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Conceitos Gerais do Aparelho Locomotor - Nomenclatura básica ortopédica: -> Planos de corte do corpo humano: Frontal Sagital Transverso -> Nomenclatura regional: - Em relação a origem do membro: Proximal Distal - Em relação a altura do tronco: Cranial Caudal - Em relação ao eixo mediano: Lateral (externo) Medial (interno) - Em relação ao plano coronal: Anterior (frontal, ventral, volar) Posterior (occipital, dorsal, plantar) ->Movimentos articulares: Abdução Adução Extensão - aumenta ang. Flexão - diminui ang Supinação - palma mão cima Pronação- palma da mão bxo Rotação medial Rotação lateral Pé pronado - Planta do pé voltada para fora. Pé supinado - Planta do pé voltada para dentro. ->Alinhamento angular: O fêmur e a tíbia formam um ângulo, que pode aumentar ou diminuir, em relação a linha mediana do corpo: - Em relação ao plano coronal: Varo - Quando ângulo se afasta da linha mediana. Valgo - Quando ângulo se afasta da linha mediana. Até os 8 anos, ter geno valgo é fisiológico. - Em relação ao plano sagital: Antecurvo - Ângulo de deformidade para anterior. Retrocurvo - Ângulo de deformidade para posterior. -> Alinhamento rotacional: Anteversão - Osso rodado paa anterior. Retroversão - Osso rodado para posterior. Ex - Fêmur proximal possui antiversão de 7 a 10º. Torção medial Torção lateral - Desenvolvimento embrionário do Sistema Músculo - Esquelético: - Na 5ª semana - surgem os brotos dos membros e inferiores e superiores, a partir de células mesenquimais. - Na 6ª semana - os brotos passam de células mesenquimais para cartilagem. - Na 7ª semana - ocorre a invasão de vasos sanguíneos nos brotos dos maiores ossos do esqueleto. Ela ocorre no meio da diáfise - núcleo primário de ossificação. Quando ocorre essa invasão, o broto que era cartilaginoso, passa a sofrer ossificação endocondral. O pericôndrio origina o periósteo (camada externa do osso). O periósteo faz com que o osso cresça em largura, fazendo uma ossificação intramembranosa, formando lamelas de osso. Em variadas fases do período embrionário e nos recém- nascidos, as epífises dos ossos são invadidas por vasos. Com isso, a epífise que ainda era cartilaginosa, começa a se ossificar. Por isso, as epífises são chamadas de núcleos secundários de ossificação. Cada osso irá ter um tempo de ossificação da epífise variado: Ex - Osso ilíaco - Epífise ossificada com 12 a 15 anos. Corpos vertebrais - Epífise ossificada com 12 a 15 anos. Quadril - Epífise ossificada 1 ano após nascimento. No 6º mês de gestação - iniciam as calcificações das grandes epífises. Alguns ossos já nascem ossificados. Entre a epífise e a metáfise, há uma zona chamada de placa de ossificação, com células germinativas. Essa placa é responsável por fazer o osso crescer em comprimento. Nas crianças, ela ainda não está fechada, devido a presença de cartilagem, o que indica que a criança ainda irá crescer. Com isso, processos infecciosos ou fraturas que acometem a epífise, não serão vistos. - Histologia do Tecido Ósseo: O osso possui: - Matriz intercelular calcificada com: - Porção orgânica: colágeno. Dá flexibilidade ao osso. - Porção inorgânica: hidroxiapatita. Fornece resistência a compressão. - Células - Osteoblastos: Forma osso - Coloca Ca2+. Osteoclastos: Reabsorve osso - Tira Ca2+. Osteócitos: Formados pelos osteoblastos maduras e sem tanta atividade. A cada ano, 10% do esqueleto é renovado. - Aplicações Clínicas: Em osteoporose, há perda da porção orgânica e inorgânica. Por isso, é importante fazer atividades que estimulem, como atividades físicas. Em fraturas por estresse, o paciente faz atividade muito exacerbada e o organismo entende que ele precisa fortalecer os ossos, reabsorvendo ossos velhor e formando osso novo. Com isso, pode ocorrer a formação de um osso novo imaturo, que pode ser trincado ou quebrado pelo excesso de carga no osso e falta de tempo do esqueleto se adaptar. Dependendo da carga recebida, o osso forma trabeculados e formatos adaptados à carga a que foi submetido. Ao quebrar o osso e ficar com deformidade em varo (eixo se afastou da linha mediada do corpo), a parte submetida a pressão (côncava) -> Forma osso novo. A parte do osso submetida a tensão (convexa) -> Osso é reabsorvido. Essas etapas ocorrem para que o osso volte ao seu formato normal -> Lei de Wolff. -> Tendinite x Tendinose: O conceito de tendinite abrange as inflamações em tendões que são envoltos por líquido sinovial, cápsula articular e membrana sinovial (altamente vascularizada- leva nutrientes para cartilagem). Ex - mão, punho, pés, distais com muita solicitação. - Em osteoartroses - A cartilagem não consegue absorver o impacto e o líquido sinovial não consegue lubrificar a articulação, a carga passa para o osso subcondral - Como o osso fica submetido a pressão, ele se torna mais branco/esclerótico - Pois ele se fortalece (+osteoblastos). Já a tendinose ou tendinopatia abrange inflamações que ocorrem em tendões não sinoviais. Ex - Manguito rotador do ombro, tríceps, patelar, aquileu. - Propedêutica do Aparelho Locomotor: -> Anamnese: a ) Identificação - b ) Queixa e duração do sintoma atual - Ouvir a queixa com atenção e direcionar. Geralmente, amaioria das queixas do aparelho locomotor são por: - Dor; - Deformidade; - Impotência funcional. É importante saber a quanto tempo esse sintoma está? Qual a frequência? Periodicidade? c ) História pregressa - Questionar em relação a atividade física, atividade laboral, melhora no repouso ou não, em que posição e movimento piora. d ) Interrogatório sobre os diversos aparelhos e ) Antecedentes pessoais, familiares, hereditários -> Exames subsidiários: Radiografia: É o exame mais básico. Ela mostra o esqueleto em 1 plano. Para melhorar, podemos pedir radiografias em 2 planos. Para cada segmento corporal, muitas radiografias podem ser solicitadas. Análises clínicas: - Sangue - Prova inflamatória inespecífica. - Proteína C reativa - Prova inflamatória inespecífica. As provas inflamatórias inespecíficas podem ser usadas para verificar se há um processo de artrite ativa ou processo infeccioso ativo - Hemograma - Verificar se há leucocitose. - Urina - Pode-se avaliar a eliminação e dosagem de ácido úrico no sangue. - Líquido sinovial - Pode ser aspirado em casos de derrame e para fazer estudo bioquímico. Ele mostra se o processo é mais reativo (artrose), se é mais autoimune, infeccioso, se tem cristais de ácido úrico. No antebraço, cotovelo: Na mão: No pé No dedo: Pede-se radiografia de frente e perfil. Frente e perfil. Em perfil, os metacarpos ficam sobrepostos. Por isso, pode-se pedir - frente e oblíquo, para conseguir diferenciá-los. Pode-se pedir radiografias de frente, perfil e oblíqua. Quando o trauma é no dedo, pede-se frente e perfil apenas no dedo, pois na radiografia oblíqua, as deformidades não serão vistas de uma forma clara, por não ver as articulações. Ultrassonografia: É ótima para visualizar partes moles, como derrame articular, tendinites com líquido, músculos. Ela complementa o raio x. Tomografia: É como se fosse um raio X sofisticado, sendo usada para ver muito bem o osso, podendo fazer uma reconstrução tridimensional das articulações e ossos, sendo ótima para o estudo de fraturas. Porém, ela não vê bem medula óssea, cartilagens, nervos, tendões. Quem ve isso é a ressonância. Ressonância: Analisa partes moles, medula, cartilagem. Não vê osso bem. Cintilografia com radioisótopos: Pode-se fazer cintilografia da tireoide, fígado, miocárdio. Injeta um metabólito na veia do paciente + marcador radioativo. Espera-se o marcador circular no órgão e a máquina captará se na região há atividade metabólica ou vascular aumentada. É sensível e inespecífico, sendo bom para escaneamento de tumores, se é agressivo, ativo, vascularizado. Artroscopia: É uma cirurgia que pode ser realizada como exame. Eletroneuromiografia: Avaliação de músculos e nervos, investigar doenças neuromusculares. Ex - Síndrome do túnel do carpo - compressão do n. mediano no punho - com esse exame,é possível avalisar se a compressão está leve, moderada ou grave. OBS - Não é usado para avaliar o comprometimento de raízes nervosas em hérnia de disco lombar. Densidometria: Avalia a massa óssea. Geralmente, é feita da coluna lombar e quadril direito, pois avalisando esses 2 segmentos, é possível ter uma visão boa do paciente. A massa óssea encontrada é jogada em um gráfico e comparada ao desvio padrão de faixa etária. Desvios padrões > 2,5 - osteoporose. Desvios padrões < 1,5 - osteopenia. OBS - Em casos de osteoartrose, como aumenta a densidade óssea pela pressão (+osteoblastos) -> o exame pode interpretar como boa densidade óssea, sendo que há osteoporose. - Exame Físico - Aparelho Locomotor: -> Inspeção estática: Visualiza-se o paciente de pé, o mais desnudo possível de acordo com o segmento que será avaliado. - Simetria corporal - Deformidades - Posições viciosas - Lesões cutâneas - Atitudes - Avalia-se luxações Costas de criança com assimetria do tronco, pelo Triângulo de Talhe assimétrico dos 2 lados. Isso ocorre mais comumente por escoliose - inclinação lateral do tronco, devido a deformidade tridimensional da coluna. Nódulos e manchas típicas de neurofibromatose. - Escoliose: Na escoliose, o paciente cria uma segunda curva. Ela pode ser compensatória - móvel. Isso pode disfarçar na inspeção estática. Por isso, faz-se a Manobra de Adans/ Teste do minuto (figura C) - forma-se giba ao fletir o tronco - típica da rotação vertebral da escoliose fixa (primária). É feita para detectar a escoliose. - Cifose: A cifose faz parte das curvaturas naturais da coluna, em uma vista lateral. O paciente pode ser uma hiopercifose, que pode surgir de uma má postura desde a infância. - Na infância: A placa de crescimento submetida a pressão cresce menos. Isso pode fazer com que o osso adquira uma forma de trapézio e uma deformidade física quando adulto. - Avaliação do pé: Usa-se um aparelho - podoscópio para avaliar a planta do pé. Paciente sobe no vidro e abaixo, há um espelho, onde se vê a planta do pé com carga. Avalia-se calosidades por hiperpressão - hiperqueratose ou calo interdigital mole - dói muito. Na calosidade, a linha plantar passa pela lesão. Avalia-se verruga plantar - de centro hemorrágico e dor à compressão lateral -> Indica infecção viral. Na verruga, a linha plantar passa ao redor da lesão. -> Inspeção dinâmica: Avaliação da marcha: Pede-se para o paciente andar e avalia. - Fase de carga: Ataque ou apoio do calcanhar Aplanamento do pé Impulso - Fase de balanço: Aceleração Oscilação intermediária Desaceleração -> Marcha com insuficiência do glúteo médio: - Quando um paciente tira uma perna do chão, a pelve se mantém nivelada por contração do glúteo médio. Quando há uma insuficiência do m. glúteo médio -> A pelve cai para o lado contralateral pois o glúteo médio não se contrairá de forma suficiente para manter a pelve nivelada. - Teste de Trendelemburg: Teste de avaliação do glúteo médio devido a patologias do quadril. -> Se paciente apresentar esse problema de forma uilateral - Marcha de Trendelemburg. -> Se paciente apresentar esse problema de forma bilateral - Marcha anserina/ Marcha “de pato”. Muitas doenças que atingem o colo e cabeça do fêmur podem diminuir a distância de origem e inserção do m. glúteo médio -> Fazendo com que a contração dele seja insuficiente. -> Marcha infantil com rotação interna dos membros inferiores: O colo do fêmur possui uma antiversão em relação aos côndilos, natural e muito grande na criança. Conforme ela vai crescendo (até os 15 anos), a cabeça do fêmur volta a posição com menos antiversão. Para encaixar a cabeça do fêmur no acetábulo, a criança roda a perna internamente -> Por isso, anda com rotação interna, para andar de forma mais confortável. -> Palpação: -> Estruturas a serem palpadas: - Articulação do ombro - tuberosidade maior e menor, sulco do bíceps, tendão do bíceps, art. acrômio-clavicular, bursa, - Pés - Mãos - palpação do escafóide - Quadris -> Mensuração: Após a palpação, os membros devem ser medidos. Eles podem ser medidos de forma: - Circunferencial - serve para exames comparativos de trofismo muscular, como em cirurgias, fisioterapias. - Longitudinal - muito importante no membro inferior para medir se há encurtamentos, usando como referência - espinha ilíaca superior ou prega umbilical e maléolos mediais. -> Escanograma: Raio X digital ou não que mede milimetricamente o comprimento dos membros inferiores. - Manobra de Galeazzi: Prova Se ao fletir todo o joelho, com pés apoiados ao leito e houver uma diferença de altura/comprimento entre os joelhos, indica encurtamento de perna ou coxa. -> Mobilidade: - Exame da mobilidade passiva: Avaliar a amplitude de movimento em cada articulação por meio de: - Flexo/ extensão; - Abdução/ adução; - Rotação lateral/ medial; - Prono/ supinação; - Circundação; Isso pode ser medido pelo gorniômetro, que mede quantos graus de amplitude tem. Cada membro possui uma amplitude de movimento normal. Exemplo - Avaliação da amplitude de movimento do quadril: Faz-se os movimentos de extensão e flexão do quadril rotação interna e rotação exterma do quadril. Qualquer bloqueio da rotação interna do quadril é indicativo de patologia no quadril. - Exame da mobilidade ativa: Para avaliar amplitude e força muscular (de 0 a 5). -> Manobras Especiais: São testes com atos específicos usados para evidenciar lesões determinadas.
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