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Marcella Ricardo Músculos do ombro e do braço Aula 05 Introdução Hoje vamos falar dos músculos de ombro e Braço, mas começaremos falando sobre a inervação desses músculos. Quando estudamos medula espinhal, falamos da existência de dois pontos mais dilatados chamados de intumescências4 onde encontramos uma maior concentração de corpos de neurônio. Temos essa maior concentração desses corpos de neurônio porque, os axônios que saem desses corpos neuronais dão origem aos nervos do membro superior (intumescência cervical) e do membro inferior (intumescência lombossacral). Esses nervos, na verdade, são nervos espinhais que se misturam para constituir o plexo. O plexo do membro superior é o plexo Braquial. Hoje, começaremos falando desse plexo Braquial, porque ele é importante para a aula de músculo do ombro e do Braço. Plexo Braquial Na figura colacionada abaixo temos representados os seguimentos da coluna vertebral com os nervos que saem dos forames intervertebrais. De cada um desses forames temos um nervo emergindo. Os nervos espinhais que se juntam para a formação do plexo braquial são de C5 a C8 e T1. 4 São duas as intumescências na medula espinal: a intumescência cervical que se estende da terceira vértebra cervical (C3) até à segunda vértebra torácica (T2), com um diâmetro de não mais que 38mm, e a intumescência lombossacral que começa ao nível da nona vértebra torácica (T9) e termina no cone medular, tem seu maior diâmetro (33mm) ao nível da última vértebra torácica (T12). As intumescências correspondem à origem dos grandes nervos, ou seja, corpos de neurônios (somas) situados na substância cinzenta da medula, que suprem os membros superiores (intumescência cervical) e os membros inferiores (intumescência lombossacral) respectivamente. Quando esses nervos emergem dos forames intervertebrais eles dão um ramo dorsal e um ramo ventral. ATENÇÃO São os ramos ventrais dos nervos espinhais que se misturam constituindo o plexo Braquial. O plexo Braquial é divido em partes, quais sejam: Raízes Nervosas do Plexo Braquial Troncos do Plexo Braquial Ramificações dos Troncos em Anterior e Posterior Fascículos do Plexo Braquial Ramos Terminais Vamos conversar sobre cada uma dessas divisões: Raízes Nervosas do Plexo Braquial As raízes nervosas que constituem o plexo Braquial são os ramos ventrais de C5 a C8 e T1, algumas vezes C4 e T2 entram na formação do plexo, mas são variações anatômicas. ATENÇÃO PLEXO BRAQUIAL = DE C5 a C8 e TI Marcella Ricardo Os ramos dorsais fazem a inervação da musculatura profunda do dorso, portanto, ele não passa para a região do membro superior. Abaixo temos representadas as raízes nervosas de C5 a C8 e TI, cada uma emergindo do forame intervertebral, vejamos: Ramos Colaterais Algumas dessas raízes nervosas dão ramos colaterais, esses ramos podem ser importantes na inervação do membro superior ou da parede anterior do tórax. Essas raízes são: C5 dá uma raiz nervosa colateral que segue em direção ao dorso Nervo Escapular Dorsal Responsável por inervar um músculo do dorso, o escapular dorsal. C5, C6 e C7 dão raízes nervosas que se juntam para constituir o Nervo Torácico Longo Responsável pela inervação de um músculo da parede torácica o serrátil anterior. T1 dá uma raiz colateral que constitui o Primeiro Nervo Intercostal Responsável pela inervação dos Músculos Intercostais do primeiro espaço intercostal. Esses são ramos colaterais das raízes nervosas, só que como falamos, plexo é mistura de raízes nervosas. Quando essas raízes nervosas começam a se misturam ocorre a segunda parte do plexo braquial, que são os Troncos. Troncos do Plexo Braquial Nos troncos, temos a junção de algumas raízes. Os troncos são: Tronco Superior O tronco Superior é formado pela junção de C5 com C6. O Tronco Superior possui ramos colaterais também, são eles: Nervo Supraescapular Inerva os músculos Supraespinhal e Infraespinhal, que são músculo do dorso Nervo Subclávio Inerva o Músculo Subclávio localizado abaixo da Clavícula Tronco Médio: C7 continua seu trajeto sozinho com o nome de Tronco Médio. Tronco Inferior: C8 e T1 se juntam constituindo o tronco inferior. Ainda temos raízes sozinhas, C7 precisa se misturar com outras raízes para fazer parte do plexo Braquial, para isso, os três troncos (superior, médio e inferior) se dividem em uma parte anterior e outra posterior. Ramificações dos Troncos em Anterior e Posterior Os Troncos superior, médio e inferior se unem e se dividem em 3 ramos anteriores e 3 ramos posteriores, tal como se infere do desenho abaixo: LEGENDA: RA Ramo anterior RP Ramo Posterior Marcella Ricardo Esses ramos vão se misturar dando origem aos Fascículos. Fascículos do Plexo Braquial Esses fascículos recebem o nome de: Fascículo Lateral: Formado pela junção dos ramos anteriores do tronco superior e do tronco médio Fascículo Posterior: Formado pelos três ramos posteriores. Fascículo Medial: é a continuação do ramo anterior do tronco Inferior. Apesar do ramo anterior não se misturar nesse ponto, dando continuidade ao fascículo medial, anteriormente já houve mistura de raízes. Eles recebem esse nome devido a relação que eles fazem com a artéria axilar. Portanto o fascículo lateral, por exemplo é lateral à artéria axilar, o Fascículo Posterior é posterior à artéria axilar e o Fascículo Medial é medial a artéria axilar. Esses fascículos dão ramos colaterais e Ramos Terminais. Ramos Colaterais dos Fascículos Fascículo Lateral: Nervo Peitoral Lateral e Medial Inervam os músculos peitoral maior e menor. Fascículo Posterior: Nervo Subescapular Superior e Inferior Inervam o músculo subescapular e do músculo redondo maior Nervo Toracodorsal Inerva o Músculo Latíssimo do Dorso Fascículo Medial: Nervo Cutâneo Medial do Braço Nervo Cutâneo Medial do Antebraço ATENÇÃO Os nervos cutâneos estão relacionados com a INERVAÇÃO SENSITIVA da pele da porção medial do braço e do antebraço. Esses nervos NÃO POSSUEM FIBRAS MOTORAS! Ramos Terminais do Plexo Braquial Todos esses fascículos dão origem aos nervos terminais que são os principais nervos do membro superior. Vamos dividi-los de acordo com os fascículos: Fascículo Lateral: Nervo Musculocutâneo: é o nervo ventral do fascículo lateral responsável por inervar todos os músculos anteriores do braço. Uma parte do Nervo Mediano Fascículo Posterior: Nervo Axilar: é um nervo pequeno, responsável pela inervação do músculo deltoide e o redendo menor. Nervo Radial: é o nervo mais calibroso do fascículo posterior, ele desce medialmente pelo braço e pelo antebraço inervando todos os músculos posteriores do membro superior. Além disso ele faz a inervação sensitiva da região lateral da mão. Fascículo Medial: Outra parte do Nervo Mediano Marcella Ricardo Nervo Ulnar: o nervo ulnar também desce medialmente pelo braço (NÃO INERVA NADA NO BRAÇO), passa atrás do epicôndilo medial e alcança a região medial do antebraço, onde inerva dois músculos. Na mão o nervo ulnar é responsável pela inervação de todos os músculos mediais. Também faz a inervação sensitiva da mão. Quando batemos o cotovelo e tomamos um “choque”, esse choque se dá em razão da compressão do nervo ulnar no epicôndilo medial, que é a parte em que ele é mais superficial. O nervo mediano é composto por dois fascículos, lateral e medial, esse nervo mediano corre na região anterior do braço, vai para a região anterior do antebraço e chega até a mão. ATENÇÃO O nervo mediano NÃO FAZ INERVAÇÃO NO BRAÇO, apenas passa por ele. No antebraço ele inerva a maioria dos músculos anteriores e na mão ele é responsável pela inervação deum grande número de músculos (não vamos nos preocupar o nome desses músculos, por agora). Localização do Plexo Braquial As raízes nervosas, os troncos, os ramos e o início dos fascículos localizam-se lateralmente no pescoço. Ele emerge entre dois músculos do pescoço o escaleno anterior e o escaleno médio. A outra parte dos fascículos e os nervos terminais localizam-se na região final do pescoço e na região da axila. APLICAÇÃO CLÍNICA Em uma cirurgia de membro superior não é necessário dar uma anestesia geral no paciente, pode ser feito um bloqueio no plexo braquial do paciente. Esse bloqueio pode ser realizado em vários níveis, desde a sua origem até a sua porção mais distal, próximo de um nervo terminal. Normalmente os anestesistas optam por fazer o bloqueio do plexo braquial na sua origem porque engloba um número maior de fibras nervosas, garantindo a anestesia. COMO? Normalmente, introduz-se uma agulha no ponto médio da clavícula, porque é a região onde se encontra os troncos. PERGUNTAS QUAIS SÃO AS RAÍZES NERVOSAS DO PLEXO BRAQUIAL? São os RAMOS ANTERIORES de C5 a C8 e T1 – Não esqueça de falar que são os RAMOS ANTERIORES QUAIS SÃO AS RAÍZES NERVOSAS QUE FORMAM O TRONCO SUPERIOR? São os ramos anteriores de C5 e C6 QUAIS SÃO AS RAÍZES NERVOSAS QUE FORMAM O TRONCO MÉDIO? Apenas o ramo anterior de C7 – Aqui ainda não há mistura de ramos. QUAIS SÃO AS RAÍZES NERVOSAS QUE FORMAM O TRONCO INFERIOR? São os ramos anteriores de C8 e T1 Como falamos os troncos dividem-se em ramos anteriores e posteriores, que formam os fascículos (medial, lateral e posterior – que recebem esse nome por conta da relação deles com a artéria axilar). Portanto encontramos os fascículos na região da axila, as raízes nervosas e os troncos estão na região do pescoço entre os músculos escalenos anterior e médio. QUAIS SÃO RAMOS TERMINAIS DO FASCICULO LATERAL? N. Musculocutâneo e Raiz lateral do nervo medial .QUAIS SÃO AS RAÍZES ANTERIORES QUE FORMAM O N. MEDIANO? O nervo mediano é dividido em raiz Marcella Ricardo lateral e raiz medial. A raiz lateral dele é formada por C7, C6 e C5; já a raiz medial é C8 e T1. Então se eu tenho um comprometimento de todas as raízes do plexo braquial o nervo mediano vai ficar comprometido e todos os músculos que são inervados por ele vão perder a capacidade de movimento. Portanto é importantíssimo conhecermos o plexo Braquial. Músculos do ombro Quando falamos de músculos do ombro pensamos apenas no deltoide, todavia, além do deltoide temos outros quatro músculos. São eles: Músculo Deltoide Todos os outros músculos do ombro encontram-se fixados, uma parte na escápula e a outra parte no ombro: Músculo supraespinhal: Músculo Infraespinhal Músculo Redondo menor Músculo Redondo maior Na face costal temos a Fossa subescapular, nela temos o último músculo do ombro: Músculo Subsescapular O deltoide é o músculo mais superficial do ombro e é o responsável pelo contorno arredondado do dele. Inserção Proximal5 O músculo deltoide possui três pontos de fixação proximais e, por isso falamos que ele é dividido em três porções, quais sejam: Porção Clavicular: O músculo deltoide possui uma inserção proximal na extremidade lateral da clavícula. Porção Acromial: Possui uma inserção proximal no acrômio. Porção escapular: Possui uma inserção proximal na escápula posteriormente Inserção Distal 5 É a extremidade presa ao osso que não se desloca (ponto fixo). Todas essas fibras contornam o ombro e convergem para um único ponto do úmero que é a tuberosidade deltoidea, portanto a inserção distal desse músculo é a tuberosidade deltoidea. Inervação do Deltoide Todo músculo para contrair precisa de um estímulo, que chega através dos nervos, o nervo que faz essa inervação é o nervo axilar (um ramo terminal do fascículo posterior). : Esse músculo passa abaixo do arco coracoacromial e chega ao úmero se fixando no tubérculo maior do úmero. Inserção Proximal: Fossa Supraespinhal Inserção Distal: Tubérculo Maior do Úmero – Porção mais superior Inervação: N. Supraescapular (Nervo colateral do plexo braquial) Ação: Abdução e Rotação Lateral do Braço ATENÇÃO Quando fazemos o movimento de abdução quem inicia o movimento abaixo do ombro é o músculo supraespinhal, acima é o deltoide. Os dois trabalham sinergicamente (juntos) para abdução do braço. Tirando o deltoide é o maior dos cinco músculos do ombro. Inserção Proximal: Fossa infraespinhal. Inserção Distal: Tubérculo Maior do Úmero Inervação: N. Supraescapular (Nervo colateral do plexo braquial) Ação: Rotação Lateral do Braço Marcella Ricardo ATENÇÃO A cavidade glenóide abraça a cabeça do úmero, o músculo infraespinhal desliza a cabeça do úmero para fora da cavidade glenóide Na borda lateral da escápula temos a inserção de dois músculos, vejamos: Inserção Proximal: Dois terços superiores da borda lateral da escápula. Inserção Distal: Tubérculo Maior do Úmero Inervação: N. Axilar Ação: Rotação Lateral do Braço DICA Os músculos que se inserirem no Tubérculo maior do úmero estão relacionados com a rotação lateral do braço. Os Músculos que estiverem relacionados com o Tubérculo menor do úmero fazem rotação medial do braço. Inserção Proximal: Terço distal da borda lateral da escápula. Inserção Distal: Crista do tubérculo Menor do Úmero Inervação: N. subescapular (ramo colateral do plexo terminal) Ação: Rotação Medial do Braço - O tubérculo menor é anterior, portanto, quando o músculo redondo maior contrais ele vai jogar a escápula para dentro da cavidade glenóide, fazendo a rotação medial do braço ou do ombro. O músculo subescapular cobre toda a face costal da escápula, em uma depressão que chamamos de fossa subescapular. Inserção Proximal: Fossa Subescapular Inserção Distal: Crista do tubérculo Menor do Úmero Inervação: N. subescapular (ramo colateral do plexo terminal) Ação: Rotação Medial do Braço e Abdução ATENÇÃO O músculo subescapular NÃO É o principal abdutor do braço, mas ele auxilia o peitoral maior no movimento de abdução do braço. Músculos do Braço A membrana conjuntiva que envolve os músculos do braço recebe o nome de fáscia muscular.6 O úmero e um osso do braço, esse osso, na posição anatômica tem uma borda medial e uma borda lateral. Os músculos estão em torno do úmero e a fáscia envolve todos os músculos. No braço temos quatro músculos, 3 anteriores ao úmero e 1 posterior a ele. Quem faz essa divisão são os septos que saem da fáscia muscular. 6 A fáscia é uma estrutura passiva que transmite tensões mecânicas geradas pela atividade muscular. Uma de suas funções é diminuir o atrito entre músculos, vasos, tendões, nervos e ossos. Além disso, a fáscia é a única que recobre todo o corpo. TUBÉRCULO MAIOR ROTAÇÃO LATERAL TUBÉRCULO MENOR ROTAÇÃO MEDIAL Marcella Ricardo Então a fáscia divide todo o músculo em um compartimento anterior e outro posterior, da seguinte forma: Compartimento anterior: Composto pelos músculos: Bíceps Braquial Coracobraquial Braquial Camada profunda Inervação: Todos esses músculos possuem a mesma inervação, qual seja – Nervo Músculocutâneo (recebe esse nome porque possui uma parte motora, que inerva esses músculos e possui uma parte sensitiva, responsável por inervar a pele do ombro e da região lateral do braço.) Movimento Os três músculos do compartimento anterior do braço são flexores, um deles é flexor do braço e os outros dois são flexores do antebraço. Camadas Anteriormente o compartimento anterior do braço era dividido em duas camadas, uma superficial e a outra profunda. A camada superficial envolve osmúsculos Bíceps Braquial e Coracobraquial, já a camada profunda é composta pelo Músculo Braquial. Compartimento posterior: Composto pelo músculo: Tríceps braquial Inervação: Esse músculo é inervado pelo Nervo Radial (ramo terminal do fascículo posterior do plexo braquial) ATENÇÃO7 Todos os músculos posteriores do braço e do antebraço são inervados pelo Nervo radial. Todos os músculos posteriores têm uma ação comum que é a extensão. Compartimento Anterior Recebe esse nome porque possui dois tendões de inserção proximal, ou de origem. 7https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistemamuscular/ Ele é o músculo mais anterior e mais volumoso do braço. Ele possui uma cabeça onga ( ateral) e uma cabeça curta (medial) ATENÇÃO: No modelo anatômico não vemos o tendão chegar até a sua inserção proximal, por isso não temos a impressão de que a cabeça longa é mais curta que a cabeça curta. PORTANTO LEMBRE-SE Inserção Proximal: Cabeça Longa Tubérculo supraglenoidal – Na aula de articulação do ombro vimos o ligamento transverso do úmero, esse ligamento é projeção da capsula articular do ombro sobre o tendão do músculo bíceps braquial, portanto, temos um ligamento que corre na cabeça longa do bíceps braquial, mantendo-a dentro do sulco intertubercular. Cabeça Curta Processo Coracóide da Escápula Inserção Distal: Tuberosidade do Rádio e aponeurose bicipital As fibras descem pela região anterior do braço, cruzam a articulação do cotovelo e se inserem na tuberosidade do rádio. Alguns livros falam que além de se inserir na tuberosidade do rádio ele também se insere na aponeurose bicipital (uma expação do tendão de inserção – não precisamos citar). Inervação: Nervo Músculocutâneo Ação: Flexão e Supinação do antebraço e Flexão do Braço Ele é capaz de movimentar braço e antebraço porque cruza as duas articulações. ATENÇÃO: Quando fazemos a flexão do antebraço o ombro fica fixa e o cotovelo móvel, quando fazemos o exercício de barra é o ombro é móvel e o cotovelo é fixo. Portanto, a inserção distal e proximal muda de acordo com o movimento, mas via de regra usamos essa classificação. CABEÇA ONGA ATERAL CABEÇA CURTA MEDIAL Camada Superficial Marcella Ricardo ATENÇÃO: Ele faz supinação porque quando o membro superior está supinado o bíceps braquial é mais potente. Quando não temos supinação o braquial é o mais potente flexor do antebraço. Então, o movimento dele é flexão, mas ele auxilia na supinação do antebraço. Faz parte do compartimento anterior É um músculo superficial Classificado como músculo biarticulado: Ele cruza duas articulações (a articulação do ombro e do cotovelo), por isso ele é capaz de agir no ombro e no cotovelo. Inserção Proximal: Processo Coracóide Inserção Distal: Terço médio da borda medial do úmero. Inervação: Nervo Músculocutâneo Ação: Flexão do Braço Faz parte do compartimento anterior Não movimenta o antebraço, apenas o braço. É um músculo superficial Só cruza a articulação do ombro O nervo que atravessa as fibras do músculo coracobraquial e repousa sobre ele é chamado de nervo músculocutâneo8. Inserção Proximal: Dois terços distais e anteriores do úmero Inserção Distal: Tuberosidade da Ulna Inervação: Nervo Músculocutâneo 8 Conseguimos visualizar no modelo anatômico Ação: Flexão do Antebraço Faz parte do compartimento anterior É um músculo profundo Só cruza a articulação do cotovelo Portanto não age no braço. ATENÇÃO: O braquial É O MAIS POTENTE flexor do antebraço, porque a inserção distal dela é na tuberosidade da ulna, e quem faz a flexão do antebraço é a ulna deslizando no úmero, portanto, o músculo braquial é, junto com o bíceps braquial um potente flexor do antebraço. Compartimento Posterior O compartimento posterior possui apenas um músculo, o tríceps braquial. Esse músculo é inervado pelo nervo radial, além de ser o principal extensor do antebraço. Ele é chamado de Tríceps porque possui três cabeças de origem, quais sejam: ☺ RESUMO – COMPARTIMENTO ANTERIOR ♣Músculos: Bíceps Braquial Flexão do braço e antebraço Coracobraquial Flexão do braço Braquial Flexão do antebraço ♣Inervação Nervo Músculocutâneo ♣Ação Geral Flexão Marcella Ricardo Cabeça Longa Cabeça Lateral Cabeça Medial Entre o músculo redondo menor e maior existe um espaço, esse espaço é atravessado pela cabeça longa do tríceps braquial. DICA Para achar as cabeças do Tríceps Braquial é procurar as cabeças dos músculos redondo maior e menor. A cabeça que atravessa o espaço entre os dois músculos redondos é a Cabeça Longa do Tríceps Braquial. A cabeça medial encontra-se encoberta pela cabeça longa e lateral, portanto, no modelo anatômico não identificamos a cabeça medial. ESPAÇO QUADRANGULAR OU ESPAÇO DE VELPEAU A cabeça longa do tríceps + úmero (lateralmente) + músculo redondo maior + músculo redondo menor DELIMITAM UM ESPAÇO – Espaço quadrangular. Nesse espaço quadrangular passa um conjunto vasculonervoso (um nervo e uma artéria), são: Nervo Axilar Artéria Circunflexa posterior do úmero. Essas estruturas contornam o colo cirúrgico do úmero atravessando esse espaço quadricular, conforme figura a seguir: Os limites do espaço quadrangular são: Lateral: Colo Cirúrgico do Úmero Medial: Cabeça Longa do Músculo Tríceps Braquial Superior: Músculo Redondo Menor Inferior: Músculo Redondo Maior Inserção Proximal: Cabeça Longa Tubérculo Infraglenoidal Cabeça Lateral Diáfise do úmero – Acima do sulco do nervo radial - Na parte posterior da diáfise do úmero, temos uma porção que chamamos de sulco do nervo radial, a cabeça lateral e medial estão diretamente relacionados com esse sulco. A cabeça lateral se insere proximalmente acima desse sulco. Cabeça Medial Diáfise do úmero – Abaixo do sulco do nervo radial - Inserção Distal: Olecrano Todas as fibras convergem para o tendão comum, que passa atrás do olecrano e se fixa nele. Inervação: Nervo Radial Ação: Extensão do Antebraço Cruza a articulação do cotovelo. Irrigação do Braço O arco aórtico da três ramos, que levam sangue para a cabeça, pescoço, membros superiores e tronco. São eles: Artéria Carótida – Irrigam cabeça e pescoço Artéria Subclávia – Falaremos hoje Tronco Braquiocefálico ATENÇÃO: A artéria subclávia esquerda é origem direta do arco aórtico, a subclávia direita é origem do tronco braquiocefálico (que é ramo direto da aorta). Tirando isso, os ramos das artérias subclávias são iguais. A Artéria Subclávia dá ramos para: Tórax Dorso Pescoço e cabeça São ramos da Subclávia Artéria Torácica Interna: É o primeiro ramo da Artéria Subclávia. Desce paralelamente ao esterno. Tronco Tireocervical: É um tronco calibroso e curto que chamamos de Tronco Tireocervical. Ele recebe esse nome porque se divide em ramos para a tireoide e para a região do pescoço. A continuação do Marcella Ricardo tronco tireocervical é a artéria tireóidea inferior (irriga a cartilagem e a glândula tireóidea, além da porção inferior da laringe.) O tronco tireocervical dá dois ramos: Artéria supraescapular: Corre paralelamente a clavícula Irriga músculos supra e infraespinhais, além da articulação do ombro Artéria cervical transversa: Irriga estruturas do pescoço. Artéria Vertebral: é uma artéria grossa e longa que corre dentro dos forames transversos das vértebras cervicais até alcançar o forame magno. Ela não irriga nenhuma estrutura do tronco, mas é importante para a irrigação do sistema nervoso. Tronco Costocervical: é um ramo curto e calibroso, chamado de Tronco Costocervical,irriga a região das costelas e estruturas do pescoço, porque ele dá ramos ascendentes, como a artéria cervical profunda que irriga os músculos profundos do dorso. O ramo desse tronco que desce em direção à parede torácica é chamado de artéria intercostal suprema – responsável pela irrigação dos músculos intercostais (1º e 2º espaço intercostal) Esses são os ramos da Artéria Subclávia. A artéria subclávia termina na borda externa do primeiro par de costela, a partir da borda externa do primeiro par de costela a artéria subclávia passa a ser chamada de artéria Axilar. A veia subclávia acompanha a artéria subclávia A relação desses vasos com o músculo escaleno anterior é que a veia subclávia é sempre anterior ao músculo escaleno anterior e a artéria é sempre posterior a ele. A artéria axilar é a artéria que dá ramos para o membro superior. Ela se inicia na borda lateral do 1º par de costela e vai até a borda inferior do músculo redondo maior. Portanto os Limites da Artéria Axilar são: Limite Superior: 1º par de costela Limite Inferior: Borda inferior do músculo redondo maior Nesse curto trajeto a artéria axilar é cruzada anteriormente pelo músculo peitoral menor, esse cruzamento divide a artéria axilar em três partes, com os seguintes limites e ramos: PORÇÃO MEDIAL AO MÚSCULO PEITORAL MENOR Limites Limite Superior: Borda lateral do primeiro par de costelas Limite Inferior Borda medial do músculo peitoral menor Ramo Artéria torácica superior: tem trajeto descendente e é chamada de artéria torácica superior. Irriga os músculos intercostais (1º e 2º músculos intercostais) PORÇÃO POSTERIOR AO MÚSCULO PEITORAL MENOR Limites Limite Superior: Bordas Lateral do Músculo Peitoral Menor Limite Inferior Bordas Mediais do Músculo Peitoral Menor Ramos Artéria Toracoacromial: Dá um ramo para a região peitoral, para região escapular, para a região acromial e para região clavicular. Ela faz a irrigação da parede torácica e da articulação glenoumeral. Artéria Torácica Lateral: Tem trajeto descendente, desce lateralmente pelo gradilcostal. Irriga o músculo serrátil anterior, os músculos peitorais e a glândula mamária. Porção Lateral ao Músculo Peitoral Menor Marcella Ricardo Limites Limite Superior: Borda Lateral do músculo peitoral menor Limite Inferior: Borda inferior do músculo redondo maior. Ramos Artéria Subescapular: é o ramo mais calibroso e irriga o músculo subescapular localizado na face costal da escápula. Essa artéria dá dois ou três ramos que abraçam o colo cirúrgico do úmero Artéria Circunflexa Anterior Artéria Circunflexa Anterior A artéria circunflexa anterior e posterior do úmero. Essas artérias circundam o úmero e se anastomosam, portanto, são importantes a irrigação da articulação do ombro. A artéria axilar termina na altura da borda inferior do músculo redondo maior, a partir desse ponto a artéria axilar corre na região anterior do braço com o nome de artéria Braquial, responsável pela irrigação dos músculos do Braço. A artéria axilar é o principal vaso de vascularização dos membros posteriore. Os Limites da Artéria Braquial são: Limite Superior: Borda inferior do músculo redondo maior Limite Inferior: Cotovelo, onde ela dá seus ramos terminais artéria radial e artéria ulnar. Falaremos sobre a artéria braquial na aula de antebraço.
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