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Escola Superior Batista do Amazonas – ESBAM Medicina Veterinária/disciplina: Patologia Geral Aluna: Gabrielly Rocha 1 Alterações Cadavéricas CONCEITO: ➢ São alterações que ocorrem no animal após a constatação da sua morte clínica. IMPORTANCIA: ➢ Identificar o tempo de morte do animal ➢ Definir se determinada alteração ocorreu antes da ➢ morte (ante mortem) ou após a morte (pós-mortem). CRONOTANATOGNOSE: ➢ Estudo do tempo de morte; ➢ KRONOS = tempo; THANATOS = Morte; GNOSIS =conhecimento. CLASSIFICAÇÃO: ➢ Alterações cadavéricas abióticas – (Não modifica o cadáver no aspecto geral) ➢ Alterações cadavéricas transformativas – Autólise. Autólise CONCEITO: ➢ Reação que ocorre após a morte do animal. ➢ Degradação Enzimática (enzimas proteolíticas) dos componentes celulares por enzimas da própria célula liberadas dos lisossomos após a morte da célula. COMO OCORRE? ➢ Ação enzimática (das próprias células). ➢ Ação Bacteriana (flora normal ou que penetram pouco antes da morte) FATORES QUE PODEM INFLUENCIAR A VELOCIDADE DE AUTÓLISE: Alterações Abióticas IMEDIATAS: ➢ Imobilidade; ➢ Insensibilidade; ➢ Inconsciência; ➢ Aneflexia; ➢ PCR (parada cardiorrespiratória); ➢ Parada cerebral (morte cerebral). Escola Superior Batista do Amazonas – ESBAM Medicina Veterinária/disciplina: Patologia Geral Aluna: Gabrielly Rocha 2 Algor Mortis (Frialdade cadavérica): ➢ Resfriamento do cadáver; ➢ Ocorre de 3 a 4 h após a morte; ➢ Ausência da termorregulação e dissipação de calor por evaporação. ➢ Cronotanatognose: queda de 1C por hora. Livor Mortis (Hipostase cadavérica): ➢ Lividices ou manchas hipostáticas ➢ (Desaparecem com a pressão dos dedos); ➢ Ocorre de 2 a 4 h após a morte; ➢ Desfaz-se 12 a 24 h após o rigor mortis. Rigor Mortis (Rigidez cadavérica): ➢ Início em 2 a 4 h após a morte; ➢ Desfaz-se 12 a 24 h após início ➢ É dividido em três fases: Fase de Pré-rigor; Fase de rigor Fase pós-rigor Fase de Pré-rigor: ➢ Período após a constatação da morte clínica em que ainda há tecidos e órgãos vivos; ➢ Metabolização do glicogênio para produzir ATP; ➢ Sem O2 há o aumento da produção de ácido láctico, o que diminui o pH (5,0 – 5,5). ➢ A interação da actina com a miosina ainda com ATP mantém o musculo relaxado. Fase de rigor: ➢ Esgotamento do glicogênio (músculo); ➢ Sobrecarga metabólica das fibras (acidificação e carência de oxigênio) ➢ Carência de ATP (complexo actina/miosina); ➢ Relaxamento muscular. Fase de Pós-rigor: ➢ Período onde predominam os fenômenos líticos; ➢ Destruição do complexo actina/miosina; ➢ Relaxamento muscular Escola Superior Batista do Amazonas – ESBAM Medicina Veterinária/disciplina: Patologia Geral Aluna: Gabrielly Rocha 3 Coagulação sanguínea ➢ Ativação e depleção dos fatores da coagulação. TIPOS DE COAGULOS: ➢ Cruóricos ou sanguíneos: coágulos vermelhos (são os mais encontrados); ➢ Lardáceos: amarelos, brancos ou cinzas (linhagem branca) – relacionados agonia; ➢ Mistos: geralmente são os casos patológicos. COAGULAÇÃO SANGUINEA: Localização: ➢ Câmaras cardíacas e veias; ➢ Formam-se aproximadamente 2 h após a morte; ➢ Desfazem-se 8 h após – HEMÓLISE. ➢ OBS: Coágulos no ventrículo esquerdo sugerem debilidade do miocárdio. COAGULO X TROMBO: ➢ Coagulo – aspecto gelatinoso, liso e brilhoso, está sempre solto no sistema cardiovascular. ➢ Trombo – aspecto seco, friável e inelástico, está sempre bem aderido a parede vascular ou cardíaca, quando retirado pra necropsia deixa uma superfície rugosa e sem brilho. EMBEBIÇÃO BILIAR: ➢ É caracterizada pelo aparecimento de uma região esverdeada ou amarelo- esverdeada, típica de pigmentos biliares, que vai atingir os órgãos próximos a vesícula biliar. ➢ Autólise da parede da vesícula (corrosão pelos próprios componentes da bile) ➢ Aumento da permeabilidade da parede da vesícula biliar e extravasamento a bile. ➢ DD = Putrefação ➢ O período de constatação dessa alteração é muito variável. EMBEBIÇÃO HEMOLÍTICA OU SANGUÍNEA: ➢ Ocorre 8 h após a coagulação sanguínea (causada pela hemólise) ➢ DD: Hemorragia ➢ A embebição hemolítica é superficial e a medida que nos aprofundamos no corte do tecido a tendência é essa mancha avermelhada desaparecer. ➢ Na hemorragia observa-se uma coloração muito viva e muito profunda. METEORISMO PÓS-MORTEM: ➢ Produção de gás – proliferação bacteriana intestinal. METEORISMO ANTE- MORTEM: ➢ Alterações circulatórias (congestão, hemorragia, edema) DESLOCAMENTO, TORÇÃO E RUPTURA DE VÍSCERAS: ➢ Meteorismo pós-mortem intestino – deslocamento da posição normal (distocias) ➢ Ruptura do intestino por pressão sobre outras vísceras. PSEUDOPROLAPSO RETAL: ➢ Ocorre devido o relaxamento muscular após a morte do animal associado ao meteorismo, causando projeção da ampola retal. Escola Superior Batista do Amazonas – ESBAM Medicina Veterinária/disciplina: Patologia Geral Aluna: Gabrielly Rocha 4 ➢ No ante-mortem: ➢ Prolapso retal – mudança no peristaltismo normal do animal. ➢ Erupções na área prolapsada, hemorragias, ruptura e coloração escura. Alterações transformativas ou bióticas ➢ São alterações que decorrem de um estado de grande proliferação bacteriana (putrefação). ➢ Os órgãos irão se apresentar como massa semissólida, odor muito forte e mudanças de coloração. ➢ Heterólise PSEUDOMELANOSE: ➢ Primeira alteração – 1 a 2 dias. ➢ O cadáver toma uma coloração cinza- esverdeada (manchas da putrefação). ➢ Região abdominal ENFISEMA CADAVÉRICO: ➢ Crepitação (bolhas de ar) ➢ Pele, musculatura e demais órgãos internamente irão apresentar (bolhas de ar) - Acido sulfídrico ➢ Carbúnculo sintomático (Clostridium chauvoei) MACERAÇÃO: ➢ Desprendimento da mucosa dos órgãos. Exceção: A mucosa do rúmen sofre alteração precocemente. COLIQUAÇÃO: ➢ Estágios mais tardios da alteração cadavérica transformativa. ➢ As vísceras totalmente amorfas (há destruição completa da forma do órgão). ➢ O odor é muito forte. ➢ HETERÓLISE!!!! ➢ Exceção: ➢ A adrenal sofre o processo de coliquação precocemente e não indica processo de alteração cadavérica transformativa.