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Modelo Projeto de Pesquisa para Mestrado

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS 
 
 
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM HISTÓRIA (PPGHIS) 
MESTRADO ACADÊMICO EM HISTÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
OS DIREITOS, DEVERES E LIMITAÇÕES DA MULHER NO ISLAMISMO: 
ESTUDO SOBRE IGUALDADE DE GÊNERO E JUSTIÇA SOCIAL NA 
PERSPECTIVA ORIENTE-OCIDENTE 
 
 
BRUNA SARAIVA DA ROCHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília-DF 
 Janeiro, 2021 
1. DELIMITAÇÃO DO TEMA 
O presente projeto de pesquisa busca investigar aspectos acerca dos direitos, deveres e 
limitações da figura feminina no Islamismo, por isso, tem como objeto de estudo a análise 
histórica do controle exercido pelo Islã sobre a vida familiar e social coletiva das mulheres tanto 
na visão meramente teórica como apresentada pelo Alcorão como na visão realista da sociedade 
atual. 
 Vale ressaltar que o termo Islamismo, guarda o caráter de religião, mas também de 
Estado ou de cultura e não de etnia, enquanto o termo “muçulmano” aplica-se às pessoas 
adeptas da religião islâmica, mas que não são, necessariamente, árabes, visto que o termo 
“árabe” geralmente é utilizado no sentido da língua, da cultura, da política ou de etnia e não no 
sentido religioso (ATTIE FILHO, 2002). 
O ocidente possui um grande e fortificado preconceito contra o Islamismo como um 
todo e repudia firmemente a maneira como as mulheres vivem e são tratadas. Entretanto, com 
um devido estudo e uma cuidadosa análise percebe-se que se trata de pensamento insensato e 
mal construído. Logo, cria-se a necessidade de transparecer de maneira acessível um 
conhecimento acerca do real papel das mulheres no Islã. 
A figura feminina muitas vezes é mal tratada psicologicamente e/ou fisicamente por 
todo o mundo, independente do país ou da religião majoritária do local. Em países que adotam 
o Islamismo existem vários exemplos como a negação de direitos fundamentais da mulher, a 
mutilação para punição ou transformação da mulher em uma mera moeda de troca possuidora 
unicamente de deveres a serem realizados com disciplina e esplendor. 
O Islamismo exerce um controle jurídico, ético e moral sobre o Estado e seus cidadãos 
em todos os aspectos de suas vidas, entre as normas sociais encontram-se os direitos e deveres 
da figura feminina dentro do ambiente familiar e do ambiente coletivo. 
Contudo, essas práticas tirânicas são vedadas pelo próprio Alcorão, uma das fontes 
primárias da religião, que sempre buscou proteger as mulheres garantindo sua integridade e 
honra. Logo, percebe-se a necessidade de se distinguir o texto sagrado original dos textos que 
com o tempo foram alterados por meio de interpretações distorcidas para permitir intromissões 
patriarcais e abusivas. 
De acordo com Cila Lima (2017) o caráter religioso do feminismo islâmico desempenha 
uma “dupla função” sobre seu caráter feminista, já que, ao mesmo tempo, o estende e o limita. 
Nesse sentido, a referida autora verifica que há uma lacuna existente no movimento feminista 
islâmico atual, visto que se é dado uma importância secundária à formação de lideranças 
políticas que atuem tanto na elaboração quanto na execução dessas leis. 
Deve haver a compreensão de que existem duas linhas de pensamento: (i) a que 
compreende como Islã a religião pura e não adulterada por uma sociedade patriarcal e (ii) a que 
compreende como Islã a junção do texto original com textos distorcidos, mesmo que estes sejam 
contrários a fundamentos principais da própria religião, que é utilizada na prática. 
A partir dessa diferenciação é possível analisar adequadamente os direitos e limitações 
das mulheres sob os princípios do Islamismo na teoria e na prática dentro da sociedade desde a 
sua criação até os tempos atuais. 
Para alcançar esse objetivo, a pesquisa será iniciada com a história da religião islâmica, 
para estabelecer um embasamento teórico da história do Islã e os aspectos que contribuíram 
para sua consolidação e a maneira como os ensinamentos deixados pelo Profeta Muhammad 
(Maomé) alteraram o modo de vida das populações do oriente médio que são adeptas ao 
islamismo. 
Em relação aos direitos da mulher muçulmana, pretende-se abordar aspectos 
relacionados aos direitos oferecidos pelo Islã e a maneira como as correntes feministas têm 
influenciado as mulheres que professam a religião islâmica. As feministas islâmicas enfrentam 
três grandes problemáticas, o patriarcado, conservadorismo vigente e o colonialismo ocidental 
(HOLLANDA, 1994). 
Dessa forma, objetivando entender a realidade do oriente médio acerca da vida feminina 
de maneira mais concreta pretende-se, após ampla revisão teórica seguida de reflexões 
conceituais, realizar entrevista semiestruturada com gestores (as) da Comunidade Muçulmana 
da América Latina -CDIAL, com sede em São Bernardo do Campo, São Paulo, Brasil. 
A pesquisa a ser realizada terá como finalidade proporcionar reflexões sobre as 
mudanças ocasionadas desde os primórdios da religião islâmica até a contemporaneidade com 
o surgimento do feminismo islâmico. 
Nesta perspectiva, o presente estudo terá como base para discussão e questionamentos 
os textos de: Adailton Altoé (2003); Adhemar Marques (2006); André Luiz Caes (2009); 
Aminuddin Mohammad (2012); Aïcha El Hajjami (2008); Danilo Porfírio de Castro Vieira e 
Pablo Malheiros da Cunha Frota (2015); Danilo Porfírio de Castro Vieira (2018); Lila Abu-
Lughod (2002); Mahmood Monshipouri (2004); Sérgio da Mata (2004), além de outros textos 
a serem incorporados ao longo do processo de pesquisa para a conclusão da dissertação de 
Mestrado em História pela Universidade Estadual de Goiás (UEG). 
 
2. JUSTIFICATIVA 
A motivação para a escolha do tema “Os direitos, deveres e limitações da figura 
feminina no Islamismo” se aflorou devido o interesse da autora do presente projeto de pesquisa 
continuar a análise cultural e religiosa das mulheres mulçumanas previamente realizada durante 
a sua participação em uma disciplina da graduação em Direito do Instituto Brasileiro de Ensino, 
Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) denominada Islã e o Fenômeno Terrorista (Jihadismo). 
O tema apresentado foi selecionado, dentre outros, devido a sua importância social atual. 
Os movimentos feministas estão cada vez mais presentes e buscam constantemente pelos 
direitos anteriormente negados as mulheres, desde a Declaração dos direitos da mulher e da 
cidadã (Déclaration des droits de la femme et de la citoyenne), escrita pela ativista francesa 
Olympe de Gouges (1748-1793) em 1791, servindo posteriormente como apelo às mulheres 
para que elas se posicionassem responsavelmente frente ao que (lhes) acontecia (ASSMANN, 
2018). 
Em combate as práticas inconsistentes com os princípios básicos do Islamismo, devido 
a mudanças políticas, sociais e econômicas as mulheres conseguiram acessar áreas da vida em 
sociedade que antes lhes eram restringidas como a educação, a política e o mercado de trabalho. 
A sociedade islâmica está em constante crescimento e também em constante mudança 
para dispor os direitos e individualidades das mulheres, os quais lhes foram negados por tanto 
tempo e há muitos que ainda são excluídos da realidade feminina. 
Busca-se, com a ajuda de obras nacionais e internacionais sobre o tema, analisar a 
questão acerca do salvamento ou não da mulher mulçumana através da apresentação de uma 
visão histórica/jurídica mais ampla sobre a realidade da mulher no Islã, livre de qualquer 
preconceito estabelecido ou concepções ocidentais. 
Com o objetivo de analisar historicamente/juridicamente os possíveis limites que o Islã 
teoricamente estabelece sobre todas as áreas da vida das mulheres mulçumanas é preciso 
analisar o Islamismo apresentado originalmente, sem contradições abusivas posteriormente 
introduzidas, ou seja, o que a religião em si ordena que possa ser considerado uma violação de 
http://alunoonline.idp.edu.br/course/view.php?id=2225
direitos ou uma limitação e o que a sociedade islâmica impôs nocotidiano das mulheres durante 
tantos anos e ainda impõe por meio de errôneas e incoerentes interpretações. 
Em outras palavras, para que seja realizado um adequado estudo sob os direitos e 
deveres da mulher no Islã, primeiramente será necessário dividir o que é o Islamismo na teoria 
e o que acontece na prática. Por fim, analisando sob estes dois pontos distintos as limitações 
impostas às mulheres mulçumanas. 
Esse estudo pretende esclarecer questões confusas e opiniões preconceituosas em cima 
de uma religião incompreendida e a sociedade que a segue vincula-se à linha de pesquisa 
“Cultura, Religião e Sociedade” oferecida pelo Programa de Pós-Graduação em 
História (PPGHIS), em específico a História das Religiões. 
O tema ao abordar questionamentos polêmicos como direitos, deveres e limitações tanto 
dentro de uma religião quanto dentro da sociedade que se orienta por esta, engloba o 
direcionamento apresentado pela Universidade Estadual de Goiás e ainda vincula tópicos 
jurídicos e morais com o intuito de interligar outras áreas afins à história. 
 
3. OBJETIVOS 
3.1. OBJETIVO GERAL 
Investigar como o Islamismo limita a vida das mulheres muçulmanas no oriente médio, 
e em quais áreas específicas. E de que modo o islamismo praticado no Brasil pode beneficiar o 
feminismo islâmico trazendo novos conceitos para diminuir a polaridade da religião secular 
historicamente criada, visto que a igualdade de gênero e a justiça social estão incorporadas no 
Alcorão. 
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
1) Identificar se existe uma diferença teórica e pratica em outras religiões assim como no 
Islamismo; 
2) Avaliar a diferença entre o islamismo teórico e o prático e o motivo da existência dessa 
dessemelhança tão grande; 
3) Identificar quando e como o Islamismo tornou-se uma religião revoltante na visão ocidental, 
em virtude de conceitos distorcidos sobre jihadismo como sinônimo de terrorismo. 
 
4. FONTES 
 Neste projeto de pesquisa pretende-se realizar um levantamento bibliográfico e 
documental de forma analítica e interpretativa com uma abordagem qualitativa baseada em 
revisão de literatura de livros e periódicos impressos e digital. A fundamentação teórica 
metodológica utilizada para o presente estudo será compilada por meio de pesquisas em 
bibliotecas, consulta à internet, e realização de entrevistas semiestruturada com os gestores (as) 
do Centro de Divulgação do Islam para a América Latina - CDIAL, mas, especificamente no 
Brasil. 
Sob esta perspectiva, pretende-se adotar uma abordagem quanti-qualitativa, por ser esta 
abordagem a que atende à especificidade da temática na investigação. Segundo Minayo (1991, 
p. 23) “o conjunto de dados quantitativos e qualitativos não se opõem. Ao contrário, se 
complementam, pois a realidade abrangida por eles interage dinamicamente, excluindo 
qualquer dicotomia”. Nesse sentido, pretende-se utilizar para a coleta dos dados: entrevistas 
semiestruturadas. Sob este aspecto, afirmam Marconi e Lakatos (1982, p. 28) que: 
Nas investigações, em geral, nunca se utiliza apenas um método ou uma 
técnica, nem somente aqueles que se conhece, mas todos os que forem 
necessários ou apropriados para determinado caso. Na maioria das vezes, há 
uma combinação de dois ou mais deles, usados concomitantemente. 
Dessa maneira, as principais fontes a serem utilizadas durante o estudo inicialmente 
serão: 
1) Alcorão. Tradução: Mansour Challita. Rio de Janeiro: Associação Cultural 
Internacional Gibran, 1978. 
2) FROTA, Pablo Malheiros da Cunha; VIEIRA, Danilo Porfírio de Castro. Direitos 
fundamentais e tradição: uma análise sobre a igualdade no direito islâmico e 
prospectando possíveis diálogos com o direito ocidental. Revista Jurídica: CCJ. v. 19, 
n. 39, p. 83-120, maio/ago., 2015. Disponível em: 
https://proxy.furb.br/ojs/index.php/juridica/article/view/5212 
3) VIEIRA, Danilo Porfírio de Castro. Ação universalista norte-americana e o 
desenvolvimento do terrorismo contemporâneo. Orientador: José Antônio Segatto. 
2018 195 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais)- Faculdade de Ciências e Letras –
Unesp/Araraquara, São Paulo. 2018. Disponível em: 
http://wwws.fclar.unesp.br/agenda-pos/ciencias_sociais/4575.pdf Acesso em 4 dez. 
2020. 
https://proxy.furb.br/ojs/index.php/juridica/article/view/5212
4) MATA, Sérgio da. História & Religião. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2010. 155 p. 
(Coleção História & ... Reflexões). 
5) VIEIRA, Danilo Porfírio de Castro. Política externa norte-americana no Oriente 
Médio e o Jihadismo. Curitiba, PR: Appris, 2019. 
Enfim, para a realização da pesquisa será consultado também, entre outros documentos, 
relatórios de organismos internacionais que abordem a temática em questão, e demais 
documentos que ajudem a responder as hipóteses relacionadas abaixo. 
 
5. HIPÓTESES 
Dentro da perspectiva do presente estudo pretende-se avaliar as possíveis hipóteses: 
1) O Islamismo unicamente como religião não limita ou fere direitos femininos; 
2) O Islamismo unicamente como religião limita a figura feminina na sociedade; 
3) O Islamismo, Estado-religião, contém práticas abusivas contra mulheres mulçumanas. 
 
6. REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO 
As crenças religiosas sempre nortearam o ser humano desde quais condutas eram aceitas 
e devidas até as proibidas e puníveis. Questões de ordem moral e ética assim como de natureza 
econômica, ambiental e de ordem social eram ditadas por um ou mais ser(es) superior(es). 
A cultura, a sociedade e a religião estão interligadas de uma maneira tão profunda que 
chega a ser impossível separá-las completamente, visto que o fenômeno religioso é 
uma força capaz de gerar efeitos sociais concretos, de regular com maior ou 
menor êxito uma conduta de vida, de moldar com maior ou menor sucesso 
algumas das estruturas de pensamento por meio das quais aprendemos a nos 
relacionar com o mundo. Pois se há uma coisa que as religiões demonstram, 
desde sempre (algo que um marxismo dogmático nunca pôde admitir), é a 
efetividade histórico social das ideias (MATA, 2010). 
Os antigos egípcios tentavam agradar constantemente adoravam cada um dos deuses 
existentes da época por medo e devoção e seguiam as vontades do faraó – o ser escolhido pelos 
deuses para governar, “senhor de todos os homens e todas as terras”. 
Os Astecas, que viviam na área do atual do México, possuíam uma religião politeísta, 
assim como os egípcios, e tratavam com maior respeito alguns deuses específicos considerados 
mais poderosos e importantes. A religião que possuía desde crenças violentas até estruturas 
organizadas de tributação foi dizimada com a conquista violenta espanhola justificada em nome 
da moral cristã. 
Nessa mesma visão, nasceu e perpetua-se até hoje o Cristianismo e suas diversas sub 
interpretações (Igreja Católica Ortodoxa, Pentecostais, Neopentecostais e Protestantes 
tradicionais). O Cristianismo originou-se no Período Imperial de Roma e devido suas crenças 
de tolerância, igualdade e justiça, além da aceitação da existência de um único Deus sofreu 
muitas perseguições por ir contra pensamentos militares e religiosos do Império Romano. 
De natureza igual surge o Islamismo no início do século VII, em um ambiente de 
desentendimentos e guerra na Arábia. Na época diversos povos, sem nenhuma união religiosa 
ou governamental em comum, a maioria politeístas conviviam juntos e combatiam. Em um 
espaço conturbado, por meio do profeta Muhammad ibn Abdallah, o Islã surgiu e se espalhou 
rapidamente. As principais religiões do ocidente e do oriente são incrivelmente ricas e 
admiráveis, contudo, o desconhecimento entre estas e o surgimento de confrontos internos cada 
vez mais intensos gerou um impacto em como um seguidor vê um seguidor de religião “oposta”. 
O encontro entre esses dois fascinantes universos tem produzido, no curso da 
história, amplas implicações, tanto políticas e econômicas como culturais, 
cujos desdobramentos,na forma de uma crescente interpenetração entre as 
respectivas visões de mundo, vem sendo reelaborados atualmente, agora sob 
o impacto do processo de formação da civilização global. (CAES, 2009) 
 
Visando uma melhor compreensão da religião que é menos estudada e realmente 
conhecida é de extrema importância que haja uma básica introdução quanto a sua história e seus 
princípios norteadores. 
6.1. MUHAMMAD E O SURGIMENTO DO ISLAMISMO 
Muhammad ou Ahmad, que significa “o louvado”, nasceu em 570 d.C. em Makkah 
(Meca), órfão, de pai e de mãe, muito novo foi criado por seu avô Abdul Muttalib e depois por 
seu tio Abu Talib, um comerciante conhecido, ao completar 8 anos de idade. 
Em 610 d.C., com aos 40 anos, Muhammad, conhecido como um comerciante confiável 
e honesto, recebeu a primeira revelação de Alá, o Deus único, por meio de uma aparição 
Arcanjo Gabriel, momento em que lhe foi recitado os primeiros ensinamentos do Islamismo: 
(i) Deus é o professor do ser humano e a ele tudo ensinou o que anteriormente desconhecia; (ii) 
Ciência (Ilm) e generosidade são as bases para o progresso espiritual e (iii) “Procurar o Ilm é 
obrigação de todo mulçumano, seja ele homem ou mulher” (MOHAMMAD, 2012, p. 72). 
No Islã, portanto, o conhecimento é o principal mecanismo de sensibilização 
do homem à revelação. Pelo conhecimento a revelação se manifesta, 
descortina-se eficazmente, havendo uma relação direta entre esclarecimento, 
a iluminação e a prudência. Logo, somente os homens esclarecidos, 
equivalentemente ao phrónimos, poderão entender e mediar a relação entre o 
balegh, a Ummah e a Adallah1. (VIEIRA, 2019) 
Incialmente, a religião possuía poucos seguidores, contudo com o tempo o Islã se 
espalhou rapidamente, tornando-se uma religião de forte aceitação e obediência aos 
ensinamentos de Deus devido aos seus princípios norteadores e a resiliência do Profeta em 
espalhá-los. 
6.2. FONTES DO ISLÃ 
No estudo do Islã existem opiniões conflitantes entre alguns pesquisadores quanto a 
divisão das fontes de base de orientação e fé para os mulçumanos. 
O Alcorão (1978), em árabe Al Qu´ran, é a primeira fonte do Islã sendo considerado 
como a própria palavra de Allah. O livro sagrado contempla as principais orientações morais e 
religiosas a serem seguidas pela humanidade. Por este motivo, continuou sendo até hoje o pilar 
principal instruções acerca da vida individual e da vida em sociedade religiosa, política e moral 
a ser seguida pelos mulçumanos. 
Tradicionalmente, no Islã não há distinção entre a religião e a política, 
tampouco entre a fé e a moral. Todas as obrigações religiosas, morais e sociais 
do homem estão estabelecidas na sagrada lei muçulmana, a Sharia, o caminho 
correto para a conduta humana. A lei sagrada se expressa sobretudo no 
Alcorão, que é muito mais que um texto religioso. Trata-se de um livro de leis 
que contém instruções sobre o governo da sociedade, a economia, o 
casamento, a moral, o status da mulher etc (ALTOÉ, 2003). 
O Corão é composto por 114 capítulos - Suras – e 6.666 versículos, que tratam desde 
religião, crenças até direitos e deveres dos mulçumanos, propriedades, sistemas financeiros e 
políticos,além das palavras e atitudes do Profeta Muhammad conhecidas como 
hadiths.(VIEIRA, 2019) 
A junção de “condutas modelo” orientadas pelo profeta e praticadas pela Comunidade 
ou Nação Islâmica (FERNANDES, 2006) - Ummah – é a segunda fonte do Islã, chamada Sunna, 
 
1 A tradução adequada do balegh, da Ummah e da Adallah são respectivamente um cidadão titular de direitos, uma 
comunidade e justiça divina como apresentado pelo autor Danilo Porfírio de Castro Vieira. 
que trata das práticas coletivas, hábitos e costumes da comunidade, reconhecidos pelos juristas 
e religiosos. (VIEIRA, 2019). 
Percebe-se que existe a possibilidade de interpretação de que seguir o descrito no Corão 
é imprescindível para o Islamismo, enquanto a Sunna seria facultativa de cada mulçumano. 
Entretanto, uma vez que a Sunna é um reflexo da comunidade e esta é de extrema importância 
para o Islã não é possível incluir essas práticas coletivas e tradições em um rol facultativo. 
 Ainda, existe mais uma fonte denominado Ijma ou Consenso que tem a função de 
discutir acerca de opiniões divergentes da comunidade e encontrar a melhor solução para 
determinados problemas não previstos no Corão. (VIEIRA, 2019) 
Na crença islâmica, o Ijma é uma extensão do processo de revelação, pois os 
sábios são considerados ungidos pela a sabedoria divina, encontrando as 
respostas saneadoras aos problemas contemporâneos, mantendo a ordem, a 
harmonia, a unidade e o bem estar da Ummah. O consenso, portanto, tem um 
propósito divino, ou seja, o saber (o conhecimento) dos doutores da fé e do 
Direito é um instrumento da Providência Divina. Há, assim, nessas fontes 
prioritárias, a profunda presença da racionalidade mítico-simbólica. (VIEIRA; 
CUNHA, 2015). 
 Existem diversas fontes que baseiam o Islã, sendo estas três citadas as mais conhecidas 
e mais importantes para os pilares que formam o Islã não apenas como religião, mas também 
como uma forma de viver e compreender a humanidade e suas condutas. 
6.3. OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO ISLAMISMO 
O Islã é um sistema completo que dita tanto quanto a correta conduta humana e sua fé 
quanto a ideal concepção de Estado. Assim, pode extrair quatro principais direitos 
fundamentais: direito à vida, à liberdade, à propriedade e à igualdade. 
O direito à vida no Islã trata da integridade física e moral do ser humano, sendo sagrada 
a vida, a honra e a reputação. (VIEIRA, 2019) Uma vez que a vida é considerada um presente 
de Deus, qualquer ato que ataca ou ameaça a vida é proibido e detestável. 
O direito à liberdade assim como a vida, é um presente de Allah, é um dom dado ao 
homem. Determina-se que o ser humano é livre para explorar suas vontades desde que suas 
condutas não violem as Leis de Deus e estejam focadas para o progresso da Ummah (VIEIRA, 
2019) 
O direito à propriedade assegura que todo homem tem direito a possuir bens e deles 
cuidar, estando sujeito, assim como o direito à liberdade, ao adequado funcionamento da 
sociedade. 
Por fim, o direito à igualdade no Islã é concreto e preciso, estabelecendo deveres e 
direitos tanto para os homens quanto para as mulheres. Fundamenta-se que todos são iguais 
perante o Deus único. Por tanto, ao contrário do que muitos desconhecedores pensam, não 
existe uma subordinação entre homem e mulher, há uma paridade entre eles. 
A discussão existe não por culpa do estabelecido no Corão, mas sim devido a atitudes 
cometidas contra o próprio Islã pelos mulçumanos que infringem este direito fundamental 
sustentados a tradições avulsas ao estabelecido por Allah. 
6.4. A MULHER NO ISLÃ 
Existem diversas discussões no que cerca os direitos e deveres da mulher no Islã, 
construindo-se uma crença ocidental de que deve haver um “salvamento” das mulheres 
injustiçadas, censuradas, ridicularizadas pela sociedade islâmica. Entretanto, este pensamento 
é equivocado e superficial. 
 É verdade que muitas mulheres no oriente sofrem com rituais arcaicos e abusivos, como 
por exemplo, a mutilação genital feminina, o corte ou remoção dos lábios e do clitóris, a 
obrigatoriedade de casarem com quem lhes for ordenado ou atos ligados a violência psicológica. 
Entretanto, nenhuma dessas condutas está relacionada com o Islã, mas sim com costumes 
patriarcais pré-existentes ao Islã ou leituras deturpadas deste. Trata-se de ações contrárias ao 
que o Alcorão realmente reflete, violando o direito à honra, integridade e reputação, o direito à 
vida - dos por Alá. 
Nesse contexto, o autor Danilo Vieira esclarece que existem problemas de desigualdade 
de gênero no islamismo, contudo há também uma distorção de dados e poucos estudos 
aprofundados acerca da realidade da vida da mulher no Islã (VIEIRA,2019). 
6.4.1. A MULHER E O NÚCLEO FAMILIAR 
A família é um dos pilares mais fundamentais do Islã, motivo pelo qual tantas leis 
versam sobre o núcleo familiar. A mulher tem um grande papel dentro da família, é considerada 
como a dona, organizadora e educadora da casa, responsável por cuidar do lar como um todo e 
educar os filhos, garantindo a ordem e o equilíbrio em um lugar tão sagrado. 
As mulheres no Islã, sem interferências de culturas patriarcais, não são obrigadas a casar 
com quem não desejam, caso desejar o casal é casal é responsável pela criação adequada dos 
filhos, todavia com níveis diferentes de responsabilidade. Devendo o homem tratar sua esposa 
com ternura e respeito e vice versa. (VIEIRA, 2019) 
A poligamia é permitida para os homens de acordo com o Alcorão, no entanto. 
independentemente da idade ou de ordem cronológica das uniões, as esposas devem ser tratadas 
igualmente possível respeitando suas vontades, até mesmo impedirem que o marido tenha outra 
esposa. 
O Islã condena explicitamente o adultério, considerado um crime punido severamente 
desde receber chibatadas até a morte por apedrejamento, recebendo chibatadas aquele que 
acusar falsamente. 
Os métodos contraceptivos, mesmo ainda que não sejam aceitos pelos mais 
conservadores, é permitido no Islã, assim como o aborto, direito que veio a ser reconhecido no 
ocidente muito tempo depois. A mulher também tem direito a receber uma herança, porém, 
trata-se de metade do valor dado ao filho, visto que este precisará sustentar sua esposa e filhos, 
na prática essa regra é aplicada em 16,33% dos casos. (HAJJAMI, 2008) 
É evidente a importância da mulher no Islã visto a quantidade de leis criadas para 
garantir sua integridade como ser individual a ser respeitado e honrado. Contudo, não há como 
negar que diversas mulheres sofrem abusos físicos e psicológicos por parte de seus maridos, 
inúmeros direitos lhes são negados como se nunca houvessem existido. Por isso, a de se 
diferenciar a crença da prática, o Alcorão em si das intromissões patriarcais e abusivas 
juntamente com interpretações distorcidas. 
6.4.2. A MULHER NA SOCIEDADE 
Inicialmente, as mulheres eram vistas apenas como reprodutoras e organizadoras, 
entretanto, com o tempo elas lutaram cada vez mais por seu espaço e sua individualidade 
trazendo para a realidade o que dispõe o Alcorão, pois como visto anteriormente as esposas do 
Profeta além de cuidarem do lar também participavam politicamente da sociedade. 
Devido a mudanças políticas, sociais e econômicas as mulheres finalmente conseguiram 
acessar áreas da vida em sociedade que antes lhes eram restringidas, não pelo Islã, como a 
educação, a política e o mercado de trabalho. 
Outro motivo para este triunfo foram os movimentos pelos direitos das mulheres 
conforme alega Monshipouri: 
As feministas no mundo muçulmano, como em outros lugares, são diferentes 
entre si e representam vários pontos de vista. Conscientes de sua identidade e 
de seus direitos, bem como de seu papel na história, muitas mulheres 
muçulmanas tornaram-se grandes entusiastas da globalização. E um contexto 
globalizado definido por problemas comuns e por modelos compartilhados, 
assim como por identidades e vínculos transnacionais, o principal papel das 
será o de moldar os termos e estabelecer as condições sob as quais se deverá 
agir contra a discriminação e se irá defender a elaboração de reformas sociais 
e legais (MONSHIPOURI, 2004) 
 
Apesar do número de mulheres mulçumanas educadas para serem inseridas no mundo 
do trabalho, infelizmente, as oportunidades ainda são muito reduzidas e limitadas, ainda mais 
em países de reclusão total de mulheres. 
6.4.3. AS VESTIMENTAS FEMININAS 
Um tema muito polêmico e discutido versa sobre os trajes femininos, conhecidos 
genericamente como “as burcas”, vistos como uma forma de repressão contra a figura feminina, 
entretanto existem diversos: (i) O Hijab, considerado a vestimenta obrigatória, é um lenço que 
cobre apenas os cabelos; (ii) Shador é um lenço mais longo utilizado em locais, mas que 
também deixa o rosto descoberto; (iii) Nicab é um véu que cobre os cabelos e a parte inferior 
do rosto das mulheres e por fim (iv) Burca que é uma vestimenta tradicional do Afeganistão 
que cobre todo o corpo. 
A burca pode ser vista como um traje religioso e costumeiro visto que mesmo após o 
Afeganistão se libertar do Talibã que a utilização de burcas, as mulheres não as jogaram fora 
visto que se tornara um forma de coberta, utilizada para separar simbolicamente “as esferas 
masculina e feminina, como uma parte da associação geral de mulheres com família e casa, e 
não com o espaço público onde os estranhos se misturam”(ABU-LUGHOD, 2012). 
A origem do véu tem como ponto inicial o momento de transição entre os valores pré-
islâmicos e os apresentados pelo Profeta Muhammad. O véu se transformou em uma forma de 
identificação das mulheres que seguiam Alá devendo ser respeitadas e honradas, servindo até 
mesmo como uma segurança. 
Este assunto continua a gerar polêmicas em que de um lado existem os que defendem a 
utilização desses trajes por cultura e religião e outro discordante que trata essas vestes como 
uma forma de opressão, assim como muitas condutas e proibições dentro da religião. 
7. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 
 
 
ATIVIDADES 2021 A 2023 
 
Fev. 
2021 
Mar 
2021 
Abr. 
2021 
Maio 
2021 
Jun. 
2021 
Ago. 
2021 
Set. 
2021 
Out. 
2021 
Nov. 
2021 
Levantamento 
Bibliográfico 
 
X X X X X X 
X X 
Leitura e fichamento das 
obras 
 
X X X X X X 
X X 
Coleta e aperfeiçoamento 
dos pontos principais 
 
 X X X X X 
X X 
Análise crítica do 
material Revisão 
bibliográfica 
 
 X X X X 
X X 
Revisão bibliográfica X X X X X X 
Elaboração da estrutura 
básica do texto 
 
 X X X 
 
X 
X 
 
Fev. 
2022 
Mar. 
2022 
Abr. 
2022 
Maio 
2022 
Jun. 
2022 
Ago. 
2022 
Set. 
2022 
Out. 
2022 
Nov. 
2022 
Realização das 
entrevistas e 
questionários 
 
 X X X X X 
 
Analisar entrevistas e 
introduzi-las 
 
 X X X X X 
X 
Análise crítica do 
material 
 
 X X X 
X X 
Elaboração preliminar do 
texto 
X 
X X X X X X 
X X 
Redação provisória X X X X X X X 
Redação final X X X X X X 
Redação final e avaliação 
do orientador 
 
 X X X 
X X 
 
Fev. 
2023 
Mar. 
2023 
 
 
Redação final e avaliação 
do orientador 
X 
X 
 
Período previsto para 
defesa da dissertação 
 
X 
 
 
 
 
 
10. REFERÊNCIAS CONSULTADAS 
ABU-LUGHOD, Lila. As mulheres muçulmanas precisam realmente de salvação? Reflexões 
antropológicas sobre o relativismo cultural e seus Outros. Estudos Feministas, Florianópolis, 
SC, v. 20, n. 2, p. 451-470, maio/ago. 2012. Disponível em: 
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2020 
 
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http://www.neruda.uchile.cl/obra/obranuevasodas2.html
	1. DELIMITAÇÃO DO TEMA
	2. JUSTIFICATIVA
	3. OBJETIVOS
	3.1. OBJETIVO GERAL
	3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
	4. FONTES
	5. HIPÓTESES
	6. REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO
	6.1. MUHAMMAD E O SURGIMENTO DO ISLAMISMO
	6.2. FONTES DO ISLÃ
	6.3. OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO ISLAMISMO
	6.4. A MULHER NO ISLÃ
	6.4.1. A MULHER E O NÚCLEO FAMILIAR
	6.4.2. A MULHER NA SOCIEDADE
	6.4.3. AS VESTIMENTAS FEMININAS
	7. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
	10. REFERÊNCIAS CONSULTADAS

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