Diagnóstico em 5 eixos; Diferenciação entre delírio, delírium e demência

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Atividades da Aula 4
Aluna: Gabriela Teixeira da Silveira
1. Descreva o diagnóstico em cinco eixos proposto pelo DSM-IV e explique a utilidade desta proposta.
O DSM-5 foi elaborado para melhor satisfazer a necessidade de clínicos, pacientes,
famílias e pesquisadores de uma descrição clara e concisa de cada transtorno mental,
organizada por meio de critérios diagnósticos claros, complementados, quando apropriado, por
medidas dimensionais que perpassam limites diagnósticos, e um breve resumo de informações
sobre o diagnóstico, os fatores de risco, as características associadas, os avanços em pesquisa
e as várias expressões do transtorno.
O diagnóstico proposto pelo DSM-5 consiste em um sistema multiaxial em 5 eixos, o que
possibilita uma avaliação mais adequada e aprofundada dos pacientes. A avaliação multiaxial
requer que todo o caso seja avaliado em 5 diferentes eixos, sendo que cada um deles se refere
à uma classe diferente de informação. Os três primeiros eixos se referem à uma avaliação formal
do diagnóstico, enquanto os eixos quatro e cinco fornecem informações que complementam
esse diagnóstico formal. Logo, cada indivíduo recebe um diagnóstico em cada um desses eixos,
e esses diagnósticos podem ou não estar relacionados entre si, sendo eles de grande
importância para o planejamento do tratamento e para a previsão dos resultados.
● Eixo 1 → Síndromes clínicas;
● Eixo 2 → Personalidade e retardo mental;
● Eixo 3 → Doenças físicas;
● Eixo 4 → Estressores psicossociais;
● Eixo 5 → Avaliação global do funcionamento.
2. Comente os aspectos importantes do exame do estado mental que permitem diferenciar delírio, delirium e
demência.
O delírio é englobado por espectros da esquizofrenia e outros transtornos psicóticos. São
crenças fixas, não passíveis de mudança perante evidências, podendo seu conteúdo incluir
diversos temas.
Tanto o delirium quanto a demência são transtornos neurocognitivos, ou Síndromes
Mentais Orgânicas, caracterizados pela perturbação da atenção e da consciência, além de
alterações cognitivas (sensopercepção, orientação, memória, linguagem). Contudo, deve-se
atentar para o diagnóstico diferencial entre eles, uma vez que o delirium é um quadro agudo,
com risco de morte, que responde rapidamente ao tratamento da causa subjacente (delirium por
intoxicação de substância, por abstinência de substância ou induzido por medicamento, por
exemplo); ao passo que a demência é um processo degenerativo do SNC de curso crônico e
irreversível, decorrente da evolução da doença neurológica subjacente (Doença de Alzheimer,
por exemplo).