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ORTOPEDIA PEDIATRICA Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ) Deslocamento da epífise do fêmur proximal em direção ao acetábulo ● Fatores predisponentes Hiperfrouxidão ligamentar Anteversão femoral excessiva Deficiência acetabular Má posição intrauterina (ex.: apresentação pélvica) História familiar positiva Sexo feminino Primigesta Oligohidrâmnio Gravidez gemelar ● Classificação Teratológica: associada a outras doenças - Torcicolo congênito (20%) - Metatarso varo - Pé torto congênito - Calcâneo valgo - Meningomielocele Típica: - Subluxável - Luxável - luxado ● Exame físico Assimetria de pregas Sinal de Galeazzi Teste de Barlow e Ortolani Limitação da abdução da coxofemoral - sinal de Hart ● Exames complementares Radiografia Linha de HILGENREINER: linha que passa sobre a cartilagem trirradiada Linha de PERKINS: linha que passa pela borda lateral do acetábulo Quadrantes de OMBREDANE: determinado pelas duas linhas acima. A cabeça do fêmur deve estar no quadrante ínfero medial. Índice acetabular: formado pela linha Hilgenreiner e outra linha passando pela borda superior do acetábulo formando um ângulo -> quanto maior o ângulo, mais displásico é o acetábulo. Valor normal em torno de 30°. Ultrassonografia ● Tratamento Incruento - Suspensório de Pavlik - Indicação: crianças com DDQ menores de 6 anos - Contraindicações: associação a outras doenças como meningomielocele - Complicações: lesão do plexo braquial, nervo femoral, necrose, luxação posterior Obs.: pode ser utilizado também gesso para imobilização Cirúrgico - Redução aberta - Procedimentos combinados: osteotomia do fêmur e da pelve Pé torto congênito Deformidade complexa que atinge os ossos, os músculos, os tendões, os ligamentos, cápsulas articulares do pé, levando ao equinismo e varismo do retropé e a supinação e adução do mediopé e antepé ● Classificação Postural Idiopático Teratológico ● Tratamento Conservador: Ponseti - Troca de gesso semanal por 6 semanas - Tenotomia após as 6 semanas - Gesso por mais 3 semanas Em pacientes mais velhos, pode ser realizado cirurgia - O pé pode ficar mais rígido Enfermidade de Legg-Calvé-Perthes Necrose avascular da epífise proximal femoral Autolimitada Desordem constitucional generalizada associada com perturbação do crescimento ósseo e tecido cartilaginoso ● Epidemiologia 4 H : 1 M 80% entre 4 e 9 anos Mais precoce no sexo feminino Bilateral: 10% dos casos ● Fatores associados Constitucionais: retardo na maturação esquelética, pacientes baixos Anomalias associadas: anomalias renais, criptorquidia, hérnia, estenose pilórica, epilepsia ● Patogênese ● Quadro clínico Dor Claudicação Hipotrofia Limitação da amplitude de movimento coxofemoral (rotação interna e abdução) Encurtamento aparente do membro ● Radiografia ● Artrografia ● Classificação de Hering Grupo A: pilar lateral íntegro Grupo B: acometimento menor que 50% Grupo C: acometimento maior que 50% ● Prognóstico Grau de necrose Idade do início da doença Deformidade residual Perda da mobilidade Aumento da contratura em adução Obesidade ● Tratamento Objetivos: - Prevenir a deformidade da cabeça - Evitar a osteoartrose - Preservação do movimento do quadril - Contenção da cabeça femoral Tratamento conservador: - Uso de aparelho de abdução - Colocação de gesso com troca a cada 3 semanas Cirurgia: - Osteotomia de varização - Osteotomia de salter - Artrodiastase: se falha dos demais métodos e crianças mais velhas Epifisiólise do fêmur proximal Desvio anterosuperior do colo em relação à epífise femoral através cartilagem de crescimento ● Epidemiologia 2 H : 1 M Homens: 13 a 15 anos; Mulheres: 11 a 13 anos Predomínio do lado esquerdo (60%) Bilateralidade: - 25-40% dos casos - Associado a endocrinopatias: 50-50% Ocorre em 2-10/100.000 - Prevalência está aumentando com o aumento da incidência de obesidade ● Biotipo Síndrome adiposogenital (Frohlich - mais comum) OU paciente alto, magro, com estirão abrupto ● Doenças associadas Hipotireoidismo Panhipopituitarismo Osteodistrofia renal Abaixo de 10 anos ou acima de 16 anos: pesquisar disfunção endócrina ● Quadro clínico Dor no quadril mas que pode irradiar para o joelho e face anteromedial da coxa - Manifestação inicial Claudicação Hipotrofia da coxa Rotação lateral Encurtamento Sinal de Drehmann ● Classificação Estabilidade: estável ou instável Duração: aguda (primeiras 3 semanas), crônica, crônica agudizada ● Radiografia ● Tratamento ● Complicações Necrose avascular Condrólise Impacto femoroacetabular Fraturas na criança ● Particulares da criança Periósteo mais espesso e com maior pontecial osteogênico Ossos mais flexíveis Presença de placas de crescimento (fise) ● Classificação A classificação de Salter e Harris se baseia na placa de crescimento (fise) I - o traço da fratura transpassa a fise II - o traço da fratura inicia na fise e depois passa a ser metafisário III - o traço da fratura inicia na epífise e sai pela fise IV - o traço atravessa a epífise e a metáfise, perpendicular a fise V - compressão axial ● Fratura subperiosteal Torus fractures = fratura por compressão das trabéculas Apresenta clinicamente com muita dor e pouca repercussão no raio X Ocorre devido a elasticidade do osso infantil ● Fratura em galho verde Fratura de uma cortical mantendo a outra íntegra ● Deformidade plástica Ocorre quando uma força de compressão longitudinal é aplicada a um osso naturalmente curvo, ultrapassando os limites da elasticidade óssea ● Fratura dos ossos do antebraço 35-45% de todas as fraturas vistas na criança As fraturas infantis apresentam grande capacidade de remodelamento ósseo ● Fraturas da pelve Incomum na criança São fraturas que demandam alta energia Risco de ruptura de vísceras Fratura do colo Alto índice de complicações, depende de: - Magnitude - Localização - Atraso na redução - Qualidade e estabilidade Classificação de Delbet-Colonna Gravidade IV > I
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