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A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL-JOGOS E BRINCADEIRAS

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Prévia do material em texto

IVANA BRAGA SANCHES VIEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL: JOGOS 
E BRINCADEIRAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CATANDUVA - SP 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
IVANA BRAGA SANCHES VIEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL: JOGOS 
E BRINCADEIRAS 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à Faculdade como requisito 
parcial para obtenção do título de especialista em 
Educação Infantil. 
 
Orientador: Prof. Ms. Eduardo Silva Pedrozo 
 
 
 
 
 
 
 
CATANDUVA - SP 
2020 
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio 
convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a 
fonte. 
 
 
 
 
 
 
Catalogação na publicação 
Serviço de Documentação Universitária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vieira, Ivana Braga Sanches 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL: 
JOGOS E BRINCADEIRAS. / IVANA BRAGA SANCHES VIEIRA. – 
CATANDUVA – 2020. 
 
36 p.; 30 cm 
 
Monografia – Educação Infantil. 
Orientador: Prof. Ms. Eduardo Silva Pedrozo 
 
1. Escola 2. Criança. 3. Desenvolvimento. 
 
 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
 
 
 
IVANA BRAGA SANCHES VIEIRA 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL: JOGOS E 
BRINCADEIRAS 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada à Faculdade como requisito 
parcial para obtenção do título de especialista em 
Educação Infantil. 
 
 
 
 
Aprovada em: ___/___/2019 
 
Examinadores: 
 
___________________________________________ 
Prof. Coordenador 
 
 
___________________________________________ 
Prof. Orientador 
 
___________________________________________ 
Prof. Co-Orientador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
A Deus, qυе sе mostrou criador, qυе foi criativo. Sеυ 
fôlego dе vida еm mіm mе fоі sustento е mе dеυ 
coragem para questionar realidades е propor sempre 
υm novo mundo dе possibilidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Agradeço primeiro a Deus por ter me mantido na 
trilha certa durante este projeto de pesquisa com 
saúde e forças para chegar até o final. 
Sou grata à minha família pelo apoio que sempre me 
deram durante toda a minha vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPÍGRAFE 
 
Brincar com crianças não é perder tempo, é ganhá-
lo; se é triste ver meninos sem escola, mais triste 
ainda é vê-los sentados enfileirados em salas sem 
ar, com exercícios estéreis, sem valor para a 
formação do homem. 
 
 CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. 
RESUMO 
 
 
VIEIRA, Ivana Braga Sanches. A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO 
INFANTIL: JOGOS E BRINCADEIRAS. 2020, 36 f. Monografia – EDUCAÇÃO 
INFANTIL – CATANDUVA/SP, 2020. 
 
 
Esse trabalho nasce do interesse em melhor compreender o conceito da educação 
infantil como espaço privilegiado de aprendizagem, onde é possível assimilar a 
aprendizagem usando métodos lúdicos como brincadeiras e jogos tendo como 
objetivo esclarecer a importância do brincar no contexto escolar, mostrando que o 
lúdico é considerado como um importante fator no processo de ensino e 
aprendizagem. Assim esse trabalho baseia-se na observação de crianças pequenas 
na Educação Infantil e numa pesquisa em livros e artigos científicos com referências 
de diversos autores e discussão teóricas sobre o tema. O artigo também aborda o 
conceito de criança e infância e a importância das brincadeiras e jogos na educação 
infantil constituído como atividade fundamental nesse período do desenvolvimento 
infantil, tendo o brincar como auxílio na aprendizagem infantil, e assim fazer com que 
as crianças criem conceitos, ideias em que se possa construir, explorar e reivindicar 
os saberes onde elas possam reflitir sobre sua realidade e a cultura às quais as 
mesmas estão inseridas, descobrindo por elas mesma o mundo que as cercam de 
uma maneira prazerosa lúdica. 
 
Palavras Chave: Educação Infantil; Brincadeiras; Jogos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
VIEIRA, Ivana Braga Sanches. THE IMPORTANCE OF PLAY IN CHILDHOOD 
EDUCATION: GAMES AND PLAY. 2020, 36 f. Monograph - CHILD EDUCATION - 
CATANDUVA / SP, 2020. 
 
This work arises from the interest in better understanding the concept of early 
childhood education as a privileged learning space, where it is possible to assimilate 
learning using playful methods such as games and games with the objective of 
clarifying the importance of playing in the school context, showing that playfulness is 
considered as an important factor in the teaching and learning process. Thus, this 
work is based on the observation of young children in Early Childhood Education and 
on research in books and scientific articles with references from different authors and 
theoretical discussions on the topic. The article also addresses the concept of child 
and childhood and the importance of play and games in early childhood education as 
a fundamental activity in this period of child development, with playing as an aid in 
child learning, and thus make children create concepts, ideas where knowledge can 
be built, explored and claimed where they can reflect on their reality and the culture 
to which they are inserted, discovering for themselves the world that surrounds them 
in a playful and enjoyable way. 
 
Keywords: Early Childhood Education; Play; Games. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO..................................................................................................... 11 
1 OBJETIVOS DESSE TRABALHO................................................................... 12 
 1.1. Geral........................................................................................................ 12 
 1.2. Específicos.............................................................................................. 12 
2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS......................................................... 13 
 2.1. Coleta de dados...................................................................................... 13 
3 DESENVOLVIMENTO...................................................................................... 13 
 3.1. Conceito de criança e infância................................................................ 
 3.2. A aprendizagem e o desenvolvimento infantil........................................ 
17 
18 
4 A IMPOTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS......................................... 
 4.1. A contribuição das brincadeiras e jogos no processo de 
desenvolvimento das crianças na educação infantil............................................ 
23 
 
26 
 4.2. A organização dos espaços, objetos e brinquedos, sua relação com a 
aprendizagem da criança..................................................................................... 
 
30 
CONCLUSÃO.................................................................................................... 34 
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa básica bibliográfica, 
elaborada a partir de estudo constituído principalmente de livros, artigos de 
periódicos e artigos publicados. Foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa pois, a 
mesma permite trabalhar com os sentimentos e falas dos envolvidos no estudo, pois, 
de acordo com Minayo: 
A pesquisa qualitativa responde a questões muito particulares pois a mesma 
se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode 
ser quantificado, ou seja, ela trabalha com o universode significados, 
motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um 
espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que 
não pode ser reduzido à operacionalização de variáveis. (MINAYO-1994, 
p.21 e 22) 
 
Assim foi feita uma pesquisa de campo, que oferece maior contato com o 
público-alvo e aproximação com o fenômeno social e educacional estudado. Este 
tipo de pesquisa segundo Marconi (2005, p.125), “baseia-se na observação dos 
fatos tal como ocorrem na realidade”. O Público-alvo foi alunos de duas séries da 
EMEI Jose Carlos Ferraz Marques, localizada na Rua Moisés Elias Escobar, 60 - 
Cohab, Pindorama - SP, que oferece a toda a comunidade a Educação Infantil 
possuindo 05 (cinco) salas de aula. 
Dessa forma, o estabelecimento de ensino possui uma filosofia de 
trabalho direcionada a oferecer diariamente um ensino de qualidade, envolvendo a 
participação de toda a comunidade escolar, respeitando as diferenças e valorizando 
a ética, implantando ações inovadoras, que a cada dia diversificam o plano 
pedagógico desenvolvido no seio escolar. A mesma segue um regime democrático e 
nesse sentido, para o desenvolvimento da presente pesquisa foram entrevistados 02 
(duas) professoras que atuam nesta unidade escolar. 
 Assim como instrumento de coleta de dados utilizou-se uma entrevista 
com questões abertas, foram feitas observações e conversas informais com as 
entrevistadas na instituição de ensino, como perguntas sobre o dia adia das crianças 
e como o lúdico é aplicado aos alunos, frente a importância do brincar na educação 
infantil utilizando jogos e brincadeiras no decorrer da prática pedagógica na 
Educação Infantil e sua contribuição no desenvolvimento infantil. 
 A entrevista é uma ferramenta que possibilitou um maior contato com as 
entrevistadas e possibilitou um vínculo de confiança entre as pessoas envolvidas. 
12 
 
Não só a entrevista foi importante para esse trabalho, mas também a minha 
experiência foram de bastante significância para a conclusão desse trabalho, logo 
porque leciono nesta escola e assim convivo com crianças pequenas de idade entre 
aproximadamente 03 e 06 anos, observando e participando junto com elas de 
brincadeiras, jogos e oficinas, onde me fazem render experiências e aprendizagens. 
 
1. OBJETIVOS DESSE TRABALHO 
 
 
 Chamar a atenção da comunidade escolar para reflexão e discussão da 
importância dos jogos e brincadeiras como forma lúdica na educação infantil. 
 Proporcionar às crianças a oportunidade de ampliar seus conhecimentos através 
de atividades lúdicas proporciona através dos jogos e brincadeiras interativas. 
 Desenvolver nas crianças as capacidades e oportunidades de praticar, escolher, 
preservar, imitar, imaginar, dominar adquirir competências e autonomia. 
 Adquirir novos conhecimentos, habilidades, pensamentos lógicos. 
 Reforçar a importância do brincar. 
 
1.1. Geral 
 
 Demostrar a importância da inserção dos jogos e brincadeiras na educação 
infantil, despertando o lúdico como um modelo prático de vivência, visando uma 
melhor prática no desenvolvimento da criança. 
1.2. Específicos 
 
 Analisar a importância do brincar na educação infantil com o intuito do educador 
se volte para esse trabalho. 
 Realizar atividades utilizando instrumentos práticos e teóricos nas atividades das 
crianças. 
 Perceber as possibilidades e os limites das crianças a partir de trabalhos que 
mobilizem a prática desenvolvida no dia a dia de cada um deles. 
 Apresentar o lúdico como ferramenta de aprendizagem. 
 Resgatar o lúdico na educação infantil. 
 Esclarecer a importância do brincar. 
13 
 
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
 Foi feito através de experiências e levantamentos bibliográficos de 
autores que falam sobre o tema proposto onde se buscou adquirir informações e 
explicações para solucionar dúvidas que sugiram diante da escolha do tema para a 
realização da pesquisa em questão onde foi utilizado como metodologia o enfoque 
qualitativo e descritivo, através da pesquisa bibliográfica para a fundamentação 
teórica e a pesquisa de campo. 
2.1. Coleta de dados 
 
Foi realização a coleta de dados através da observação das crianças 
durante as brincadeiras, atividades que envolvam habilidades e o raciocínio, 
conversa verbal entre professores e responsáveis pelos alunos, sendo desta forma, 
enumerados os fatores que diante da área psicomotora influenciam na 
aprendizagem dos alunos. Essa pesquisa foi realizada em 02 salas de aulas do com 
alunos entre a faixa etária de 3 a 6 anos, num total de 40 alunos. 
 A observação foi feita também no espaço escolar, sendo essencial o 
envolvimento de todos os alunos para que assim fosse possível coletar as 
informações que expliquem o envolvimento e a interação dos mesmos nos jogos e 
brincadeiras propostos. 
Foi realizada em sala de aula, jogos, e brincadeiras onde foram 
envolvidos métodos pedagógicos que incentivam a criatividade e as dificuldades dos 
alunos e suas habilidades. 
 
3. DESENVOLVIMENTO 
 
 Um dos principais intuitos desse trabalho é a reflexão e a discussão da 
importância do lúdico na escola, tendo como principal objetivo chamar a atenção 
para a discussão da importância dos jogos e brincadeiras no processo de ensino e 
desenvolvimento da criança e o quanto é importante o brincar nos primeiros anos da 
educação básica, onde podemos visar a ludicidade como um caminho para uma 
aprendizagem eficaz. 
 
14 
 
 Nesse trabalho pude comprovar que a utilização de procedimentos 
metodológicos que envolvam brincadeiras e jogos, contribuem significantemente 
para o processo de ensino, facilitando melhor a aprendizagem das crianças, 
contribuindo também na formação de atitudes sociais como cooperação, 
socialização, respeito mútuo, interação lideranças e personalidade, que favorecem a 
construção do conhecimento do educando. 
Ao brincar, a criança experimenta o poder de explorar o mundo dos 
objetos, das pessoas, da natureza e da cultura, para compreendê-lo e 
expressá-lo por meio de variadas linguagens. Mas é no plano da 
imaginação que o brincar se destaca pela mobilização dos significados. 
(KISHIMOTO, 2010, p. 1). 
 
No brincar, a criança age como se fosse maior do que é na realidade, 
realizando simbolicamente, o que mais tarde realizará na vida real. Embora 
aparentemente expresse apenas o que mais gosta, a criança quando brinca, 
aprende a se subordinar às regras das situações que reconstrói. 
Assim, o problema que norteou este estudo constituiu em discutir de que 
modo pensamos nas atividades lúdicas em sala de aula usando os jogos e 
brincadeiras, qual a contribuição desse método para a aprendizagem e a 
importância do mesmo para a educação infantil e de que forma venha discutir e 
chamar a atenção dos educadores para que veja esse método como uma nova 
forma de ensino e mais uma ferramenta de trabalho. 
Uma das dificuldades encontradas foi a falta de interesse para essa 
questão que continua como exceção em muitas escolas e na qual a pesquisa foi 
realizada não é diferente, mas incentivar e mostrar através de estudos e diálogos a 
respeito é o mesmo que dar incentivo moral para que se possa refletir de maneira 
positiva essa prática tão importante no desenvolvimento das crianças. 
Este trabalho teve não só a intenção de debater e discutir as brincadeiras 
e jogos na educação infantil mas pesquisar também se a escola tem esse papel nos 
dias atuais e como antes relatei, a escola a qual fiz a pesquisa trabalha de maneira 
isolada esse tema, como se não fosse uma metodologia da escola mas sim de 
professores em particular, tendo cada um tem sua metodologia de ensino contanto 
que não saia dos padrões estabelecidos da escola. 
Porém, cada um vê de maneira diferente o trabalho lúdico; alguns 
15 
 
professores têm sua própria maneira de ensinar. Uns conservando mais o ensino 
tradicional, e outros tentando se inovarcom um novo ensino, usando técnicas 
diferenciadas de aprendizagem. O método tradicional é usado durante muitos anos 
pela maioria das escolas até os dias de hoje, onde o estudo se consiste na nas 
informações do professor como detentor do saber, simplesmente onde os alunos vão 
às aulas apenas para assistí-las sem direito de argumentos 
Aprende apenas quem tem mais capacidade de concentração e 
memorização e assim adquiri melhor os conhecimentos. Nesse método não se pode 
questionar, não se busca informações para melhor compreensão das aulas. As 
atividades são apenas o resultado do que se viu em sala de aula, reforçando apenas 
o assunto que foi repassado durante as aulas. Esse método ainda é usado em 
muitas escolas, pelo menos nessa pude constatar, mas também observei que 
existem professores em busca de inovação, procurando métodos diferenciados de 
ensino e aprendizagem, e assim tornar mais fácil e prazeroso a maneira de ensinar. 
Em entrevista à 02 professoras da escola pude claramente observar que 
uma já busca um método de um ensino mais construtivista, pelo menos duas vezes 
na semana existe essa interação com os alunos, mas que apesar de existir uma sala 
rica com materiais e jogos pedagógicos, pouco se trabalham com os mesmos na 
escola. Aos poucos essa questão tem sido mais abordada e acredito que 
futuramente os professores certamente trabalharão com essas novas ferramentas 
por ser estas, métodos inovadores de ensino que facilitam muito no processo de 
aprendizagem das crianças e assim cada vez mais, acontecerá a implantação em 
sala de aula de uma educação mais construtivista. 
No método onde se usa a metodologia construtivista o professor é quem 
faz a mediação entre os alunos e a informação, partindo de situações do cotidiano 
da natureza ou fantasias de livros de histórias e revista, etc. As crianças procuram 
informações, fazem seus argumentos, tiram suas dúvidas e assim salientam suas 
próprias conclusões em busca de conhecimentos. 
Deste modo, sabemos que na prática construtivista o professor é visto 
como o que faz a mediação e não só aquele que dará apenas as aulas. Neste 
método de aprendizagem, o professor permite uma forma de aprender mais 
dinâmica, deixando o aluno usar sua imaginação e criatividade, onde possibilita aos 
16 
 
alunos diferentes formas de aprendizagem, fazendo com que as aulas sejam 
dinâmicas e incentivadoras. 
Da mesma forma, existem muitos educadores que não valorizam de forma 
alguma o trabalho lúdico nas escolas e conservam o método tradicional de ensino ao 
ponto de acharmos que os mesmos têm a ideia de que ludicidade está ligada a 
instrumentalização, baseando-se apenas num método tradicional de ensino. Como 
destacava Freire (1983), fazem com que os alunos sejam apenas um depósito de 
informação. Desse modo, o aluno deixa de lado sua criatividade, suas ideias de 
construir através de seus conhecimentos próprios vivenciados no dia a dia, fator este 
que facilita o processo de ensino e aprendizagem. 
Nesse sentido, a escola deve estar preparada para trabalhar as atividades 
lúdicas e inserir essas atividades no seu currículo escolar. É preciso que o educador 
além de inserir a prática lúdica nos seus planejamentos, disponha de materiais 
adequados, jogos educativos, que desenvolva a aprendizagem, bem como jogos e 
brincadeiras que possibilitam a capacidade de raciocínio de cada educando. 
Pelo que percebemos a prática lúdica na sala de aula vem a cada dia se 
aperfeiçoando de forma que com o passar do tempo, houve um crescente estudo em 
volta da sua importância quanto a contribuição na sua aplicação e sistematização 
enquanto ferramenta pedagógica que entendesse que são através das atividades 
lúdicas, que a criança adquire novas experiências e conhecem seus próprios limites. 
O lúdico é essencial ao mundo infantil, perpetuando por toda a vida do ser 
humano. Dessa forma, o faz de conta e a realidade se correlaciona, pois, os jogos e 
as brincadeiras fazem parte do mundo infantil tanto quanto a realidade. A atividade 
lúdica funciona como elo integrador dos aspectos motores, cognitivos, afetivos e 
sociais. Naturalmente a criança possui o impulso de brincar. Quando esta vontade é 
interligada com a aprendizagem, o estudo se torna prazeroso e é realizado de forma 
intensa e abrangente. (MALAQUIAS, 2013) 
 
É de grande valia o processo de ensino e aprendizagem nas atividades 
lúdicas, pois essas ampliam o desenvolvimento do aluno. Como afirma Kishimoto 
(1993); elas promovem a aprendizagem e o desenvolvimento, sendo consideradas 
práticas escolares. 
17 
 
Segundo Piaget (1976); a atividade lúdica compreende meios que 
cooperam e enriquecem o desenvolvimento individual da criança, fornecendo a esta, 
um amparo imprescindível e transformando o real em função das necessidades 
múltiplas do eu, de modo que os métodos ativos da educação das crianças com 
material apropriado, findam à elas incorporação das realidades intelectuais. 
 
3.1. Conceito de criança e infância 
 
Na obra Olhares das Ciências sobre as Crianças. – 2005. Temos as 
seguintes interrogações: Qual é o significado de infância? Na realidade, é uma fase 
da vida; mas o que realmente buscamos é desvendar o mistério da vida que começa 
na infância. O que queremos é conhecer a criança que é a pureza maior, o início de 
tudo. Mas, isso vem sendo feito há muito tempo, através de estudos, pesquisas e 
teorias em diferentes épocas da história. 
Diante de tantas reflexões que os estudiosos da infância proporcionaram, 
foram sendo abertas portas e janelas que nos permitiram penetrar no grande 
mistério sobre o significado da infância e sobre a nossa própria razão de ser e estar 
aqui e agora. Porque, quando uma criança vem ao mundo, ele está estabelecida em 
conceitos, ideias; num mundo feito por gente grande, onde tudo parece já estar 
pronto: o mundo é assim, as pessoas são assim, e a vida segue seu curso. Partindo 
destas interrogações e afirmações, percebemos a fase da infância da criança como 
início da viva, onde é uma fase de desenvolvimento, de um ser real e puro, onde a 
mesma, cria seus próprios conceitos e suas descobertas diante do que enxergam ao 
seu redor. 
As ideias a respeito do desenvolvimento infantil, da educação e do 
cuidado de crianças foram se modificando ao longo da história. A escola veio 
substituir a família como meio de educação e aprendizagem. Como consequência, a 
família passou a ser o lugar de afeição necessária entre os cônjuges e entre pais e 
filhos. Podemos dizer que se inicia aqui a valorização da infância. Essa afeição 
tornou-se real através da importância que a educação passou a ter. 
“Antigamente, a duração da infância era reduzida a seu período mais frágil. 
Enquanto o filhote do homem não conseguia bastar-se. A criança mal 
adquiria algum desembaraço físico, era logo misturada aos adultos e 
partilhava de seus trabalhos e jogos. De criancinha pequena ela se 
transformava imediatamente em homem jovem. ” PHILIPPE ARIES – A 
HISTÓRIA SOCIAL DA INFÂNCIA. 
18 
 
A família organizou-se em torno da criança, agora com identidade. Desse 
modo, a infância encontrou um espaço em sintonia com o processo de evolução da 
vida humana. 
O que hoje sabemos sobre o modo como crianças elaboram seus 
contextos de desenvolvimento é através de formas criativas de dar significado ao 
mundo que as recebem e de pensar sobre si mesmas. Esse é o impulso que as 
levam a manifestar audaciosas maneiras de sentir, emocionar- se e maravilhar-se 
diante de tudo o que o mundo lhes oferece. Assim, nessa dialética com o mundo 
adulto, vão desbravando horizontes, pensando, crescendo e construindo cultura. 
Com base em toda essa reflexão sobre o conceito de infância e criança 
podemos entender que hoje a criança tem seu próprio espaço na sociedade e que 
muitas pesquisas são realizadas a esse respeito, tendo as mesmas o direito de 
exercer seu papel como cidadão e deixadade ser vista como um adulto em 
miniatura, mas um ser em desenvolvimento, tendo em sintonia um processo de 
evolução, a qual as mesmas em contato com o mundo e com os adultos irão exercer 
conforme seu desenvolvimento que se dará em um processo de fases durante sua 
vida. 
Assim a criança passou a ser mais valorizada, tendo em vista que isso se 
deu principalmente através da importância da educação, onde muitos estudiosos se 
dedicaram a estudar profundamente essa fase e assim sendo, a criança, cada vez 
se tornou indivíduo integralmente inserido em um contexto social e cultural. 
 
3.2. A aprendizagem e o desenvolvimento infantil 
 
O desenvolvimento da infância é um processo natural, que se dá aos 
poucos, progressivamente, de modo que a criança amplie experiências e 
conhecimentos, incluídos e integrados no cotidiano à qual se está inserida para que 
possa despertar e desenvolver suas capacidades e assim, alcançar sua plenitude. 
Compreender esse processo auxilia o educador a planejar melhores suas atividades 
diárias, oferecendo possibilidades e estímulos adequados, porém existem algumas 
teorias e concepções em relação a esse desenvolvimento e aprendizagem. 
Assim como, para a ideologia do inatismo, o desenvolvimento da criança 
é atribuído a fatores biológicos, parte do princípio de que fatores hereditários ou de 
19 
 
maturação são mais importantes para o desenvolvimento da criança do que os 
fatores relacionados à aprendizagem. A maturação acontece de acordo com uma 
sequência predeterminada e que não depende de fatores externos, ou seja, existe 
um padrão de mudanças biologicamente determinado, e o papel do meio social se 
restringe a impedir ou permitir que essas aptidões se manifestem. Os pesquisadores 
inatistas consideram que aquilo que a criança aprende no decorrer da vida não 
interfere no processo do seu desenvolvimento. A ideia de que a criança é portadora 
dos atributos universais do gênero humano produz a crença de que caberia à 
educação fazer aflorar esses atributos naturais que depende do nível de prontidão 
ou maturidade. 
Segundo Fontana e Cruz (1997), ao contrário do inatismo, a abordagem 
comportamental enfatiza a influência de fatores externos, do ambiente sobre o 
comportamento da criança. As ações e habilidades do indivíduo são determinantes 
pelas relações com o ambiente em que se encontram. Nesta abordagem o 
comportamento é sempre uma resposta a um estímulo do ambiente presente no 
ambiente. O importante então seria descobrir que estímulos causam determinado 
comportamento. Para os comportamentalistas desenvolvimento seria o resultado das 
aprendizagens acumuladas. 
A terceira concepção de desenvolvimento é chamada interacionista e está 
baseada na ideia de interação entre organismo e meio. A experiência servirá de 
base para novas construções, mas dependerão também da relação entre o indivíduo 
e o meio ambiente. Nessa concepção, destacam-se no século XX as contribuições 
de importantes teóricos como Piaget, Vygotsky e Wallon. 
Para Piaget o desenvolvimento depende de fatores internos (maturação) 
e da experiência com um ambiente em processo de autoregulação denominado 
equilibração. Esse processo de equilibrações sucessivas conduz a maneira de agir e 
pensar cada vez mais complexa, apresentando estágios definidos, caracterizados 
pelo surgimento de novas formas de organização mental. 
As ideias de Piaget agradam a muitos educadores, ainda que seus 
estudos não tivessem como objetivo final o processo educacional. Piaget, postula 
que o desenvolvimento do ser humano está subordinado a dois grupos de fatores 
em constante interação: hereditariedade e adaptação biológica, dos quais depende 
20 
 
da evolução do sistema nervoso, dos mecanismos psíquicos elementares e os 
fatores de transmissão ou interação sociais. Entre os quais, inclui a educação no 
contexto escolar, a relação (professor – aluno - conhecimento), influência na 
construção do conhecimento, que só será possível através da mediação do 
professor. 
No mesmo período que Piaget, Henri, Wallon (1879-1962) traziam 
importantes contribuições à educação no âmbito da psicologia, considerando as 
relações do indivíduo com o meio social e a cultura integrados aos aspectos 
cognitivos. Vygotsky é outro teórico que também discutiu, no século XX sobre a 
importância do meio social para a constituição do indivíduo. 
Segundo Correia, Lima e Araújo (2001), na perspectiva de Vygotsky, não 
é preciso aguardar até que o aluno esteja pronto, do ponto de vista do 
desenvolvimento para adquirir um determinado conhecimento. “ 
“O período que vai do nascimento até os oito anos de idade é considerado 
crucial para a aquisição de conhecimentos básicos, do desenvolvimento 
conceitual e das habilidades cognitivas, bem como para o desenvolvimento 
linguístico, ao qual está intimamente vinculado.” ANA MARIA BORZONE DE 
MANRIQUE. 
 
Sendo assim, depois que abordamos os conceitos sobre desenvolvimento 
e aprendizagem infantil, não poderíamos deixar de refletir também sobre o brincar e 
seu pensamento simbólico. O brincar possibilita que a criança se desenvolva 
individualmente e favorece a internalização das normas da sociedade onde vive. 
Ao pensar no brincar como um processo facilitador do desenvolvimento, 
assim como da construção do conhecimento, alguns aspectos devem ser cuidados 
na instituição de ensino para favorecer o lúdico; dentre eles, podemos citar: criação 
de espaços de brincadeiras, localização dos objetos, dos materiais, disponibilização 
das informações e das regras do brincar. 
O lúdico e as múltiplas linguagens são definidas e orientadas pelas 
Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, que apresenta entre os 
fundamentos norteadores a ludicidade e a criatividade. Já no Referencial Curricular 
Nacional para a educação infantil, há uma preocupação em sensibilizar os 
educadores para a importância do brincar tanto em situações formais quanto 
21 
 
informais. A brincadeira é definida como a linguagem infantil que vincula o simbólico 
e a realidade imediata da criança. Como afirma os parâmetros em ação (materiais 
disponibilizados pelo MEC aos educadores da Educação Infantil, 1999). 
O conhecimento não se constrói como uma cópia da realidade, mas sim 
fruto de um instrumento de criação, significação e ressignificação, e o lúdico consta 
como recursos necessários na construção da identidade da autonomia infantil e das 
diferentes linguagens das crianças. 
Nessa expectativa, é muito importante o pensamento simbólico ou a 
brincadeira de faz de conta. Como apresentado por Oliveira (2002), o jogo de faz de 
conta é uma ferramenta importante para as leituras não convencionais do mundo e 
para a criação da fantasia. Possibilita a criatividade, a autonomia e a exploração de 
significados e sentidos. Articula-se com outras formas de expressão atuando 
também sobre a capacidade da criança de representar e de imaginar, além de 
servirem também como instrumentos de regras sociais. 
Assim as brincadeiras à criança no contexto escolar, devem estar de 
acordo com a zona de desenvolvimento e possibilitar que ela vá além. Na Educação 
Infantil, o papel do professor é de suma importância, pois é ele quem vai organizar o 
ambiente e disponibilizar os objetos, além de participar ativamente das brincadeiras. 
É essencial que o educador proporcione brincadeiras com outras crianças e organize 
o ambiente e os brinquedos nesta direção. 
Segundo Piaget, (1970-1973) entre 0 e 7 anos de idade, a criança 
vivencia dois períodos de desenvolvimento: o período sensório-motor (0 a 2 anos) e 
o período pré- operacional (2 a 7 anos). 
Para Vygotsky, (1987) o processo de desenvolvimento do pensamento e 
da linguagem segue a mesma trajetória das outras funções psicológicas. 
Vygotsky observou que a passagem para o discurso interior (ou 
pensamento verbal) é gradativa. Desde o nascimento o bebê já estánum mundo de 
contato social, utilizando as formas de linguagem de que dispõe para se comunicar 
aos outros através do choro, riso, balbucio. Para Vygotsky, desde do início a 
linguagem é socializada com o desenvolvimento, pois a criança, por estar imersa 
numa cultura, passará a utilizar a linguagem como instrumento do pensamento e 
22 
 
desenvolverá a fala ou discurso interior como os adultos. Todavia, haverá um 
momento de transição, que a criança se utilizará da fala externa para planejar as 
suas ações e organizar-se pois assim, ainda não ocorreu a internalização completa 
da fala. 
Segundo a leitura do livro Olhares das Ciências sobre as Crianças: 
 
“O processo de desenvolvimento e aprendizagem das crianças é um 
processo que se dá aos poucos, Ao mesmo tempo em que acontece o 
processo de maturação do sistema nervoso, se realiza o desenvolvimento 
psicomotor. As habilidades motoras são adquiridas em ordem definida, de 
simples à complexas. Assim, aos poucos a criança desenvolverá sua 
aprendizagem e seus conhecimentos, resultantes de suas ações. Será com 
o brincar no qual seja espontâneo sem ser preciso e esforço. A criança terá 
sua aprendizagem conforme o processo de seu desenvolvimento. ” 
Piaget (1952 p.42), afirmou que a atividade intelectual não pode ser 
separada do funcionamento total do organismo. Para que ocorra o desenvolvimento 
cognitivo, é necessário que a criança atue sobre o meio ambiente. Há três tipos de 
conhecimento: o conhecimento físico, o conhecimento lógico - matemático e o 
conhecimento social. 
O conhecimento físico abrange as características físicas dos objetos e 
dos fatos: tamanho, forma, textura, movimento, etc. Esse conhecimento é adquirido 
através do contato, da observação e da manipulação dos objetos. Os brinquedos se 
tornam conhecidos através do brincar. 
O conhecimento lógico-matemático é estruturado a partir do pensar sobre 
as experiências com objetos e eventos. As ações da criança sobre os objetos é que 
vão possibilitar a construção do conhecimento lógico-matemático. Esse 
conhecimento é produto das experiências que a criança faz com os objetos. Muitas 
vezes, é resultado de relações e meio (família, escola). As vivências ocorridas 
nesses contextos, oportunizam que a criança experimente e responda à diferentes 
situações. Dessa forma, poderá aprender, por exemplo, a maneira de memorizar e 
de raciocinar vigente em determinada cultura. 
O conhecimento social é realizado pela criança a partir de suas ações 
com outras pessoas. Na interação com outras crianças e com os adultos, surgem as 
oportunidades para a construção do conhecimento social. Percebe-se que a 
atividade intelectual não pode ser separada do funcionamento total do organismo 
para que possa ocorrer o desenvolvimento cognitivo. 
23 
 
A ssim Piaget teve essa linha de visão sobre a qual estudos mais 
avançados puderam comprovar referida teoria, pois para que haja uma atividade 
cognitiva, a criança precisa ser inserida na manipulação e observação das coisas ao 
seu redor. Para que haja interação com o meio e poder desenvolver sua 
coordenação motora, o contato da criança com os objetos ou com as coisas ao seu 
redor, fará com que a mesma não só adquira experiências mas conhecimentos 
prévios. Um ambiente carente de recursos é um ambiente sem vida que jamais 
poderá propor desafios cognitivos, sendo assim o meio onde a criança está inserida 
e as vivências ocorridas contribuirá grandemente para a aprendizagem e 
desenvolvimento das mesmas. 
4. A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS 
Os jogos e brincadeiras são de fundamental importância para o 
desenvolvimento da criança, visto que a mesma pode transformar e realizar em seu 
cotidiano, novas estratégias dando à elas novos significados. No momento em que a 
criança é estimulada, é viável que a mesma deixe de ser subordinada em relação ao 
objeto, concedendo-a um novo significado, o que expressará seu caráter ativo, no 
decorrer do desenvolvimento. 
Gonçalves (2003), ressalta que o brincar permite a criança fluir sua 
fantasia, sua imaginação, sendo uma ponte para o imaginário, um meio a qual 
externaliza suas criações. Nisto entendemos que as habilidades para criar 
estratégia, planejar e apropriar-se de novos conhecimentos, manifesta-se nas 
crianças através do simples ato de brincar. 
A criança através das brincadeiras, das atividades lúdicas, age, mesmo 
que figuradamente, nas diferentes situações vivenciadas pelo no seu cotidiano, 
recriando sentimentos, conhecimentos, significados e confiança. 
Segundo a obra de Tizuko Morchida Kishimoto, Jogo e a educação 
infantil: 
Existem termos que por serem empregados com significados diferentes 
acabam se tornando imprecisos como o jogo, o brinquedo e a brincadeira, a 
variedade de jogos conhecidos como faz de conta, simbólicos, motores, 
sensório-motores, intelectuais ou cognitivos, de exterior ou de interior, 
individuais ou coletivos, metafóricos, verbais de palavras, políticos, de 
adultos, de animais, de salão e inúmeros outros, mostram a multiplicidade 
de fenômenos incluídos na categoria jogo. A perplexidade aumenta quando 
observamos diferentes situações receberem a mesma denominação. 
 
24 
 
 
Embora predomine, na maioria das situações, o prazer como distintivo do 
jogo, há casos em que o desprazer é o elemento que caracteriza a situação lúdica. 
Vygotsky é um dos que afirmam que nem sempre o jogo possui essa característica, 
porque em certos casos há esforço e desprazer como constitutivo do jogo; 
especialmente ao demostrar como a criança representa, em processos catárticos, 
situações extremamente dolorosas. 
Quando a criança brinca, ela faz de modo bastante compenetrado, a 
pouca seriedade a que se faz referência está mais relacionada ao cômodo, ao riso, 
que acompanha, na maioria das vezes, o ato lúdico que se contrapõe ao trabalho, 
considerando atividade séria. 
Percebemos que o jogo e a brincadeira possuem bastante significados e 
o mesmo faz parte do cotidiano das crianças. Ver nisto uma atividade séria para 
educar é preciso ter uma ideia clara sobre quem são as crianças e sobre o que é 
relevante para a sua educação, considerando que todas as crianças são cidadãs, 
com direito a uma educação de qualidade e que devem ser educadas por meios de 
brincadeiras e jogos educativos que proporcione às mesmas um desafio lúdico. 
Na bibliografia de Kishimoto, há várias classes de jogos com finalidades 
específicas, mesmo que as mesmas tenham cada qual um significado, por se incluir 
em categoria de jogos, mas selecionar os mesmos pelas faixas etárias e por qual 
finalidade propôr em sala de aula é que será importante para aprendizagem das 
crianças. Deve-se respeitar o ritmo do desenvolvimento e encorajá-las em sua 
curiosidade valorizando seus esforços. 
Sendo assim, toda fase e período de desenvolvimento na Educação 
Infantil é de suma importância para a inserção de brincadeiras. Pelas diversas 
formas de projetar o brincar, muitos tendem a destacá-la como características dos 
processos imitativos da criança. Para a criança, as brincadeiras no seu dia a dia são 
suas principais atividades. 
Ao brincar, ela tem o poder de tomar suas próprias decisões, comunicar-
se, expressar sentimentos e opiniões próprias e assim conhecer-se à elas mesma e 
os outros à sua volta. 
25 
 
Para Macedo (2005), o brincar infantil é um processo importante na 
construção de conhecimentos e no desenvolvimento integral da criança, 
independentemente do local em que vive, do grupo e da cultura da qual faz 
parte, proporcionando a mediação entre o real e o imaginário. Ao brincar a 
criança explora o mundo dos objetos, da natureza e da cultura, 
compreendendo e expressando-se através de variadas formas. É no brincar 
que entra sua imaginação, destacado pela mobilização dos significados. 
Assim relaciona-se a cultura da infância, que destaca as brincadeiras como 
uma importante ferramenta para as criançasaprenderem, se desenvolverem 
e se expressarem. 
 
Na visão de Vygotsky (1998) o jogo simbólico é como uma atividade típica 
da infância e essencial ao desenvolvimento infantil, ocorrendo a partir da aquisição 
da representação simbólica, impulsionada pela imitação. Sendo assim, o jogo pode 
ser considerado uma atividade importantíssima, pois através dele as crianças 
formam uma zona de desenvolvimento proximal, com funções que ainda não 
amadureceram, mas que se encontram em processo de maturidade, à qual será 
alcançada em um futuro próximo. 
 
A aprendizagem e o desenvolvimento da criança interagem-se desde os 
primeiros dias de vida, começando bem antes de ela frequentar uma instituição 
escolar. Todas as situações de aprendizagem que são concebidas pelas crianças, 
na escola já têm uma história prévia, isto é, a criança já se deparou com alguma 
coisa referente do qual a mesma pode tirar experiências. 
 
Cabe ao professor organizar situações para que as brincadeiras ocorram de 
maneira diversificada para propiciar às crianças a possibilidade de 
escolherem temas, papéis, objetos e companheiros com quem brincar ou 
jogos de regras e construção, e assim elaborarem de forma pessoal e 
independente suas emoções, sentimentos, conhecimentos e regras sociais. 
(RCNEI, 1998, p.29). 
 
 
A aprendizagem da criança e consequente seu desenvolvimento ocorrem 
quando a mesma participa ativamente, seja debatendo as regras do jogo, ou seja 
sugerindo soluções para resolvê-los. 
É muito importante que o professor também participe e que apresente 
desafios na procura de se achar soluções e de participação coletiva. O educador 
neste caso, será estimulador das atividades, e assim incentivará os alunos em busca 
de novos desafios. 
 
26 
 
De acordo com Kishimoto (2002) o jogo é considerado uma atividade lúdica 
que tem valor educacional. A utilização do mesmo no ambiente escolar traz 
muitas vantagens para o processo de ensino aprendizagem. O jogo é um 
impulso natural da criança funcionando, como um grande motivador. É 
através do jogo que se obtém prazer e realiza-se um esforço espontâneo e 
voluntário para atingir o objetivo, pois o jogo mobiliza esquemas mentais e 
estimula o pensamento, a ordenação de tempo e espaço, integra várias 
dimensões da personalidade: afetiva, social, motora e cognitiva. 
 
Sendo assim as brincadeiras acompanhadas de jogos tem um impulso 
natural da criança onde a mesma não terá muito esforço em praticar, por ser algo 
natural e espontâneo da criança. Desde muito pequena, as mesmas interagem com 
o meio à qual as cercam. O jogo em si, tem uma grande importância para o processo 
de ensino e aprendizagem por ser ele um motivador a mais para que a criança tenha 
interesse voluntário, e tudo isso alavancará um grande suporte pedagógico por 
integrar nas crianças dimensões de sua personalidade, como a afetiva, motora e 
cognitiva. 
 
 
4.1. A contribuição das brincadeiras e jogos no processo de desenvolvimento 
das crianças na educação infantil 
 
Como estamos em discussão para que possamos refletir a importância 
das brincadeiras e jogos na educação infantil, nessa busca pude ler reportagens e 
estudar a respeito de várias habilidades que poderá ocorrer durante o processo de 
ensino e aprendizagem, tendo o brincar como meta. 
Assim, encontramos uma sequência dessas habilidades. Vejamos 
algumas, a seguir: 
Curiosidade: Atividades que estimulam as descobertas e a curiosidade natural da 
criança sobre o mundo, incentivam o processo de solução de problemas. 
Atividades com esse ícone incluem investigação sobre temas relacionados a 
ciência, natureza e matemática, por exemplo. 
Coordenação motora: Estimular o desenvolvimento físico das crianças melhora 
seu condicionamento motor e sua saúde. Essas atividades envolvem movimentos 
largos que utilizam grandes músculos, como galopar imitando um cavalo ou girar 
uma corda. 
Comunicação: O desenvolvimento da linguagem inclui habilidades de 
entendimento e expressão – ler, escutar falar ou escrever. Indicam algum tipo de 
27 
 
comunicação, como, por exemplo, pensar sobre as férias ou aprender sobre os 
sinais de trânsito. 
Criatividade: Crianças exploram e aprendem sobre o mundo por meio de 
brincadeiras criativas. Elas desenvolvem e potencializam a criatividade e 
imaginação por meio da música, dança e brincadeiras. 
Autoestima: Desenvolver a autoestima, a capacidade de expressar sentimentos e 
respeito pelos outros, colaboram para as crianças desenvolverem mais confiança e 
interações positivas. Focam em interação com os outros, como criação de jogos e 
trabalho em equipe. 
Coordenação motora fina: Muitas ações do dia a dia – desde escrever, comer até 
se vestir e cortar – necessitam dessa habilidade. Envolvem pequenos movimentos, 
normalmente das mãos, como cortar, pegar e empurrar. 
 
Temos em vista então que são várias habilidades adquiridas durante esse 
processo, estimulando as descobertas e curiosidades, incentivando o 
desenvolvimento físico, e motor e por meio das brincadeiras e jogos, as mesmas 
adquirem autoestima para que assim possam formar cidadãos capazes de seguir em 
frente, rumo ao conhecimento de si mesma e sejam futuros cidadãos habilitados e 
aptos a enfrentar o mudo lá fora. 
Seguindo a bibliografia do livro de Celso Antunes; O jogo e a educação 
infantil, falar e dizer/olhar e ver/escutar e ouvir: temos a seguinte interrogação: O que 
é Jogo? Do ponto de vista educacional, a palavra jogo se afasta do significado de 
competição e se aproxima de sua origem etimológica latina, com o sentido de 
gracejo, ou mais especialmente, divertimento, brincadeira, passatempo. 
Dessa maneira os jogos infantis podem até excepcionalmente incluir uma 
ou outra competição, mas essencialmente visam estimular o crescimento e 
aprendizagens e seriam melhor definidos se afirmássemos que representam relação 
interpessoal entre dois ou mais sujeitos realizada dentro de determinadas regras. 
 
Nesse caso podemos afirmar que o jogo dentro do conceito educacional 
visa mais a parte pedagógica tirando a competição em si, todavia colocando mais 
para a importância da aprendizagem e estimulando o desenvolvimento dos alunos, 
na qual visa o convívio e interação entre os demais para que assim, as crianças 
28 
 
possam se socializar, respeitando uns aos outros aprendendo através de regras. 
 
Seguindo ainda na bibliografia do livro deste autor que também fala de 
outra importante consideração que envolve a ideia de jogo, diz-se respeito a 
aprendizagem, que não mais pode existir no educador a ideia classificatória de jogos 
que divertem e jogos que ensinam, pois se o jogo que se aplica envolver forma 
equilibrada, o respeito pelo amadurecimento da criança, exercitar e colocar em ação 
desafios à sua experiência, promoverá uma relação interpessoal exaltando as regras 
do convívio que será sempre um jogo educativo, ainda que possa simultaneamente 
ensinar e divertir. 
 
“ Nesse sentido temos a ideia de que nós educadores não podemos mais 
pensar que existam jogos só para se divertir e outros só para educar. Se todos são 
jogos e colocados em forma equilibrada como diz o autor, se respeitar as regras, 
com certeza, ajudará no amadurecimento da criança, exaltando assim as regras do 
convívio, que nesse caso será sempre um jogo educativo” 
 
Ainda segundo o autor jogos bem organizados ajudam a criança a 
construir novas descobertas, a desenvolver e enriquecer sua personalidade e é 
jogando que se aprende a extrair da vida o que ela tem de essencial. A 
aprendizagem é tão importante quanto o desenvolvimento social e o jogo constitui 
uma ferramenta pedagógica ao mesmo tempo promotora do desenvolvimento social. 
 
Durante todo esse estudo e pesquisa, pude compreender de maneira 
profunda a importância dos jogos e brincadeiras na educação infantil, como as 
mesmas são organizadas com um objetivo pedagógico, pois através de cadadetalhe 
podemos analisar o educando e seu comportamento diante dos desafio. 
 
Dando sequência a leitura do livro, destaca-se que Freud atribui uma 
enorme importância ao ato de brincar, o que o aproxima, nesse aspecto, de Piaget, 
Vygotsky e tanto outros. A linguagem de Piaget e de Vygotsky e certamente a de 
Maria Montessori também, ainda que diferentes da de Freud, caminhavam-se em 
igual direção e ampliava o imenso universo que hoje se descobre na importância do 
brincar. Desde o início do século XX, quando os adultos teimavam em ver na criança 
um cérebro imaturo e oferecia brinquedos tão somente para o lazer, esses 
29 
 
educadores ressaltavam a enorme influência do brinquedo no desenvolvimento da 
aprendizagem, na sociedade e na criatividade infantil. 
 
“Como percebemos, há algum tempo atrás não se dava importância as 
brincadeiras e jogos como uma forma pedagógica de ensino. Os adultos tinham 
ainda a criança como um ser imaturo e isso fazia com que os brinquedos e 
brincadeiras fossem apenas uma forma de passar tempo. Não havia nenhuma 
importância como ensino e nem aprendizagem, mas desde daquele tempo os 
educadores e pesquisadores da época já viam a enorme influência do brinquedo no 
desenvolvimento e aprendizagem infantil. Essa existência de estudo trouxe 
significantemente resultados surpreendentes e têm sido a base e apoio para muitos 
que trabalham essa pedagogia lúdica. ” 
 
Vygotsky, em 1933, produziu um campo teórico no qual privilegiava a 
linguagem e o significado no desejo de brincar, mostrando que sem esse recurso 
seria muito mais áspera a transposição mental entre os significados e os recursos 
significantes. Olhando em outra direção, Jean Piaget destacava a ação sobre o 
brincar como elemento que estrutura a situação simbólica itinerante à brincadeira. 
A criança que brinca está desenvolvendo sua linguagem oral seu 
pensamento associativo, suas habilidades auditivas e sociais, construindo conceitos 
de relações espaciais e se apropriando de relações de conservação classificação, 
seriação, aptidões viso espaciais e muitos outros. 
 
Assim então, percebemos que todos esses estudos e técnicas trouxeram 
uma grande contribuição no desenvolvimento da criança, pois os mesmos adquirem 
não só habilidades auditivas e sociais, mas constroem conceitos sobre a visão de 
infância dentro de um contexto social. 
 
Vygotsky, concebeu a zona de desenvolvimento proximal como: 
 
 
Vygotsky (1989, p.97) “a distância entre o nível de desenvolvimento real, 
que se costuma determinar através da solução independente de problemas, 
e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de 
problemas sob a orientação de um adulto ou em colocação com 
companheiros mais capazes. ” 
 
 
30 
 
Para Vygotsky, a interação entre o sujeito e o objeto de conhecimento 
passa pela meditação de outras pessoas. Para ele, o sujeito aprende com ajuda de 
outro mediador, e é essa mediação que propicia um bom aprendizado, ampliando o 
desenvolvimento real do sujeito, do domínio das funções mentais, ao mesmo tempo 
em que lhe abre novas possibilidades ou novas zonas de desenvolvimento proximal. 
 
A concepção Vygotskyana coloca, portanto, o aprendizado na frente do 
processo de desenvolvimento, que exerce o papel de puxá-lo, de fazer acontecer. A 
implicação pedagógica dessa concepção como vemos, é imediata, pois remete à 
importância que a escolarização tem na vida dos indivíduos, supondo que os 
professores, como mediadores devem propiciar suportes concretos e interferências 
adequadas para que os alunos transformem as funções mentais que hoje estão na 
zona proximal, em funções consolidadas, adquirindo assim autonomia. 
Percebemos que para a concepção deste autor conceituado, as 
habilidades e aprendizagens que as crianças adquirem durante o processo de 
aprendizagem se dá através de uma medição. Vygotsky diz que o único bom ensino 
é aquele que se adianta ao desenvolvimento, com essa afirmação, ele valoriza a 
intervenção pedagógica, as instruções dadas pelos professores, as demonstrações, 
a assistência oferecida aos alunos na resolução de problemas, o fornecimento de 
pistas e indicativos. Para ele, o sujeito consegue fazer com a ajuda de alguém, 
amanhã ele fará por si só. 
Segundo Vygotsky, 
“Ao brincar a criança se comporta além do comportamento habitual de sua 
idade, vai além de seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela 
fosse maior do que a realidade (Vygotsky, 1988, p.117) ” 
 
 
Dessa forma, entendemos que através do brinquedo a criança desenvolve 
sua imaginação, sua vontade ou seu poder de auto determinar-se para realizar ou 
não alguma atividade, fazendo planos para desenvolvê-los. 
 
4.2. A organização dos espaços, objetos e brinquedos, sua 
relação com a aprendizagem da criança. 
 
O espaço em si favorece aprendizagem, por ser ele um ambiente onde as 
31 
 
crianças irão explorá-lo e se tratando de uma instituição onde se terá um ambiente 
voltado para a aprendizagem das crianças, não poderá faltar a organização do 
mesmo, para que assim se torne um ambiente onde se instigue a imaginação e a 
curiosidade dos educandos. 
 
O ambiente está além do espaço físico simplesmente. Quando nos 
referimos aos ambientes, estamos considerando os elementos que estão inclusos 
nesse espaço e as relações estabelecidas com eles. 
 
Pierre (2004) aponta que não podemos entender o ambiente esteticamente, 
mas sim em um contexto dinâmico, onde ele se modifica e se transforma 
com os resultados das atividades que ali ocorre. 
 
A nós educadores, cabe organizar e planejar este espaço partindo da 
nossa bagagem cultural e da bagagem de cada criança, disponibilizando os 
instrumentos, as técnicas e as habilidades necessárias para que a criança 
compreenda, incorpore ou modifique a realidade que se apresenta. Assim a criança 
gradativamente vai identificando e percebendo os elementos socioculturais inclusos 
em seu ambiente, suas características e funcionalidade, favorecendo a 
compreensão das atividades que são ali desenvolvidas. Para que os espaços 
escolares ofereçam de fato estímulos adequados para a aprendizagem das crianças, 
eles precisam ser transformados em ambientes educativos. 
Como apresentado por Frison (2008), 
 
Os espaços são concebidos como componentes ativos do processo 
educacional e neles estão refletidas as concepções de educação assumidas 
pelo educador e pela escola. É importante que a sala de aula seja um lugar 
motivador, em que se acolham as diferentes formas de ser e de agir, 
contempladas nos projetos de trabalho, nas quais as crianças vivenciam 
suas experiências e descobertas (…) O espaço físico pode ser transformado 
em espaço educativo dependendo da atividade que nele acontece. 
 
O ambiente, além de seguro, deve favorecer o desenvolvimento da 
autonomia, ou seja, é importante que os materiais, os brinquedos e objetos de uso 
coletivos e individuais estejam ao alcance das crianças, pois além da autonomia, 
auxiliamos a criança na internalização das regras do grupo, na capacidade de 
respeitar as informações dadas pelo educador, na aquisição gradativa de 
responsabilidade em relação aos cuidados e a organização do ambiente, e no 
desenvolvimento de uma postura proativa. 
32 
 
Ainda, segundo Frison, (2008), o ambiente necessita ser organizado de 
forma que aja interação entre as crianças, fator importantíssimo para o 
desenvolvimento e aprendizagem das mesmas. A organização das mesas de 
trabalho, por exemplo, devem sempre possibilitar e incentivar que as crianças 
troquem informações e conhecimentos. 
 
Segundo Paula Natal, diz-se que Educação Infantil é lugar de 
aprendizagem e enfatiza: 
“Para os pequenos, quase tudo na vida é brincadeira. Por isso, na 
Educação Infantil, não faz sentido separar momentos de brincar dos de 
aprender. Essa simultaneidade pede que espaços e rotina da escola sejam 
planejados de modo a proporcionarmultiplicidade de experiências e contato 
com todas as linguagens, o tempo todo. Sem abrir mão, é claro, dos 
cuidados com segurança e saúde. É nesse ambiente de aprendizagem que 
as crianças vão socializar-se e ganhar autonomia. Dentro do espaço da 
Educação Infantil é necessária a integração entre o educador, o 
planejamento pedagógico e a organização dos lugares, que funcionam 
como mais um elemento educativo.” 
 
Assim, o professor quando planeja suas aulas precisa pensar com muita 
intencionalidade sobre a organização do espaço onde essa aula vai ser executada, 
primeiro por que esse espaço precisa gerar autonomia nas crianças. As crianças 
precisam saber onde estão expostos os materiais, para assim buscarem nestes os 
recursos que precisam. Fator este que também otimiza o tempo da atividade pois, o 
tempo tem que ser gasto na aprendizagem da criança e não no tempo que as 
crianças gastam procurando os materiais que precisam. 
 
A organização do espaço tem que estar relacionada à intensidade do 
professor planejar uma sala de aula onde as crianças, possam explorar o ambiente 
com liberdade. O espaço é fundamental para que aja interação e as brincadeiras 
espontâneas e as propositais possam acontecer com mais facilidade. A estruturação 
do espaço e a forma como os materiais estão organizados, a qualidade e adequação 
dos mesmos são elementos essenciais de um projeto educativo. 
 
Na proposta curricular da instituição, faz-se necessário que o espaço e os 
materiais dialoguem com o currículo definido, que se ajuste às concepções que se 
tem de criança e da forma como se pretende educá-la. É a intenção que resulta na 
intervenção que se faz no ambiente, na organização do espaço físico, na disposição 
33 
 
de mobiliário, na seleção e organização dos brinquedos e materiais e nas interações 
com as crianças. Espaço físico, materiais, brinquedos, instrumentos sonoros e 
mobiliários não devem ser visto como elementos passivos, mas sim, como 
componentes ativos do processo educacional que refletem a concepção de 
educação assumida pela instituição, constituindo em poderosos auxiliares na 
aprendizagem. Os objetos e materiais disponíveis constituem um instrumento 
importante para o desenvolvimento da tarefa educativa, uma vez que são um meio 
que auxilia a ação das crianças, possibilitando a exploração dos objetos, 
conhecendo suas propriedades e funções e, além disso, atribuindo às suas 
brincadeiras novos significados. 
 
Os brinquedos constituem-se entre outros em objetos privilegiados da 
educação das crianças. São os objetos que dão suporte ao brincar e podem ser das 
mais diversas origens, materiais, formas, texturas, tamanho e cor. Podem ser 
comprados ou fabricados pelos professores e pelas próprias crianças. 
 
Durante todo esse estudo pude perceber grandemente o quanto o espaço 
e o ambiente também contribuem de alguma forma para a aprendizagem das 
crianças devido a instituição de ensino ser pra elas um segundo lar, onde devem ser 
acolhidas com segurança e proteção, que o mesmo possa ser interessante e 
atrativo, fazendo com que elas possam interagir com o ambiente, facilitando a 
aprendizagem, despertando nas mesmas, uma forma cognitiva dentro do espaço à 
qual estão sendo inseridas, o ambiente à sua volta precisa ser um agente facilitador 
dessa dessas novas experiências para cada uma delas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
CONCLUSÃO 
 
A proposta deste trabalho e pesquisa foi apresentar e discutir a 
importância do lúdico como uma forma de ensino na educação infantil, usando os 
jogos e brincadeiras como uma ferramenta essencial para o desenvolvimento e 
aprendizagem das crianças, onde a mesma foi feita através de observação às 
crianças numa instituição de ensino e também através de pesquisas e estudos de 
autores e estudiosos que abordam o assunto. O presente trabalho veio a enriquecer 
grandemente em relação ao assunto, e todo conteúdo abordado propiciou a 
construção de conhecimentos que auxiliaram a compreender melhor o aluno como 
uma pessoa completa, a analisar criticamente as concepções e práticas de ensino e 
aprendizagem, e organizar alternativas metodológicas para conduzir com qualidade 
o ensino infantil. 
Diante de todo estudo foi discutido a importância das brincadeiras e jogos 
como uma forma lúdica de ensino e como esse método contribui eficazmente para a 
aprendizagem infantil, e assim, diante de todo o processo percorrido desse trabalho 
pude expôr argumentos e abrir caminhos para se discutir esses métodos de ensino e 
entender como é emergente pensar em alternativas metodológicas para a realização 
de práticas pedagógicas colaborativas e inovadoras, assim como não ter medo de 
enfrentar novos desafios dentro de sala de aula. 
Nessa perspectiva, evidência a necessidade urgente que se dinamizem 
os novos espaços e técnicas de aprendizagem e de produção de conhecimento no 
contexto escolar. Nós professores, precisamos considerar e buscar novas 
dimensões didáticas e pedagógicas para incorporar ao ensino das crianças. O 
brincar na educação infantil dentro dessas novas didáticas é uma ferramenta que 
complementa essas novas alternativas metodológicas de ensino inovador. 
Enfim, esse artigo não só contribuiu como me fez ter um novo 
pensamento crítico construtivo e inovador dentro da educação infantil, abrindo 
reflexão para novos pensamentos e estudos do tema abordado, para cada vez mais 
buscar avançar em novos rumos e conhecimentos, permeando assim contribuições 
significativas para o ensino e aprendizagem. 
 
 
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