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INTRODUÇÃO FUNÇÕES: • Aproximar as estruturas incisadas, auxiliando na síntese, restabelecendo a anatomofisiologia dos órgãos/tecidos; • Promover a hemostasia ou prevenir uma hemorragia; • Fixação de materiais, como drenos e campos operatórios. • Características do fio ideal: não tóxico/reativo/corrosivo aos tecidos, flexível e ↓ elástico = fácil manipulação, baixo diâmetro regular, monofilamentar, ter fácil disponibilidade, fácil de esterilizar, resistência adequada à tensão dos tecidos até a cicatrização, manter o nó sem deslizamento, não propiciar condições para crescimento bacteriano e ↓ R$. CARACTERÍSTICAS GERAIS: CLASSIFICAÇÃO: • Material: absorvível (abserovido em 3 meses) ou não absorvível (nunca será absorvido, ou vai ser absorvido em > 3 meses) • Composição: mono ou multifilamentar (trançados ou torcidos). • Origem: natural, sintético ou metálico. • Agulhados ou não agulhados • Diâmetro/Calibre USP (U.S. Pharmacopeia) dos fios cirúrgicos: CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DOS FIOS CIRÚRGICOS CONFIGURAÇÃO: • Monofilamentar (simples e revestido) • Multifilamentar (torcido, trançado e envelopado) Locais com bastante força de tensão: usar fios mais grosos; locais com pouca força de tensão: posso usar fios mais finos CARACTERÍSTICAS GERAIS COMPARATIVAS *Locais que eu não posso ter nenhum tipo de reação tecidual é melhor usar sintéticos, pois fios naturais fazem maior reação ESCOLHA DO FIO DE SUTURA: • Indicação do local/tipo de tecido (relacionado com o tempo de cicatrização). • Tempo em que deve ficar na ferida (características teciduais). Obs.: as feridas viscerais cicatrizam rapidamente, mantendo a tensão entre 14 e 21 dias, sendo que as suturas absorvíveis são mais adequadas para estes tecidos; já, a fáscia e a pele cicatrizam mais lentamente, sendo as suturas não absorvíveis as mais indicadas. • Propriedades e características do fio (reação e absorção). ► Se for absorvível, ter seu tempo de absorção previsível ► Se for não absorvível, que encapsule sem complicações • Circunstâncias do local (se inflamação e/ou infecção). • Condições clínicas e características do paciente: idade,estado nutricional, doenças etc. • Menor diâmetro possível, compatível com uma sutura resistente. • Hábito, experiência e bom senso do cirurgião. • Tamanho da incisão • Questões estéticas • Custo do fio Na verdade, as 3 características mais importantes que nos auxiliam na escolha é: 1. Resistência tênsil: quanto tempo tenho pelo menos 50% da resistência tensil naquele tecido 2. Reação tecidual: causa muita reação ao tecido? 3. Segurança do nó: não adianta o fio ser excelente mas o nó ser dificil de fazer DADOS DAS EMBALAGENS DOS FIOS CIRÚRGICOS FIOS ABSORVÍVEIS (8) 1. Categute Simples 2. Categute Cromado 3. Ácido Poliglicólico (Dexon® e Dexon II®) 4. Ácido poligláctico 910 (Vicryl®) 5. Vicryl Rapide® 6. Polidioxanona (PDS - Polivicryl® e PDS II®) 7. Poliglecaprone 25 (Monocryl®) 8. Poligliconato (Maxon®) CATEGUTE SIMPLES CATEGUTE CROMADO A b so rv ív ei s origem animal categute/catgut (simples e cromado) sintéticos Ácido poliglicólico (Dexon) Ácido poligláctico 910 (vicryl) Polidioxanona (PDS) Poligliconato (Maxon) N ão a b so rv ív ei s Fibras naturais Linho Algodão Seda (seda, mersilk) sintéticos poliéster Sem revestimento (Mersilene, surgilene) Revestimento com polibutilato (Ethibond) Revestimento com teflon (Tevdeck) Poliamida/náilon (Mononylon, norulon) polietileno e polipropileno (prolene) Metais aço inoxidável 316L (aciflex) ÁCIDO POLIGLICÓLICO (DEXON E DEXON II) ÁCIDO POLIGLÁCTICO 910 (VICRYL) VICRYL RAPID POLIDIOXANONA (PDS – POLIVICRYL E PDS II) POLIEGLECAPRONE 25 (MONOCRYL) POLIGLICONATO (MAXON) FIOS NÃO ABSORVÍVEIS (9) 1. Seda (Seda®, Silkpoint®) 2. Algodão (Algodão®, Cottpoint®) 3. Poliéster (Mersilene®, Dacron®) 4. Poliamida ou Náilon (Nylon®, Mononylon®) 5. Perlon (Supramid®, Braunamid®) 6. Polipropileno (Supralene®, Prolene®, Proxolene®) 7. Politetrafluoroetileno (PTFE®) 8. Polibutéster (Novafil®) 9. Aço Inoxidável 316L (Aciflex®) SEDA (SEDA, SILKPOINT) ALGODÃO (ALGODÃO, COTTPOINT) POLIÉSTER (MERSILENE, DACRON) POLIAMIDA OU NÁILON (NYLON, MONONYLON) *Quando um fio tem baixa segurança ao nó, temos que fazer vários semi-nós PERLON (SUPRAMID, BRAUNAMID) POLIPROPILENO (SUPRALENE, PROLENE, PROXOLENE) POLITETRAFLUOROETILENO (PTFE) POLIBUTÉSTER (NOVAFIL) AÇO INOXIDÁVEL 316L (ACIFLEX) ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA A CONFECÇÃO DOS NÓS CIRÚRGICOS 1. NÓ CIRÚRGICO: sequência de seminós/laçadas alternadas para se ter um nó verdadeiro. 2. TIPOS DE NÓS CIRÚRGICOS: ► Quanto ao número de passadas dentro do mesmo laço em cada seminó: nó simples e nó duplo. ► Quanto à sequência de seminós: nó quadrado (dois seminós simples) e nó de cirurgião (primeiro seminó duplo e os seguintes (2 a 4) simples). 3. MODOS DE CONFECÇÃO DOS NÓS CIRÚRGICOS: ► Manuais: Modo Sapateiro, Modo Pauchet (com o dedo indicador, com o dedo médio e misto/com os dois dedos) e nó corrediço/falso. ► Instrumental: usando o Porta Agulha (alternância de direção em cada seminó). 4. “LEIS” DOS NÓS PERFEITOS (LIVINGSTON): ► Movimentos iguais de mãos opostas ou movimentos diferentes com a mesma mão executam um nó perfeito. ► A ponta do fio que muda de lado, após a execução do primeiro seminó, deve voltar ao lado inicial para realizar o outro seminó. 5. CONFECÇÃO DOS SEMINÓS MANUAIS: a) Montar o primeiro seminó, cruzando os cabos antes ou cruzando as mãos depois de fazer o seminó, para depois apertar. b) Levar o seminó, com a ponta dos dedos indicadores, até o tecido a ser fixado, para seu aperto. c) Apertar o seminó, sem dar trancos no cabo do fio cirúrgico. d) Repetir a sequência acima, lembrando de fazer o mesmo movimento com a mão oposta ou mudar o movimento com a mesma mão, quantas vezes forem necessárias para produzir o nó suficiente (quanto menor a segurança de um fio cirúrgico para o nó, maior será o número de seminós necessários) 6. PRINCIPAIS ERROS, LEVANDO AO NÓ FALSO/CORREDIÇO: a) Fazer dois ou mais seminós do mesmo modo: mesmo seminó com a mesma mão ou seminós diferentes com mãos alternadas. ➔ Fazer os seminós alternados, mas deixarmos de cruzar os cabos antes ou não cruzar as mãos depois de fazer o seminó. ➔ Não aplicação da tensão suficiente para apertar cada seminó. 7. CONFECÇÃO DOS SEMINÓS USANDO O PORTA AGULHA: • 1º Rodar o cabo mais longo, em sentido horário ou anti-horário, sobre a ponta do Porta Agulha, uma vez para o seminó simples ou duas vezes para o seminó duplo. • 2º Pinçar a ponta mais curta do cabo com o Porta agulha, para seu aperto, sem dar trancos no cabo do fio cirúrgico. • 3º Repetir a sequência acima, lembrando de inverter o sentido da rotação do cabo (ex. primeiro seminó feito com rotação no sentido horário, o segundo seminó deve ser feito com a rotação no sentido anti-horário, ou vice e versa), quantas vezes forem necessárias para produzir o nó suficiente (quanto menor a segurança de um fio cirúrgico para o nó, maior será o número de seminós necessários). TIPOS DE NÓS CIRÚRGICOS MANUAIS: a) Modo Sapateiro b) Modo Pauchet: • Com o dedo indicador • Com o dedo médio • Misto (dois dedos) • Instrumental (Porta agulha) “LEIS DOS NÓS PERFEITOS (LIVINGSTON) 1) Movimentos iguais de mãos opostas executam um nó perfeito. 2) A ponta do fio que muda de lado, após a execução do primeiro seminó, deve voltar ao lado inicial para realizar o outro seminó. POSICIONAMENTO DOS NÓS CIRÚRGICOS APLICAÇÃO DE NÓS CIRÚRGICOS COM AS MÃOS • Seminó – Modo Sapateiro ► (Vídeo 1- nó quadrado com duas mãos - modo sapateiro) • Nó de Cirurgião – Modo Sapateiro ► (Vídeo 2- nó de cirurgião - modo sapateiro)• 1º Seminó Simples – Modo de Pauchet, com dedo indicador ► (Vídeo 3- nó quadrado modo pauchet dedo indicador) • 1º Seminó Simples – Modo de Pauchet, com dedo médio ► (Vídeo 4- nó quadrado - modo pauchet dedo médio) • 2º Seminó Simples – Modo de Pauchet, com dedo médio • Seminó Duplo – Modo de Pauchet, misto (dedos médio e indicador) • Seminó Duplo – Modo de Pauchet, misto (dedos médio e indicador) ► (Vídeo 5- nó de cirurgião - modo pauchet misto) COMPLEMENTOS • Vídeo 6- nó quadrado com uma mão - modo pauchet misto • Vídeo 7- nós principais erros APLICAÇÃO DE NÓS CIRÚRGICOS COM O PORTA AGULHA • Vídeo 8- nó com instrumento • Vídeo 9- pinçamento do fio TIPOS DE LIGADURAS
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