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MATERIAL DE REVISÃO DE SOCIEDADE E CULTURA 
O direito é uma manifestação da cultura, apenas podendo ser pensado como expressão da 
cultura da qual ele faz parte. O direito brasileiro é uma expressão da cultura brasileira. As 
diferentes transformações que a cultura brasileira sofrem interferem na transformação 
jurídica. O direito é um conjunto de normas. Todo o comportamento do cidadão é 
normatizado juridicamente. Temos a normatização criada pela lei (jurídica) e a 
normatização criada pelo costume (consuetudinária). O pecado é a normatização religiosa 
do comportamento humano. Ambos os tipos de normatização são coercitivas, havendo 
um princípio de adequação social a partir do qual a norma jurídica deve se adequar à 
sociedade. A pressão social mantem o caráter coercitivo da norma consuetudinária, 
fazendo com que as pessoas hajam a partir dela. E quando a norma jurídica é situada em 
oposição à norma consuetudinária, a norma consuetudinária tende a prevalecer. O direito 
pune apenas o que é feito. O direito nunca pune a intenção e nunca pune o desejo, a não 
ser quando ele é transformado em ato. E o direito tem como objeto a ato, nunca o ser, não 
podendo ser aplicado a partir de suspeitas. Quando há indícios, mas não há provas 
referentes ao ato, ninguém pode ser condenado a partir da mera existência de indícios. 
O poder é a capacidade que uma pessoa ou instituição tem de definir o comportamento 
de outra pessoa ou de um grupo social. Toda relação social é uma relação de poder. Uma 
relação amorosa também pode ser definida como uma relação de poder. O poder pode ser 
exercido de forma aceita, ou pode ser exercido por meio da violência. Toda relação de 
poder parte de um mínimo de consenso. Não existe relação de poder desprovida de um 
mínimo de consenso, baseada apenas na violência. Todo poder parte de uma base mínima 
de negociação. Toda relação humana segue um código moral e de ética existente inclusive 
entre criminosos. O crime, neste sentido, pode ser compreendido como uma atividade 
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ética. Todo grupo social cria a sua ética, com os criminosos formando um grupo social 
como outro qualquer. A autoridade é o exercício do poder a partir de um cargo 
juridicamente validado. A autoridade tem o direito legal quanto ao exercício do poder. 
Quando a autoridade pratica um ato que vai além das normas legais que delimitam o uso 
do poder, ele pratica abuse do autoridade. O abuso de autoridade ocorre quando o poder 
legalmente exercido é exercido além das normas jurídicas que o delimitam. O poder existe 
apenas a partir do momento em que há possibilidade de punição. Não há possibilidade 
de punição, na prática o poder não existe. Em termos legais, apenas em caso de legítima 
defesa o poder pode ser exercido por meio da violência. O uso da violência deve ser 
proporcional à ameaça sofrida e apenas em caso de ameaça concreta, o que vale para o 
cidadão e para a autoridade. Não importando o crime que foi praticado, em qualquer 
situação o criminoso é um cidadão que deve ter os seus direitos preservados. Os direitos 
humanos são inalienáveis, não podendo ser negados em nenhuma situação. O corpo do 
ser humano é inviolável perante a ação do Estado, da autoridade e de outros cidadãos. A 
aplicação da pena de morte não transgride o princípio da inviolabilidade do corpo. A pena 
de morte não pode ser aplicada de forma que o cidadão sofra qualquer forma de dor, ou 
que a dor seja sentida da forma mais rápida possível. Culturalmente, a violência tornou-
se inaceitável nos dias de hoje. Juridicamente, a violência também tornou-se inaceitável. 
Há, hoje, normas jurídicas que proíbem o uso da violência, e normas que não existiam no 
passado tais como existem hoje.

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