Buscar

Abordagem dos pacientes com dor

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Thaís Morghana -
UFPE-CAA
Abordagem das doenças reumatológicas e dos
pacientes com dor
Dor x Ansiedade x Empatia
Diagnóstico = História Clínica + Exame Físico
Deve-se caracterizar o problema, o impacto na vida do paciente, estabelecer uma causa,
saber realizar o exame físico básico das condições musculoesqueléticas e definir a
complexidade e nível de tratamento.
ANAMNESE DO PACIENTE REUMATOLÓGICO
Identificação → sexo, idade, raça, ocupação, hobbies, origem, estado civil.
Queixa principal e HDA →
DOR
❏ É aguda ou crônica?
❏ É inflamatória ou não-inflamatória?
❏ Tem história de trauma?
❏ Qual é o padrão de áreas afetadas/articulações? Localização?
❏ Qual é o impacto na condição de vida do paciente? Qual a intensidade?
Tempo de duração → aguda (até 2 semanas); subaguda (2 a 6 semanas); crônica (> 6
semanas).
Dor mecânica Dor inflamatória
- Rigidez matinal menor que 30 min
- Melhora com repouso
- Piora com movimento
- Na maioria das vezes sem edema
articular e sinais flogísticos
- Rigidez matinal maior que 1h
- Piora ao repouso
- Melhora ao movimento
- Normalmente associada a edema
articular e sinais flogísticos
Dor e seus principais sinais → sinais flogísticos (eritema, calor e edema) e perda
funcional.
Rigidez matinal → caracteriza-se pelo “endurecimento” das articulações ao acordar. A
rigidez pode servir como instrumento para avaliar a atividade da doença.
- É sempre importante diferenciar a dor e a rigidez (endurecimento) ao perguntar ao
paciente.
Thaís Morghana -
UFPE-CAA
Localização → pedir para o paciente mostrar onde dói. Avaliar se a dor é localizada ou
generalizada.
- Lembrar que a dor visceral pode ser referida para o sistema musculoesquelético.
Deve ser considerada a possibilidade de dor visceral sempre que a dor afetar áreas
que se apresentam o exame clínico local normal.
- Uma única área - probabilidade de lesões de tecidos moles.
- Dores articulares muitas vezes afetam mais de uma articulação (ficar atento aos casos
de poliartralgia).
- Dor durante a movimentação ativa - maior probabilidade de acometimento de tecidos
moles periarticulares.
- Nas síndromes de dor generalizada o paciente pode descrever a dor como difusa.
- A dor pode irradiar ao longo do território de uma raiz nervosa ou nervo periférico.
- Acometimento de pequenas articulações (dedos, mãos e pés) ou grandes articulações
(o resto).
- Simétrica (acometimento de articulações bilaterais, não necessariamente articulações
iguais) ou assimétrica.
- Aditiva (o paciente apresenta dor em uma articulação inicialmente, e com o tempo há
a soma de dores em outras articulações) ou migratória (o paciente melhora da dor em
uma articulação e a dor migra para outras articulações).
- Mono (1 articulação); oligo (2-4 articulações); poli (> 4 articulações); axial (tem a
coluna como principal sítio).
Caracterização → não é um ponto tão importante na anamnese da dor no paciente
reumatológico. Deve-se dar prioridade a diferenciação da dor de queimor, dormência ou
ardor (dores neuropáticas).
Impacto funcional → perguntar o que o paciente faz e qual o impacto da dor nas
atividades diárias, profissionais e de lazer.
- Há escalas para avaliação funcional. Ex.: HAQ (Health Assessment Questionnaire)
para artrite reumatóide.
Intensidade → usar a escala analógica de dor.
- Avaliar se a dor é recorrente ou persistente. AR e psoriática, lúpus e doenças
inflamatórias geralmente tem um curso mais persistente. Enquanto doenças
microcristalinas ou artrite reativa têm períodos assintomáticos.
Fatores de piora ou melhora → avaliar desencadeantes, agravantes e fatores de
melhora.
- Movimentos que pioram a dor
- Resposta a medicações (AINES, corticóides, analgésicos)
Sintomas associados → edema, calor, rubor, crepitações, deformidades, instabilidade
articular.
- Red flags: febre, perda ponderal, perda de sensibilidade e função motora,
dificuldades para defecação e micção.
- Yellow flags: maior risco de cronificação. Insatisfação com o trabalho, depressão,
litígios trabalhistas.
Thaís Morghana -
UFPE-CAA
Antecedentes pessoais, familiares e hábitos de vida → casos na família de doenças
reumáticas, menopause e menarca, história de trauma/cirurgia/processos infecciosos,
história gestacional, comorbidades associadas, tabagismo, sedentarismo, alcoolismo.
Medicações em uso → fluoroquinolonas (tendinite); colchicina, estatinas, zidovudina
(miosite); antidepressivos (boca e olho seco, síndrome de Sjögren); isoniazida, hidralazina,
carbamazepina, sulfassalazina, anti-tnf (lúpus induzido por drogas); anti-tnf (psoríase
induzida por drogas); psicotrópicos (fibromialgia).
Intervenções prévias e resultados → rever tratamentos anteriores, sua resposta e
efeitos adversos.

Outros materiais