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COMPOSTOS BIOATIVOS NO COMBATE A INFLAMAÇÃO E MELHORA DO SITEMA IMUNE O desenvolvimento científico tem levado a diferentes abordagens sobre a relação estabelecida entre dieta e saúde. Uma das mais estimulantes linhas de pesquisas das últimas décadas surgiu com a descoberta de um grupo de nutrientes que apresentam efeitos protetores contra a oxidação celular. Estes compostos, que ocorrem naturalmente nos alimentos, atuam como antioxidantes no organismo por meio do sequestro de radicais livres, que estão relacionados a um grande número de doenças crônicas não-transmissíveis. Estudos epidemiológicos têm estabelecido uma correlação positiva entre a ingestão de hortaliças e a prevenção de doenças como arteriosclerose, câncer, diabetes, artrite e também envelhecimento. Assim, as hortaliças receberam o status de alimentos funcionais, capazes de promover a saúde e reduzir o risco de doenças (CARVALHO & MACHADO, 2004). Um novo paradigma sobre dieta e saúde envolve questões que enfatizam os aspectos positivos da dieta. NICOLI et al (1999) registraram que há alguns anos, os estudos nutricionais eram caracterizados por uma tendência negativa, onde os alimentos eram reconhecidos por conterem contaminantes químicos, físicos e/ou biológicos, potencialmente prejudiciais à saúde humana. A maior parte das recomendações nutricionais alertava para que os indivíduos evitassem ou reduzissem a ingestão de alguns tipos de alimentos. As pesquisas na área de alimentos e indústria alimentícia, diante destas recomendações, reagiram visando à melhoria dos processos tradicionais ou promovendo novas soluções tecnológicas para criar produtos, como os alimentos light e funcionais, que podem contribuir para ampliar as possibilidades de escolhas alimentares da população. Sob esse ponto de vista, a maior parte das mudanças e dos avanços no processamento de alimentos têm sido promovidos e incitados pela pesquisa na área de alimentos e nutrição (CARVALHO & MACHADO, 2004). O papel da nutrição hoje vai além da ênfase sobre a importância de uma dieta balanceada. Ela deve almejar a otimização das funções fisiológicas, garantir a saúde e bem- estar e a redução do risco de doenças. Neste novo contexto, os alimentos funcionais têm papel fundamental (CARVALHO & MACHADO, 2004). Os alimentos funcionais podem ser definidos como alimentos que, consumidos numa dieta padrão, fornecem benefícios além da nutrição básica. Alguns de seus componentes, que podem ser nutrientes ou não, auxiliam na prevenção de doenças e nas funções relativas ao mecanismo de defesa e controle do ritmo corporal (CARVALHO & MACHADO, 2004). ANDERSON & PHILLIPS (1999) registraram que uma dieta rica em frutas, hortaliças, castanhas e grãos integrais, associada à redução do consumo de gorduras, contribuem para proteger contra várias doenças, incluindo as cardiovasculares e o câncer. CÚRCUMA OU AÇAFRÃO DA TERRA Curcumina composto bioativo da Cúrcuma A cúrcuma, um tempero que há muito é reconhecido por suas propriedades medicinais, tem recebido interesse do mundo médico / científico e de entusiastas da culinária, pois é a principal fonte de curcumina com polifenóis. Ajuda no gerenciamento de condições oxidativas e inflamatórias, síndrome metabólica, artrite, ansiedade, hiperlipidemia, doença de Alzheimer, doenças parasitárias e em alguns tipos de cânceres. Também pode ajudar no tratamento da inflamação induzida pelo exercício e da dor muscular, melhorando assim a recuperação e o desempenho em pessoas ativas. É consumida principalmente na forma de pó seco, utilizado para coloração alimentícia devido à sua forte coloração amarela, associada a efeitos terapêuticos e dietéticos. Há registros de atividades biológicas devidas ao consumo do turmérico, como anti-inflamatório, antimicrobiano, cicatrizante e digestivo. A curcumina recebeu atenção mundial por seus múltiplos benefícios à saúde, que parecem atuar principalmente por meio de seus mecanismos antioxidantes e anti-inflamatórios. Ação na inflamação e sistema imune O estresse oxidativo tem sido implicado em muitas doenças crônicas e seus processos patológicos estão intimamente relacionados aos da inflamação, pois um pode ser facilmente induzido por outro. De fato, sabe-se que as células inflamatórias liberam várias espécies reativas no local da inflamação, levando ao estresse oxidativo, o que demonstra a relação entre estresse oxidativo e inflamação. Além disso, várias espécies reativas de oxigênio / nitrogênio podem iniciar uma cascata de sinalização intracelular que melhora a expressão gênica pró-inflamatória. A inflamação foi identificada no desenvolvimento de muitas doenças e condições crônicas. Essas doenças incluem a doença de Alzheimer (DA), doença de Parkinson, esclerose múltipla, epilepsia, lesão cerebral, doença cardiovascular, síndrome metabólica, câncer, alergia, asma, bronquite, colite, artrite, isquemia renal, psoríase, diabetes, obesidade, depressão e fadiga. Um importante alvo bioquímico da curcumina é o Fator Nuclear Kappa B (NF-κB), proteína envolvida no controle da transcrição do DNA, sendo encontrada em todas as células. A NF-κB tem participação em respostas inflamatórias, processos tumorais, além de algumas infecções parasitárias. A curcumina é sabidamente um inibidor da via do NF- κB, e essa inibição acontece simultaneamente em diversos pontos da via de ativação. Inicialmente, os estímulos extracelulares que ativam a cascata de formação do NF-κB dependem da presença de espécies reativas de oxigênio, que são decorrentes de lesões, processos inflamatórios e estresse oxidativo. A presença das hidroxilas fenólicas e da subunidade 1,3-dicetênica da curcumina conseguem capturar os radicais dessas espécies reativas, minimizando a ativação da via. Também é sabido que uma das proteínas quinases responsáveis pela fosforilação do complexo proteico que virá a se tornar o NF-κB é inibida pela ação da curcumina, mesmo após iniciação da sinalização celular em função das espécies reativas de oxigênio. A curcumina também inibe a óxido nítrico sintase e a ligação no DNA do fator de transcrição de c-jun/AP-1, que são pontos posteriores da via do NF-κB. A ativação de moléculas que culmina com a translocação do NF-κB para o núcleo das células representa uma etapa indispensável para a ativação, secreção de mediadores solúveis e ação efetora de uma grande variedade de células. Além de células da imunidade inata, a ativação do NF-κB também é de fundamental importância na ativação de linfócitos B, visto que já foi demonstrado que a curcumina atua inibindo a fosforilação de diferentes alvos moleculares como ERK, p38 e IκB, que resulta na diminuição da produção de anticorpos por essas células. Além do NF-κB, outro fator nuclear importante para a ativação celular, conhecido com AP-1, pode ser inibido pela curcumina de forma simultânea. A ação inibidora da curcumina sobre fatores de transcrição resulta na diminuição de uma grande variedade de citocinas e quimiocinas envolvidas na resposta inflamatória. GENGIBRE O gengibre pertence à família Zingiberaceae, originária da Índia é uma das plantas mais utilizadas na fitoterapia e na Medicina Ayurveda. A descoberta original dos efeitos inibitórios do gengibre na biossíntese de prostaglandinas no início dos anos 70, foi repetidamente confirmada e identificou o gengibre como a planta que pode ter um melhor perfil terapêutico e menos efeitos colaterais. A caraterização das propriedades farmacológicas entrou numa nova fase, com a descoberta de que o extrato do gengibre inibe a indução de vários genes envolvidos no processoda resposta inflamatória, na qual se incluem genes que codificam citocinas, quimiocinas e a enzima induzida ciclooxigenase-2. Pelo fato de ser uma excelente fonte de vários compostos fenólicos bioativos, incluindo compostos pungentes não voláteis, como gingeróis, paradóis, shogaóis e gingeronas, desempenha uma importante função como antioxidante, anti-inflamatório, inibe a produção de espécies reativas de azoto, entre outras. Os compostos farmacológicos 6-gingerol e 6-shogaol são responsáveis por atividades antieméticas, antipiréticas e antitumorais, e atividades colagogas (aumento da secreção biliar) e anti-inflamatória. O gengibre dentre os constituintes majoritários os gingerois, são responsáveis por grande parte das suas respectivas atividades terapêuticas, abrangendo atividade antimicrobiana. Propriedades anti-inflamatórias e analgésicas No local da dor, existem algumas substâncias químicas que são produzidas pelo organismo. Na região inflamada, há o acúmulo de células derivadas do sistema imunológico (linfócitos, macrófagos e leucócitos) ocasionando assim, o processo inflamatório. O sistema imunológico, é bastante complexo, pois possui vários mecanismos de resposta levando aos mesmos a atuar isoladamente e/ou em conjunto. O efeito anti-inflamatório de um componente está relacionado à possibilidade de minimizar ou bloquear um ou mais mecanismos de resposta inflamatória. Considerando que os mecanismos da dor estão inerentemente relacionados com o processo inflamatório, a eficácia da ação anti-inflamatória dos componentes do gengibre está agrupada de efeito analgésico. Uma das vias inflamatórias fundamentais é o metabolismo do ácido araquidônico, onde a cascata do ácido araquidónico precisa da oxidação do ácido, classificado em duas vias: dependente da lipoxigenase (LOX), responsável pela formação de leucotrienos e a dependente da cicloxigenase (COX), responsável pela formação de prostaglandinas e tromboxanos. O rizoma do gengibre protege e previne o organismo contra agentes causadores de inflamação, intervindo no estímulo da COX e 5-LO pelo bloqueio da liberação de prostaglandinas, atuando desta forma, como anti-inflamatório e a inibição dos leucotrienos por bloqueio da ação da 5-LO. O consumo de gengibre minimiza os efeitos colaterais causados pelas inflamações, oferecendo um bom perfil terapêutico. Alguns fitoquímicos do gengibre possuem também efeitos anti-inflamatórios como o 6- gingerol que inibe a fosforilação de algumas cinases, e o 6-soagol que elimina ativamente o óxido nítrico e ácido araquidónico que são poderosos agentes inflamatórios. Em correlação aos anti-inflamatórios não esferoidais (AINES), o gengibre apresenta a vantagem de não manifestar os efeitos adversos presentes a este grupo farmacológico como por exemplo: os problemas gastrointestinais. CACAU EM PÓ As maiores concentrações de flavonoides encontram-se no cacau e em produtos com alta concentração de cacau (chocolates a partir de 70% de cacau); O cacau e seus derivados são importantes fontes de compostos fenólicos, ou polifenóis, que classificam- se em quatro famílias: ácidos fenólicos, lignanas, estilbenos (resveratrol) e flavonoides (flavonols, flavonas, flavononas, isoflavononas, flavanols e antocianidinas). Os polifenóis compõem em torno de 12 a 18% do total do peso seco dos nibs de cacau (chocolate em sua forma mais pura e menos processada, constituindo basicamente as sementes de cacau fermentadas, secas, torradas e trituradas). Os principais flavonoides do cacau pertencem à classe dos flavanóis (catequinas, epicatequinas e proantocianidinas), em sua maioria na forma de catequinas (35%); A concentração de epicatequinas do cacau é aproximadamente 2 vezes maior que as do vinho tinto e o triplo das no chá verde. Os principais efeitos benéficos atribuídos ao cacau e seus derivados (mínimo de 70% cacau) correspondem a: ação antioxidante, ação anti-inflamatória e proteção cardiovascular. Inúmeros trabalhos na literatura demonstram a ação antioxidante dos flavanóis (in vitro, em modelos animais e nos seres humanos); As primeiras evidências dessa ação são de experiências in vitro, em que os polifenóis extraídos de produtos comerciais do cacau foram capazes de diminuir a oxidação do LDLc, reduzir a formação de EROs em leucócitos ativados e inibir a oxidação do DNA induzida por luz ultravioleta. Estudos com ratos mostraram que os flavanóis do cacau elevaram a capacidade antioxidante do plasma e a resistência dos eritrócitos contra a hemólise induzida por agentes oxidantes. Um efeito prejudicial dos agentes antioxidantes é a reação do óxido nítrico (ON) com o radical superóxido, formando peroxinitritos. Os flavonóis influenciam o metabolismo do ON por meio dos seguintes mecanismos: inibição da produção de superóxido dependente da NADPH oxidase; ativação da ON sintase endotelial (eNOS); inativação dos radicais superóxido, H2O2, e outros agentes oxidantes; e através de modificação de eventos relacionados com a membrana, que acarretam em mudanças na produção de superóxido. O cacau pode ter ação positiva na prevenção da placa de ateroma. Isso porquê os polifenóis, em particular a epicatequina, têm efeitos antagonistas á maior parte dos agentes envolvidos na modificação oxidativa do LDLc; Estudos em humanos saudáveis confirmaram que o consumo de cacau em pó é capaz de aumentar a resistência do LDLc contra oxidação, que possui um papel na patogênese da aterosclerose. Já outro estudo demonstrou que o consumo de cacau em pó (26g/dia durante 12 semanas) tornou o LDLc mais resistente a oxidação e elevou as concentrações plasmáticas de HDLc em indivíduos com colesterol normal a levemente hipercolesterolêmicos. Estudos sugerem que os polifenóis absorvidos do cacau podem incorporar-se à superfície das LDLs e aumentar sua resistência oxidativa, ou via ação quelante em metais de transição. Ainda, esses polifenóis (das superfícies das LDLs) podem reciclar antioxidantes lipossolúveis (como alfa-tocoferol), que agem na prevenção da peroxidação lipídica;Estudos em humanos revelaram que o consumo de cacau é capaz de diminuir o dano oxidativo em lipídeos, aumentando a capacidade antioxidante do plasma e reduzindo os marcadores de peroxidação lipídica. O consumo de flavonoides está inversamente associado aos níveis séricos de proteína C-reativa (PCR), um marcador inflamatório e do risco de doenças cardiovasculares (DCVs); Vários são os mecanismos responsáveis pelo comportamento anti-inflamatória do cacau: o cacau é fonte de flavan-3-ols, que pode interferir no metabolismo do ON e de leucotrienos. Os flavan-3-ols e as epicatequinas têm efeito de inibir a 5-lipoxigenase (LOX-5), enzima fundamental na síntese de leucotrienos (responsável pela produção do ácido araquidônico). O bloqueio da LOX-5 confere efeitos anti-inflamatórios, vasoprotetores e capacidade antibroncoconstritora. Atualmente o cacau é um dos nutracêuticos que a Sociedade Europeia de Cardiologia e Associação Americana do Coração incluíram na lista dos que possuem efeito protetor contra doenças cardiovasculares (via aumento da biodisponibilidade do ON, ação antioxidante, anti-inflamatória e antiagregação plaquetária, ocasionando uma melhora nas funções endotelial, redução da pressão arterial (PA) e melhora da resistência à insulina). A inibição da agregação em plaquetária decorrente do consumo de cacau pode ser causada por mudanças na razão leucotrienos/prostaciclinas. Os autores relataram que o consumo do cacau diminuiu em 52% a relação entre os leucotrienos (ação vasoconstritora e aumento da agregação plaquetária) e as prostaciclinas (vasodilatação e inibição da agregação plaquetária), junto ao ácido esteárico que também atua na redução da agregação plaquetária. Diversos estudosclínicos intervencionais sugerem que o cacau melhora a função endotelial e reduz a PA. Os flavanóis do cacau aumentam a formação de óxido nítrico endotelial (eNOS), que promove vasodilatação e consequente redução arterial. Além disso, outros mecanismos podem contribuir para o efeito hipotensor do cacau (comprovação in vitro): os flavanóis possuem ação inibidora a ECA (enzima conversora de angiontensina), que está envolvida com o controle da pressão arterial, catalisando a conversão da angiotensina I em II. Além disso, os flavanóis podem inibir a atividade da arginase, o que aumenta a disponibilidade da arginina (aminoácido precursor da síntese de ON). O cacau é igualmente fonte de ácidos graxos: os ácidos oleico e esteárico constituem cerca de 66% (33% cada) da sua composição; bem como uma proporção de gordura saturada sob a forma de ácido palmítico. Embora o cacau tenha um alto conteúdo lipídico, o ácido esteárico não possui efeitos negativos no colesterol total ou LDLc, já que é menos absorvido em relação a outros ácidos graxos. E ainda, pode ter implicações positivas no HDLc (aumento da concentração da apolipoproteína A1, seu principal componente proteico) e nos triacilgliceróis (substituição isocalórica do ácido esteárico no lugar do carboidrato) e efeitos não prejudiciais na PA. Embora o cacau tenha baixo índice glicêmico, possui alto índice insulinêmico. Isso é possível devido a presença de aminoácidos insulinogênicos ou a uma menor resposta de fase cefálica. Estudos têm evidenciado também resultados benéficos do cacau na resistência à insulina (melhora dos seus índices de sensibilidade e função das células beta). Demonstrando que mesmo com um alto índice insulinêmico, o seu consumo não traz efeitos prejudiciais em curto e médio prazos. O cacau também possui atividade neuroprotetora, já que o consumo de flavonoides pode estar associado a um menor risco de demência, menor declínio cognitivo e melhor performance cognitiva em indivíduos idosos; O consumo de flavanóis dietéticos diminui a PA e melhora a sensibilidade à insulina, do mesmo modo que estimula a vasodilatação periférica e do sistema vascular cerebral, ocasionando a melhora no fluxo sanguíneo e a perfusão, o que resulta num melhor funcionamento cerebral. Recentemente tem sido estudado um potencial efeito probiótico do cacau. Embora os monômeros de flavanóis do cacau terem biodisponibilidade em humanos, a maioria das procianidinas do cacau não é absorvida intacta no intestino delgado, chegando ao intestino grosso e podendo influenciar na atividade da microbiota intestinal. CAPSAICINA A capsaicina é um composto bioativo, portanto, ela tem um papel importante no nosso organismo, principalmente no sistema imunológico. A substancia é bem conhecida pela estrutura e pelas propriedades químicas. É solúvel em álcool, éter, benzeno, acetona e óleos vegetais ,sendo assim, quando esta dissolvida em um desses solventes não perde suas propriedades. É encontrada em todas as pimentas, sobretudo nas vermelhas picantes também está presente em quantidades menores, nas pimentas doces, e na raiz do gengibre mas apenas em quantidade vestigiais. A capsaicina é responsável pela ardência bastante característica da pimenta. A pimenta que é o segundo condimento mas utilizado em todo mundo mas muita gente pode não estar ciente dos benefícios da capsaicina. Benefícios da capsaicina A pimenta já vem sendo utilizada para fins medicinais a milhares de anos e nos últimos anos foram realizada varias pesquisas pra entender melhor os benefícios do uso da capsaicina, sendo assim, percebeu-se que ela é ativa no tratamento de diversas doenças. A capsaicina tem ação anticoagulante sendo assim evita o infarto, trombose, derrame cerebral e colesterol alto. Além disso estudos mostram que a capsaicina pode ajudar na prevenção do câncer, principalmente o de estomago e próstata , também pode agir para conter resfriados e febre e aliviar dores nas articulações(artrite ou artrose) Capsaicina é muito usada para aliviar dores, em sua forma de pomada ou creme para cuidar de lesões. Pode também potencializar o desempenho físico para atletas. Precauções Ingerir a capsaicina, além do necessário pode causa problemas,assim como, irritação se não tiver o manuseio correto, problemas na amamentação pois poderá passar para o leite, consumir com moderação para não causar ulceras estomacais e/ou hemorroidas, gases e outros problemas digestivos. ALHO A utilização do alho como planta medicinal e como ingrediente para uso culinário já existe desde a antiguidade tendo origem na Ásia central. No entanto, esta erva aromática é muito utilizada por varias civilizações egípcias, chinesas, indianas e gregas. O alho pertence ao género Allium, à espécie A. sativum e à família Liliaceae. Esta planta era muito conhecida nos tempos remotos devido às suas propriedades anti- inflamatórias e antissépticas. O alho é uma planta muito complexa em termos de constituintes ativos com efeito benéfico para a saúde. Assim, no bolbo do alho pode-se encontrar os constituintes ativos maioritários do alho, como os compostos sulfurosos. O alho contém 33 compostos organossulfurados (COS), sendo que 1g de alho fresco contém de 11 a 35mg dessas substâncias; possui ainda quase quatro vezes mais COS (por grama de peso fresco) do que a cebola, brócolis, couve-flor e damasco. Dentre os compostos com elevado valor funcional nos bulbos, destaca-se a alicina (dialil tiossulfonato), um líquido volátil responsável pelo odor pungente do alho. Quimicamente, a alicina é uma molécula instável e altamente reativa. É o composto bioativo mais comum e representa cerca de 70% dos compostos sulfurados presentes nessa hortaliça. Quando os bulbos de alho são cortados ou esmagados, a alicina é produzida enzimaticamente pela interação do aminoácido não protéico aliina [(+)-S-allil- L-sulfóxido cisteína], abundante nos dentes de alho, com a enzima aliinase. Durante a reação enzimática, amônio e piruvato também são formados. Elementos responsáveis pela quebra da alicina são o ar, a água e temperaturas elevadas. Os compostos bioativos presentes no alho têm sido amplamente reconhecidos como agentes de prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares e outras doenças, além de possuírem uma variedade de efeitos biológicos como atividade antimicrobiana, antiinflamatória e anticâncer. Muitos desses efeitos podem estar relacionados às suas atividades antioxidantes. Benefícios do alho para o sistema imune e inflamatório. Por ser um antibiótico natural, a alicina estimula a produção de glóbulos brancos, permitindo que o sistema imunológico afaste as bactérias e outras formas de agentes patogênicos. Desta forma, o sistema imunológico daria uma resposta mais rápida aos primeiros sinais de atividade inflamatória ou infecciosa no organismo. Às propriedades deste alimento são capazes de estimular tanto a imunidade humoral quanto a celular, o extrato de alho pode ser ministrado a pacientes que possuem deficiência significativa do sistema imunológico. Os teores de Zinco e Selênio no alho são altos, e esses são metais antioxidantes que possui grande importância no sistema imunológico, o zinco contribui diretamente no desenvolvimento de linfócitos T citotóxicos, proliferação de linfócitos T, produção de interleucina (IL)-2 e apoptose de células de linhagens mieloide e linfoide. Quando há deficiência de zinco, ocorre a redução na produção de citocinas como o interferon-gama pelos leucócitos. A deficiência de selênio reduz a capacidade de produção dos efeitos das células imunes, pois, este tem a função de regular a expressão de células T que possui alta afinidade por receptores de interleucina 2 , promovendo uma maior resposta destacélula e prevenindo danos oxidativos, ou seja, o desequilíbrio, em células do sistema imune. CEBOLA Os antioxidantes dos alimentos podem prevenir amplamente a ocorrência de uma seqüência de passos que levam à formação da placa de ateroma e, portanto, diminuem o risco de doenças cardíacas. Este fato aplica-se à maioria dos antioxidantes integrantes da dieta, como os polifenólicos, o licopeno, o β-caroteno ou as vitaminas C e E (WEISBURGER, 1999). As hortaliças são consideradas boas fontes de antioxidantes, as quais podem ser mais eficientes e menos onerosas que os suplementos sintéticos para proteger o corpo contra danos oxidativos sob diferentes condições. Os antioxidantes variam amplamente em seu conteúdo e perfil dentre as diversas hortaliças (LEONG & SHUI, 2002). As pesquisas científicas sobre estas hortaliças iniciaram na metade do século XIX com o trabalho de Louis Pasteur que em 1858 reconheceu propriedade anti-bacteriana do alho e cebola. Mais tarde, Albert Schweitzer (1932) tratou a disenteria amébica na África com alho e cebola que foram usados também no tratamento de doenças epidêmicas como cólera, difteria e tuberculose. Atualmente, as pesquisas estão voltadas para as propriedades preventivas do alho e da cebola contra o câncer (LANZOTTI, 2006). Muitos destes efeitos biológicos estão relacionados aos tiossulfinatos, compostos voláteis de enxofre, típicos das plantas Allium, que são também responsáveis pelo aroma e sabor pungente característico. Entretanto, estes compostos são instáveis e causam transformações inadequadas ao alimento. Por esta razão, a atenção passou a ter como foco os compostos polares que são mais estáveis à cocção e ao armazenamento. Entre os principais compostos polares, estão os flavonóides e as saponinas (LANZOTTI, 2006). Este crescente interesse segue uma tendência geral sobre a análise dos metabólitos secundários dos alimentos. Estes compostos, nomeados como fitoquímicos, são classificados como micronutrientes não-essenciais e podem contribuir para a homeostase humana na manutenção da saúde (ZEISEL, 1999; HENRY, 1999). Tal interesse, decorreu dos resultados dos estudos epidemiológicos que correlacionaram uma dieta semi-vegetariana com a diminuição da incidência de doenças crônicas não transmissíveis e inflamatórias agudas como arteriosclerose e câncer (PISHA et al, 1994). Há muito tempo acredita-se que o consumo de cebola auxilia na prevenção de certas doenças, o que a caracteriza como um alimento funcional. Embora apresentem reconhecidas propriedades funcionais, as cebolas são consumidas, principalmente, pela sua capacidade de adicionar sabor a outros alimentos (CARVALHO & MACHADO, 2004). Estudos epidemiológicos, conduzidos na China, mostraram uma diminuição do risco de câncer gástrico proporcional ao aumento da ingestão de alho e cebola (BUIATTI & BLOTT, 1989). Esta evidência foi relacionada à capacidade destas hortaliças em reduzir as concentrações de nitrito no trato gastrointestinal (XING et al, 1982). A respeito das atividades farmacológicas atribuídas à cebola e ao alho, investigadores químicos e farmacológicos testaram a eficácia de seus extratos como antioxidante (LEE et al, 2005), antimicrobianos (WHITMORE & NAIDU, 2000), antiasmáticos (DORSCH & WAGNER, 1992), anticancerígenos e agentes que previnem o câncer (BLOCK, 1994; MIRON et al, 2003), como agentes antiagregação plaquetária (MOCHIZUKI & NAKAZAWA, 1995), para reduzir a hipercolesterolemia (ERNST et al, 2002), e atividade bacteriostática contra a Helicobacter pylori, que é responsável pela úlcera e câncer gástrico (ELSOM et al, 2000; CANIZARES et al, 2004). Os açúcares e os ácidos orgânicos contribuem substancialmente para o sabor da cebola. No entanto, o sabor, o aroma e a pungência característicos desta hortaliça são formados quando os tecidos da planta são rompidos ou cortados, resultando na decomposição enzimática de substâncias que contém enxofre na sua estrutura, conjuntamente denominadas sulfóxidos de cisteína. A recente caracterização da enzima responsável pelo efeito lacrimatório da cebola em seres humanos abriu a possibilidade de estabelecer processos mais eficientes de desenvolvimento e seleção de cultivares isentas desta característica, as chamadas cebolas doces/suaves (CARVALHO & MACHADO, 2004). O consumo da cebola tem aumentado, especialmente em países mais desenvolvidos, devido à sua associação com as características funcionais. Pesquisas recentes têm procurado comprovar os benefícios da cebola para a saúde, além de identificar os compostos responsáveis por eles. A cebola é particularmente rica em dois grupos de compostos com comprovado beneficio à saúde humana: flavonóides e sulfóxidos de cisteína (compostos organosulfurados). Dois sub-grupos de compostos do tipo flavonóide predominam em cebolas: as antocianinas (que conferem a coloração avermelhada ou roxa aos bulbos) e as quercetinas e seus derivados (que conferem coloração amarelada ou cor de pinhão aos bulbos). As antocianinas, quercetinas e seus derivados são de grande interesse pelas suas propriedades anticarcinogênicas (CARVALHO & MACHADO, 2004). Tornou-se claro que existe uma relação entre os antioxidantes da dieta e a função imune. No que diz respeito aos flavonóides, um estudo recente realizado por MIEAN & MOHAMED (2001) demonstrou que as camadas mais externas da cebola são caracterizadas pelo conteúdo de flavonóides total mais elevado em comparação a outras 62 hortaliças comuns. ÔMEGA 3 O ômega 3, também conhecido como ácido alfa-linolênico (ALA), permite a formação de dois importantes ácidos graxos de cadeia longa: o ácido eicopentaenóico (EPA) e o ácido docosahexaenóico (DHA). É considerado um ácido graxo essencial, que apresenta diversos benefícios para saúde quando consumido de forma regular na dieta. Onde é encontrado? É encontrado em peixes de água fria, como o salmão, arenque, sardinha e atum, e também em óleos vegetais, sementes de linhaça, nozes e alguns tipos de vegetais. Benefícios para saúde Além do seu papel nutricional e ingestão regular na dieta, os ácidos graxos ômega 3 ajudam a prevenir ou tratar uma vasta diversidade de doenças, como as doenças cardiovasculares, ateroesclerose, doenças inflamatórias crônicas, doenças metabólicas como diabetes, obesidade, osteoporose, degeneração neurológica e fraturas ósseas, câncer, depressão, mal de Alzheimer entre outros, além de serem de grande importância durante a gestação e lactação, pois ajudam a reduzir o risco de déficit cognitivo e psicopatológico na fase adulta. Em relação ao câncer, além de ser um fator preventivo, também melhora a qualidade de vida de pacientes oncológicos em relação aos tratamentos, assim como o ganho de peso, que é um fator de grande importância, prevenindo um possível quadro de sarcopenia e redução da caquexia. Mecanismos de ação Os ácidos graxos poli-insaturados (PUFA), grupo ao qual pertence o ômega 3, atuam na sinalização celular, regulação enzimática, síntese de eicosanoides, regulação da migração neuronal e modulação de citocinas que possuem atividades neuromodulatória e neurotransmissora. A interrelação entre os PUFA's e a inflamação baseia-se no fato de que que os eicosanoides, mediadores e reguladores da inflamação, são produzidos por esses ácidos graxos, sendo o ácido araquidônico o principal representante da família ômega 6, o substrato mais requerido nesse processo. O aumento na ingestão alimentar de ômega 3, como ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosahexaenoico(DHA), resulta em elevação na proporção desses ácidos graxos inseridos nos fosfolipídeos das células inflamatórias. A suplementação com ácidos graxos ômega 3 promove menor quantidade de substrato disponível para a síntese de eicosanoides a partir do ácido araquidônico e, dessa forma, resulta em decréscimo na produção das prostaglandinas e tromboxanos de segunda série e leucotrienos de quarta série pelas células inflamatórias. As ações dos ácidos graxos ômega 3 são mais extensas, que quando consumidos em quantidades suficientes também resultam em decréscimo na quimiotaxia dos leucócitos, redução na expressão das moléculas de adesão e redução na produção de citocinas próinflamatórias e espécies reativas de oxigênio. As citocinas pró-inflamatórias induzem o estresse oxidativo, pro aumentarem a produção de radicais livres pelos monócitos, macrófagos e leucócitos, e além disso, apresentam efeitos sobre a atividade de COX-2 na liberação de ácido araquidônico dos fosfolipídeos das membranas plasmáticas e celulares. O EPA e o DHA, ao contrário, inibem a geração de radicais livres, bem como têm potencial para reduzir a atividade da COX-2. PRÓPOLIS A própolis tem sido objeto de estudos farmacológicos devido às suas propriedades antibacteriana, antifúngica, antiviral, anti-inflamatória, hepatoprotetora, antioxidante, antitumoral, imunomodulatória, etc. (Bankova, 2005a; Kosalec et al., 2005; Alencar et al., 2005; Simões et al., 2008). Esse potencial biológico se deve a um sinergismo que ocorre entre os muitos constituintes (Marcucci, 1996). Antimicrobiana As atividades antibacteriana e antifúngica da própolis têm sido as propriedades biológicas mais extensivamente estudadas (Kujungiev et al., 1999). São atribuídas principalmente à flavonona pinocembrina, ao flavonol galagina e ao éster feniletil do ácido caféico, com um mecanismo de ação baseado provavelmente na inibição do RNA- polimerase bacteriano (Uzel et al., 2005). Outros componentes como os flavonóides, o ácido caféico, ácido benzóico, ácido cinâmico, provavelmente agem na membrana ou parede celular do microorganismo, causando danos funcionais e estruturais (Scazzocchio et al., 2005). A própolis possui atividade antibacteriana maior contra bactérias Gram-positivas e limitada contra Gram-negativas (Lu et al., 2005; Marcucci et al., 2001). Estudo realizado com extratos de própolis comercializados no Brasil mostrou atividade antimicrobiana pronunciada contra bactérias Gram-positivas, e atividade menos evidente contra Gram- negativos (Rezende et al., 2006; Packer & Luz, 2007). Até o momento, não se tem dados que respondam o porquê desta menor atividade dos extratos de própolis contra bactérias Gram-negativas. Estas bactérias possuem uma parede celular quimicamente mais complexa e um teor lipídico maior, o que pode explicar essa maior resistência (Vargas et al., 2004). Própolis também tem demonstrado excelentes atividades fungistática e fungicida, em testes in vitro contra leveduras identificadas como causadores de onicomicoses (Oliveira et al., 2006; Longhini et al., 2007). Diversos trabalhos tem relatado ao logo de vários anos de pesquisa a atividade sinérgica da própolis associada a diversos antibióticos, inclusive contra cepas resistentes a benzilpenicilina, tetraciclina e eritromicina (Shub et al., 1981), esses e outros autores concluem que a própolis possui ação sinérgica relevante, podendo se constituir como alternativa terapêutica para a resistência microbiana, porem dependente de sua composição (Stepanovic et al., 2003; Fernandes Jr. et al., 2005; Onlen et al., 2007). Anti-inflamatória A atividade anti-inflamatória observada na própolis parece ser devida à presença de flavonóides, especialmente galangina. Este flavonóide apresenta atividade inibitória contra a ciclooxigenase (COX) e lipooxigenase. Tem sido relatado também que o ácido fenil éster caféico (CAPE), possui atividade anti-inflamatória por inibir a liberação de ácido aracdônico da membrana celular, suprimindo as atividades das enzimas COX-1 e COX-2 (Borrelli et al., 2002). A própolis tem demonstrado ação anti-inflamatória também por inibir a síntese das prostaglandinas, ativar a glândula timo, auxiliando o sistema imune pela promoção da atividade fagocítica e estimulando a imunidade celular (Kosalec et al., 2005). Imunomodulatória Sy et al. (2006) demonstraram que o tratamento com extrato de própolis atenua as inflamações das vias aéreas em ratos, provavelmente por sua habilidade em modular a produção de citocina. Sendo assim, seria um novo agente no tratamento da asma. Orsolic et al. (2004) demonstraram que derivados hidrossolúveis de própolis, ácido caféico, éster feniletil do ácido caféico e quercetina poderiam ser extremamente úteis no controle do crescimento tumoral em modelos experimentais. Nos últimos anos muitos estudos tem demonstrado a atividade da própolis no sistema imunológico (ativando macrófagos, aumentando a atividade lítica contra células tumorais, estimulando anticorpos, etc) como apresentado numa extensa revisão realizada por Sforcin (2000), todavia, cita que os mecanismos envolvidos na quimioprevenção ainda não são completamente conhecidos. ANTOCIANINAS As antocianinas são compostos químicos pertencentes ao grupo dos flavonoides e constituem um grupo de pigmento responsável por grande parte das cores de frutas, flores, folhas, caules e raízes, dependendo do pigmento podem ser vermelhas, violetas ou azuis. A quantidade e o tipo de antocianina presente no alimento podem sofrer variações de acordo com as condições de cultivo, tempo de plantio, exposição à luz e métodos de colheita. Apresentam grande importância na dieta humana devido ao seu poder antioxidante e atuação contra os radicais livres, sendo importante aliada na prevenção e retardamento de doenças cardiovasculares, câncer, doenças neurodegenerativas, capacidade anti- inflamatória, saúde do organismo e microbiota intestinal e diversas propriedades farmacológicas e medicinais. Sua capacidade anti-inflamatória sobre vários órgãos já é comprovada em muitos estudos, destacando grande potencial na redução e tratamento de aterosclerose (acúmulo de colesterol e gorduras nas paredes das artérias), suas propriedades agem atenuando o estresse oxidativo das células endoteliais vasculares e inibem a oxidação do LDL. Devido ao seu grande poder antioxidante previnem o envelhecimento das células aumentando a resistência do organismo e consequentemente melhorando a imunidade do corpo. Alimentos ricos em antocianina: Uva, ameixa, framboesa, amora, mirtilo, groselha, açaí Cereja, morango, acerola, maçã Berinjela, repolho-roxo, batata-roxa, rabanete, beterraba CARVACROL Os efeitos benéficos do composto estão associados ao tratamento de condições dolorosas, como as inflamações, em que foram demonstrados que o composto é vantajoso em estimular a liberação de citocinas anti-inflamatórias, que suprimem a ativação dos mediadores inflamatórios das células do sistema imunológico, além de modular as vias centrais que controlam a dor. Carvacrol possui atividade antiinflamatória associada em supressão da enzima COX-2 e ativação dos receptores proliferadores de peroxissoma (PPARs) α e γ (Estudos recentes sugerem que a ativação do PPARγ pode diminuir a progressão da aterosclerose e aumentar a sensibilidade à insulina, podendo ser um potencial alvo terapêutico para o tratamento de diversas enfermidades, incluindo o diabetes melito do tipo 2 e dislipidemia). Os efeitos antiinflamatórios que o carvacrol apresenta estão associadoscom a diminuição da produção dos mediadores inflamatórios, interleucina-1 β ( marcador de indução da resposta inflamatória, associada a infecção aguda) e (PGE2 = São produzidas por quase todas as células, geralmente em locais de dano tecidual ou infecção, pois estão envolvidos em lidar com lesões e doenças.) e provavelmente por meio do estímulo à liberação de interleucina-10, que atua como uma citocina anti-inflamatória eficaz, ocultando a ativação da função das células imunológicas, impedindo seletivamente a manifestação de citocinas pró-inflamatórias. Onde podemos encontrar o carvacrol: Principalmente em óleo essencial de orégano. Além do orégano tem carvacrol no tomilho, algumas pimentas e na bergamota. Referências Bibliográficas ALMEIDA,Regina Ribeiro. Mecanismos de ação dos monoterpenos aromáticos: timol e carvacrol. Universidade Federal de São João del-Rei; Coordenadoria do Curso de Química. 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