Projeto 4

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Faculdade de Ouro Preto do Oeste - UNEOURO
JAMILLE BATISTA LUCENA ARRABAL
VERONIKA HORTENCIA DIAS DA SILVA
FATORES ASSOCIADOS À AUTOMEDICAÇÃO EM IDOSOS EM UMA FARMÁCIA COMUNITÁRIA DE OURO PRETO DO OESTE RONDÔNIA
OURO PRETO DO OESTE - RO
2021
JAMILLE BATISTA LUCENA ARRABAL
VERONIKA HORTENCIA DIAS DA SILVA
FATORES ASSOCIADOS À AUTOMEDICAÇÃO EM IDOSOS EM UMA FARMÁCIA COMUNITÁRIA DE OURO PRETO DO OESTE, RO
Pré-projeto apresentado como requisito básico para a apresentação do Trabalho de Conclusão do Curso de Farmácia para a disciplina TCC I
Orientador: Prof. Msc. Vonivaldo Gonçalves Leão
	
OURO PRETO DO OESTE - RO
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	4
2. OBJETIVOS	6
2.1 Objetivos Geral	6
2.2 Objetivos Específicos	6
3. HIPOTESE	7
4. JUSTIFICATIVA	7
5. METODOLOGIA	7
 5.1. Delineamento do estudo	7
5.1.1 Local de estudo.....................................................................................7
 5.2. População e amostra	8
 5.2.1. Critérios de inclusão	8
 5.2.2. Critérios de exclusão	8
5.3. Descrição dos procedimentos	9
5.4. Aspectos éticos e legais	9
5.5. Análise dos dados	9
6. CRONOGRAMA	10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	11
ANEXO I	13
1. INTRODUÇÃO
A automedicação é uma prática comum, de difícil controle, que pode representar risco para a saúde da população em todo o mundo (LOPES et al., 2014). O processo de envelhecimento populacional mundial é mormente e se estabelece como marco importante na expectativa de vida da população, notadamente em países em desenvolvimento. Esta evolução da população mundial para a terceira idade é decorrência da taxa de aumento da expectativa de vida da população, como também se deve à diminuição da fecundidade e mortalidade infantil. (MARQUES, 2018).
A automedicação é uma realidade na população idosa brasileira e um problema de saúde pública, pois o uso de medicamentos sem prescrição pode acarretar prejuízos para a saúde dos indivíduos, especialmente para os idosos, podendo ocasionar a morte. Nem sempre o consumo de medicamentos acontece de forma racional, sendo considerado uso inadequado tanto o uso indiscriminado quanto a automedicação. São consideradas práticas da automedicação a aquisição e utilização dos medicamentos sem receita, o compartilhamento dos medicamentos com outros integrantes da família ou círculo social, a reutilização de sobras de medicamentos de tratamentos anteriores, a utilização de antigas prescrições e o descumprimento da prescrição, prolongando ou interrompendo precocemente o tratamento indicado. A automedicação associada aos idosos é ainda mais grave. Os riscos são mais elevados devido às alterações fisiológicas específicas do envelhecimento, que alteram o efeito de certos medicamentos, tornando-os potencialmente inapropriados para as pessoas idosas, seja por falta de eficácia terapêutica ou por apresentarem efeitos adversos superiores aos benefícios. Além disso, há o aumento da prevalência de doenças crônicas com o aumento da idade, o que exige consumo maior de medicamentos e, por conseguinte há maior exposição a riscos (BARROSO, 2015).
O crescimento contínuo do consumo de medicamentos entre os idosos pode ser justificado pelo aumento da prevalência de doenças crônicas nessa faixa etária, bem como ao modelo de saúde que tem no medicamento sua principal forma de intervenção. No entanto, as implicações desse consumo precisam ser medidas e avaliadas quanto ao seu risco/benefício. Associado à automedicação está o uso comum de uma farmácia doméstica representada na estocagem de medicamentos nas residências. Esse estoque doméstico apresenta vários riscos, entre eles há o problema intrínseco da facilidade de acesso a medicamentos sem orientação médica e as condições de armazenamento, que podem comprometer a eficácia do fármaco. Os medicamentos devem ser guardados em local arejado e seguro, sem exposição à luz, calor ou umidade, em sua embalagem original, identificados pelo nome comercial ou genérico e princípio ativo e com data de validade e lote, o que nem sempre ocorre. (GUSMÃO et al., 2018). Além disso, nota-se que o consumo de medicamentos quase triplica com o avançar da idade sendo tal fato justificado pela menor tolerância frente a sintomas agudos como, por exemplo, a dor determinando uma maior necessidade por fármacos especialmente quanto maior for o grau de automedicação nesses indivíduos. Dessa forma, eles se tornam mais propensos ao uso indiscriminado e aos eventos adversos responsáveis pelo aumento da internação hospitalar e óbito nesse grupo de indivíduos. Assim sendo, o hábito da automedicação é algo que ocorre com frequência significativa em nosso país, sendo uma prática considerada como um grave problema de saúde pública. (PEREIRA et al., 2017).
 A prevalência e os fatores associados à automedicação em idosos vêm sendo investigada por meio de estudos epidemiológicos de base populacional, e os resultados apontam que tal prática varia entre os idosos residentes em diferentes localidades (LOYOLA et al., 2005).
No Brasil, estima-se que cerca de 35% dos medicamentos dispensados são utilizados como automedicação (AQUINO et al., 2010). Nos Estados Unidos, estudo com amostra representativa da população verificou que 42% usavam, no mínimo, um medicamento sem receita. (QATO et al., 2008). No sul da Austrália, encontraram prevalência de 17% em 2000-2001 e de 35,5% em 2003-2004. (GOH et al., 2009). Dentre os fatores que contribuem para o seu aumento está o excesso de propagandas de medicamentos, a própria facilidade da aquisição dos princípios ativos e a falta de conhecimento sobre os riscos (GALATO et al., 2012). Outro fator importante é o acúmulo de medicamentos que parte da população mantém em suas residências formando assim um grande arsenal terapêutico (FERREIRA et al., 2005). 
De acordo com Cerqueira e colaboradores (2005) o fato da farmácia ser considerada apenas um ponto comercial de vendas de medicamentos e correlatos, não apenas um estabelecimento de saúde é outro agravante que propicia a disseminação da automedicação. Essa prática pode acentuar os riscos relacionados aos medicamentos prescritos, retardar o diagnóstico adequado e mascarar uma doença. (SÁ et al.,2007)
Diante dos fatos analisados vimos o quanto à automedicação é uma prática muito frequente, levando em consideração os vários fatores que contribuem para essa condição como a falta de acesso ao atendimento médico, o fácil acesso a medicação, a troca de informações entre pessoas leigas que induz a uma automedicação e até mesmo as propagandas que reforçam ao seu ao público consumidor. Contudo, os idosos são os que mais praticam esse autocuidado, pois nessa fase encontra-se uma grande chance do desenvolvimento de doenças crônicas e propendem há apresentar maiores riscos já que apontam alterações fisiológicas afetando o metabolismo estando sujeito a ações adversas deste. 
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivos Gerais
· Investigar fatores associados à automedicação em idosos de uma drogaria de pequeno porte no município de Ouro Preto do Oeste RO;
2.2 Objetivos Específicos
· Caracterizar o perfil socioeconômico dos praticantes da automedicação;
· Descrever as classes de medicamentos mais utilizadas na automedicação;
· Estabelecer a associação entre o perfil dos indivíduos que se medicam com as classes terapêuticas identificadas
3. HIPÓTESE 
	Haja vista a real situação da saúde pública nos municípios brasileiros, associada às dificuldades no acesso a atenção básica do Sistema único de Saúde, bem como a facilidade no acesso a medicamentos de diversas classes, é possível que a população idosa ao se deparar com transtornos menores de saúde, pratique automedicação.
4. JUSTIFICATIVA
	A automedicação é uma prática muito realizada pela a população em geral, podendo está a desencadear uma série de danos à saúde que, consequentemente, irá provocar um impacto nas políticas de saúde pública. 	Portanto, realizar a identificação dessa prática entre a população idosa, bem como os fatores que a promovem é fundamental para que se possa entendertodo o contexto acerca deste assunto, além de fornecer dados que servirão de embasamento para medidas preventivas.
5. METODOLOGIA
5.1. Delineamento do estudo
Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, com abordagens quali-quantitativas, do tipo descritivo, cuja prioridade é descrever características de fatos ou fenômenos de determinadas populações de acordo com condições e necessidades atuais (GIL, 2006).
5.1.1 Local do estudo
A pesquisa será realizada em uma farmácia privada de porte médio da Estância turística de Ouro Preto do Oeste, Estado de Rondônia.
A empresa foi fundada em 1983 e realiza em média 1040 atendimentos mensais, comercializando medicamentos e insumos farmacêuticos, incluindo os produtos sujeitos ao controle especial. Conta com um quadro de quatro funcionários, destes um é farmacêutico e realiza os seguintes serviços: perfuração de lóbulo auricular, aplicação de medicamentos injetáveis e dispensação de medicamentos.
5.2 População e amostra
O tamanho da população foi estimado com base na média de atendimentos com dispensação de medicamentos, realizados mensalmente, dos últimos 6 meses. Desse modo, se estabeleceu o tamanho da amostra, com auxílio de uma ferramenta online (Comentto, 2018), resultando em X participantes. 
Amostra será composta por indivíduos idosos com mais de 60 anos de ambos os sexos, numa drogaria privada de pequeno porte localizada na Estância turística de Ouro Preto do Oeste, Estado de Rondônia, que possui um fluxo médio de 30 pessoas, sendo aproximadamente 20 Idosos por dia, no total aproximado de 520 idosos durante o período de 1 mês.
Os participantes serão abordados de maneira aleatória por conveniência, e convidados a preencher o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), para que assim se possa dar continuidade na pesquisa. Em nenhum momento da pesquisa o participante irá precisar colocar seu nome no questionário, preservando, portanto, a imagem do participante.
5.2.1. Critérios de inclusão
· Ter mais de 60 anos.
· Concordar em preencher o termo de consentimento livre e esclarecido.
5.2.2. Critérios de exclusão
· Se recusar de participar da pesquisa;
· Não concordar em preencher o termo de consentimento livre e esclarecido.
· Ter menos de 60 anos.
5.3. Descrição dos procedimentos 
	Os dados serão coletados por meio de um questionário semiestruturado (anexo I) desenvolvido pelo autor; serão questionados a respeito do perfil socioeconômico; Questões relacionadas a pratica de automedicação como: classe de medicamentos utilizados sem prescrição por profissional habilitado, percepção de efeito adverso, principais queixas e transtornos menores de saúde que impulsionaram a pratica e os motivos pelos quais optaram pela automedicação.
5.4. Aspectos éticos legais
 
O projeto de pesquisa será submetido ao Comitê de Ética da São Lucas – Afya, procedimentos metodológicos estabelecidos pela Resolução 466/2012, sobre Normas de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE, 2012).
5.5. Análise dos dados 
Após a coleta dos dados, os mesmos serão armazenados no programa Excel 2010, onde será realizada a estatística descritiva simples, obtendo assim a frequência relativa dos dados obtidos. Posteriormente os dados serão avaliados pelo teste estatístico Qui-Quadrano.
6. CRONOGRAMA
	TAREFAS- 
	FEV-
2021
	MARÇO-
2021
	ABRIL- 2021
	MAIO-2021
	JUNHO-
2021
	Escolha do assunto
	X
	
	
	
	
	Delimitação do tema
	X
	
	
	
	
	Levantamento bibliográfico 
	
	X
	
	
	
	Elaboração do projeto 
	
	
	X
	X
	
	Entrega do projeto 
	
	
	
	
	X
	Atividades
	Meses
	
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	7
	8
	9
	10
	11
	12
	Revisão bibliográfica e discussão teórica 
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	X
	
	
	
	Observação participante 
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	X
	
	Elaboração de roteiros de entrevistas
	
	
	X
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Realização de entrevistas
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	
	
	
	
	Sistematização e análise de dados 
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	X
	
	Elaboração de relatórios parciais 
	
	
	X
	X
	
	X
	X
	
	
	
	
	
	Entrega dos relatórios parciais 
	
	
	
	X
	
	
	X
	
	
	
	
	
	Elaboração do artigo final
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
	X
	Entrega do artigo final 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARROSO, R. Automedicação em idosos de Estratégias de Saúde da Família. 65 f. 2015. Dissertação (Mestrado do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Saúde, Sociedade e Ambiente) - Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Diamantina, 2015.
MARQUES, A. I. N. S. Automedicação em Idosos de uma Cidade do Sertão Paraibano. 46 f. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – Unidade Acadêmica de Enfermagem (UAENF), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Cajazeiras, 2018.
PEREIRA FGF, ARAÚJO MJP, PEREIRA CR et al. Automedicação em Idodos Ativos, Rev enferm UFPE online, 2017; 11(12):4919-28.
GUSMÃOE. C.; XAVIERL. A.; MOTAG. A.; DEUS ÍTALO A. A. de; SANTANAL. T. G.; VELOSOD. M. de F.; COSTAM. R.; OLIVEIRAL. B.; ANDRADEJ. M. O.; CASTROI. D. de A. e; PRINCEK. A. de; OLIVEIRAM. V. M. de; SANTOL. R. E. Automedicação em idosos e fatores associados. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 11, n. 2, p. e191, 29 dez. 2018.
AQUINO, D. S. de. BARROS, J. A. C. de. SILVA, M. D. P. da. A automedicação e os acadêmicos da área de saúde. Ciências & Saúde Coletiva, Recife-PE, v. 15, n. 5, 2010. 
CERQUEIRA, G. S. et al. Perfil da automedicação em acadêmicos de enfermagem na cidade de João Pessoa. Conceitos. V.11/12, n.6, p.223-229, 2005. 
FERREIRA, W.A. et al. Avaliação de farmácia caseira no nunicípio de Divinópolis (MG) por Estudantes do Curso de Farmácia da Unifenas. Revista Infarma, v, 17, n. 7/9, 2005.
GALATO, D. MADALENA, J. PEREIRA, G. B. Automedicação em estudantes universitários: a influência da área de formação. Ciência & Saúde Coletiva, v. 17, n. 12, p.3323-3330, 2012.
GALATO, D.; MADALENA, J.; PEREIRA, G.B. Automedicação em estudantes universitários: a influência da área de formação. Ciência Saúde Coletiva. v.17, n. 12, p. 3323-3330, 2012.
Gil AC. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas; 2006.
Loyola Filho AI, Uchoa E, Firmo JOA, Lima-Costa MF. Estudo de base populacional sobre o consumo de medicamentos entre idosos: Projeto Bambuí. Cad. Saúde Pública 2005.
Qato DM, Alexander GC, Conti RM, Johnson M, Schumm P, Lindau ST. Use of prescription and over-the-counter medications and dietary supplements among older adults in the United States. JAMA 2008.
Goh LY, Vitry AI, Semple SJ, Esterman A, Luszcz M. Self-medication with over-the-counter drugs and complementary medications in South Australia's elderly population. BMC Complement Altern Med 2009.
Sá MB, Barros JAC, Sá MPBO. Automedicação em idosos na cidade de Salgueiro-PE. Rev Bras Epidemiol. 2007.
COMENTTO, Calculadora amostral. Disponível em: https://comentto.com/calculadora-amostral/. Acesso em 27 de abril de 2021.
ANEXO I
	Você está recebendo um questionário parte integrante de um projeto de pesquisa cujo tema é fatores associados à automedicação em idosos. As informações são sigilosas e não serão divulgadas com a identificação dos participantes. Por favor, preencha corretamente e entregue após o final.
	Idade:
	Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino
	
	
	Qual a sua renda familiar? 
( ) 1 a 2 salários mínimos ( 788,00 a 1,576.00) ( ) 2 a 4 salários mínimos (1,576.00 a 3,152.00)
( ) 4 a 6 salários mínimos (3,152.00 a 4,728.00 ( ) 6 a 8 salários mínimos (4,728.00 a 6,304.00)
( ) Acima de 8 salários (Acima de 6,304.00)
	Alguma vez já utilizou medicamentos sem prescrição por profissional habilitado?
 ( ) Sim ( ) Não 
Caso sim, com qual (s) das classes abaixo utilizou:
( ) Analgésicos
( ) Anti-inflamatórios
( ) Antialérgicos
( ) Anti-heméticos
( ) Antifúngicos
	
Qual queixa e/ou transtornos menores de saúde que impulsionaram a praticar a automedicação?
( ) Dor em geral
( ) Gripes
( ) Alergias
( ) Problemas gastrointestinais
( ) Coceira/Manchas na pele
( ) Outros:_____________________Com que frequência você utiliza os medicamentos automedicação?
( )Semanal
( ) Quinzenal
( ) Uma vez ao mês
( ) Esporadicamente
	Por que optou pela automedicação?
( ) Dificuldade de acesso a consulta médica 
( ) Facilidade de acesso ao medicamento
( ) Possui conhecimentos suficientes para saber qual o medicamento correto
( ) Para economizar
( ) Falta de tempo de ir ao médico
	Já teve alguma reação adversa decorrente da automedicação? 
 ( ) Sim ( ) Não
Tem conhecimento dos riscos de se automedicar? 
 ( ) Sim ( ) Não