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9 Tecido nervoso, lesão e regeneração nervosa

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Tecido nervoso, lesão e regeneração nervosa: 
 Tecido nervoso: imagens apresentam e determinam uma população de neurônios 
(categorização), marcados através de substancia P e anticorpos, demonstrando uma região do 
sistema nervoso que mantem a capacidade de produção de novos neurônios no hipocampo 
(denteado; células tronco não encontram-se em todo encéfalo); processo muito lento. SNC e SNP 
são diferenciados pelos neurônios presentes mas os processos são semelhantes (aferência, 
eferência, Interneuronios); neurônios são espalhados por diversas partes do corpo (TGI possui 
muitos neurônios, por exemplo). O SN serve para ajustar o meio (irritabilidade/sensitiva, 
condutibilidade, contratilidade) e para capacidade de centralização do SN. Após lesão neuronal, 
ocorre morte celular sempre; no SNC provoca mais prejuízos que no SNP (ampla resposta imune 
que faz depredação de toda região, com sistema eficiente de limpeza do local); quando o 
neurônio morre, libera neurotoxinas (maior liberação quando lesões são maiores) levando os 
neurônios próximos à apoptose (também morrem). As funções especializadas das células e o 
modo como elas interagem determinam a função; um indivíduo adulto possui cerca de 86 bilhões 
de neurônios (3x mais na infância; no primeiro ano de vida perde-se cerca de 50% dos neurônios 
pois não são utilizados); as células da glia acompanham o crescimento do encéfalo (para cada 
neurônios estima-se a existência de 1 célula da glia) e a relação neurônioXglia é modificada 
quando as células da glia são essenciais (por exemplo em lesão e regeneração [astrócitos para 
nutrição neuronal, sustentação neuronal, captação de neurotransmissores em excesso, influencia 
na formação e potencialização de sinapses para memória enviando mais sangue para áreas 
associativas, barreira hematoencefálica eficiente e seletiva, e atrapalha regeneração ajudando 
no reparo formando cicatriz glial; oligodendrócito para formação de bainha de mielina em vários 
neurônios no SNC; e micróglia para fagocitose; os três produzem fatores inibitórios para o 
crescimento axonal com a produção de proteínas em ambiente inflamatório ou lesionado, 
dificultando a regeneração nervosa, mas também impede crescimento desordenado que poderia 
provocar compressão], inflamações). Os neurônios (axônios com ausência de RE e ribossomos, 
presença de colaterais, e terminam no botão/terminal axônico [possui mitocôndrias e vesículas 
de neurotransmissores]; citoesqueleto possibilita fluxo neuronal) são células especializadas na 
recepção, condução e interpretação de informações e são divididos em sensitivos, motores e de 
associação/Interneuronios; células da glia são células de sustentação e defesa do sistema 
nervoso. Com lesões, pode perder-se a capacidade de reconhecimento de formas, sons, imagens. 
Observação: célula de Schwann (produção de bainha de mielina no SNP, e bainha de neurilema e 
promove regeneração do axônio) possibilita regeneração nervosa em larga escala no SNP. 
 
 Reparo (cicatriz) e regeneração (produção de células funcionantes como as originais): capacidade 
de regeneração e reparo do SN são limitadas, pela neurogênese limitada; axônios e dendritos 
possuem maior capacidade que a neurogênese. Se ocorre lesão, uma cirurgia para religamento 
do nervo e adição de substancias que estimulam o crescimento neuronal podem ou não 
promover regeneração (entre 6 meses e um ano), dependendo do organismo do paciente 
(particularidades individuais). O SNC produz substancias (proteínas, citocinas e quimiocinas) 
inibitórias, que impedem o crescimento neuronal, assim o encéfalo, uma vez lesionado, nunca 
poderia ser restaurado a seu estado inicial; a região lesionada caracteriza-se por preenchimento 
por um cisto, fluído ou tecido de cicatrização glial nas bordas lesionadas; lesões em localizações 
específicas acompanham déficits comportamentais (como senso crítico, senso moral). 
 Tipos de reparo e regeneração no SN: 
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1. Crescimento de axônios do SNP; fatores de crescimento e direcionamento pró-
regenerativos; formação de sinapses e inervação ou não (pode regenerar e não fazer 
sinapse, sendo não funcional); mais bem sucedido em SNP. 
2. No SNC ocorre reparo de neurônios preexistentes no SNC; ativação de células da glia; 
inibição do crescimento neuronal; degeneração dos neurônios (neurotoxinas e citocinas); 
formação de cicatriz glial; não ocorre regeneração; lesões são mais prejudiciais e mais 
extensas. 
3. Inibição promove impedimento de crescimento desordenado e formações tumorais com 
crescimento alterado de células gliais; respostas inflamatórias locais, depuração do tecido 
lesionado podem suprimir a reativação de mecanismos celulares responsáveis pelo 
crescimento de axônios e dendritos e pela formação de sinapses. 
4. Hipocampo (núcleo denteado) e bulbo olfatório possuem células tronco para 
neurogênese, associada à manutenção, reparo e potencialização de memória; produzem 
novos neurônios (Interneuronios com prolongamentos curtos que integram circuitos 
neuronais). 
 Henry Head (1861-1940): pesquisas sobre o sistema somatossensorial e nervos sensoriais; 
descrição sobre o reparo no SN. Estudou sobre lesão de nervos periféricos resultando em 
recuperação incompleta das funções. Fez reconexão cirúrgica em seu próprio braço (nervo 
radial), para provar a hipótese que mantendo a extremidade do nervo unidas resultaria em 
melhor recuperação. 
 Em lesões, o “tubo”/cone de crescimento proximal do nervo continua intacto, facilitando o 
direcionamento para crescimento do neurônio com quimiocinas (macrófagos; fagocita o 
conteúdo do coto distal) e neurotrofinas BDNF (células de Schwann; efeito trófico e trópico; 
também possuem moléculas de sinalização e adesão) guiando o crescimento ordenado 
(somente dos axônios que estão nas células de Schwann; os outros axônios são degenerados). 
Em secção do nervo periférico, o coto distal degenera; se há esmagamento do nervo 
(neuropraxia) ocorre recuperação mais rápida quanto mais jovem e saudável for o indivíduo. 
Axônios em regeneração liberam integrinas (sinalização); GAP43 é um marcador de mudanças 
na expressão gênica (só encontrado na embriogenese e no axônio degenerado; se não houver 
GAP43 não ocorreu regeneração nervosa com novo axônio). 
 Observação: o nervo óptico, mesmo sendo um nervo periférico, não possui regeneração. Uma 
transposição de nervos periféricos (transplante) para substituir o nervo óptico funciona 
(células de Schwann definem um ambiente adaptado para iniciar e auxiliar no crescimento 
dos axônios). Assim é possível realizar reparo de nervos periféricos com cirurgias de modo 
eficiente. A fisioterapia serve para impedir processos inflamatórios secundários e para 
reaprendizado sensitivo e motor. 
 Regeneração de sinapses periféricas: crescimento axonal/neuronal é o primeiro passo; 
reinervação dos tecidos-alvo com aumento se sinalizadores (estimular crescimento neuronal 
em direção à placa motora) e receptores (placa motora continua funcionando por 8 semanas 
de forma íntegra); restabelecimento de conexões sinápticas; junção neuromuscular 
permanece por semanas durante a desenervação; aumento da expressão de neurotrofinas; 
sinalização trófica e tropismo. 
 Regeneração após lesão do SNC: encéfalo e medula espinal possuem menor taxa de 
crescimento axonal e restabelecimento de conexões funcionais; assim o prognóstico da lesão 
não possui grandes melhoras. Lesão cerebral (atingindo o encéfalo), principalmente golpe-
contra-golpe (“chacoalhar uma criança”) e esportes de contato leva à mortes e lesão de 
neurônios em grande escala. Lesões neuronais podem ser causadas por isquemia/hipóxia, 
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doenças neurodegenerativas, etc. Lesões no SNC ativam mecanismo de morte celular, não 
ativa mecanismos de crescimento neuronal, e promove crescimento e proliferação glial (glia 
menos suscetível à apoptose, proliferação de precursores gliais; fatores de crescimento; 
determinam morte ou proteção celular). Crescimento axonal no SNC:forma cicatriz glial; 
inibição do crescimento (astrócitos [semaforina 3ª, efrinas], componentes da matriz 
[tenascinas e proteoglicanos], aumento de receptores no cone de crescimento); 
oligodendrócito produz mielina que inibe o crescimento neuronal.

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