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Personalidade, Temperamento e Caráter; Transtornos de personalidade

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Atividades da Aula 6
Aluna: Gabriela Teixeira
1. Diferencie personalidade, temperamento e caráter.
A personalidade é definida como as características individuais que
correspondem a um padrão persistente de emoções, pensamentos e
comportamentos. Os três componentes que formam a personalidade são a
constituição corporal, temperamento e o caráter.
A constituição corporal envolve os mecanismos genéticos do ser. A sua
aparência, seu perfil de gestos, sua voz, seu estilo. É o seu modo de reação em
relação aos outros. O temperamento é definido por fatores genéticos ou
constitucionais.
O temperamento, por sua vez, possui quatro dimensões básicas: esquiva,
busca por novidades, dependência da aprovação e persistência. É o conjunto de
particularidades que diferenciam um indivíduo do outro. Os diferentes
temperamentos são determinados tanto por fatores genéticos quanto
constitucionais produzidos por meios endócrinos ou metabólicos, logo, certos
indivíduos podem nascer com temperamentos que tendam à passividade,
enquanto outros nascem com temperamentos tendenciosos à atividade
exacerbada. Contudo, a apreensão do temperamento individual é extremamente
difícil.
Já o caráter é definido como a soma dos traços da personalidade, e é
expresso no modo como o indivíduo enfrenta as diversas situações presentes em
sua
vida. Embora seu termo tenha conotação moral, que indica força, vontade,
perseverança, na psicopatologia o caráter é a forma que a pessoa reage perante
as situações vividas. Ele reflete o temperamento do indivíduo moldado e inserido
no seu meio familiar e social, sendo resultado da história da pessoa, do seu
consciente e inconsciente.
É importante destacar que o temperamento não deve ser confundido com
caráter, uma vez que o temperamento é um feito básico e constitutivo do
1
indivíduo, ao passo que o caráter é o tipo predominante de reações individuais
perante situações e estímulos do ambiente.
O caráter e o temperamento podem ou não coincidir, e, em certos casos, o
caráter pode se desenvolver, inclusive, no sentido oposto do comportamento.
2. Leia o tópico “O modelo de personalidade de Robert Cloninger” (Dalgalarrondo, 2019, pp.
277-9)e apresente uma síntese desta leitura.
Robert Cloninger descreveu um modelo de personalidade fundamentado
em questões neuroestruturais, neuroquímicos e genéticos, buscando classificar
padrões reacionários a estímulos específicos.
Dessa maneira, estudando famílias em desenvolvimento, e usando de
análises psicométricas somadas à pesquisas neurais e investigações
comportamentais, ele pode identificar três dimensões da personalidade.Essas
dimensões, de acordo com seus estudos, são geneticamente independentes, e
revelam padrões de interações a estímulos do meio ambiente.
As três dimensões identificadas por Robert Cloninger são:
1. Procura por novidade:
Nessa dimensão específica, os principais estímulos considerados
são a novidade, a recompensa e o alívio da monotonia. Existe tendência
herdável para a excitação perante estímulos novos, assim como a busca
por novas experiências. Aqui o sujeito não gosta de monotonias, baseando
suas decisões em impressões vagas, acaba agindo por impulso e mudando
rapidamente suas opiniões, interesses e amizades. As vias neuronais mais
ativas nessa dimensão são os sistemas colinérgicos de recompensa.
Talvez exista relação entre essa dimensão e a propensão ao abuso e
dependência de substâncias em adolescentes e comportamentos
sociopáticos.
2. Evitação de danos:
Aqui a tendência do indivíduo é responder aos sinais aversivos com
intensidade, sendo quase sempre temeroso e antecipando os possíveis
danos. Logo, a pessoa é pessimista e inibida, o que lhe faz correr menores
riscos e buscar o familiar e o previsível. As vias envolvidas são as
serotonérgicas.
2
3. Dependência de recompensa:
Por último, essa terceira dimensão se refere à tendência herdável do
sujeito a responder intensamente a sinais de recompensa (principalmente
indicativos de aprovação social). Logo, nesses indivíduos se verifica
intensa dependência de apoio emocional e intimidade com outras pessoas,
sendo eles muito sensíveis a sugestões, pressões e rejeições sociais. As
vias mais envolvidas são as noradrenérgicas.
3. Leia o tópico “A personalidade, seu desenvolvimento e seus tipos, segundo Sigmund Freud
(1856-1939)” (Dalgalarrondo, 2019, pp. 272-4)e apresente uma síntese desta leitura.
Conforme Freud, a constituição da personalidade passa estrategicamente
pela libido, pelo seu desenvolvimento em diversas fases, pelo modo como se
estrutura o desejo inconsciente e as formas como o sujeito lida com seus conflitos
e frustrações libidinais.
Segundo a psicanálise, as fixações infantis da libido e a tendência à
regressão determinam os diversos tipos de neuroses e o perfil da personalidade
adulta.
A trama estrutural inconsciente de amor é importante para Freud, assim
como o ódio e o temor de repressão em relação aos pais (complexo de édipo).
Logo, a personalidade do adulto de forma pela introdução inconsciente dos
relacionamentos estabelecidos em suas relações familiares.
A primeira forma de desejo libidinal da vida se relaciona com a “fase oral”,
que se estende ao longo do primeiro ano de vida. O indivíduo fixado no modo oral
de organização da libido não suporta provações e tem dificuldades com a
rejeição, tende a ser passivo e exigentemente receptivo em relação às pessoas
amadas.
A segunda forma de organização da libido é a “fase anal”, marcado pelo
interesse e prazer da criança em reter e expelir fezes, extendendo-se do segundo
ao terceiro ano de vida. Pode ter seu prazer baseado no reter seus afetos, atos e
pensamentos ou em expulsar abruptamente esses elementos. Traços associados
a esse “perfil anal” são o caráter obsessivo e compulsivo, a tendência à avareza,
ao desejo de controle e tendências a fantasias de onipotêncis e pensamentos
mágicos.
3
A terceira fase, que vai dos 3 aos 5 anos, é a “fase fálica”, na qual as
crianças, de ambos os sexos, se interessam mais acentuadamente pelos seus
próprios genitais, referindo-se à presença do “phalus” nos meninos e ausencia
nas meninas. Nesse contexto, o complexo de Édipo é marcado pelo conflito da
criança marcado pelo amor e desejo dirigidos ao progenitor do sexo oposto e ódio
e rivalidade ao progenitor do mesmo sexo. O “tipo fálico” pode tender ao
exibicionismo físico e mental, ao narcisismo, aos atributos e poderes ou à inibição
amedrontada de desejar qualquer coisa que lhe seja de valor, ele também pode
ser agressivo, intrometido e se julgar merecedor de tudo e todos.
4. Distinga traço de personalidade de transtorno da personalidade.
A personalidade pode ser entendidas de tal forma que o seu elemento
central é o indivíduo e sua personalidade, ou seja, o que ele sofre e faz sofrer a
sociedade.
Os transtornos de personalidade são então resumidos como uma
desarmonia marcante que reflete não apenas no plano intrapsíquico, mas também
nas relações interpessoais do indivíduo. De modo geral, esses transtornos
causam consequências danosas à pessoa e seus relacionamento próximos, como
familiares, por exemplo, sendo esses prejuízos difíceis de serem modificados,
tendendo a permanecer estáveis ao longo de toda a vida.
Atualmente, os transtornos de personalidade são definidos por algumas
categorias:
● Geralmente se iniciam na infância ou adolescência e tendem a
permanecerem estáveis ao longo da vida;
● São um conjunto de comportamentos e reações afetivas
desarmônicas, que envolvem várias partes da vida do indivíduo;
● Seu padrão de comportamento e respostas é de longa duração e
não limitado ao episódio de doença mental associada;
● Seu padrão inclui muitos aspectos do psiquismo e da vida social da
pessoa;
● Apresenta padrão mal-adaptativo;
● Não são relacionados diretamente a lesões cerebrais ou a outros
transtornos psiquiátricos;
4
● Costumam acarretar em sofrimentos como angústia e solidão, por
exemplo, contudo, esses sofrimentosnormalmente aparecem
tardiamente na vida do indivíduo;
● Contribuem para o mau desempenho ocupacional e social da
pessoa, porém, essa não é uma característica obrigatória.
Os pacientes diagnosticados com transtornos de personalidade podem ser
classificados e agrupados da seguinte forma (representação na tabela abaixo):
A) Esquisitos e/ou desconfiados;
B) Instáveis e/ou manipuladores;
C) Ansiosos e/ou controlados-controladores.
Logo, a diferença entre a personalidade e os traços de personalidade é a
de que a personalidade é o modo sucinto de todas as características individuais,
que são demonstradas como padrão persistente de emoções. Já os traços são a
formação em si da personalidade, e possuem suas consequências. As
características dos traços são associadas a uma variedade importante de
indicadores nos níveis individuais, interpessoais e sociais como: felicidade, saúde
física e psicológica, espiritualidade, etc.
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