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Atributividade no Direito

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A atributividade (ou autorizamento) 
Não tem a norma jurídica nenhuma possibilidade de fazer essa atribuição. Ela própria 
não possui nenhuma faculdade de reagir contra quem quer que seja. Reagir é agir. A 
norma não reage. Ela não tem faculdade de agir. Logo, não pode, a norma jurídica, 
atribuir o que não tem. Como poderia ela dar o que ela própria não possui? Não se diga, 
portanto, que a norma jurídica é atributiva. 
Consideramos erro sobre a natureza dessa norma defini-la: “Norma atributiva. A 
faculdade de reagir contra o violador da norma jurídica não é atribuída pela norma. Tal 
faculdade, o lesado a possui, exista ou não exista a norma jurídica. A faculdade de 
reagir é uma faculdade própria do ser humano, independentemente de quaisquer 
normas. O que compete à norma é autorizar ou não autorizar o uso desta faculdade. 
Não lhe compete nada mais que isto. A faculdade de reação, repetimos, pertence ao 
lesado. O que pertence à norma é somente o autorizamento, para o uso dessa 
faculdade. Em termos exatos: a norma é a expressão de tal autorizamento” (TELLES 
Jr., Goffredo. 6. ed. O Direito Quântico. São Paulo: Editora Max Limonad, 1985.). 
Já Miguel Reale defende o que chamou de bilateralidade atributiva: “Existe 
bilateralidade atributiva quando duas ou mais pessoas estão numa relação segundo uma 
proporção objetiva que as autoriza a pretender ou a fazer garantidamente alguma 
coisa. Quando um fato social apresenta esse gênero de relação, dizemos que é jurídico” 
(REALE, Miguel. Lições Preliminares de Direito. 23. ed. São Paulo: Saraiva, 1996.). 
Segundo Reale, a diferença entre os fenômenos jurídicos e os não jurídicos 
“econômicos, psicológicos etc.” é que nestes a bilateralidade não é atributiva, isto é, 
a correspondência não está assegurada, não obedece a um padrão uniforme ou 
obrigatório.

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