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CONSTRUÇÃO CIVIL André Luís Abitante Fases de uma obra Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Relacionar as etapas de projeto e execução de uma obra. Construir cronogramas físico-� nanceiros. Expressar itens básicos de orçamentação de obras civis. Introdução A indústria da construção civil usa um conjunto de atividades que visa a realização de obras de acordo com as necessidades de moradia, trabalho e desenvolvimento do homem moderno, utilizando ou adaptando-se aos recursos naturais e tecnologias disponíveis. Nos dias de hoje, para construir (ou reformar) é fundamental que o profissional responsável pela obra conheça todas as etapas para sua execução, desde a contratação dos projetos arquitetônicos até a limpeza final. Assim, uma construção é comumente dividida em três grandes fases: trabalhos preliminares, execução e acabamento; podendo estas ser subdivididas em mais de 27 etapas distintas, dependendo da natureza dos materiais empregados e a finalidade da obra. Pensando na sustentabilidade, o pós-obra impõe-se, e há profissionais que dividem as construções em: planejamento (o quê, por quê e como fazer), produção (quando e com o quê fazer), funcionamento e manu- tenção (operação e uso do produto final). Fases de uma obra A classifi cação geral das construções pode ser dividida quanto à natureza dos materiais e/ou quanto à fi nalidade da obra. a) Quanto à natureza dos materiais: ■ Obras de alvenaria: são edificações normais de pequena altura: pontes, túneis, muros de arrimo, barragens e canais. ■ Obras de madeira: casas provisórias, coberturas, estruturas para telhados e pontes. ■ Obras de concreto: são aquelas nas quais se emprega o concreto como único material: pontes, estruturas de edifícios, pistas de aeroportos. ■ Obras metálicas: estruturas de certos edifícios, pontes e estruturas de telhados. ■ Obras mistas: quando se utiliza mais de um dos materiais já citados. ■ Obras de terra: túneis subterrâneos, estradas, barragens, terrapla- nagem, poços, cavas e galerias de minas. A natureza dos materiais empregados, aliado às técnicas construtivas, podem ainda subdividir as obras em: Artesanais: utiliza métodos e processos empíricos e intuitivos. Comum nas construções rurais, com técnicas e arquitetura nativas. Tradicionais: impera nas áreas urbanas, utilizando métodos e processos da construção civil normalizada. Tradicionais evoluídas: aprimorada pela racionalização, padronização e modulação, com maior grau de normalização. Industrializadas: é o estágio mais avançado da “tradicional evoluída”, caracteriza-se pela montagem de componentes pré-fabricados. b) Quanto à finalidade da obra: ■ Residencial. ■ Comercial. ■ Mista. ■ Industrial. ■ Prestação de serviços. ■ Silos e armazéns. ■ Ginásios esportivos, auditórios. ■ Cinemas e teatros. ■ Templos e igrejas. ■ Hospitais. Todo tipo de obra, independentemente da natureza dos materiais, técnicas construtivas e finalidade, envolve as mesmas três grandes fases, desde sua Construção civil28 idealização até a “chave em mãos”, sendo elas: (a) trabalhos preliminares (pla- nejamento e projeto); (b) trabalhos de execução e (c) trabalhos de acabamento. Estes trabalhos, por sua vez, podem ser subdivididos em até (ou mais de) 27 etapas: serviços técnicos e administrativos preliminares; limpeza do ter- reno/ instalação e locação da obra; serviços em terra e rocha; infraestrutura; supraestrutura; alvenaria; isolamento térmico e acústico; impermeabilização; cobertura; esgotamento pluvial; instalações hidráulicas; esgoto sanitário; aparelhos e metais sanitários; instalações elétricas; telefone externo/ interno; antenas; instalações especiais; serralheria; marcenaria; revestimento de pare- des; revestimento de pisos; ferragens; vidros; pintura; acabamento; paisagismo; limpeza. Estas 27 etapas (ou mais) fazem parte do conteúdo programático das disciplinas de Construção Civil na maioria dos cursos de graduação em Engenharia Civil e Arquitetura. Trabalhos preliminares Esta é fase de defi nição de objetivos, elaboração dos estudos de viabilidade, desenvolvimento dos projetos, estabelecimento das atividades necessárias ao empreendimento, sua sequência, simultaneidade e/ou interdependência, com o auxílio de técnicas de planejamento. a) Programa de necessidades: condições econômicas e de real necessidade do proprietário (quantidade de cômodos, garagens etc.); b) Estudo e escolha do local da construção: inclui análise do Código de Obras e Lei de Uso e Ocupação do Solo do município, para colher informações sobre as possibilidades de construir determinado tipo de estabelecimento (habitacional, comercial, etc.) no local escolhido. Pode na prática envolver duas situações: ■ Escolher um terreno para um determinado projeto. ■ Escolher um projeto para um terreno já adquirido. ■ Check list para escolha de um bom terreno: condições e resistência do solo (seco e que não exija solução cara para as fundações), recuo 29Fases de uma obra de alinhamento e ajardinamento (dimensões de acordo com o que se pretende construir), conformação topográfica (pouca ou nenhuma exigência de movimento de terra), condições de abastecimento de água e energia elétrica. c) Elaboração do anteprojeto: tantos quantos forem necessários. d) Estudo do projeto arquitetônico: altura, iluminação, ventilação e comunicação. e) Elaboração do projeto arquitetônico. f) Projeto estrutural. g) Projeto das instalações elétricas. h) Projeto das instalações sanitárias. i) Projeto das instalações hidráulicas. j) Projeto das instalações mecânicas. k) Projeto das instalações telefônicas. l) Licenciamento da obra: Série de providências a serem tomadas antes e durante a construção junto a órgãos públicos, como Prefeitura (Se- cretarias de Urbanismo e Meio Ambiente), Concessionária de energia elétrica, Companhia de água e esgotos, Corpo de bombeiros, CREA, etc. m) Orçamento de custos. n) Cronograma de execução. o) Sondagem para as fundações: Pesquisa da qualidade e características do solo, conhecimento da constituição de suas camadas e respectivas profundidades, com vistas a aplicação e distribuição das cargas do edifício a construir. Comumente entrega-se este serviço a uma empresa especializada e acompanha-se os trabalhos com a orientação de um engenheiro de estruturas. O serviço de SPT (Standard Penetration Test) é a perfuração do solo por percussão e circulação de água, com retirada de amostras de solo em uma pequena cápsula metálica. De acordo com a quantidade de golpes necessários para a perfuração, feita com a queda padronizada de um determinado peso sobre uma haste metálica, estima-se a resistência das diferentes camadas de solo naquele local (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 8036:1983). p) Projeto das fundações. q) Topografia e terraplanagem: conhecimento de perfis longitudinais e transversais do terreno, para realização de movimento de terra, quando necessário. r) Instalação do canteiro de obras. s) Locação da obra. Construção civil30 Estudo dos projetos Projeto é o conjunto de todos os elementos necessários à execução de uma obra. Parte gráfica Compõe-se de desenhos, através de projeções horizontais e verticais, obede- cendo às escalas convenientes. a) Projeto arquitetônico: as chamadas plantas, subdividem-se conforme a seguir. ■ Planta de situação (escala usual 1:500): é a planta que estabelece a posição em relação às divisas do terreno e ao alinhamento das vias públicas. Nela devem constar nomes das ruas que compõem o quarteirão, distância do terreno até a esquina mais próxima, orien- tação solar, orientação magnética e dimensões. Por parte dos órgãos competentes devem ser fornecidos: taxa de ocupação, índice de aproveitamento, alinhamento, recuos, bem como outras informações a respeito do terreno. ■ Planta de localização (escala usual 1:200): identifica a posição da obra no terreno. Serve para implantaro projeto. Esta planta é enviada à prefeitura a fim de receber aprovação. Posteriormente é encaminhada à obra. Nela devem constar todas as cotas do terreno, atentando para que não haja erros na soma. As plantas de situação e localização são feitas, geralmente, na mesma prancha, e no caso de uso de escalas maiores, pode-se fazer a situação e a localização num mesmo desenho. 31Fases de uma obra ■ Plantas baixas (escala usual 1:50) : é a projeção horizontal da seção reta, passando acima do peitoril das janelas, para que fiquem repre- sentados todos os vãos. Os vãos situados acima deste plano deverão ser representados por linha tracejada. Devem constar nesta planta: nomes das peças e áreas em m2, espessura das paredes (internas e externas), portas, janelas, janelas altas, largura e posição dos vãos, aparelhos sanitários, canalizações, chaminés e revestimentos dos pisos. Na mesma prancha devem constar detalhes de algum elemento de difícil visualização, para clarear a sua execução, bem como todas as cotas necessárias para que este objetivo seja alcançado. Em um edifício cada pavimento deve ser representado por uma planta baixa, a não ser em caso de haver pavimento tipo. ■ Planta do telhado (escala usual 1:200): representa o traçado das linhas componentes do telhado e a projeção horizontal das formas dos planos inclinados (águas). O sentido do caimento destas águas é indicado por uma seta. Esta planta pode ser separada ou em conjunto com a planta de localização. b) Cortes ou seção transversal (escala usual 1:50): é a projeção vertical obtida por planos verticais que interceptam as paredes, portas e janelas, permitindo maiores informações para a execução da obra. São apre- sentados no mínimo dois cortes. O primeiro, no sentido longitudinal (maior dimensão da edificação), o outro no sentido transversal. Nestes cortes são colocadas apenas as dimensões verticais (jamais as dimensões horizontais). A fim de mostrar maior número de detalhes, os cortes podem ser feitos mudando a direção do plano de seção, indicando a troca de direção. São mostrados nos cortes: detalhamento do telhado, alicerces, vergas, peitoril, detalhes dos banheiros, escadas e espessura das lajes, revestimentos. Verga = distância da parte superior da janela até o forro. Peitoril = distância do piso até a parte inferior da janela. c) Elevações ou Fachadas (escala usual 1:50 ou 1:100): são as proje- ções verticais das fachadas ou faces externas dos edifícios. O ideal é Construção civil32 representar as quatro fachadas (principalmente quando houver muitos detalhes arquitetônicos a serem mostrados). As elevações não necessitam de grandes detalhes, mas sim elementos importantes como o perfil do terreno e dos telhados, disposições de portas e janelas, altura dos pavimentos, corpos salientes que compõem a edificação e elementos decorativos, mostrando como a obra deverá ficar após a sua conclusão. d) Detalhes de Execução: são plantas de determinados detalhes da edifi- cação de difícil visualização. São feitos em escala ampliada de acordo com a necessidade (1:20, 1:25). Exemplo: detalhe de esquadrias, detalhe de escadas, detalhe de obras especiais, como: churrasqueiras, chaminés, dutos, platibandas, encaixes etc. Parte escrita A parte escrita é a complementação da parte gráfi ca. Consta de Memorial Descritivo, Especifi cações Técnicas, Caderno de Encargos, Orçamento e Cronograma. a) Memorial Descritivo: é um memorial resumido dos fins a que se destina a obra, bem como cálculos e dados essenciais a uma boa construção. Eis alguns itens importantes que devem constar no Memorial Descritivo: ■ Finalidade da obra. ■ Área do terreno. ■ Instalação da obra. ■ Número de pavimentos. ■ Tipos de pavimentos. ■ Tipo e estilo da obra. ■ Área de cada pavimento e compartimento. ■ Proprietário. ■ Projeto e execução. ■ Localização do terreno. ■ Descrição do projeto arquitetônico. b) Especificações técnicas para materiais e serviços: definem a maneira como será executado cada serviço e quais os materiais utilizados. São levados em consideração: ■ Tipo de fundação e profundidade. ■ Alvenaria (tipo de tijolo ou bloco a ser utilizado, tipo de argamassa e traço). ■ Cobertura do prédio (madeiramento e tipo de telha). 33Fases de uma obra ■ Forro (tipo de material utilizado – laje de concreto armado ou pré- -laje, ou forro de madeira). ■ Revestimento de banheiros e cozinha (azulejos, cerâmicas, indicando dimensões e altura do revestimento). ■ Revestimento das paredes de quartos e salas. ■ Pisos. ■ Lajes (pré-fabricadas ou moldadas no local). ■ Esquadrias de banheiros e dormitórios (tipo de madeira, aço e alumínio). ■ Instalações hidráulicas. ■ Instalações elétricas. ■ Fechamento do terreno (muros ou grades, indicando sua altura). Devem ser entregues, geralmente, três vias destas especificações à prefeitura. c) Caderno de encargos: serve para várias obras de um determinado padrão. É um documento no qual estão englobadas todas as condições que deverão ser obedecidas na execução de uma obra, relativas a mate- riais, mão de obra, e também as normas às quais as firmas empreiteiras devem se sujeitar quando participam de uma concorrência. d) Orçamento: tem por objetivo estudar um custo prévio para a obra, sendo os principais tipos: ■ Orçamento sumário: é um orçamento rápido e abreviado, que dá uma ideia do valor aproximado do custo da construção. Calcula-se o custo da obra da seguinte maneira: C = (A x P) Onde: A = área da obra (m2) P = preço por m2, baseado no CUB. CUB = Custo Unitário Básico da construção. Pode ser usado ainda para avaliação de imóveis e taxações de impostos prediais. Construção civil34 ■ Orçamento detalhado: é o método mais preciso para determinação do custo da obra, considerando todos os gastos necessários, como por exemplo: aquisição e administração dos materiais; salários (mão de obra); impostos; taxas (água, luz, telefone); leis sociais (94 % sobre a mão de obra); desgaste das ferramentas; lucros. Na elaboração deste orçamento, devem-se atender os seguintes itens: – Cálculo de detalhes métricos (este cálculo é baseado nos projetos). – Cálculo dos preços unitários (custo dos elementos que entram na composição de uma unidade de serviço, como por exemplo, material e mão de obra). – Operações aritméticas finais (são cálculos de volume, área ou metro linear, partindo da medida de cada elemento que figura no projeto). e) Cronograma: o cronograma tem como objetivo principal o controle da execução de uma obra, para que se tenha um maior rendimento com uma maior perfeição. A execução pode ser controlada diariamente, comparando-se o cronograma estimado com o executado, podendo- -se verificar a diferença entre a previsão e a execução. O cronograma permite: ■ Visualização do serviço em prazo pré-determinado. ■ Investigar causas nos atrasos de execução, tomando providências adequadas. ■ Prevenir a contratação de operários. ■ Prevenir a aquisição de equipamentos suplementares. Pode-se elaborar três tipos de cronogramas: Físico: no qual é estabelecida a duração de cada etapa. Financeiro: no qual se estabelece o custo de cada etapa. Físico-financeiro: no qual se estabelece a duração e o custo de cada etapa. 35Fases de uma obra Figura 1. Modelo de Memorial Descritivo. As especi�cações abaixo discriminadas serão as que determinarão os materiais a empregar e regerão a execução dos principais serviços e acabamentos da obra supra. 1 – SERVIÇOS INICIAIS: 1.1 – Projeto 1.2 – Limpeza e instalação 1.3 – Movimento de terra 2 – FUNDAÇÕES: 2.1 – Alicerce 2.2 – Cinta 2.3 – Impermeabilizações 3 – PAREDES: 3.1 – Externas 3.2 – Internas 4 – ESTRUTURAS: 5 – COBERTURA: 5.1 – Estrutura 5.2 – Cobertura 6 – INSTALAÇÃO ELÉTRICA: 7 – INSTALAÇÕES HIDRO, SANITÁRIA E GÁS: 7.1 – Hidráulica 7.2 – Esgoto 7.3 – Aparelhos e metais 7.4 – Gás 0 – TERRENO: MODELO DESCRITIVO PADRÃO (Continua) Construção civil36Figura 1. Modelo de Memorial Descritivo. 14 – COMPLEMENTAÇÕES E OUTROS: 13 – PINTURA: 13.1 – Paredes 13.2 – Esquadrias 8 – PAVIMENTOS: 8.1 – Contrapiso 8.2 – Salas e quartos 8.3 – Áreas de serviço, cozinha e banhos 9 – ESQUADRIAS: 9.1 – Externas 9.2 – Internas 9.3 – Ferragens 10 – REVESTIMENTOS: 10.1 – Externos 10.2 – Internos 11 – FORROS: 12 – VIDROS: 15 – ADMINISTRAÇÃO: Local e data: Proprietário: Resp. técnico0: (Continuação) 37Fases de uma obra Orçamento padrão Se rv iç o U ni da de Q ua nt id ad e Cu st o un it ár io Cu st o to ta l % 0. Terreno 1. Serviços iniciais 1.1. Projeto 1.2. Limpeza e instalação 1.3. Mov. Terra 1.4. SUBTOTAL 2. Fundações 2.1. Alicerces 2.2. Cinta 2.3. Impermeabilização 2.4. SUBTOTAL 3. Paredes 3.1. Externas 3.2. Internas 3.3. SUBTOTAL 4. Estrutura 5. Cobertura 5.1. Estrutura 5.2. Cobertura 5.3. SUBTOTAL 6. Instalação elétrica 7. Inst. H. S. e gás Quadro 1. Modelo de planilha orçamentária. (Continua) Construção civil38 Orçamento padrão Se rv iç o U ni da de Q ua nt id ad e Cu st o un it ár io Cu st o to ta l % 7.1. Hidráulica 7.2. Esgoto 7.3. Apar. e metais 7.4. Gás 7.5. SUBTOTAL 8. Pavimentações 8.1. Contrapiso 8.2. Salas e quartos 8.3. A. S. Cozinha e banho 8.4. Outros 8.5. SUBTOTAL 9. Esquadrias 9.1. Externas 9.2. Internas 9.3. Ferragens 9.4. SUBTOTAL 10. Revestimentos 10.1. Emb. e reboco 10.2. Azulejos 10.3. Outros 10.4. SUBTOTAL Quadro 1. Modelo de planilha orçamentária. (Continua) (Continuação) 39Fases de uma obra Quadro 1. Modelo de planilha orçamentária. (Continuação) Orçamento padrão Se rv iç o U ni da de Q ua nt id ad e Cu st o un it ár io Cu st o to ta l % 11. Forros 12. Vidros 13. Pinturas 13.1. Paredes 13.2. Esquadrias 13.3. SUBTOTAL 14. Complementações 15. Administração TOTAL GERAL LOCAL E DATA: PROPRIETÁRIO: RESPONSÁVEL TÉCNICO: Construção civil40 Cronograma padrão N º Se rv iç o Et ap a 1 Et ap a 2 Et ap a 4 Et ap a 5 Et ap a 6 Et ap a 7 Et ap a 8 Et ap a 9 Et ap a 10 N º TO TA L 0 Terreno R$ 0 % 1 Serviços iniciais R$ 1 % 2 Fundações R$ 2 % 3 Paredes R$ 3 % 4 Estrutura R$ 4 % 5 Cobertura R$ 5 % 6 Instalação elétrica R$ 6 % 7 Instalações hidrossanitária e gás R$ 7 % 8 Pavimentação R$ 8 % 9 Esquadrias R$ 9 % 10 Revestimentos R$ 10 % Quadro 2. Modelo de cronograma físico-financeiro. (Continua) 41Fases de uma obra Cronograma padrão N º Se rv iç o Et ap a 1 Et ap a 2 Et ap a 4 Et ap a 5 Et ap a 6 Et ap a 7 Et ap a 8 Et ap a 9 Et ap a 10 N º TO TA L 11 Forros R$ 11 % 12 Vidros R$ 12 % 13 Pinturas R$ 13 % 14 Comple- mentações R$ 14 % 15 Administração R$ 15 % 16 TOTAIS R$ 16 % Quadro 2. Modelo de cronograma físico-financeiro. (Continuação) Trabalhos de execução Trabalho de execução é a construção propriamente dita, o andamento dos processos com auxílio da técnica construtiva e apoio de um sistema de su- primento. Inclui: Previsão das necessidades e distribuição de recursos (financeiros, ma- teriais, mão de obra, equipamentos) – cronograma físico/financeiro. Plano financeiro (desembolso), plano de compras, plano de abastecimento. Layout do canteiro de obras: arranjo físico de postos de trabalho, ma- quinas e equipamentos, depósitos, alojamentos, escritório da obra. Construção civil42 Detalhamento dos processos construtivos, com projeto de construções auxiliares (técnica construtiva). Elaboração de sistemas de controle. Abertura de valas para as fundações. Execução das fundações. Execução da estrutura de concreto armado. Execução das obras de alvenaria. Execução da cobertura. Execução das tubulações elétricas e telefônicas. Execução da rede de esgoto etc. Trabalhos de acabamento Finalização da obra propriamente dita: Salpique. Revestimento (reboco e emboço). Revestimentos especiais: pastilhas, mármore e azulejos. Colocação dos marcos. Colocação das esquadrias. Colocação dos vidros (quando o piso for de madeira). Colocação dos pisos. Execução da fiação e colocação de aparelhos. Pintura. Metais e aparelhos sanitários. Arremates. Limpeza. Habite-se. 43Fases de uma obra Construção civil44 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 8036:1983. Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios – Procedimento. Rio de Janeiro, 1983. Leituras recomendadas ALBUQUERQUE, A. Construções civis. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1957. BAUD, G. Manual de pequenas construções. [S.l.]: Hemus, 2002. BORGES, A. C. Prática das pequenas construções. 8. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2000. v. I e II. CARDÃO, C. Técnica da construção civil. 8. ed. Belo Horizonte: Engenharia e Arquitetura, 1988. v. I e II. CARICCHIO, L. M. Construção civil. Rio de Janeiro: Gráfica Olímpia, 1955. PIANCA, J. B. Manual do construtor. 15. ed. Porto Alegre: Globo, 1978. Referência
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