Buscar

Medicina da Família e da Comunidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

O MFC surge da necessidade de construir um profissional moderno, atualizado, 
que atenda às expectativas da população e que esteja atento – sendo um líder 
– ao processo de educação continuada, o medico da família é sempre um 
educador. Com isso, é formado os 4 pilares da medicina da família, a atenção 
primaria, educação medica, humanismo e formação de liderança, são apoio, 
norte e base teórica, ou seja, combustível e engrenagem que fazem funcionar o 
ideal de medicina da família. O diretor da academia americana de médicos da 
família disse que os MFC estão entre a cura e o cuidado, entre a tecnologia e a 
confiança, entre as forças econômicas e a igualdade social. Sendo assim MFC 
é a especialidade médica da integralidade, partindo de um primeiro e fácil 
acesso, cuida de forma longitudinal, integral e coordenada, considerando seu 
contexto familiar e comunitário. 
O primeiro pilar da MFC é a Atenção Primária e Medicina centrada no paciente. 
A atenção primaria foi definida como campo de atuação do medico da família e 
comunidade, atuar nesse campo implica não só estar familiarizado com as 
doenças prevalentes, mas também, conhecer a pessoa – passo indispensável 
para atuação eficaz em nível primário. Medicina Centrada no Paciente requer do 
médico um especial interesse que lhe ajude a percorrer o caminho entre a 
pessoa doente e o significado que a enfermidade tem para o paciente, cabe ao 
paciente o papel de protagonista nesse cenário. Esse pilar defende que os 
recursos naturalmente utilizados para conhecer pessoas devem fazer parte dos 
modos e instrumentos do médico, ou seja, esse pilar passeia pelo campo da 
subjetividade. Outro pilar da MFC é a educação médica, que é estar preparado 
para atender de forma efetiva diversas situações, unindo conhecimento científico 
e médico. O pilar do humanismo diz que a MFC deve promover o conhecimento 
próprio e adaptar as suas emoções 
Os princípios fundamentais da Medicina da Família e Comunidade são: 
- O MFC é um clínico qualificado: é um especialista que deve ter entendimento 
do desenvolvimento humano, escuta terapêutica, prática clínica que adapte o 
conhecimento e a realidade social, empatia e harmonização, além de habilidade 
para desenvolver ações em saúde e um olhar específico e atento as 
particularidades do paciente, observando o que na vida dessa pessoa tem 
impacto na doença e procurar saber o que leva a pessoa a consulta, e por fim, o 
médico da família e comunidade precisa de uma abordagem holística, usando o 
modelo biopsicossocial de saúde e enxergando o paciente como um todo. 
 
- A atuação do MFC é influenciada pela comunidade: o médico precisa conhecer 
o SUS e seus usuários, o perfil epidemiológico da região e as formas de lidar de 
maneira eficiente com os acometimentos da população. 
 
MEDICINA DA FAMÍLIA E DA COMUNIDADE 
 
- O MFC é recurso de uma população definida: ao MFC compete o cuidar de 
forma personalizada e mostrando compaixão, ele deve ter uma postura crítica, 
cuidadosa e individualizada ao indicar ou adotar procedimentos curativos ou 
preventivos, evitando submeter as pessoas a riscos decorrentes de 
recomendações inadequadas. 
 
- A relação médico x paciente é fundamental para o desempenho do MFC: 
baseia-se em um projeto terapêutico que melhora a qualidade de vida do 
paciente, utiliza diversos instrumentos como fonte de informação e é 
caracterizado pela compaixão, paciência, compreensão e honestidade 
intelectual. 
 
Esses princípios devem ser incorporados na atuação do médico da família e 
comunidade, são todos de igual importância na formação e prática do MFC e 
servem de base para o desenvolvimento de outras características de atuação 
desse profissional. 
A Medicina de Família e Comunidade é a especialidade médica que presta 
assistência à saúde de forma continuada, integral e abrangente para pessoas, 
suas famílias e a comunidade; integra ciências biológicas, clínicas e 
comportamentais; abrange todas as idades, ambos os sexos, cada sistema 
orgânico e cada doença, sendo assim, esse especialista aceita todas as pessoas 
que o procuram; trabalha com sinais, sintomas e problemas de saúde; e 
proporciona o contato das pessoas com o médico mesmo antes que exista uma 
situação de doença ou depois que está se resolva. 
A MFC é a especialidade médica da integralidade com foco centrado na APS. 
Por isso, é uma especialidade estratégica na conformação dos sistemas de 
saúde. Portanto, a medicina de família e comunidade é um componente 
primordial da Atenção Primária à Saúde. 
O MFC é clinicamente competente para prestar a maior parte dos seus cuidados 
levando em consideração o pano de fundo cultural, socioeconômico e 
psicológico. 
 
Os fundamentos básicos do MFC são: primeiro contato e acesso fácil, integral e 
amplo, gestão eficiente dos recursos de saúde, abordagem centrada na pessoa 
e abordagem familiar e comunitária, cuidado longitudinal, noções de 
epidemiologia, manejo de problemas agudos e crônicos, prevenção e promoção 
de saúde e atuação em diferentes cenários. 
As competências da MFC são: manejar os problemas mais frequentes, defender 
os direitos, interesses e necessidades das pessoas que atende, competência 
clínica qualificada, detecção precoce de doenças crônicas e situações de riscos, 
manejo inicial de urgências e emergências, implementação de estratégias para 
um estilo de vida saudável, intervenções precoces e proteção de 
saúde/vigilância. 
Os locais com ESF implementada tem menores taxas de mortalidade infantil, 
geral, maior expectativa de vida, melhor detecção precoce das doenças 
crônicas, redução das taxas de intervenção por doenças sensíveis a Atenção 
Primária, diminui a sobrecarga das unidades de emergência e redução da 
demanda hospitalar. 
As ferramentas utilizadas pelo médico da família e comunidade são: método 
clinico centrado na pessoa, abordagem familiar e comunitária, medicina baseada 
em evidências, territorialização, genograma e ecomapa, projeto terapêutico 
singular, apoio matricial e o NASF e a vigilância em saúde.

Outros materiais