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Aula – Dermatologia de pequenos animais Dermatopatias Bacteriana Parasitárias Fúngicas Imunológicas Hipersensibilidade Auto-imune Hormonais DERMATOPATIAS BACTERIANAS Microbiota normal - comensal. Função protetora contra outros Mos patológicos; Comumente, a mudança nesta microbiota estimula a proliferação destas bactérias "normais" por alguma doença de base ou pode ser primária. Superficiais: epiderme, folículo piloso e camada córnea; Profundas: derme e subcutâneo (furunculose - rompimento do folículo piloso e inflamação - e celulite -rompimento do tecido subcutâneo); A. SUPERFICIAIS Impetigo Staphylococcus sp.; S. pseudointermedius (?) Pústulas subcorneais; raramente atingem a epiderme; filhotes sadios ou doentes; não há envolvimento do folículo piloso - locais sem muito pelo glabras; se rompem facilmente; cura espontânea dependendo da causa; Imunidade e higienização são predisponentes Verminose; viroses. Cinomose pode causar; Avaliar quadro clínico do animal; Dieta adequada, vermífugo; TTO tópico; Intertrigo Predisposição racial - bulldog, sharpei, pug; Fricção da pele - dobras Ambiente úmido pode haver crescimento de MOs, mallasezia e bactérias Obesidade é fator predisponente Sebo, lágrima, saliva, urina são irritativos; TTO clínico e cirurgia plástica Prurido Piodermite mucocutânea Áreas de transição entre mucosa e pele - lábios e ao redor da boca Maioria pastor alemão Eritema simétrico nos locais, erosão com secreção, crostas; Dolorida - para de comer Diferenciar de pênfigo - autoimune (não tem resposta à antibioticoterapia) Recidivas são comuns Antibioticoterabia Diagnóstico clínico e biópsia, citologia. Verifica a presença de bactérias fagocitando células Foliculite bacteriana superficial Geralmente secundária, primária não tão frequente Staphylococcus pseudointermedius Acomete parte proximal do pelo Pústula com haste de pelo a partir do centro Pode ter prurido, início com pápulas, crostras, pequenas áreas de alopecia (perda do folículo), hipotricose, pode haver eritema, secreção. "Roído de traça" - caminhos sem pelo Porta de entrada: traumas, parasitos, lesão da tosa, pelagem suja, alergias; Colaretes epidérmicos Hiperpigmentação após o rompimento. Antibiótico tópico ou sistêmico dependendo do grau B. PROFUNDAS Derme -> tecido subcutâneo -> sistêmico Evolui da piodermite superficial Furunculose - folículo rompe e evolui para as proximidades, inflamação, drena (pus, sangue), alopecia, pele fina (área arroxeada). Celulite Imunoincompetência, trauma, TTO inadequado de lesão superficial, hormonal; Piodermite nasal: Lesão por abrasão; incidência solar; Piodermite mentoniana: pelos curtos; hábito de coçar a mandíbula. Pode gerar inflamação, nódulos e ulcerações. Filhotes mais agitados podem aparecer mais. Trauma por coçar. Piodermite interdigital: difícil TTO. Claudicação, pata edemaciada, área de erosão e fístulas, pele fina. Raças de grande porte. Pode ser gerado por movimento estereotipado de lambedura. **Em gatos Strepto e pasteurella; Furunculose acral Dermatite psicogênica Lambedura e mordiscamento lesiona até a derme. Membros anteriores Pele avermelhada, bordos hiperpigmentados e centro ulcerado. Invasão bacteriana; Abscesso subcutâneos Raro em cães/ frequente em gatos (brigas) Evolutivo 2-3 semanas TTO com drenagem, lavagem e antibioticoterapia Castração para reduzir conflitos Diagnóstico Avaliação clínica Imprinting + cora Fita de acetato Abscesso: coletar a observar na lâmina (neutrófilos fagocitando bactérias - já identifica tipo de bactérias) Tratamento Higienização do animal e do ambiente no dia a dia Tópico (pomada, gel, creme, shampoo. Ácido fusídico 1% (gram (-) = staphilo); mupirocina 2% (pega vários agentes), rifamicina Bacitracina (gram+), polimixina B (gram-), ciprofloxacina, gentamicina, neomicina, clindamicina Clorexidine 2-4%, permanganato de potássio, irgasan 0,5-1% Peróxido de benzoíla 2,5-5% (irritativa); Sistêmico: Tempo de TTO 7-14 dias se superficial Mais 7 dias após fim dos sinais Mais 2 semanas se for profundo Cefalexina 20-30mg/kg BID Amoxicilina + ác clavulânico 20-25mg/kg BID Cefovecina 8mg/kg 2 doses SC a cada 14d - indicada em casos em que não se obtém melhora (resistência) Doxiciclina, cloranfenicol, quinolonas, rifampicina, clindamicina Imunomoduladores Staphage Lysate, Estafilin - casos crônicos. Pulsoterapia com atbs - risco de resistência (07/10/19) DERMATOPATIAS FUNGICAS Micoses superficiais - Malassezíase/ose (microbiota normal da pele - similar à dermatopatias superficiais) Dermatofitose (secundária, verificar estado imunológico) Micoses subcutâneas - esporotricose Malassezíase/ose Malassezia pachydermatis Isolada em animais sadios - microbiota normal Cães mais acometidos; Na maioria das vezes é secundária. Associada a doenças bacterianas (primária) = uso de atbs diminui a quantidade de bactérias que inibem o crescimento do fungo. Pele oleosa, eritematosa. Alergias, atopia (não possuem barreira lipídica na pele = ficam sujeitos à antígenos da malassezia e outros - superantígenos), imunodeficiências, dermatite de contato, glicocorticóides; Viroses que diminuem o sistema imune; Raças com distúrbios seborreicos possuem maior predisposição; chow chow, sharpei, cocker, beagle Rara em gatos; Lesões localizadas ou generalizadas; pode ocorrer com o intertrigo; Locais - dobras, interdigitais, perioral (pelos mantém umidade); Prurido (muito); Malassezia leva a um processo inflamatório intenso; Fatores ambientais: umidade. Animais que deitam no molhado - região abdominal primeira a ser acometida Sinais clínicos: Curso clínico agudo <90d. Pele avermelhada, espessada, oleosa, secreção marrom e odor rançoso. Hábito de coçar = quebra do pelo = alopecia, autotraumatismo pela coceira. Crônico >90d; pele seborreica, mais pigmentada, espessada, com fissuras (pele de elefante), ainda oleosa e pruriginosa (seborreia seca); piodermite (pápulas, pústulas, impetigo); odor rançoso; otite: ouvido com a mesma característica; Malassezia +bactérias. Diagnóstico: citologia; imprint. Ouvido - swab e observar na lâmina (corante rápido); Como a malassezia é um MO normal pode-se achar poucos por campo. É antigênico e pode ser a causa dos sinais clínicos. Examinar 5-10 campos. Leveduras arredondadas. Em brotamento parecem pinos de boliche. Fazer cultura microbiológica. Teste molecular pode ser feito. Tratamento: cetoconazol VO/ Itroconazol VO; Localizada: tópico Clorexidine 3 a 4% -tem função adstringente e antifúngica; sulfeto de selênio 2% adstringente; Cetoconazol 2%; Miconazol 2%; Produto deve ficar no mínimo 10 minutos na pele para fazer efeito. Colocar cone no animal para não intoxicar. Terminafina mais cara e menos efeitos colaterais; Fluconazol bom para malassezia porém caro; tto mínimo 30d. Check up antes de iniciar o tto. Descobrir a causa base. Monitorar a função hepática. Se as enzimas hepáticas estão 3x aumentadas suspender o tto. Dermatofitose Microsporum canis, M gypseum (solo) e Tricophitum (?) mentagrophytes (roedores) - fungos dermatofílicos Não são normais a microbiota do animal Zoonose Clima quente e úmido. Esporos liberados no ambiente duram até 18 meses. Tratar o animal e o ambiente. Contato com ambiente externo; Contato com fômites. Transmissão: ambiente, animais, fômites; Animais jovens mais suscetíveis pois tem sistema imunológico ainda não desenvolvido. <1 ano mais suscetíveis. Até 2 anos. Animais de pelo longo = mais queratina = substrato para o fungo. Tosar o paciente. Zoonose - M. canis. Sinais clíncos: áreas circulares de alopecia e caspas. Lesão em anel - proliferação do fungo para as bordas da lesão. Bordas da lesão inflamadas e elevadas. M. canis pode haver cura espontânea. Yorkshire (M gypseum - nódulos. Secreção serosa a sero-sanguinolenta) e Gato persa - adquirem formas mais graves - pseudomicetômas; nódulos; atinge o subcutâneo e formam "bolhas". Quério. Torna-se pruriginosa quando tem infecção bacteriana. Nos humanos é pruriginosa. Ambientes aglomerados. Cão com contato com gatos. 50% dos gatos são assintomáticose carreadores. Topografia das lesões: M gypseum nos membros e focinho. M. canis em qualquer lugar. Diagnóstico: tricograma; raspado de pele; lâmpada de wood; cultura fúngica. Luz de wood - positivo = verde fluorescente no M canis. Produtos alogenados = falso positivo; Cultura fúngica - descobrir a espécie; Enquanto a cultura não fica pronta deve-se tratar (tópico se não estive grave; sistêmico se estiver); Tratamento: tricotomia para diminuir o substrato para o fungo; terapia tópica e sistêmica. Xampu/ creme antifúngico/ Clorexidine 3% remove tecido queratinizado desvitalizado - não usar em pele muito lesionada, principalmente com cetoconazol - irritativo e piora a lesão - Farmacodermia. Sistêmicos com cetoconazol (5-10mg/kg) tópico; Itroconazol (5-10mg/kg) VO e tópico; griseofulvina (25-60mg/kg) apenas para dermatófitos VO - pode causar mielossupressão em felinos - teratogênico; Terapia tópica (localizada) não muito confiável uma vez que os esporos podem estar em vários locais sem se manifestar; Avaliar o animal para verificar funções hepáticas. Filhotes fazer check up de 15-15 dias. Controle do ambiente. Água sanitária. Verificar estado imune do animal - principalmente M. canis. Animai sem sinal clínico - continuar por mais 2semanas o tto medicamentoso ou quando houver cultura negativa Esporotricose Sporothrix schenckii - fungo dimórfico (levedura e filamentoso) encontrado em solo e resíduos orgânicos S. brasiliensis no brasil é o de maior ocorrência. No humano -ocorria em profissionais que trabalhavam com matéria orgânica (solo, madeira, natureza) Surtos epidêmicos. Década de 80 no RJ, principalmente felinos. Na natureza está em forma filamentosa, no corpo à 37°C ele se torna levedura. Cancro de inoculação. Pode ulcerar e drenar. SC felinos nódulos firmes, múltiplos, placas ulceradas com bordas elevadas ou áreas crostosas e alopécicas. Pode haver linfadenite localizada (linfonodo regional) ou pode espalhar pelo corpo. Carga fúngica no gato - oral e base da unha. Equinos também podem ter na forma cutâneo-linfática. Cadeia de linfonodos infartados. A lesão do felino tem muitas leveduras. Cuidado ao manusear - máscara e luvas. Diagnóstico: citologia, biópsia, cultura fúngica. TTO: iodeto de potássio (contra-indicado para felinos), cetoconazol, itroconazol e fluconazol. Mínimo de 6 meses de tratamento. Banho com clorexidine. DERMATOPATIAS PARASITÁRIAS Demodicidose Demodex sp. Ácaro. Microbiota normal da pele dos cães. Ocorre em distúrbios genéticos (deficiência genética qualitativa dos linfócitos - afuncionais) e imunológicos; Filhotes - amamentação contato com a mãe que possui o ácaro promove a proliferação principalmente se ele mantém a imunidade baixa. Na fase adulta tem relação com imunossupressão. Não é pruriginosa Forma localizada: mais em filhotes, pode ter cura espontânea ou evoluir. Organismo reage ao ácaro no folículo piloso = alopecia ao redor dos olhos, se estendendo para a face, descamação, pápulas (sem pus), pústulas (com ou sem bactérias), alopecia nos membros anteriores. Animais predispostos = evolução pelo corpo. Alopecia eritematosa, circunscrita, escamosa, pruriginosa quando há infecção bacteriana secundária. Forma generalizada: áreas extensas, crostosas e exsudativas. Secreção sero-sanguinolenta a hemorrágica. Começa com pápulas>pústulas evoluem para hipotricose e alopecia. Foliculite evoluindo para furunculose. Pododemodicidose - IBS. Eritema, alopecia, hemorrágica. Localizado apenas nas patas. Infecção bacteriana secundária (IBS). Daignóstico: raspado profundo de 5 áreas diferentes. Lesões recentes com menos inflamação; Beliscamento; Tricograma. Histopatologia (mesmo que nos raspados não apareça mas há suspeita pode-se fazer o histopatógico; Fita de acetato em áreas mais sensíveis. TTO: Moxidectina (Cydectin 1%) VO?SC o,5m/kg 72/72h por 30 dias; Ivermectina (Ivomec 1%) VO/SC 0,6mg/kg/dia por 30 dias; Tópico: clorexidine 2%, benzoato de benzila, sabonete de enxofre. Pour-on (advocate); Isoxazolinas - simparic a cada 30d. Reavaliar a cada 30 dias - fazer raspado. Se ainda houver ácaro fazer mais um ciclo de tto. Tratar IBS com os atbs. Cura = 2 raspados consecutivos sem ácaro. Histórico: geralmente só um animal tem. Apresentou quando filhote. Perguntar sobre os pais ou irmãos. Não é zoonose. Dermatopatia mais frequente em cães; Em gatos: D. gatti e D. gattoi (?) Escabiose canina Sarcoptes scabiei var. canis Zoonose Altamente pruriginosa e contagiosa, acometendo outras espécies. Não tem tropismo pelo folículo piloso. Fazem túneis onde depositam os ovos e liberam substâncias pruridogênicas e inflamatórias. O prurido não tem relação com o número de ácaros. Ciclo de vida de 1 = 7-21 dias Sinais clínicos: descamação, pápulas, nódulos, pele espessada. Pavilhão auricular, cotovelo, jarrete (onde deve faz o raspado); Pode se espalhar ao coçar para a região abdominal. Normalmente poupa a região dorsal. Escoriações e eritema. Diagnóstico: raspado de pele pode dar falso-negativo (50%) mas deve ser feito nos locais de preferência do ácaro. Verificar imunidade, filhotes, ambiente. Reflexo auricular-podal = indica se há prurido mas pode ser positivo em outras doenças alérgicas. Diagnóstico presuntivo de acordo com os sinais clínicos e histórico. TTO: higienização e desinfecção do ambiente. Banhos com enxofre para diminuir descamação. Corticoide em dose baixa para reduzir prurido. Prednisona 1,1mg/kg/3 dias . Enxofre 2-3% banhos semanais; Ivermectina 0,2-0,4 mg/kg VO/SC a cada 14d; Selamectina pour-on. Escabiose felina Notoedres cati Contagiosa, altamente pruriginosa, acomete outras espécies. Sinais clínicos: pele espessada, crostas aderidas, eritema e erosão. Alopecia substituída por crostas nas pontas das orelhas, face, pálpebras, pescoço. Diagnóstico: raspado de pele; mais superficial. Embaixo das crostas. Prurido relacionado à quantidade de ácaro. TTO: tosa, enxofre sodado 2-3% 1x semana; ivermectina 0,2-0,3 mg/kg SC/VO; pour on 1 aplicação advocate. Desinfectar o ambiente. Tratar todos os animais. Otoacaríase Otodectes cyanotis - ácaro da orelha - visto à olho nu, branco Altamente contagioso, mais visto em filhotes de gatos. SC: Otite externa. Prurido - coçar causa escoriações na base da orelha. Otorreia - secreção enegrecida. Pode fazer ciclo errático na face ou em outros locais como cauda, quadril (onde o gato coloca o rosto) Prurido em alta infestação. Diagnóstico por swab, otoscopia. TTO: ceruminolítico, Otodem plus, Natalene (tiabendazole) 7-14 dias tópico; controle dos animais contactantes. Pour-on selamectina, avermectina, fipronil (1 gota em cada ouvido e o resto no corpo); Leishmanioses Zoonose. Leishmania sp. Desenvolvem-se de duas formas: amastigota e promastigota. Amastigota nos animais vertebrados. Forma promastigota é a infectante, encontrada nos vetores. Phebotominium (?) faz o repasto num vertebrado e a forma migra pro aparelho bucal e infecta o hospedeiro. Tropismo pelo sistema fagocítico mononuclear. Tegumentar não se replica em temperaturas >37°C Visceral em órgãos. Resposta celular pode debelar a infecção. A forma pro infecta um macrófago e dentro torna-se amastigota, onde replica-se e tudo mais. Agente etiológico: Leishmaniose tegumentar : Leishmania braziliensis e L. amazonensis; mais relacionados a áreas rurais. Leishmaniose visceral: L. chagasi ou infantum. Depende da capacidade do vetor de se adaptar ao meio urbano. Transmissão: dípteros>psychodidae>phlebotominae>Lutzomyia Visceral: L. longipalpis, L. cruzi, L. evansi Tegumentar: L. intermedia, L. whitmani, L. flaviscutellata, L. umbratilis Tegumentar: formação de nódulos e úlceras. Clinicamente o animal está bem. A leish causa alteração de pele. Cancro de inoculação>nódulo>úlcera. Ponta de orelha, escroto, narinas. Muco-cutânea: acomete áreas de transição da pele e mucosa. Deformação da face. Parasita restrito à lesão. Visceral: animais assintomáticos porém carreadores pois possuem alta carga parasitária na pele. Sinais variáveis. Dermatite furfurácia, emagrecimento, onicogrifose, linfadenomegalia,esplenomegalia, alterações hepáticas, insuficiência renal (causa mortis), ceratoconjuntivite seca, eveíte, ceratite, ceratoconjuntivite. Pode não ter sinal algum. Diagnóstico: sangue (diagnóstico sorológico- DPP recomendado pelo ministério -, ELISA e IFI), punção de linfonodo, punção de medula óssea, biópsia de pele (histopatológico e imunohistoquímica), citologia, cultura, PCR. TTO: miltefosina, não é cura. Prevenção: coleira Deltametrina 4%. HIPERSENSIBILIDADES Alergias são pruriginosas; DASP/DAPP - Dermatite alérgica a picada de pulga/ dermatite alérgica à saliva da pulga - animal sensível: mais frequente. Diminuiu ocorrência devido a conscientização da população. Atopia ou Dermatite atópica - mais raro em felinos Hipersensibilidade alimentar ou dermatite trofoalérgica DASP Hipersensibilidade à compostos da saliva da pulga Hipersensibilidade tipo 1, mas pode desenvolver a tardia Não há relação com quantidade da pulga sobre o animal Relacionado à sensibilidade do animal, sem predileção racial, sexual SC: prurido, eritema, escoriações, hiperqueratose, seborreia, No local: pápulas, avermelhadas, áreas com crostas - pápulas eritematosas encrustadas, alopecia (pela coceira e a lesão); Gatos: pápula eritematosa com crosta (lesão miliar); Locais, dorso, pescoço, quadril (lesão em triângulo no gato), axilas, virilha - áreas mais quentes do corpo. Pode ser generalizada. Animais de 3-5 anos: processo alérgico leva tempo para se desenvolver; quanto mais cedo entra em contato, mais cedo desenvolve. Quebra da barreira dérmica = IBS. Mais vista em cães que em gatos Sazonal ou não - depende do clima do local; em locais de estações bem definidas é sazonal - verão. No BR aumenta em temperaturas mais altas. ATOPIA Segunda dermatopatia alérgica mais comum em cães Origem genética herdável; Sensibilidade a alérgenos do ambiente: adentram via percutânea, inalados, ingeridos. Possuem defeitos da barreira cutânea (da camada lipídica que une as células epiteliais), ficando exposto à diversos alérgenos e infecções microbianas. Por esta deficiência na camada lipídica a pele perde hidratação e tem menos Igs contra a microbiota natural da pele (superantígenos); Alérgenos: ácaros e poeira doméstica, esporos de fungos, vegetais e pólen, superantígenos (M. pachydermatis e S. pseudointermedius); Hipersensibilidade tipo I; anticorpos alérgenos específicos IgE e IgGd Fixação mastócitos tissulares - degranulação Liberação de enzimas proteolíticas, histamina. Pode haver otite crônica Predileção racial: Pastor alemão, boxer, labrador, golden, fox terrier, boston terrier, schnauzer mini, white terrier, poodle, sharpei, dalmata, pug, lhasa apso, cocker spaniel, akita Envolvimento familiar - pais possuem ou animais da ninhada; SC: prurido, avermelhamento da pele, piodermite, seborreia cutânea, otite externa, conjuntivite atópica. Axilas, região do abdome, perianal, distal dos membros, ao redor dos olhos e da boca. Progressão para seborreia seca, hiperqueratose. HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR Antígenos provém da dieta do animal. Desenvolvem com menos de 1 ano, relacionados à proteinas de alto peso molecular (18k a 36k Daltons) Mecanismo obscuro - hipóteses: deficiência de imunoglobulinas da mucosa intestinal - IgA; Filhotes que não foram amamentados pelo tempo adequado = maior predisposição. Incapacidade de quebrar ptns em moléculas não antigênicas. Reações imediatas ou tardia Raças: coker, labrador, sharpei, west highland terrier, boxer, x-hound, dalmata, lhasa, pastor, golden, poodle, pinscher Não sazonal SC: não patognomonicos. Prurido, pápulas, pústulas, urticárias, eritema, escoriações, caspas, crostas, otite externa, seborreia e piodermite. Topografia: similar à DAPP Diagnóstico: DASP: presença de pulga - as vezes pode ter muito pouca. Escovar o animal até achar uma ou fezes da pulga. Hipersensibilidade alimentar: Dieta de eliminação - dieta estrita (1 tipo apenas). Mudar a dieta por uma restrita e ver se os sinais somem. Depois voltar a ração anterior para ver se há retorno dos sinais e assim definir se ele volta os sinais. Teste provocativo. Atopia: eliminar causas alérgicas de todos os tipos: parasitários, ambientais, etc etc etc. Histopatologia (não específico) ELISA (in vitro) - detecta IgE alérgeno-específico - dosar de acordo com os alérgenos que são citados no histórico do animal. Não pode usar antialérgico por 15 dias, nem corticoide. Teste intradérmico (in vivo) - inocular agentes de maior contato com o animal. Deve sedar o animal. Testar concomitantemente no ELISA os mesmos antígenos para ver se dá positivo nos dois. TTO DASP: controle de pulgas de todos os animais e do ambiente. Acaricidas que eliminem todas as fases do parasita - fipronil, imidaclopril, selamectina e permetrina); Uso de glicocorticoides prednisona e prednisolona para diminuir prurido enquanto elimina a pulga. HÁ: dieta hipoalergênica - comercial ou caseira (arroz integral, batata, carne de carneiro/coelho, óleo de girassol e outros suplementos - glicocorticoides (resposta fraca); Pode desenvolver hipersensibilidade à nova dieta em 1-2 anos. Atopia: diminuir exposição ao alérgeno e prevenir estímulo do sistema imune; reforçar barreira epidérmica com ômega 3 e 6 (ação antiinflamatória - existem produtos veterinários), melhorar hidratação da pele; usar produtos com fisostigmina; controlar infecções secundárias - banho com clorex 2-4%; imunoterapia - sensibilizar o organismo ao antígeno em doses baixíssimas para criar imunidade; higienizar e hidratar a pele - xampu que mantenha o ph cutâneo, emolientes e umectantes; reduzir inflamação - antihistamínicos (clorfeniramina 0,2-0,5 mg/kg; difenidramina 2,2mg/kg, hidroxizine 2,2mg/kg); imunossupressoras (ciclosporina 5mg/kg/dia) pode induzir tumores em uso contínuo - pelo menos 30 dias para saber se está fazendo efeito; Glicocorticoides (prednisolona ou prednisona 1,1mg/kg/SID mas pode até chegar 2mg/kg/SID) - tto contínuo, fazer desmame, pode associar com ciclosporina mas como são dois imunossupressores tem que adaptar, cortic primeiro, reduz ele e introduz ciclo; Oclacitinib - receptores Janus kinase - IL 31; Citopoint (pesquisar); corticoides tópicos - pouca absorção; CONTROLAR O AMBIENTE; DERMATOPATIAS AUTO-IMUNES Complexo pênfigo Lupus eritematoso sistêmico Complexo pênfigo Lesão primária: vesículas ou pápulas intraepidérmicas - desaparecem rapidamente Lesões secundárias: colaretes epidérmicos, crostas Pênfigo vulgar: vesícula intraepidérmica - mais grave e menos comum Pênfigo vegetante, foliácio e eritematoso - formação de pústula intra-epidérmica - a pele se solta (orelha, periocular, focinho, membros anteriores, coxins) evolução lenta - pele afina; áreas de erosão epidémica podendo afetar derme. Bordas elevadas e colarete epidérmico. Gravidade depende de qual estrutura está sendo acometida; Desmogleína tipo 1 - tipo foliáceo = superficial Desmogleína tipo 1 e tipo 3 - tipo vulgar = atinge até a derme - mais profundas Foliáceo: aparecimento gradual. Pústulas intra-epidérmicas, narinas, orelhas, perio-oral, coxins; Perde a conformação normal do focinho - fica mais liso, pode ulcerar SC: dermatite pustular, eritema secundário, descamação, alopecia, erosão, crostas e úlceras. Comum em pele de focinho, face e orelhas, coxins. Pústulas sem bactérias - anticorpos provocam lise das células superficiais. Células acantolíticas; Fatores: predisposição racial (pênfigo foliáceo idiopático); transmissão viral (transmitido por vetor); uso de drogas - humanos: captopril, cefalexina, sulfonamidas podem induzir a produção de auto-anticorpos; vacinas também. Uso de drogas crônicas; Dermatopatias crônicas; Vulgar: grave e raro; afeta a desmodeína tipo 3 (pele e mucosas), provocando erosão na região da cabeça (perioral, periocular e axilas, base das unhas); pirexia, depressão, anorexia. Úlceras muco-cutâneas. IBS Felinos: raro e acomete mesmas regiões. Diagnóstico: histórico, exame físico, histopato (usar a lesão primária - vesícula ou pústula - para ver células acantolíticas com ausenciade bacts), IFD imunofluorescencia direta ou IHQ (marcação positiva intracelular na epiderme; Prognostico - relação com forma e gravidade, reservado no vulgar, depende da extensão da lesão; TTO: glicocorticóides e imunomoduladores Glicocort. Em dose Imunossupressora* 2-6mg/kg VO SID; gatos 4-8mg/kg VO SIB Fazer desmame até achar a menor dose que seja eficaz para manter o animal bem Imunomoduladores: associar quando não se acha a dose do glicocort. Ou depois de retirá-lo. Azatioprina para cão e clorambucil para cão e gato. Cuidar na associação pois ambos são imunossupressores Acompanhar funções orgânicas com a terapia instituída Lupus eritematoso discoide Organismo produz Acs contra células do organismo Diz-se denigno: diminuição da celulas T supressoras, hiperatividade das células B, diminui componentes do sistema complemento Acomete região da face Multifatorial Luz UV (A e B) agravam o caso: agravam 50% dos casos SC: despigmentação do focinho e vai ficando liso, eritema e descamação do nariz - erosão, ulceração, formação de crostas. Diagnóstico: biópsia - dermatite de interface hidrópica/liquenoide TTO: filtro solar e glicocorticoide tópico; evitar deixar o animal no sol nos períodos de maior intensidade dos raios UV. Início no focinho e evolui para periocular
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