, estima-se que, para conseguir 
um vaso com aproximadamente 45 cm de diâmetro, as samambaiaçus devem ter idade 
mínima de 50 anos! Hoje, como alternativa para os vasos de xaxim, existem vasos feitos com 
fibras extraídas da casca de coco, que, além de continuarem sendo produtos naturais, são 
renováveis, biodegradáveis e recicláveis e ainda substituem perfeitamente os vasos feitos de 
xaxim sem comprometer o ambiente. 
 
3.12 Gimnospermas2 
 
As gimnospermas são plantas vasculares e de grande porte. Ao contrário das briófitas 
e das pteridófitas, elas apresentam independência da água para se reproduzir. Por isso, as 
gimnospermas são amplamente distribuídas no ambiente terrestre. São abundantes 
principalmente em regiões temperadas, onde formam vegetações como as das florestas 
boreais (taiga) no Hemisfério Norte, nas quais predominam os pinheiros, e a Mata de 
Araucárias na Região Sul do Brasil. São também exemplos de gimnospermas as cicas e as 
sequoias, entre outras. 
Nas gimnospermas, as estruturas relacionadas com a reprodução sexuada encontram-
se reunidas em estróbilos. Nos estróbilos masculinos são formados os grãos de pólen que 
 
2 Extraído e adaptado do site: https://planetabiologia.com/reino-plantae-resumo-
caracteristicasclassificacao-dos-vegetais/ 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
16 
vão originar gametas masculinos. Estes não são flagelados. Nos estróbilos femininos são 
formados os gametas femininos. 
 O gameta feminino fica no interior do óvulo. Após a fecundação, há formação do 
embrião e o óvulo transforma-se em semente, cuja função é proteger o embrião e fornecer-
lhe alimento. 
 A denominação gimnosperma deriva do fato de as sementes serem nuas, isto é, 
não abrigadas no interior de frutos {gymnos = nu; spermae = semente). 
Na gimnosperma mais conhecida do Brasil, o pinheiro-do-paraná, as sementes são os 
pinhões e o estróbilo feminino que contém as sementes se chama pinha. Nas gimnospermas, 
o grão de pólen é transportado pelo vento. Após a polinização, o grão de pólen desenvolve 
uma estrutura chamada tubo polímco, que transporta o gameta masculino até o feminino. 
 O tubo polínico é fundamental para a reprodução das fanerógamas, ou seja, das 
angiospermas e das gimnospermas, pois ele leva o gameta masculino (que não é flagelado) 
até o feminino, sem necessidade de meio líquido. O surgimento dessa estrutura foi importante 
para a evolução das plantas, permitindo a conquista de ambientes terrestres mesmo sem 
umidade elevada. Ocorrendo a fecundação, formase o embrião, e o óvulo transforma-se em 
semente. 
Representação esquemática mostrando o ciclo de vida de uma gimnosperma. 
Estruturas em diferentes escalas. 
 
 
Fonte: planetabiologia.com 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
17 
 
3.13 Angiospermas 
 
Nas angiospermas, as estruturas relacionadas com a reprodução sexuada encontram-
se reunidas nas flores. 
As flores completas são formadas pelo pedúnculo e pelo receptáculo, onde se inserem 
os verticilos, que são: 
 
• Cálice: conjunto de sépalas, geralmente verdes; 
• Corola: conjunto de pétalas, que podem apresentar várias cores; 
• Androceu: formado pelos estames; 
• Gineceu: formado por um ou mais pistilos. 
 
 
Fonte: planetabiologia.com 
 
O estame é composto pelo filete e pela antera, no interior da qual se formam os grãos 
de pólen. 
O pistilo é composto pelo ovário e pelo estilete, cujo ápice é o estigma. No interior do 
ovário situa-se o óvulo. 
Há flores que apresentam apenas o androceu ou o gineceu, sendo, portanto, flores 
masculinas ou flores femininas, respectivamente. A maioria delas, entretanto, possui 
androceu e gineceu na mesma flor. 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
18 
Na maioria das angiospermas, a polinização é realizada por animais, principalmente 
insetos e aves. 
Após a fecundação, com o desenvolvimento do embrião, os tecidos do óvulo tornam-
se desidratados e impermeáveis, e a estrutura toda passa a ser denominada semente. 
À medida que a semente se forma, a parede do ovário também se desenvolve, dando 
origem ao fruto, que é formado, portanto, pelo desenvolvimento do ovário. As sementes ficam, 
assim, abrigadas no interior de frutos. Daí provém a denominação angiospermas angio = urna; 
spermae = semente). 
 
 
Fonte: planetabiologia.com 
 
Ao germinar, a semente dá origem à planta jovem (plântula), que se desenvolve, 
tornando-se uma planta adulta. Caso, as flores geralmente possuem características que 
atraem esses animais: podem ser vistosas, coloridas, exalar odor característico, produzir 
substâncias nutritivas. Essas substâncias nutritivas constituem o néctar, que é produzido nos 
nectários, na maioria das vezes localizados no interior da flor. 
 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
19 
4 MORFOLOGIA DOS ORGÃOS VEGETAIS 
As plantas possuem formas muito variadas. Percebemos ao observar, por exemplo, 
uma vitória-régia e um coqueiro. 
Raízes, caules, folhas, frutos e flores são estruturas que comumente chamamos 
órgãos vegetais. Cada órgão possui sua função definida e várias formas possíveis. Vimos que 
as flores são órgãos reprodutivos, e os frutos se originam dessas. Como foi assunto de aulas 
passadas, ao caracterizarmos as angiospermas, aqui trataremos das raízes, caules e folhas. 
5 Raiz3 
 
Fonte: biologianet.uol.com.br 
 
A raiz é imprescindível à planta, haja vista que além de fixar ela absorve do solo os 
nutrientes necessários à sobrevivência do vegetal. Porém há outra função importante que é 
fazer reserva de nutrientes, como no caso dos tubérculos. 
Nos vegetais sem sementes (as pteridófitas) as raízes se desenvolvem ainda nos 
primeiros estágios do crescimento do esporófito. Já nos vegetais com sementes (as 
espermatófitas) as raízes tem origem ainda no embrião. Neste último caso, a radícula é o 
primeiro órgão a se desenvolver no instante em que há a germinação da semente. Porém esta 
radícula trilha caminhos diferentes quando trata-se de Monocotiledôneas e Dicotiledôneas. 
Lembrando que o grupo dos vegetais que apresentam flores pode ter um ou mais 
cotilédones no embrião (semente). Se possui um cotilédone denomina-se 
Monocotiledônea, se possui mais de um denomina-se “Dicotiledônea”. A radícula se 
degenera e todas as raízes brotam a partir da base do caule no caso das Monocotiledôneas, 
já nas Dicotiledôneas a radícula se torna a raiz principal, da qualo sistema radicular se deriva. 
 
3 Extraído do site: https://www.infoescola.com/plantas/raiz/ 
https://www.infoescola.com/plantas/semente/
https://www.infoescola.com/plantas/semente/
https://www.infoescola.com/plantas/semente/
https://www.infoescola.com/biologia/pteridofitas-pteridophyta/
https://www.infoescola.com/biologia/pteridofitas-pteridophyta/
https://www.infoescola.com/biologia/esporofito/
https://www.infoescola.com/biologia/esporofito/
https://www.infoescola.com/plantas/divisao-spermatophyta/
https://www.infoescola.com/plantas/divisao-spermatophyta/
https://www.infoescola.com/plantas/divisao-spermatophyta/
https://www.infoescola.com/plantas/divisao-spermatophyta/
https://www.infoescola.com/plantas/monocotiledoneas/
https://www.infoescola.com/plantas/monocotiledoneas/
https://www.infoescola.com/plantas/monocotiledoneas/
https://www.infoescola.com/plantas/cotiledone/
https://www.infoescola.com/plantas/cotiledone/
https://www.infoescola.com/plantas/cotiledone/
https://www.infoescola.com/plantas/cotiledone/
https://www.infoescola.com/plantas/caule/
https://www.infoescola.com/plantas/caule/
https://www.infoescola.com/plantas/caule/
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
20 
Podemos classificá-las basicamente quanto ao habitat: Subterrâneas, Aéreas e 
Aquáticas. 
 
5.1 Raízes Subterrâneas 
 
São raízes que ficam sob o solo e possuem várias formas, permitindo assim uma 
subclassificação: axial ou pivotante, ramificada, fasciculada e tuberosa. 
 
5.2 Raiz Axial ou Pivotante 
 
Neste tipo de raiz subterrânea, típica das dicotiledôneas, é possível detectar com 
clareza uma raiz principal distinta das raízes secundárias, como na ilustração abaixo: 
 
Fonte: infoescola.com 
5.3 Raiz Ramificada 
 
No tipo de raiz subterrânea ramificada não é possível detectar tão facilmente a raiz 
principal das outras raízes. Pois como já diz o próprio nome há uma ramificação secundária, 
terciária e assim sucessivamente, sempre a partir da raiz primária. Veja na figura abaixo: 
 
 
Fonte: infoescola.com 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
21 
5.4 Raiz Fasciculada 
 
Neste caso é impossível distinguir a raiz principal das demais raízes. 
 
Fonte: infoescola.com 
 
5.5 Raiz Tuberosa 
A principal característica deste tipo de raiz é o acúmulo de reservas de nutrientes, 
sendo muito utilizada na nossa alimentação. Um exemplo clássico é a cenoura. 
 
 
Fonte: infoescola.com 
 
 
 
 
https://www.infoescola.com/plantas/cenoura/
https://www.infoescola.com/plantas/cenoura/
https://www.infoescola.com/plantas/cenoura/
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
22 
 
5.6 Raízes Aéreas 
 
Essas raízes são visíveis, pois ficam sempre acima do solo. Há subgrupos dessas 
raízes, são: estranguladoras, grampiformes ou aderentes, respiratórias ou pneumatóforos, 
suporte, sugadoras e tabulares ou sapopemas. 
 
5.7 Raiz Estranguladora 
 
São raízes que, de certa forma, “abraçam” outro vegetal. Na maioria dos casos onde 
isto ocorre há a morte do hospedeiro. 
 
 
Fonte: infoescola.com 
5.8 Raiz Grampiforme ou Aderente 
 
Essas raízes são responsáveis por fixar a planta trepadora à um suporte. Veja na figura 
abaixo: 
 
Fonte: infoescola.com 
 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
23 
5.9 Raiz Respiratória ou Pneumatóforo 
 
Esse tipo de raiz é responsável por auxiliar a respiração do vegetal, como já diz seu 
nome. 
 
 
Fonte: infoescola.com 
 
5.10 Raiz Suporte 
 
Esta raiz auxilia no suporte do vegetal. É comum encontrarmos este tipo de raiz nos 
manguezais. 
 
 
Fonte: infoescola.com 
 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
24 
 
5.11 Raiz Sugadora 
 
Este tipo de raiz adentra o corpo da planta hospedeira, de maneira a absorver todo ou 
parte do alimento do vegetal. 
 
 
 
Fonte: https://bit.ly/3nIehBH 
 
5.12 Raiz Tubular ou Sapopema 
 
 
Fonte: infoescola.com 
São raízes grandes, bem desenvolvidas, que conferem estabilidade para planta. 
 
 
 
 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
25 
5.13 Raízes Aquáticas 
 
Como o próprio nome já traduz, esta raiz se desenvolve em plantas aquáticas. 
Diferindo das raízes subterrâneas, a função deste tipo de raiz não é fixar, mas apenas 
absorver os nutrientes flutuantes presentes na água. 
 
 
Fonte: infoescola.com 
6 Caule4 
O caule realiza a integração de raízes e folhas, tanto do ponto de vista estrutural como 
funcional. Em outras palavras, além de constituir a estrutura física onde se inserem raízes e 
folhas, o caule desempenha as funções de condução de água e sais minerais das raízes para 
as folhas, e de condução de matéria orgânica das folhas para as raízes. 
 
 
Fonte: todamateria.com.br 
 
4 Extraído e adaptado: "Caule" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2018. 
Consultado em 26/11/2018 às 14:01. Disponível na Internet 
em https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Morfofisiologia_vegetal/morfovegetal3.php 
https://www.infoescola.com/biologia/plantas-aquaticas/
https://www.infoescola.com/biologia/plantas-aquaticas/
https://www.infoescola.com/biologia/plantas-aquaticas/
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
26 
Caules jovens têm células clorofiladas e são revestidos por uma epiderme 
uniestratificada, isto é, formada por uma única camada (estrato) de células. Plantas que 
apresentam pequeno crescimento em espessura, como as gramíneas, por exemplo, também 
apresentam caules revestidos pela epiderme e está pode ainda apresentar sobre si, 
externamente, uma cutícula protetora. 
 
 
Fonte: https://bit.ly/3dqAsqY 
Já em plantas que cescem muito em espessura, transformando-se em arbustos ou 
árvores, a epiderme é substituída por um revestimento complexo, formado por vários tecidos. 
O tecido mais externo é formado por células mortas, que conferem o aspecto áspero e opaco 
aos troncos das árvores. Esse revestimento multitecidual, denominado periderme, 
acompanha o crescimento em espessura dos troncos. 
Os caules são, em geral, estruturas aéreas, que crescem verticalmente em relação ao 
solo. Existem, no entanto, caules que crescem horizontalmente, muitas vezes, 
subterraneamente. 
Caules subterrâneos podem ser distinguidos de raízes porque apresentam gemas ou 
botões vegetativos, a partir dos quais podem se desenvolver ramos e folhas. 
 
6.1 Gemas 
 
As gemas caulinares são formadas por grupos de células meristemáticas, capazes de 
se multiplicar ativamente por mitose. Um conjunto de células meristemáticas forma um 
meristema, motivo pela qual as gemas caulinares também são chamadas meristemas 
caulinares. 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
27 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
 
No ápice do caule (e de cada ramo) existe sempre uma gema (ou meristema) apical, 
que permite o crescimento em extensão graças à multiplicação das células meristemáticas. À 
medida que o caule cresce diferenciam-se lateralmente, regiões onde surgem folhas e gemas 
axilares (ou laterais). As regiões onde se inserem as folhas e as gemas são denominadas nós 
e os espaços entre os nós, são chamados entrenós. 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
As gemas axilares são meristemas localizados no caule, junto ao ângulo formado entre 
a folha e o ramo, que os botânicos denominaram “axila” foliar. As gemas axilares permanecem 
inativas durante certo período, denominado dormência após o qual podem entrar em 
atividade, originando ramos laterais. 
 
 
 
 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
28 
6.2 Troncos 
São caules robustos, desenvolvidos na parte inferior e ramificados no ápice. 
São encontrados na maioria das árvores e arbustos do grupo das dicotiledôneas. 
 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
 
Estipes são caules geralmente não ramificados, que apresentam em seu ápice um tufo 
de folhas. São típicos das palmeiras. 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
 
Colmos são caules não-ramificados que se distinguem dos estipes por apresentarem, 
em toda a sua extensão, divisão nítida em gomos. Os gomos dos colmospodem ser ocos 
como no bambu, ou cheios como no milho ou na cana-deaçúcar. 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
http://www.sobiologia.com.br/
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BOTÂNICA ESTRUTURAL 
29 
Caules trepadores estão presentes em plantas trepadeiras e crescem enrolados sobre 
diversos tipos de suporte. Esse tipo de caule representa uma adaptação à obtenção de locais 
mais iluminados, em que há mais luz para a fotossíntese. 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
6.3 Estolão 
 
Estolão ou estolho é um tipo de caule que cresce paralelamente ao chão, produzindo 
gemas de espaço em espaço. 
Essas gemas podem formar raízes, folhas e originar novas plantas. 
 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
 
http://www.sobiologia.com.br/
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BOTÂNICA ESTRUTURAL 
30 
6.4 Rizomas 
 
Rizomas são caules subterrâneos que acumulam substâncias nutritivas. Em alguns 
rizomas ocorre acúmulo de material nutritivo em certas regiões, formando tubérculos. 
Rizomas podem ser distinguidos de raízes pelo fato de apresentarem gemas laterais. O 
gengibre, usado como tempero na cozinha oriental, é um caule tipo rizoma. 
Na bananeira, o caule é um rizoma e a parte aérea é constituída exclusivamente por 
folhas. Uma única vez na vida de uma bananeira um ramo caulinar cresce para fora do solo, 
dentro do conjunto de folhas, e forma em seu ápice uma inflorescência que se transforma em 
um cacho com várias pencas de bananas. 
A batata-inglesa possui um caule subterrâneo que forma tubérculos, as batatas, um 
dos alimentos mais consumidos no mundo. 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
 
6.5 Bulbos 
Bulbos são estruturas complexas formadas pelo caule e por folhas modificadas. Os 
bulbos costumam ser classificados em três tipos: tunicado, escamoso e cheio. 
O exemplo clássico de bulbo tunicado é a cebola, cuja porção central, chamada prato, 
é pouco desenvolvida. Da parte superior do prato partem folhas modificadas, muito ricas em 
substâncias nutritivas: são os catafilos, que formam a cabeça da cebola. Da porção inferior 
do prato partem as raízes. 
O bulbo escamoso difere do tunicado pelo fato dos catafilos se disporem como 
escamas parcialmente sobrepostas. Esse tipo de bulbo é encontrado no lírio. 
No caso do bulbo cheio, as escamas são menos numerosas e revestem o bulbo como 
se fosse uma casca. Bulbos cheios estão presentes na palma. 
http://www.sobiologia.com.br/
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BOTÂNICA ESTRUTURAL 
31 
 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
6.6 Cladódios 
Cladódios são caules modificados, adaptados à realização de fotossíntese. As plantas 
que os possuem perderam as folhas no curso da evolução, geralmente como adaptação a 
regiões de clima seco. A ausência de folhas permite à planta economizar parte da água que 
será perdida por evaporação. 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
 
6.7 Gavinhas 
Gavinhas são ramos modificados que servem para a fixação de plantas trepadeiras. 
Ao encontrar um substrato adequado as gavinhas crescem enrolando-se sobre ele. 
Espinhos são ramos curtos, resistentes e com ponta afiada, cuja função é proteger a 
planta, afastando dela animais que poderiam danificá-la. Os espinhos tanto podem surgir por 
modificações de folhas, como nas cactáceas, como se originar do caule. Nesse caso forma-
se nas axilas das folas, a partir de uma gema axilar, como ocorre nos limoeiros e laranjeiras. 
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BOTÂNICA ESTRUTURAL 
32 
Nas roseiras não há espinhos verdadeiros e sim acúleos, estruturas afiadas originadas 
da epiderme, o que explica serem facilmente destacáveis da planta, ao contrário dos 
espinhos. 
 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
 
7 Folha5 
De formato extremamente variável, uma folha completa é formada por um “cabinho”, 
o pecíolo, e uma superfície achatada dotada de duas faces, o limbo percorrido pelas nervuras. 
A principal função da folha é servir como local em que é realizada a fotossíntese. Em 
algumas plantas, existem folhas modificadas e que exercem funções especializadas, como as 
folhas aprisionadoras de insetos das plantas insetívoras, e os espinhos dos cactos. 
Uma folha é sempre originada a partir de uma gema lateral do caule. Existem dois 
tipos básicos de folhas quanto ao tipo de nervura que apresentam: as paralelinérveas, típicas 
das monocotiledôneas, e as reticulinérveas, comuns em eudicotiledôneas. 
 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
 
Eudicotiledôneas são uma das duas principais classes de angiospermas; inicialmente 
contidas dentro do grupo das dicotiledôneas, que foi desmembrado por não ser monofilético. 
 
5 Extraído do site: 
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Morfofisiologia_vegetal/morfovegetal7.php 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
33 
O prefixo eu significa verdadeiro, portanto este termo designaria as plantas que 
realmente apresentam dois cotilédones. Esse grupo difere-se da antiga dicotiledônea por 
apresentar somente plantas que apresentem grão de pólen triaperturado, característica 
derivada de um ancestral comum, que torna o grupo monofilético. 
Em algumas plantas, principalmente monocotiledôneas, não há um tecido 
propriamente dito, mas uma estrutura conhecida pelo nome de bainha, que serve de elemento 
de ligação da folha à planta. É o caso, por exemplo, da folha de milho. Já em eudicotiledôneas, 
próximas aos pecíolos existem estruturas de formatos diversos que podem ser pontiagudas, 
laminares ou com a forma de espinhos conhecidas por estípulas. 
 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
 
O formato e a cor das folhas são muito variáveis e algumas delas chamam a atenção 
por sua estrutura peculiar. É o caso por exemplo, das folhas modificadas presentes em plantas 
carnívoras, cuja adaptação auxilia na captura de insetos. Também é especialmente 
interessante a coloração de certas brácteas, pequenas folhas modificadas na base das flores, 
apresentam: de tão coloridas, elas atuam como importante elemento para atração dos insetos. 
 
 
Fonte: https://bit.ly/3iTbaDi 
Em muitas espécies de angiospermas, principalmente nas adaptadas a regiões 
temperadas, as folhas caem no outono e renascem na primavera. 
http://www.sobiologia.com.br/
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
34 
Plantas que perdem as folhas em determinada estação do ano são chamadas 
decíduas ou caducifólias. Plantas que não perdem as folhas são chamadas de perenes. 
A queda das folhas no outono é interpretada como uma adaptação ao frio intenso e à 
neve. Em vez de ter as folhas lesadas pelo frio do inverno, a planta as derruba 
“deliberadamente” no outono, em um processo por ela controlado. 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
A queda das folhas ocorre por meio de um processo chamado abscisão foliar. 
Inicialmente forma-se um tecido cicatricial na região do pecíolo que une a folha ao caule, o 
tecido de abscisão, que interrompe gradativamente a passagem de água e nutrientes minerais 
do caule para a folha. A planta, assim, perde as folhas com o mínimo de prejuízo e reduz a 
atividade metabólica durante todo o inverno. Na primavera, surgem novos primórdios foliares 
junto às gemas dormentes, que logo se desenvolvem em folhas. 
 
7.1 Classificação das folhas 
 
As folhas podem ser classificadas de diversas maneiras: de acordo com a sua 
disposição no caule, a forma do limbo, a forma da borda etc. 
 
7.2 Filotaxia 
 
Filotaxia é o modo como as folhas estão arranjadas no caule. Existem três tipos 
básicos de filotaxia: oposta, verticilada e alternada. 
A filotaxia é oposta quando existem duas folhas por nó, inseridas em regiões opostas. 
Quando três ou mais folhas inserem-se no mesmo nó, a filotaxia é chamada verticilada. 
Quando as folhas se inserem em regiões ligeiramente deslocadas entre si, em nós sucessivos, 
descrevendo uma hélice, a filotaxia é chamada alternada. 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
35Fonte: https://bit.ly/3dmnZ7Q 
 
7.3 Tipos de limbo 
 
O limbo pode ser simples (não-dividido) ou composto, dividido em dois, três ou mais 
folíolos. Caso os folíolos de um limbo composto partam todos de um mesmo ponto do pecíolo, 
dispondo-se como os dedos de uma mão, a folha é chamada de palmada. 
 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
Quando os folíolos de dispõem ao longo do pecíolo, a folha é chamada de penada. As 
folhas penadas podem terminar em um único folíolo, sendo chamadas imparipenadas, ou em 
dois folíolos, sendo chamadas paripenadas. A forma e o tipo de borda do limbo são outras 
características utilizadas na classificação de folhas. 
8 Flor6 
A flor é o órgão reprodutivo das plantas angiospermas. Flores que apresentam órgãos 
reprodutores de ambos os sexos, masculino e feminino, são chamadas de hermafroditas (ou 
monóica). 
Já as flores que apresentam órgãos reprodutores de apenas um dos sexos (masculino 
ou feminino) são chamadas de dióica. 
 
6 Extraído e adaptado do site: "Flor" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2018. 
Consultado em 26/11/2018 às 14:51. Disponível na Internet 
em https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Morfofisiologia_vegetal/morfovegetal8.php 
 
http://www.sobiologia.com.br/
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
36 
 
https://bit.ly/3lFBu5y 
 
Uma flor hermafrodita é geralmente constituída por quatro conjuntos de folhas 
modificadas, os verticilos florais. Os verticilos se inserem em um ramo especializado, 
denominado receptáculo floral. Os quatro verticilos florais são o cálice, constituído pelas 
sépalas, a corola, constituída pelas pétalas, o androceu, constituído pelos estames, e o 
gineceu, constituído pelos carpelos. 
 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
 
8.1 Flores completas e incompletas 
 
Uma flor que apresenta os quatro verticilos florais, ou seja, cálice, corola, androceu e 
gineceu, é uma flor completa. Quando falta um ou mais desses componentes, a flor é 
chamada incompleta. 
 
 
 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
37 
8.2 Cálice, corola e perianto 
 
As sépalas são geralmente verdes e lembram folhas. São as partes mais externas da 
flor e a sua função é cobrir e proteger o botão floral antes dele se abrir. O conjunto de sépalas 
forma o cálice floral. 
 Pétalas são estruturas geralmente coloridas e delicadas e se localizam 
internamente às sépalas. O conjunto de pétalas forma a corola. 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
O conjunto formado pelos dois verticilos florais mais externos, o cálice e a corola, é 
denominado perianto (do grego Peri, em torno, e anthos, flor). 
 
8.3 Estames 
 
São folhas modificadas, onde se formam os gametas masculinos da flor. O conjunto 
de estames forma o androceu (do grego andros, homem, masculino). Um estame geralmente 
apresenta uma parte alongada, o filete, e uma parte terminal dilatada, a antera. 
O interior da antera é geralmente dividido em quatro cavidades, dentro das quais se 
formam os grãos de pólen. No interior de cada grão de pólen forma-se dois gametas 
masculinos, denominados núcleos espermáticos. Quando a flor está madura, as anteras se 
abrem e libertam os grãos de pólen. 
 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
38 
 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
 
8.4 Carpelos 
 
Carpelos são folhas modificadas, em que se formam os gametas femininos da flor. Um 
ou mais carpelos formam uma estrutura em forma de vaso, o pistilo. Este apresenta uma 
região basal dilatada, o ovário, do qual parte um tubo, o estilete, que termina em uma região 
dilatada, o estigma. O conjunto de pistilos de uma flor constitui o gineceu (do grego gyncos, 
mulher, feminino). 
 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
39 
O pistilo pode ser constituído por um, dois ou mais carpelos, dependendo do tipo de 
flor. Em geral, o número de câmaras internas que o ovário apresenta corresponde ao número 
de carpelos que se fundiram para formá-lo. No interior do ovário formam-se um ou mais 
óvulos. 
Os óvulos vegetais são estruturas complexas, constituídas por muitas células. 
Nisso os óvulos vegetais diferem dos óvulos animais, que são estruturas unicelulares. 
No interior de cada óvulo vegetal se encontra uma célula especializada, a oosfera, que é o 
gameta feminino propriamente dito. 
 
8.5 Diagramas florais 
 
O número dos tipos de peças florais estudadas é variável de flor para flor e pode ser 
representado esquematicamente por um diagrama. Cada tipo pode ser representado por 3, 4 
ou 5 peças ou múltiplos desses números. Na flor do hibisco, por exemplo, uma planta comum 
em jardins, há 5 sépalas, 5 pétalas, um número múltiplo de 5 estames e um pistilo cujo ovário 
é dividido em 5 lojas. 
 
8.6 Inflorescências 
Em algumas plantas, muitas flores se agrupam em um mesmo ramo, formando 
conjuntos denominados inflorescências. 
Flor do brócolis 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
9 Fruto7 
Os frutos surgem do desenvolvimento dos ovários, geralmente após a fecundação dos 
óvulos. 
 
7 Extraído e adaptado: : "Frutos e sementes" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 
2008-2018. Consultado em 26/11/2018 às 15:49. Disponível na Internet 
em https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Morfofisiologia_vegetal/morfovegetal12.php 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
40 
 
Fonte: pt.depositphotos.com 
 
Em geral, a transformação do ovário em fruta é induzida por hormônios liberados pelos 
embriões em desenvolvimento. Existem casos, porém, em que ocorre a formação de frutos 
sem que tenha havido polinização. 
 
9.1 Partes do fruto 
 
Um fruto é constituído por duas partes principais: o pericarpo, resultante do 
desenvolvimento das paredes do ovário, e as sementes, resultantes do desenvolvimento dos 
óvulos fecundados. 
 O pericarpo compõe-se de três camadas: epicarpo (camada mais externa), 
mesocarpo (camada intermediária) e endocarpo (camada mais interna). Em geral o 
mesocarpo é a parte do fruto que mais se desenvolve, sintetizando e acumulando substâncias 
nutritivas, principalmente açucares. 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
 
9.2 Classificação dos frutos 
 
Diversas características são utilizadas para se classificar os frutos, entre elas o tipo de 
pericarpo, se o fruto se abre ou não espontaneamente para liberar as sementes, etc. 
Frutos que apresentam pericarpo suculento são denominados carnosos e podem ser 
do tipo baga, quando se originam de ovários uni ou multicarpelares com sementes livres (ex.: 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
41 
tomate, abóbora, uma e laranja), ou do tipo drupa, quando se originam de ovários 
unicarpelares, com sementes aderidas ao endocarpo duro (ex.: azeitona, pêssego, ameixa e 
amêndoa). 
Frutos que apresentam endocarpo não suculento são chamados de secos e podem 
ser deiscentes, quando se abrem ao amadurecer, liberando suas sementes, ou indeiscentes, 
quando não se abrem ao se tornar maduros. 
 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
 
9.3 A diferença de fruta e fruto 
 
O que se conhece popularmente por “frutas” não tem significado botânico. Fruta é 
aquilo que tem sabor agradável, às vezes azedo, às vezes doces. É o caso da laranja, 
pêssego, caju, banana, pêra, maçã, morango, amora. Note que nem toda fruta é fruto 
verdadeiro. 
Já o tomate, a berinjela, o jiló e a abobrinha, entre outros, são frutos verdadeiros, mas 
não são frutas. 
 
9.4 Pseudofrutos e frutos partenocárpicos 
 
Nos pseudofrutos, a porção comestível não corresponde ao ovário desenvolvido. 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
42 
No caju, ocorre hipertrofia do pedúnculo floral. Na maça, na pêra e no morango, é o 
receptáculo floral que se desenvolve. 
Assim, ao comer a polpa de um abacate ou de uma manga, você está se alimentando 
do fruto verdadeiro. No entanto, ao saborear um caju ou uma maça, você está mastigando o 
pseudofruto. 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
No caso dabanana e da laranja de umbigo (baiana), o fruto é partenocárpico, 
corresponde ao ovário desenvolvido sem fecundação, logo, sem sementes. 
 
9.5 Origem e estrutura da semente8 
 
Fonte: sementessantafe.com.br 
 
8 Extraído e adaptado do site: "Pseudofrutos e frutos partenocárpicos" em Só Biologia. Virtuous 
Tecnologia da Informação, 2008-2018. Consultado em 26/11/2018 às 15:55. Disponível na Internet 
em https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Morfofisiologia_vegetal/morfovegetal13.php 
 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
43 
A semente é o óvulo modificado e desenvolvido. Toda a semente possui um envoltório, 
mais ou menos rígido, um embrião inativo da futura planta e um material de reserva alimentar 
chamado endosperma ou albúmen. 
Em condições ambientais favoráveis, principalmente de umidade, ocorre a hidratação 
da semente e pode ser iniciada a germinação. 
 
9.6 Os cotilédones 
 
Todo o embrião contido em uma semente de angiosperma é um eixo formado por duas 
extremidades: 
A radícula, que é a primeira estrutura a emergir, quando o embrião germina; O 
caulículo, responsável pela formação das primeiras folhas embrionárias. 
Uma “folha” embrionária merece especial atenção. É o cotilédone. Algumas 
angiospermas possuem dois cotilédones, outras possuem apenas um. Plantas que possuem 
dois cotilédones, são chamadas de eudicotiledôneas e plantas que possuem um cotilédone 
sã chamadas de monocotiledôneas. Os cotilédones inserem-se no caulículo, que dará origem 
ao caule. 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
 
 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
44 
10 BIOLOGIA DA REPRODUÇÃO DAS MAGNOLIOPHYTAS9 
As angiospermas foram subdivididas em duas classes: as monocotiledôneas e as 
dicotiledôneas. 
São exemplos de angiospermas monocotiledôneas: capim, cana-de-açúcar, milho, 
arroz, trigo, aveias, cevada, bambu, centeio, lírio, alho, cebola, banana, bromélias e 
orquídeas. 
São exemplos de angiospermas dicotiledôneas: feijão, amendoim, soja, ervilha, 
lentilha, grão-de-bico, pau-brasil, ipê, peroba, mogno, cerejeira, abacateiro, acerola, roseira, 
morango, pereira, macieira, algodoeiro, café, jenipapo, girassol e margarida. 
10.1 Monocotiledôneas e dicotiledôneas: algumas diferenças 
Entre as angiospermas, verificam-se dois tipos básicos de raízes: fasciculadas e 
pivotantes. 
Raízes fasciculadas - Também chamadas raízes em cabeleira, elas formam numa 
planta um conjunto de raízes finas que têm origem num único ponto. Não se percebe nesse 
conjunto de raízes uma raiz nitidamente mais desenvolvida que as demais: todas elas têm 
mais ou menos o mesmo grau de desenvolvimento. As raízes fasciculadas ocorrem nas 
monocotiledôneas. 
Raízes pivotantes - Também chamadas raízes axiais, elas formam na planta uma raiz 
principal, geralmente maior que as demais e que penetra verticalmente no solo; da raiz 
principal partem raízes laterais, que também se ramificam. As raízes pivotantes ocorrem nas 
dicotiledôneas. 
 Raiz fasciculada e pivotante, respectivamente: 
 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
 
Em geral, nas angiospermas verificam-se dois tipos básicos de folhas: paralelinérvea 
e reticulada. 
 
 
9 Extraído e adaptado: https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos4/angiospermas2.php 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
45 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
Folhas paralelinérveas - São comuns nas angiospermas monocotiledôneas. As 
nervuras se apresentam mais ou menos paralelas entre si. 
Folhas reticuladas - Costumam ocorrer nas angiospermas dicotiledôneas. As 
nervuras se ramificam, formando uma espécie de rede. 
Existem outras diferenças entre monocotiledôneas e dicotiledôneas, mas vamos 
destacar apenas a responsável pela denominação dos dois grupos. 
 
 
https://bit.ly/3lOfcyJ 
O embrião da semente de angiosperma contém uma estrutura chamada cotilédone. 
O cotilédone é uma folha modificada, associada a nutrição das células embrionárias que 
poderão gerar uma nova planta. 
 
 
Fonte: www.sobiologia.com.br 
 
http://www.sobiologia.com.br/
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
46 
Sementes de monocotiledôneas. Nesse tipo de semente, como a do milho, existe 
um único cotilédone; daí o nome desse grupo de plantas ser monocotiledôneas (do grego 
mónos: 'um', 'único'). As substâncias que nutrem o embrião ficam armazenadas numa região 
denominada endosperma. O cotilédone transfere nutrientes para as células embrionárias em 
desenvolvimento. 
Sementes de dicotiledôneas. Nesse tipo de semente, como o feijão, existem dois 
cotilédones - o que justifica o nome do grupo, dicotiledôneas (do grego dís: 'dois'). O 
endosperma geralmente não se desenvolve nas sementes de dicotiledôneas; os dois 
cotilédones, então armazenam as substâncias necessárias para o desenvolvimento do 
embrião 
 
 
 
 
 
 
 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
47 
11 Polinização 
 
Fonte: sobiologia.com.br 
Polinização é o processo de transferência dos grãos de pólen da antera ao estigma 
das flores. A autogâmica ou autopolinização (auto= mesmo, próprio; gamo, gamica = união) 
é a polinização dentro da mesma flor, como observada no trigo, cevada e feijão. Já a alogamia 
ou polinização cruzada ocorre quando a polinização é entre flores diferentes. Caso essas duas 
flores pertençam a mesma planta é chamada de geitonogamia, e se as flores estiverem em 
planta distintas recebem o nome de xenogamia. 
Na natureza existem alguns mecanismos que reduzem ou impedem a autopolinização 
nas plantas. Entre eles, pode-se destacar a separação dos sexos em plantas diferentes, 
considerado um dos mecanismos mais seguros. O amadurecimento em épocas distintas do 
androceu e do gineceu também é uma tática importante, pois impede que o pólen caia e 
germine no estigma da mesma flor. Certas plantas ainda apresentam diferenças morfológicas 
no estilete, sendo que em algumas ocorrem estiletes longos e em outros estiletes curtos. 
A polinização pode ser realizada por agentes abióticos, como o vento e a água, ou 
bióticos, como os insetos, pássaros, morcego e o próprio homem. A anemofolia é a 
polinização executada pelo vento, ocorrendo tipicamente em gramíneas. Já a hidrofilia é a 
polinização promovida pela água, na qual os grãos de pólen flutuam e se encaminham para 
o estigma exposto. A ornitofilia é a polinização feita por pássaros, que buscam as flores por 
causa do néctar. 
Os morcegos também se alimentam de néctar, com menor frequência de pólen, sendo 
este tipo de polinização designado quiropterofilia. A polinização efetuada por insetos é 
denominada entomofilia. Os insetos são atraídos pelas cores, formas e odores das flores, por 
isso acredita-se que exista uma coevolução entre eles. A entomofilia apresenta subcategorias, 
de acordo com o tipo de inseto: cantarofilia, é a polinização por besouros; miofilia, por moscas; 
melitofilia, por abelhas; psicofilia, por borboletas; e falenofilia, por mariposas. 
 
https://www.infoescola.com/plantas/polen/
https://www.infoescola.com/plantas/polen/
https://www.infoescola.com/plantas/polen/
https://www.infoescola.com/plantas/trigo/
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https://www.infoescola.com/plantas/trigo/
https://www.infoescola.com/plantas/cevada/
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https://www.infoescola.com/plantas/feijao/
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https://www.infoescola.com/plantas/androceu/
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https://www.infoescola.com/plantas/gineceu/
https://www.infoescola.com/plantas/gineceu/
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https://www.infoescola.com/plantas/polen/
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https://www.infoescola.com/plantas/flor/
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https://www.infoescola.com/plantas/flor/https://www.infoescola.com/biologia/insetos/
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https://www.infoescola.com/animais/morcego/
https://www.infoescola.com/animais/morcego/
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https://www.infoescola.com/plantas/gramineas/
https://www.infoescola.com/plantas/gramineas/
https://www.infoescola.com/biologia/insetos/
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https://www.infoescola.com/ecologia/coevolucao/
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https://www.infoescola.com/insetos/besouros/
https://www.infoescola.com/insetos/besouros/
https://www.infoescola.com/insetos/besouros/
https://www.infoescola.com/insetos/moscas/
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https://www.infoescola.com/insetos/abelha/
https://www.infoescola.com/insetos/abelha/
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
48 
 
Fonte: infoescola.com 
Pós a polinização, inicia-se o processo de fecundação. Após ser depositado no 
estigma, inicia-se a fase do acoplamento, a qual consiste na germinação do grão de pólen e 
na formação do tubo polínico, que germina no interior do estilete até atingir o ovário. Os dois 
gametas masculinos migram e penetram no óvulo, sendo que um deles fecunda a oosfera, 
originando o zigoto, e o outro se une aos núcleos polares, formando o endosperma. O 
endosperma é um tecido que acumula substâncias para a nutrição do embrião. Esse 
fenômeno é denominado de dupla fecundação, e é considerado exclusivo das angiospermas. 
O desenvolvimento embrionário começa com a divisão mitótica do zigoto, que 
estabelece uma polaridade no embrião, originando uma raiz embrionária chamada de radícula 
em uma das extremidades, e o meristema apical do caule, conhecido como caulículo, na outra. 
Após a formação do embrião, o tegumento ovular diferencia-se em uma casca resistente, e o 
conjunto passa a se denominar semente. As sementes liberam hormônios que estimulam o 
desenvolvimento da parede do ovário, originando o fruto. Devido a seu papel na disseminação 
das sementes, os frutos apresentam uma grande importância na evolução das plantas, 
contribuindo para o sucesso no estabelecimento desse grupo. 
 
https://www.infoescola.com/plantas/polen/
https://www.infoescola.com/plantas/polen/
https://www.infoescola.com/plantas/polen/
https://www.infoescola.com/plantas/endosperma/
https://www.infoescola.com/plantas/endosperma/
https://www.infoescola.com/plantas/endosperma/
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https://www.infoescola.com/biologia/angiospermas/
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https://www.infoescola.com/biologia/mitose/
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https://www.infoescola.com/plantas/raiz/
https://www.infoescola.com/plantas/raiz/
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https://www.infoescola.com/biologia/meristema/
https://www.infoescola.com/biologia/meristema/
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https://www.infoescola.com/plantas/caule/
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https://www.infoescola.com/histologia/tegumento/
https://www.infoescola.com/histologia/tegumento/
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https://www.infoescola.com/plantas/semente/
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https://www.infoescola.com/biologia/evolucao-das-plantas/
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BOTÂNICA ESTRUTURAL 
49 
12 Germinação10 
 
Fonte: brasilescola.uol.com.br 
Uma das etapas mais difíceis e importantes para a vida de uma planta se refere 
exatamente ao período em que há a quebra da dormência da semente e esta inicia seu 
desenvolvimento. Seria algo semelhante para nós ao período gestacional, uma vez que se 
necessita de cuidados e condições especiais. Assim, plantas como angiospermas e 
gimnospermas, desenvolveram evolutivamente um complexo sistema que as permitem ter um 
grande potencial de sucesso no processo germinativo de suas sementes. 
Para que haja a formação das sementes, várias estruturas e, às vezes, até mesmo 
animais têm que estar presentes contribuindo de alguma forma e permitindo a formação dessa 
estrutura. A semente é fundamental para a continuidade de uma espécie, mesmo que esta 
planta consiga se reproduzir de forma assexuada, uma vez que a mistura gênica formada 
durante a reprodução sexuada é essencial para o processo de adaptação e, 
consequentemente, de evolução desta espécie. 
As angiospermas são as plantas que apresentam adaptações mais evidentes. Para 
isso, desenvolveram flores como estruturas para promover a polinização utilizando (graças às 
suas propriedades físicas, como a cor das pétalas, e químicas, como a fragrância e as 
substâncias nutritivas) mecanismos que permitem a relação com animais diversos, 
promovendo sua fertilização. 
Dentro de cada flor fêmea ou hermafrodita, existem os óvulos que, após serem 
fecundados, originarão as sementes. 
Entretanto, é necessário que estas sementes não germinem próximo à planta que a 
formou, caso contrário haverá entre está e a nova planta que germinará, uma competição que 
será prejudicial para ambas. Desta forma, através de outra estrutura (o fruto) as plantas 
angiospermas permitem que a dispersão das sementes seja feita. Este processo conta 
novamente com a participação de animais que, ao se alimentarem de seus frutos, engolem 
 
10 Extraído e adaptado do site: FERREIRA, Fabricio Alves. "Germinação"; Brasil Escola. Disponível 
em <https://brasilescola.uol.com.br/biologia/germinacao.htm>. Acesso em 26 de novembro de 2018. 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
50 
as sementes, e ao se deslocarem para outros lugares, as liberam através de suas fezes, 
permitindo que estas germinem em áreas distantes. 
Quando neste novo lugar, por exemplo, as sementes necessitam de condições 
propícias para quebrar seu estágio de repouso e iniciar sua germinação. A maioria das plantas 
necessita basicamente de água para iniciar este processo, entretanto, além da água existem 
outros fatores que influenciam no início da germinação, como a quantidade de luz e oxigênio 
e a temperatura local. 
Com a absorção de água, processo fisiológico conhecido como embebição, a semente 
passa a realizar sua atividade metabólica, o que permitirá seu desenvolvimento. A primeira 
etapa após a embebição é a ruptura da casca que a protege, permitindo a passagem do 
oxigênio, necessário para a respiração do embrião. 
A primeira estrutura a despontar da semente é a radícula (raiz primária), que permitirá 
a fixação da planta e iniciará a absorção dos nutrientes presentes no solo. Posteriormente, 
surgem o caulículo e as folhas embrionárias. Com a raiz primária absorvendo nutrientes do 
solo e as folhas realizando fotossíntese, a nova planta encontra as primeiras condições que 
permitirão a continuação deste processo. 
13 Dispersão11 
Você já deve ter reparado que algumas plantas estão espalhadas por uma vasta região 
e que algumas nascem em locais relativamente distantes da planta da qual foram originadas. 
Mas você já se perguntou quem é o responsável por transportar a semente para outros locais? 
A resposta para esse questionamento é bastante simples: Elas são levadas por dispersores 
de sementes. 
Antes de destacarmos a importância e quem são os dispersores de sementes, 
devemos lembrar a importância desse processo para uma espécie vegetal. As sementes são 
órgãos de perpetuação e, quando maduras, precisam ser liberadas da planta-mãe. Quando 
caem próximas e germinam, podem sofrer com o acúmulo de muitos indivíduos próximos, o 
que leva à competição. Diante disso, é essencial que sementes e frutos sejam levados para 
áreas mais distantes. Para isso, elas contam com alguns agentes dispersantes.11 Extraído e adaptado do site: https://biologianet.uol.com.br/botanica/dispersores-sementes.htm 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
51 
 
Fonte: biologianet.uol.com.br 
Os animais geralmente são os grandes responsáveis pelo transporte das sementes 
(zoocoria). Diversas espécies de animais, como o mico-leão-dourado e o lobo-guará, 
alimentam-se de frutos e eliminam as sementes junto às suas fezes em áreas distintas 
daquela que eles as encontraram (endozoocoria). Estima-se que o mico-leão-dourado, por 
exemplo, alimente-se de aproximadamente 88 espécies diferentes, sendo responsáveis por 
uma grande dispersão na Mata Atlântica. Além de eliminar pelas fezes, alguns animais 
regurgitam as sementes dos frutos que digeriram. Esse comportamento é muito comum em 
algumas aves. 
De acordo com o animal que realiza o transporte do fruto ou semente, podemos 
classificar o modo de dispersão das sementes em: 
 
• Mirmecocoria é o nome dado à dispersão feita por formigas; 
• Ictiocoria é a dispersão realizada por peixes; 
• Saurocoria é aquela realizada por répteis; 
• Ornitocoria é o nome dado à dispersão efetuada pelos pássaros; 
• Mamaliocoria é a dispersão feita por mamíferos 
• Quiropterocoria é a dispersão por morcegos. 
 
Não é somente por servirem de alimento que os frutos são dispersos por espécies de 
animais. Algumas plantas apresentam frutos e sementes com adaptações que permitem que 
eles se prendam ao pelo de alguns mamíferos (epizoocoria). Entre as estruturas encontradas, 
podemos destacar os ganchos, farpas, espinhos e cascas adesivas. Quem nunca ficou com 
um pequeno carrapicho preso em sua roupa? 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
52 
Outra forma de dispersão é através do vento (anemocoria). Muitos frutos e sementes 
são tão leves que conseguem ser levados suavemente pelo ar. Alguns não são tão leves, mas 
possuem estruturas, como alas, que permitem que eles sejam soprados de um local para o 
outro. 
A água também é considerada um agente dispersor (hidrocoria). Alguns frutos e 
sementes são capazes de flutuar, permitindo, assim, que sejam levados a longas distâncias. 
O principal exemplo de planta que tem seu fruto levado pela água é o coqueiro, sendo que 
muitas ilhas recém-formadas recebem o coco através das correntes marítimas. 
Existem, ainda, aqueles frutos que liberam suas sementes de forma explosiva 
(autocoria). Como exemplo desse tipo de dispersão, podemos citar o fruto da mamona, que 
libera suas sementes a longas distâncias após a abertura de seu fruto. 
Podemos perceber que assim como ocorreu com flores e insetos, as sementes e frutos 
coevoluíram com seus agentes dispersores. Esse evento foi, sem dúvida, fundamental para o 
sucesso na disseminação e perpetuação das espécies vegetais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOTÂNICA ESTRUTURAL 
53 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
FERRI, Mario Guimarães. Botânica: morfologia interna das plantas. 9. ed. São Paulo. 
1984. 
FERRI, Mario Guimarães. Botânica: morfologia externa das plantas. 9. ed. São Paulo. 
1984. 
MODESTO, Zulmira Maria Motta. Botânica: manual do professor. 2a reimpr. São 
Paulo: E.P.U., c1981. 36p., 22cm. (Currículo de estudos de biologia). Bibliografia: p. 
35-36. 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
 
APEZZATO da Glória, B; CARMELLO-Guerreiro, S.M. Anatomia vegetal. 2. ed. rev. 
e atual. Viçosa, MG: Ed. UFV, 2006. 
CUTTER, Elizabeth Graham. Anatomia vegetal: parte I – células e tecidos. São 
Paulo: Roca, 1986. 
ESAU, Katherine, -. Anatomia das plantas com sementes. São Paulo, E. Blucher, 
Ed. USP., 1976. 
JOLY, Aylthon Brandão. Botânica: introdução à taxonomia vegetal. 13. ed. São Paulo: 
Nacional, 2003. 777p., il., 22cm. (Biblioteca universitária. Série 3º, Ciências puras, v.4). 
Bibliografia: p. 741-743. 
 
RAVEN, Peter H. Biologia vegetal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. 6ed.

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