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Tumores de pele

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Tum�es de pele
UC X- SP1 04/03/2021
Tumores de pele
São divididos em não melanoma (CPNM) e melanoma
Não melanoma
Principal tipo de câncer entre os caucasianos
principais subtipos: basocelular (75 - 80 %) e
espinocelular (25%)
- Fatores de risco: os indivíduos com pele clara, que
possuem sardas, ruivos, que não se bronzeiam são os
que são mais propensos a desenvolver esse tipo de
câncer
➔ Carcinoma Basocelular
CPNM mais comum
Ocorre em áreas fotoexpostas, não ocorre em palmas,
solas e mucosa
Na face atinge principalmente a pirâmide nasal e região
genianas (bochechas), seguindo-se as pálpebras
inferiores, fronte, regiões temporais e pavilhões
auriculares.
Aproximadamente 85% dos casos de CBC ocorrem na
região da cabeça e pescoço e 30% em localização
nasal.
4 principais tipos:
NODULAR
SUPERFICIAL
MORFEIFORME
FIBROEPITELIAL
● CBC Nodular
Subtipo mais comum- 50%
Pápula perolada brilhante, ou nódulo com uma
superfície lisa e
● CBC superficial
Pápula bem circunscrita, eritematosa, mácula/placa
Diâmetro variável (mm ou cm)
Pode ter escamas focais, crostas ou uma fina borda
Quantidade variável de melanina, áreas de regressão
podem estar presentes (caracterizada por atrofia e
hipopigmentação)
Crescimento mais horizontal, cresce mais em extensão
do que em profundidade; podem se tornar invasivos
● CBC Morfeiforme
Subtipo menos comum
área ligeiramente elevada até área deprimida,
endurecida, frequentemente bordas rosa claro e
esbranquiçadas, endurecidas. Telangiectasias podem
estar presentes.
Superfície geralmente é lisa, mas pode ter crostas,
erosões ou ulcerações
Muitas vezes se assemelha a uma cicatriz ou morféia
Comportamento mais agressivo, destruição local
intensa.
● CBC Fibroepitelial
Mais raro de todos
Se apresenta como uma placa séssil cor da pele ou
rosa, ou lesão papulonodular pedunculadas com uma
superfície lisa
Acontece principalmente em dorso inferior, e naqueles
que têm múltiplos CBCs superficiais
- Dermatoscopia dos CBCs
Principais características
Vasos arboriformes (52- 82% dos CBCS com alta
sensibilidade e especificidade) em conjunto com áreas
de microulcerações
Grandes nichos ovoides azul acinzentados, múltiplos
glóbulos azul acinzentados, estruturas tipo folha e áreas
do tipo raio de roda. Não há rede pigmentada.
Gabriela de Oliveira T3
- Tratamento
Excisão padrão: margens de 4mm- taxa de cura 90-95%
Eletrocoagulação e curetagem: para tumores
superficiais, pequenos e bem delimitados.
Cirurgia de Mohs: tiram o tumor com margens reduzidas
(1-2mm), e processam a lâmina pela técnica de
congelamento horizontal de Mohs, e de acordo com a
lâmina eles fazem oq for necessário
Tópicos: imiquimode e 5-fluracil
Radioterapia é mais indicada em pacientes que a
cirurgia não é indicada, câncer muito agressivo, quando
há envolvimento perineural, e quando expectativa de
vida baixa; pode ser usada como adjuvante após
tratamento cirúrgico em CEC agressivo ou alto risco,
principalmente quando há envolvimento perineural.
➔ CEC invasivo
Geralmente surge em áreas de fotodano
Cor varia de eritematosa a normocrômica, raramente
pigmentada
Se apresenta como pápulas nodulares, mas pode se
apresentar como placas
maior potencial de fazer metástases
Grau de escamas varia, umas são hiperqueratósicas,
outras com crostas, erosões e úlceras
História natural: crescimento lento, com significativa
sensibilidade e até dor
ATENÇÃO: em pacientes com parestesia, anestesia e
dor- sinal de invasão neural
Locais com maior risco de comportamento agressivo:
orelhas, lábios, locais mucosos envolvendo vulva e
pênis
➔ CEC IN SITU
Chamado de doença de Bowen
Clínica mais comum: placa eritematosa, descamativa ou
placa ligeiramente elevada, geralmente em pele
fotoexposta
Variação menos agressiva
Pode surgir “do novo” ou de uma CA prévia
Podem formar crostas, e as lesões mucosas podem ter
erosões.
Eritroplasia de Queyrat
Doença de Bowen em mucosa genital masculina
➔ Carcinoma verrucoso
Outra variante de CEC, considerado doença maligna de
baixo grau
Manifesta-se como grandes tumores exofíticos, com
papilomatose ou verrucosa. Geralmente associado ao
HPV. Progressão pode destruir fáscia subcutânea e
osso. Podem surgir dentro de cicatrizes e tocos de
amputação e em associação com osteomielite, fístulas,
e insuficiência venosa crônica. Recidivam muito mas
raramente dão metástase.
Sua nomenclatura é de acordo com a localização:
Epitelioma cuniculatum- aspecto em toca de coelho,
planta pé.
Condiloma acuminato gigante de genitália (tumor de
Buschke-lowenstein)
Papilomatose oral florida (mucosa oral)
Gabriela de Oliveira T3
➔ Queratoacantoma
São CECs invasivos com história e apresentação
clínicas peculiares. Surgem e crescem rapidamente em
semanas e apresentam-se como nódulos solitários
eritematoso simétricos, com núcleo central
hiperceratótico (parece uma necrose)
- Lesões pré malignas
Ceratose Actínica
Lesão pré maligna mais comum
Potencial para se transformar em CEC
Muito frequente nos fototipos 1, 2 3
Comum em adultos de meia idade e idosos
Mais comum em homens
Classificação de FitzPatrick
Diretamente relacionada à exposição crônica ao sol
Raios UC/ imunossupressores/ vírus HPV
Apresentação Clinica: placas pequenas, superfície
áspera, mais palpáveis do que visíveis
Com a evolução assume o aspecto de verruga e fica
mais espessa
Diagnóstico: biópsia (importante diferenciar do CEC)
- Tratamento
- 1ª linha: eliminação do fator de risco, ou seja,
afastar-se da exposição solar e usar fotoprotetores.
- 2ª linha: 5-fluorouracil tópico a 0,5%; imiquimode 5%
tópico; diclofenaco tópico
- Dermatoscopia CEC
CEC invasivo: vasos lineares irregulares, vasos
alongados semelhantes a grampos, vasos pontilhados
ou uma combinação (padrão vascular polimorfo ou
atípico). Normalmente os vasos estão rodeados por halo
Gabriela de Oliveira T3
claro ( marca registrada de todos os tumores
queratinizados na dermatoscopia)
Crostas e ulcerações hemorrágicas (superfície
vermelha, amarronzada ou pretas)
CA
face: padrão de morango (pseudorrete eritematosa
circundados o folículo piloso, orifícios de tampões e
queratótitos amarelos
corpo: escamas e vasos pontilhados
Bowen
superfície escamosa e vasos glomerulares
- Estadiamento e tratamento CEC
CEC
Características de alto risco
1. Espessura tumoral > 2mm
2. Nivel de Clarck 4 ou maior
3. INvasão perineural
4. Graus indiferenciados na histologia
5. Orelha ou lábio como sítio primário
CEC- tratamento cirúrgico
Criocirurgia: CEC in situ, ceratoses actínicas
Curetagem + eletrocoagulação: CEC in situ ou até 1cm
Excisão com margens convencionais: margens de 4mm
até o subcutâneo
Cirurgia micrográfica de Mohs: tumores mal definidos,
tumores de alto risco
Radioterapia: CEC agressivo com invasão perineural e
idade avançada
Clínico: 5 fluorouracil apenas em alguns CEC in situ
Melanoma
Origem nos melanócitos
É o mais maligno de todos- 3- 5% das neoplasias
malignas da pele
Altamente agressivo
Ocorre na meninge, retina, conduto auditivo, mucosas
oral, GI e genital
Comuns em adultos jovens e discretamente maior em
mulheres
Suspeito de melanoma
- Etiologia: radiação UV, nevos atípicos ou
congênitos, imunossupressão, mutação do gene
CDKN2A (locus 9p21) no melanoma familiar
Lesões que não respeitam a regra do ABCDE
Locais mais comuns: tronco e membros
- Lesões suspeitas
ABCDE
A: assimetrias- uma das metades da lesão não
semelhantes à outra.
B: bordas irregulares- contornos não perfeitos e
entrecortados, lembrando mapas geográficos em vez de
lesões circulares
C: cores- lesões com coloração heterogênea
apresentando ao mesmo tempo áreas castanho-claras,
castanho-escuras, enegrecidas, brancas e azuladas.
D: diâmetro- mais comum em lesões que meçam
mais do que 6mm de diâmetro superficial, apesar de
hoje se saber de micromelanomas menores do que isso
Gabriela de Oliveira T3
E: evolução- lesões que sofram mudanças
significativas em curto espaçode tempo
- Subtipos clínicos de melanoma
➔ Melanoma extensivo superficial (70%):
Preferência para extremidades inferiores (M) e tronco
(H)
➔ Melanoma nodular (15%)
Tronco (+ frequente), cabeça e pescoço
Evolução rápida e crescimento vertical
Nódulo de 1 ou 2 cm elevado, cor escura ou
acinzentado
Ulcerações e sangramentos são mais comuns
➔ Melanoma lentiginoso acral (10%)
Palma das mãos e unhas (sinal de Hutchinson)
Melanoma mais comum em negros
➔ Melanoma Lentigo Maligno (5%)
Nariz, região malar e temporal
Lesão precursora: lentigo maligno (melanoma in situ em
pele danificada pelo sol); 5% dos lentigos malignos
progridem para melanoma invasivo
- Estadiamento
❖ Os níveis de clark correspondem aos níveis de
camada da pele que o tumor vai acometer
Restrito a epiderme
Invasão da derme papilar sem atingir a interface com a
derme reticular
Atinge interface entre a derme papilar e reticular
Invasão da derme reticular
Invasão da hipoderme
❖ Índice de Breslow
Tis: in situ
T1: até 0,75mm
T2: 0,76 até 1,5
Gabriela de Oliveira T3
T3: 1,60 até 3
T4: 3,10 até 4
T5 > ou = 4
- Tratamento
- biópsia excisional: a margem cirúrgica vai ser de
acordo com Breslow
- biópsia de linfonodo sentinela é feita em todos os
pacientes com tumores maiores que 1mm, pacientes
jovens, ulceração.
- IFN-alfa interferon alfa é um medicamento que é usado
para aumentar a sobrevida do paciente.
- Estádio IV: pouca mudança de sobrevida e prognóstico
dos pacientes neste estádio, mesmo com os avanços e
descobertas dos últimos anos- taxa de sobrevida de 6%
e sobrevida média de 7,5 meses.
- Foco: terapias paliativas com ênfase na qualidade de
vida
- Terapia sistêmica: principal quimioterápico é a
Dacarbazina(referência padrão)
- Imunoterapia, bioquimioterapia, terapia molecular
Dezembro laranja: prevenção ao câncer de pele!
Gabriela de Oliveira T3

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