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Compostos bioativos e inflamação

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COMPOSTOS	BIOATIVOS	NO	COMBATE	A	INFLAMAÇÃO	E		
MELHORA	DO	SITEMA	IMUNE	
	
O	 desenvolvimento	 científico	 tem	 levado	 a	 diferentes	 abordagens	 sobre	 a	 relação	
estabelecida	entre	dieta	e	saúde.	Uma	das	mais	estimulantes	linhas	de	pesquisas	das	
últimas	décadas	surgiu	com	a	descoberta	de	um	grupo	de	nutrientes	que	apresentam	
efeitos	 protetores	 contra	 a	 oxidação	 celular.	 Estes	 compostos,	 que	 ocorrem	
naturalmente	 nos	 alimentos,	 atuam	 como	 antioxidantes	 no	 organismo	 por	meio	 do	
sequestro	de	radicais	livres,	que	estão	relacionados	a	um	grande	número	de	doenças	
crônicas	não-transmissíveis.	Estudos	epidemiológicos	têm	estabelecido	uma	correlação	
positiva	entre	a	ingestão	de	hortaliças	e	a	prevenção	de	doenças	como	arteriosclerose,	
câncer,	diabetes,	artrite	e	também	envelhecimento.	Assim,	as	hortaliças	receberam	o	
status	 de	 alimentos	 funcionais,	 capazes	 de	 promover	 a	 saúde	 e	 reduzir	 o	 risco	 de	
doenças	(CARVALHO	&	MACHADO,	2004).	
	
Um	novo	paradigma	sobre	dieta	e	saúde	envolve	questões	que	enfatizam	os	aspectos	
positivos	 da	 dieta.	 NICOLI	 et	 al	 (1999)	 registraram	 que	 há	 alguns	 anos,	 os	 estudos	
nutricionais	eram	caracterizados	por	uma	tendência	negativa,	onde	os	alimentos	eram	
reconhecidos	 por	 conterem	 contaminantes	 químicos,	 físicos	 e/ou	 biológicos,	
potencialmente	 prejudiciais	 à	 saúde	 humana.	 A	 maior	 parte	 das	 recomendações	
nutricionais	 alertava	 para	 que	 os	 indivíduos	 evitassem	 ou	 reduzissem	 a	 ingestão	 de	
alguns	tipos	de	alimentos.		
	
As	pesquisas	na	área	de	alimentos	e	indústria	alimentícia,	diante	destas	recomendações,	
reagiram	visando	à	melhoria	dos	processos	tradicionais	ou	promovendo	novas	soluções	
tecnológicas	 para	 criar	 produtos,	 como	 os	 alimentos	 light	 e	 funcionais,	 que	 podem	
contribuir	 para	 ampliar	 as	 possibilidades	 de	 escolhas	 alimentares	 da	 população.	 Sob	
esse	ponto	de	vista,	a	maior	parte	das	mudanças	e	dos	avanços	no	processamento	de	
alimentos	 têm	 sido	 promovidos	 e	 incitados	 pela	 pesquisa	 na	 área	 de	 alimentos	 e	
nutrição	(CARVALHO	&	MACHADO,	2004).	
	
O	 papel	 da	 nutrição	 hoje	 vai	 além	 da	 ênfase	 sobre	 a	 importância	 de	 uma	 dieta	
balanceada.	Ela	deve	almejar	a	otimização	das	funções	fisiológicas,	garantir	a	saúde	e	
bem-	 estar	 e	 a	 redução	 do	 risco	 de	 doenças.	 Neste	 novo	 contexto,	 os	 alimentos	
funcionais	têm	papel	fundamental	(CARVALHO	&	MACHADO,	2004).	
Os	alimentos	funcionais	podem	ser	definidos	como	alimentos	que,	consumidos	numa	
dieta	 padrão,	 fornecem	 benefícios	 além	 da	 nutrição	 básica.	 Alguns	 de	 seus	
componentes,	que	podem	ser	nutrientes	ou	não,	auxiliam	na	prevenção	de	doenças	e	
nas	funções	relativas	ao	mecanismo	de	defesa	e	controle	do	ritmo	corporal	(CARVALHO	
&	MACHADO,	2004).	
	
ANDERSON	&	 PHILLIPS	 (1999)	 registraram	 que	 uma	 dieta	 rica	 em	 frutas,	 hortaliças,	
castanhas	e	grãos	integrais,	associada	à	redução	do	consumo	de	gorduras,	contribuem	
para	proteger	contra	várias	doenças,	incluindo	as	cardiovasculares	e	o	câncer.	
	
	
	
CÚRCUMA	OU	AÇAFRÃO	DA	TERRA	
	
	
Curcumina	composto	bioativo	da	Cúrcuma	
A	cúrcuma,	um	tempero	que	há	muito	é	reconhecido	por	suas	propriedades	medicinais,	
tem	recebido	interesse	do	mundo	médico	/	científico	e	de	entusiastas	da	culinária,	pois	
é	a	principal	fonte	de	curcumina	com	polifenóis.	Ajuda	no	gerenciamento	de	condições	
oxidativas	 e	 inflamatórias,	 síndrome	 metabólica,	 artrite,	 ansiedade,	 hiperlipidemia,	
doença	 de	 Alzheimer,	 doenças	 parasitárias	 e	 em	 alguns	 tipos	 de	 cânceres.	 Também	
pode	ajudar	no	tratamento	da	 inflamação	 induzida	pelo	exercício	e	da	dor	muscular,	
melhorando	 assim	 a	 recuperação	 e	 o	 desempenho	 em	 pessoas	 ativas.	 É	 consumida	
principalmente	na	forma	de	pó	seco,	utilizado	para	coloração	alimentícia	devido	à	sua	
forte	coloração	amarela,	associada	a	efeitos	terapêuticos	e	dietéticos.	Há	registros	de	
atividades	 biológicas	 devidas	 ao	 consumo	 do	 turmérico,	 como	 anti-inflamatório,	
antimicrobiano,	cicatrizante	e	digestivo.	A	curcumina	recebeu	atenção	mundial	por	seus	
múltiplos	 benefícios	 à	 saúde,	 que	 parecem	 atuar	 principalmente	 por	 meio	 de	 seus	
mecanismos	antioxidantes	e	anti-inflamatórios.	
	
Ação	na	inflamação	e	sistema	imune	
O	estresse	oxidativo	tem	sido	implicado	em	muitas	doenças	crônicas	e	seus	processos	
patológicos	 estão	 intimamente	 relacionados	 aos	 da	 inflamação,	 pois	 um	 pode	 ser	
facilmente	 induzido	por	 outro.	De	 fato,	 sabe-se	 que	 as	 células	 inflamatórias	 liberam	
várias	espécies	 reativas	no	 local	da	 inflamação,	 levando	ao	estresse	oxidativo,	o	que	
demonstra	a	relação	entre	estresse	oxidativo	e	inflamação.	Além	disso,	várias	espécies	
reativas	de	oxigênio	/	nitrogênio	podem	iniciar	uma	cascata	de	sinalização	intracelular	
que	 melhora	 a	 expressão	 gênica	 pró-inflamatória.	 A	 inflamação	 foi	 identificada	 no	
desenvolvimento	 de	muitas	 doenças	 e	 condições	 crônicas.	 Essas	 doenças	 incluem	 a	
doença	 de	Alzheimer	 (DA),	 doença	 de	 Parkinson,	 esclerose	múltipla,	 epilepsia,	 lesão	
cerebral,	doença	cardiovascular,	síndrome	metabólica,	câncer,	alergia,	asma,	bronquite,	
colite,	artrite,	isquemia	renal,	psoríase,	diabetes,	obesidade,	depressão	e	fadiga.	
Um	 importante	 alvo	 bioquímico	 da	 curcumina	 é	 o	 Fator	 Nuclear	 Kappa	 B	 (NF-κB),	
proteína	envolvida	no	controle	da	transcrição	do	DNA,	sendo	encontrada	em	todas	as	
células.	A	NF-κB	tem	participação	em	respostas	inflamatórias,	processos	tumorais,	além	
de	algumas	infecções	parasitárias.	A	curcumina	é	sabidamente	um	inibidor	da	via	do	NF-
κB,	e	essa	inibição	acontece	simultaneamente	em	diversos	pontos	da	via	de	ativação.	
Inicialmente,	os	estímulos	extracelulares	que	ativam	a	cascata	de	formação	do	NF-κB	
dependem	da	presença	de	espécies	reativas	de	oxigênio,	que	são	decorrentes	de	lesões,	
processos	 inflamatórios	e	estresse	oxidativo.	A	presença	das	hidroxilas	fenólicas	e	da	
subunidade	 1,3-dicetênica	 da	 curcumina	 conseguem	 capturar	 os	 radicais	 dessas	
espécies	 reativas,	 minimizando	 a	 ativação	 da	 via.	 Também	 é	 sabido	 que	 uma	 das	
proteínas	quinases	responsáveis	pela	fosforilação	do	complexo	proteico	que	virá	a	se	
tornar	o	NF-κB	é	inibida	pela	ação	da	curcumina,	mesmo	após	iniciação	da	sinalização	
celular	em	função	das	espécies	reativas	de	oxigênio.	A	curcumina	também	inibe	a	óxido	
nítrico	sintase	e	a	ligação	no	DNA	do	fator	de	transcrição	de	c-jun/AP-1,	que	são	pontos	
posteriores	da	via	do	NF-κB.	A	ativação	de	moléculas	que	culmina	com	a	translocação	
do	NF-κB	para	o	núcleo	das	células	representa	uma	etapa	indispensável	para	a	ativação,	
secreção	de	mediadores	solúveis	e	ação	efetora	de	uma	grande	variedade	de	células.	
Além	de	células	da	 imunidade	 inata,	a	ativação	do	NF-κB	 também	é	de	 fundamental	
importância	na	ativação	de	linfócitos	B,	visto	que	já	foi	demonstrado	que	a	curcumina	
atua	inibindo	a	fosforilação	de	diferentes	alvos	moleculares	como	ERK,	p38	e	IκB,	que	
resulta	na	diminuição	da	produção	de	anticorpos	por	essas	células.	Além	do	NF-κB,	outro	
fator	nuclear	importante	para	a	ativação	celular,	conhecido	com	AP-1,	pode	ser	inibido	
pela	curcumina	de	forma	simultânea.	A	ação	inibidora	da	curcumina	sobre	fatores	de	
transcrição	resulta	na	diminuição	de	uma	grande	variedade	de	citocinas	e	quimiocinas	
envolvidas	na	resposta	inflamatória.		
	
	
	
GENGIBRE			
	
	
	
O	gengibre	pertence	à	família	Zingiberaceae,	originária	da	Índia	é	uma	das	plantas	mais	
utilizadas	 na	 fitoterapia	 e	 na	 Medicina	 Ayurveda.	 A	 descoberta	 original	 dos	 efeitos	
inibitórios	 do	 gengibre	 na	 biossíntese	 de	 prostaglandinas	 no	 início	 dos	 anos	 70,	 foi	
repetidamente	 confirmada	 e	 identificou	o	 gengibre	 como	a	 planta	 que	pode	 ter	 um	
melhor	perfil	terapêutico	e	menos	efeitos	colaterais.		
	
A	 caraterização	 das	 propriedades	 farmacológicas	 entrou	 numa	 nova	 fase,	 com	 a	
descoberta	de	que	o	extrato	do	gengibre	inibe	a	indução	de	vários	genes	envolvidos	no	
processoda	resposta	 inflamatória,	na	qual	se	 incluem	genes	que	codificam	citocinas,	
quimiocinas	e	a	enzima	induzida	ciclooxigenase-2.	Pelo	fato	de	ser	uma	excelente	fonte	
de	vários	compostos	fenólicos	bioativos,	incluindo	compostos	pungentes	não	voláteis,	
como	gingeróis,	paradóis,	shogaóis	e	gingeronas,	desempenha	uma	importante	função	
como	antioxidante,	anti-inflamatório,	 inibe	a	produção	de	espécies	reativas	de	azoto,	
entre	outras.	
	
Os	compostos	 farmacológicos	6-gingerol	e	6-shogaol	 são	 responsáveis	por	atividades	
antieméticas,	antipiréticas	e	antitumorais,	e	atividades	colagogas	(aumento	da	secreção	
biliar)	e	anti-inflamatória.	O	gengibre	dentre	os	constituintes	majoritários	os	gingerois,	
são	 responsáveis	 por	 grande	 parte	 das	 suas	 respectivas	 atividades	 terapêuticas,	
abrangendo	atividade	antimicrobiana.	
	
Propriedades	anti-inflamatórias	e	analgésicas	
No	 local	 da	 dor,	 existem	 algumas	 substâncias	 químicas	 que	 são	 produzidas	 pelo	
organismo.	 Na	 região	 inflamada,	 há	 o	 acúmulo	 de	 células	 derivadas	 do	 sistema	
imunológico	 (linfócitos,	 macrófagos	 e	 leucócitos)	 ocasionando	 assim,	 o	 processo	
inflamatório.	 O	 sistema	 imunológico,	 é	 bastante	 complexo,	 pois	 possui	 vários	
mecanismos	de	resposta	levando	aos	mesmos	a	atuar	isoladamente	e/ou	em	conjunto.	
O	 efeito	 anti-inflamatório	 de	 um	 componente	 está	 relacionado	 à	 possibilidade	 de	
minimizar	ou	bloquear	um	ou	mais	mecanismos	de	resposta	inflamatória.	
Considerando	 que	 os	 mecanismos	 da	 dor	 estão	 inerentemente	 relacionados	 com	 o	
processo	 inflamatório,	 a	 eficácia	 da	 ação	 anti-inflamatória	 dos	 componentes	 do	
gengibre	está	agrupada	de	efeito	analgésico.	
	
Uma	das	vias	inflamatórias	fundamentais	é	o	metabolismo	do	ácido	araquidônico,	onde	
a	cascata	do	ácido	araquidónico	precisa	da	oxidação	do	ácido,	classificado	em	duas	vias:	
dependente	 da	 lipoxigenase	 (LOX),	 responsável	 pela	 formação	 de	 leucotrienos	 e	 a	
dependente	da	cicloxigenase	 (COX),	 responsável	pela	 formação	de	prostaglandinas	e	
tromboxanos.	
	
O	 rizoma	do	 gengibre	 protege	 e	 previne	 o	 organismo	 contra	 agentes	 causadores	 de	
inflamação,	 intervindo	 no	 estímulo	 da	 COX	 e	 5-LO	 pelo	 bloqueio	 da	 liberação	 de	
prostaglandinas,	 atuando	 desta	 forma,	 como	 anti-inflamatório	 e	 a	 inibição	 dos	
leucotrienos	por	bloqueio	da	ação	da	5-LO.	O	consumo	de	gengibre	minimiza	os	efeitos	
colaterais	causados	pelas			inflamações,	oferecendo	um	bom	perfil	terapêutico.	
Alguns	fitoquímicos	do	gengibre	possuem	também	efeitos	anti-inflamatórios	como	o	6-
gingerol	 que	 inibe	 a	 fosforilação	 de	 algumas	 cinases,	 e	 o	 6-soagol	 que	 elimina	
ativamente	 o	 óxido	 nítrico	 e	 ácido	 araquidónico	 que	 são	 poderosos	 agentes	
inflamatórios.	Em	correlação	aos	anti-inflamatórios	não	esferoidais	(AINES),	o	gengibre	
apresenta	a	vantagem	de	não	manifestar	os	efeitos	adversos	presentes	a	este	grupo	
farmacológico	como	por	exemplo:	os	problemas	gastrointestinais.	
	
	
	
CACAU	EM	PÓ			
	
	
As	maiores	concentrações	de	flavonoides	encontram-se	no	cacau	e	em	produtos	com	
alta	concentração	de	cacau	(chocolates	a	partir	de	70%	de	cacau);	
O	cacau	e	seus	derivados	são	importantes	fontes	de	compostos	fenólicos,	ou	
polifenóis,	que	classificam-	se	em	quatro	famílias:	ácidos	fenólicos,	lignanas,	estilbenos	
(resveratrol)	e	flavonoides	(flavonols,	flavonas,	flavononas,	isoflavononas,	flavanols	e	
antocianidinas).	
	
Os	polifenóis	compõem	em	torno	de	12	a	18%	do	total	do	peso	seco	dos	nibs	de	cacau	
(chocolate	em	sua	forma	mais	pura	e	menos	processada,	constituindo	basicamente	as	
sementes	de	cacau	fermentadas,	secas,	torradas	e	trituradas).	
	
Os	principais	flavonoides	do	cacau	pertencem	à	classe	dos	flavanóis	(catequinas,	
epicatequinas	e	proantocianidinas),	em	sua	maioria	na	forma	de	catequinas	(35%);	
A	concentração	de	epicatequinas	do	cacau	é	aproximadamente	2	vezes	maior	que	as	
do	vinho	tinto	e	o	triplo	das	no	chá	verde.	
	
Os	principais	efeitos	benéficos	atribuídos	ao	cacau	e	seus	derivados	(mínimo	de	70%	
cacau)	correspondem	a:	ação	antioxidante,	ação	anti-inflamatória	e	proteção	
cardiovascular.	
Inúmeros	trabalhos	na	literatura	demonstram	a	ação	antioxidante	dos	flavanóis	(in	
vitro,	em	modelos	animais	e	nos	seres	humanos);	
As	primeiras	evidências	dessa	ação	são	de	experiências	in	vitro,	em	que	os	polifenóis	
extraídos	de	produtos	comerciais	do	cacau	foram	capazes	de	diminuir	a	oxidação	do	
LDLc,	reduzir	a	formação	de	EROs	em	leucócitos	ativados	e	inibir	a	oxidação	do	DNA	
induzida	por	luz	ultravioleta.	
Estudos	com	ratos	mostraram	que	os	flavanóis	do	cacau	elevaram	a	capacidade	
antioxidante	do	plasma	e	a	resistência	dos	eritrócitos	contra	a	hemólise	induzida	por	
agentes	oxidantes.	
	
Um	efeito	prejudicial	dos	agentes	antioxidantes	é	a	reação	do	óxido	nítrico	(ON)	com	o	
radical	superóxido,	formando	peroxinitritos.	Os	flavonóis	influenciam	o	metabolismo	
do	ON	por	meio	dos	seguintes	mecanismos:	inibição	da	produção	de	superóxido	
dependente	da	NADPH	oxidase;	ativação	da	ON	sintase	endotelial	(eNOS);	inativação	
dos	radicais	superóxido,	H2O2,	e	outros	agentes	oxidantes;	e	através	de	modificação	
de	eventos	relacionados	com	a	membrana,	que	acarretam	em	mudanças	na	produção	
de	superóxido.	
	
O	cacau	pode	ter	ação	positiva	na	prevenção	da	placa	de	ateroma.	Isso	porquê	os	
polifenóis,	em	particular	a	epicatequina,	têm	efeitos	antagonistas	á	maior	parte	dos	
agentes	envolvidos	na	modificação	oxidativa	do	LDLc;	
Estudos	em	humanos	saudáveis	confirmaram	que	o	consumo	de	cacau	em	pó	é	capaz	
de	aumentar	a	resistência	do	LDLc	contra	oxidação,	que	possui	um	papel	na	
patogênese	da	aterosclerose.	Já	outro	estudo	demonstrou	que	o	consumo	de	cacau	
em	pó	(26g/dia	durante	12	semanas)	tornou	o	LDLc	mais	resistente	a	oxidação	e	
elevou	as	concentrações	plasmáticas	de	HDLc	em	indivíduos	com	colesterol	normal	a	
levemente	hipercolesterolêmicos.	
	
Estudos	sugerem	que	os	polifenóis	absorvidos	do	cacau	podem	incorporar-se	à	
superfície	das	LDLs	e	aumentar	sua	resistência	oxidativa,	ou	via	ação	quelante	em	
metais	de	transição.	Ainda,	esses	polifenóis	(das	superfícies	das	LDLs)	podem	reciclar	
antioxidantes	lipossolúveis	(como	alfa-tocoferol),	que	agem	na	prevenção	da	
peroxidação	lipídica;Estudos	em	humanos	revelaram	que	o	consumo	de	cacau	é	capaz	
de	diminuir	o	dano	oxidativo	em	lipídeos,	aumentando	a	capacidade	antioxidante	do	
plasma	e	reduzindo	os	marcadores	de	peroxidação	lipídica.	
	
O	consumo	de	flavonoides	está	inversamente	associado	aos	níveis	séricos	de	proteína	
C-reativa	(PCR),	um	marcador	inflamatório	e	do	risco	de	doenças	cardiovasculares	
(DCVs);	
Vários	são	os	mecanismos	responsáveis	pelo	comportamento	anti-inflamatória	do	
cacau:	o	cacau	é	fonte	de	flavan-3-ols,	que	pode	interferir	no	metabolismo	do	ON	e	de	
leucotrienos.	Os	flavan-3-ols	e	as	epicatequinas	têm	efeito	de	inibir	a	5-lipoxigenase	
(LOX-5),	enzima	fundamental	na	síntese	de	leucotrienos	(responsável	pela	produção	
do	ácido	araquidônico).	O	bloqueio	da	LOX-5	confere	efeitos	anti-inflamatórios,	
vasoprotetores	e	capacidade	antibroncoconstritora.	
	
Atualmente	o	cacau	é	um	dos	nutracêuticos	que	a	Sociedade	Europeia	de	Cardiologia	e	
Associação	Americana	do	Coração	incluíram	na	lista	dos	que	possuem	efeito	protetor	
contra	doenças	cardiovasculares	(via	aumento	da	biodisponibilidade	do	ON,	ação	
antioxidante,	anti-inflamatória	e	antiagregação	plaquetária,	ocasionando	uma	melhora	
nas	funções	endotelial,	redução	da	pressão	arterial	(PA)	e	melhora	da	resistência	à	
insulina).	
	
A	inibição	da	agregação	em	plaquetária	decorrente	do	consumo	de	cacau	pode	ser	
causada	por	mudanças	na	razão	leucotrienos/prostaciclinas.	Os	autores	relataram	que	
o	consumo	do	cacau	diminuiu	em	52%	a	relação	entre	os	leucotrienos	(ação	
vasoconstritora	e	aumento	da	agregação	plaquetária)	e	as	prostaciclinas	
(vasodilatação	e	inibição	da	agregação	plaquetária),	junto	ao	ácido	esteárico	que	
também	atua	na	redução	da	agregação	plaquetária.	
	
Diversos	estudosclínicos	intervencionais	sugerem	que	o	cacau	melhora	a	função	
endotelial	e	reduz	a	PA.	
Os	flavanóis	do	cacau	aumentam	a	formação	de	óxido	nítrico	endotelial	(eNOS),	que	
promove	vasodilatação	e	consequente	redução	arterial.	Além	disso,	outros	
mecanismos	podem	contribuir	para	o	efeito	hipotensor	do	cacau	(comprovação	in	
vitro):	os	flavanóis	possuem	ação	inibidora	a	ECA	(enzima	conversora	de	
angiontensina),	que	está	envolvida	com	o	controle	da	pressão	arterial,	catalisando	a	
conversão	da	angiotensina	I	em	II.	Além	disso,	os	flavanóis	podem	inibir	a	atividade	da	
arginase,	o	que	aumenta	a	disponibilidade	da	arginina	(aminoácido	precursor	da	
síntese	de	ON).	
	
O	cacau	é	igualmente	fonte	de	ácidos	graxos:	os	ácidos	oleico	e	esteárico	constituem	
cerca	de	66%	(33%	cada)	da	sua	composição;	bem	como	uma	proporção	de	gordura	
saturada	sob	a	forma	de	ácido	palmítico.		
	
Embora	o	cacau	tenha	um	alto	conteúdo	lipídico,	o	ácido	esteárico	não	possui	efeitos	
negativos	no	colesterol	total	ou	LDLc,	já	que	é	menos	absorvido	em	relação	a	outros	
ácidos	graxos.	E	ainda,	pode	ter	implicações	positivas	no	HDLc	(aumento	da	
concentração	da	apolipoproteína	A1,	seu	principal	componente	proteico)	e	nos	
triacilgliceróis	(substituição	isocalórica	do	ácido	esteárico	no	lugar	do	carboidrato)	e	
efeitos	não	prejudiciais	na	PA.	
	
Embora	o	cacau	tenha	baixo	índice	glicêmico,	possui	alto	índice	insulinêmico.	Isso	é	
possível	devido	a	presença	de	aminoácidos	insulinogênicos	ou	a	uma	menor	resposta	
de	fase	cefálica.	Estudos	têm	evidenciado	também	resultados	benéficos	do	cacau	na	
resistência	à	insulina	(melhora	dos	seus	índices	de	sensibilidade	e	função	das	células	
beta).	Demonstrando	que	mesmo	com	um	alto	índice	insulinêmico,	o	seu	consumo	
não	traz	efeitos	prejudiciais	em	curto	e	médio	prazos.	
	 	
O	cacau	também	possui	atividade	neuroprotetora,	já	que	o	consumo	de	flavonoides	
pode	estar	associado	a	um	menor	risco	de	demência,	menor	declínio	cognitivo	e	
melhor	performance	cognitiva	em	indivíduos	idosos;	
O	consumo	de	flavanóis	dietéticos	diminui	a	PA	e	melhora	a	sensibilidade	à	insulina,	do	
mesmo	modo	que	estimula	a	vasodilatação	periférica	e	do	sistema	vascular	cerebral,	
ocasionando	a	melhora	no	fluxo	sanguíneo	e	a	perfusão,	o	que	resulta	num	melhor	
funcionamento	cerebral.	
Recentemente	tem	sido	estudado	um	potencial	efeito	probiótico	do	cacau.	Embora	os	
monômeros	de	flavanóis	do	cacau	terem	biodisponibilidade	em	humanos,	a	maioria	
das	procianidinas	do	cacau	não	é	absorvida	intacta	no	intestino	delgado,	chegando	ao	
intestino	grosso	e	podendo	influenciar	na	atividade	da	microbiota	intestinal.	
	
	
	
	
	
CAPSAICINA			
	
	
A	capsaicina	é	um	composto	bioativo,	portanto,	ela	tem	um	papel	importante	no	nosso	
organismo,	principalmente	no	sistema	imunológico.		
A	substancia	é	bem	conhecida	pela	estrutura	e	pelas	propriedades	químicas.	É	solúvel		
em	álcool,	éter,	benzeno,	acetona	e	óleos	vegetais	,sendo	assim,	quando	esta	dissolvida	
em	um	desses	solventes	não	perde	suas	propriedades.		
É	encontrada	em	todas	as	pimentas,	sobretudo	nas	vermelhas	picantes	também	está	
presente	 em	 quantidades	menores,	 nas	 pimentas	 doces,	 e	 na	 raiz	 do	 gengibre	mas	
apenas	em	quantidade	vestigiais.		
A	capsaicina	é	responsável	pela	ardência	bastante	característica	da	pimenta.	
A	pimenta	que	é	o	segundo	condimento	mas	utilizado	em	todo	mundo	mas	muita	gente	
pode	não	estar	ciente	dos	benefícios	da	capsaicina.	
	
Benefícios	da	capsaicina	
	A	pimenta	já	vem	sendo	utilizada	para	fins	medicinais	a	milhares	de	anos	e	nos	últimos	
anos	 foram	 realizada	 varias	 pesquisas	 pra	 entender	melhor	 os	 benefícios	 do	 uso	 da	
capsaicina,	 sendo	 assim,	 percebeu-se	 que	 ela	 é	 ativa	 no	 tratamento	 de	 diversas		
doenças.	
A	capsaicina	tem	ação	anticoagulante	sendo	assim	evita	o	infarto,	trombose,	derrame	
cerebral	e	colesterol	alto.	Além	disso	estudos	mostram	que	a	capsaicina	pode	ajudar	na	
prevenção	do	câncer,	principalmente	o	de	estomago	e	próstata	,	também	pode	agir	para	
conter	resfriados	e	febre	e	aliviar	dores	nas	articulações(artrite	ou	artrose)	
Capsaicina	é	muito	usada	para	aliviar	dores,	em	sua	forma	de	pomada	ou	creme	para	
cuidar	de	lesões.	
Pode	também	potencializar	o	desempenho	físico	para	atletas.	
	
Precauções		
Ingerir	a	capsaicina,	além	do	necessário	pode	causa	problemas,assim	como,	irritação	se	
não	tiver	o	manuseio	correto,	problemas	na	amamentação	pois	poderá	passar	para	o	
leite,	consumir	com	moderação	para	não	causar	ulceras	estomacais	e/ou	hemorroidas,	
gases	e	outros	problemas	digestivos.	
	
	
ALHO		
	
	
A	utilização	do	alho	como	planta	medicinal	e	 como	 ingrediente	para	uso	culinário	 já	
existe	 desde	 a	 antiguidade	 tendo	 origem	 na	 Ásia	 central.	 No	 entanto,	 esta	 erva	
aromática	é	muito	utilizada	por	varias	civilizações	egípcias,	chinesas,	indianas	e	gregas.	
O	alho	pertence	ao	género	Allium,	à	espécie	A.	sativum	e	à	família	Liliaceae.	Esta	planta	
era	 muito	 conhecida	 nos	 tempos	 remotos	 devido	 às	 suas	 propriedades	 anti-
inflamatórias	e	antissépticas.		
O	 alho	 é	 uma	 planta	muito	 complexa	 em	 termos	 de	 constituintes	 ativos	 com	 efeito	
benéfico	 para	 a	 saúde.	 Assim,	 no	 bolbo	 do	 alho	 pode-se	 encontrar	 os	 constituintes	
ativos	maioritários	do	alho,	como	os	compostos	sulfurosos.	
	
O	alho	 contém	33	 compostos	organossulfurados	 (COS),	 sendo	que	1g	de	alho	 fresco	
contém	de	11	a	35mg	dessas	substâncias;	possui	ainda	quase	quatro	vezes	mais	COS	
(por	grama	de	peso	fresco)	do	que	a	cebola,	brócolis,	couve-flor	e	damasco.		
	
Dentre	os	compostos	com	elevado	valor	funcional	nos	bulbos,	destaca-se	a	alicina	(dialil	
tiossulfonato),	 um	 líquido	 volátil	 responsável	 pelo	 odor	 pungente	 do	 alho.	
Quimicamente,	 a	alicina	é	uma	molécula	 instável	e	altamente	 reativa.	 É	o	 composto	
bioativo	mais	comum	e	representa	cerca	de	70%	dos	compostos	sulfurados	presentes	
nessa	 hortaliça.	 Quando	 os	 bulbos	 de	 alho	 são	 cortados	 ou	 esmagados,	 a	 alicina	 é	
produzida	enzimaticamente	pela	interação	do	aminoácido	não	protéico	aliina	[(+)-S-allil-
L-sulfóxido	cisteína],	abundante	nos	dentes	de	alho,	com	a	enzima	aliinase.	Durante	a	
reação	enzimática,	amônio	e	piruvato	também	são	formados.	Elementos	responsáveis	
pela	quebra	da	alicina	são	o	ar,	a	água	e	temperaturas	elevadas.			
	
Os	compostos	bioativos	presentes	no	alho	têm	sido	amplamente	reconhecidos	como	
agentes	de	prevenção	e	tratamento	de	doenças	cardiovasculares	e	outras	doenças,	além	
de	 possuírem	 uma	 variedade	 de	 efeitos	 biológicos	 como	 atividade	 antimicrobiana,	
antiinflamatória	e	anticâncer.	Muitos	desses	efeitos	podem	estar	relacionados	às	suas	
atividades	antioxidantes.	
	
Benefícios	do	alho	para	o	sistema	imune	e	inflamatório.	
Por	 ser	 um	 antibiótico	 natural,	 a	 alicina	 estimula	 a	 produção	 de	 glóbulos	 brancos,	
permitindo	que	o	sistema	imunológico	afaste	as	bactérias	e	outras	formas	de	agentes	
patogênicos.	Desta	forma,	o	sistema	imunológico	daria	uma	resposta	mais	rápida	aos	
primeiros	sinais	de	atividade	inflamatória	ou	infecciosa	no	organismo.	Às	propriedades	
deste	alimento	são	capazes	de	estimular	tanto	a	imunidade	humoral	quanto	a	celular,	o	
extrato	de	alho	pode	ser	ministrado	a	pacientes	que	possuem	deficiência	significativa	
do	 sistema	 imunológico.	Os	 teores	de	Zinco	e	 Selênio	no	alho	 são	altos,	 e	esses	 são	
metais	antioxidantes	que	possui	grande	 importância	no	sistema	 imunológico,	o	zinco	
contribui	diretamente	no	desenvolvimento	de	linfócitos	T	citotóxicos,	proliferação	de	
linfócitos	T,	produção	de	interleucina	(IL)-2	e	apoptose	de	células	de	linhagens	mieloide	
e	linfoide.	Quando	há	deficiência	de	zinco,	ocorre	a	redução	na	produção	de	citocinas	
como	o	interferon-gama	pelos	leucócitos.	A	deficiência	de	selênio	reduz	a	capacidade	
de	 produção	 dos	 efeitos	 das	 células	 imunes,	 pois,	 este	 tem	 a	 função	 de	 regular	 a	
expressão	 de	 células	 T	 que	 possui	 alta	 afinidade	 por	 receptores	 de	 interleucina	 2	 ,	
promovendo	uma	maior	resposta	destacélula	e	prevenindo	danos	oxidativos,	ou	seja,	
o	desequilíbrio,	em	células	do	sistema	imune.	
	
	
CEBOLA			
	
	
Os	 antioxidantes	 dos	 alimentos	 podem	 prevenir	 amplamente	 a	 ocorrência	 de	 uma	
seqüência	de	passos	que	levam	à	formação	da	placa	de	ateroma	e,	portanto,	diminuem	
o	risco	de	doenças	cardíacas.	Este	fato	aplica-se	à	maioria	dos	antioxidantes	integrantes	
da	 dieta,	 como	 os	 polifenólicos,	 o	 licopeno,	 o	 β-caroteno	 ou	 as	 vitaminas	 C	 e	 E	
(WEISBURGER,	1999).	
As	hortaliças	são	consideradas	boas	fontes	de	antioxidantes,	as	quais	podem	ser	mais	
eficientes	e	menos	onerosas	que	os	suplementos	sintéticos	para	proteger	o	corpo	contra	
danos	oxidativos	 sob	diferentes	 condições.	Os	antioxidantes	 variam	amplamente	em	
seu	conteúdo	e	perfil	dentre	as	diversas	hortaliças	(LEONG	&	SHUI,	2002).	
	
As	pesquisas	científicas	sobre	estas	hortaliças	iniciaram	na	metade	do	século	XIX	com	o	
trabalho	de	Louis	Pasteur	que	em	1858	reconheceu	propriedade	anti-bacteriana	do	alho	
e	cebola.	Mais	tarde,	Albert	Schweitzer	(1932)	tratou	a	disenteria	amébica	na	África	com	
alho	e	cebola	que	foram	usados	também	no	tratamento	de	doenças	epidêmicas	como	
cólera,	 difteria	 e	 tuberculose.	 Atualmente,	 as	 pesquisas	 estão	 voltadas	 para	 as	
propriedades	preventivas	do	alho	e	da	cebola	contra	o	câncer	(LANZOTTI,	2006).	
	
Muitos	 destes	 efeitos	 biológicos	 estão	 relacionados	 aos	 tiossulfinatos,	 compostos	
voláteis	 de	 enxofre,	 típicos	 das	 plantas	 Allium,	 que	 são	 também	 responsáveis	 pelo	
aroma	 e	 sabor	 pungente	 característico.	 Entretanto,	 estes	 compostos	 são	 instáveis	 e	
causam	transformações	inadequadas	ao	alimento.	Por	esta	razão,	a	atenção	passou	a	
ter	 como	 foco	 os	 compostos	 polares	 que	 são	 mais	 estáveis	 à	 cocção	 e	 ao	
armazenamento.	 Entre	 os	 principais	 compostos	 polares,	 estão	 os	 flavonóides	 e	 as	
saponinas	(LANZOTTI,	2006).	
	
Este	 crescente	 interesse	 segue	uma	 tendência	 geral	 sobre	 a	 análise	dos	metabólitos	
secundários	 dos	 alimentos.	 Estes	 compostos,	 nomeados	 como	 fitoquímicos,	 são	
classificados	 como	 micronutrientes	 não-essenciais	 e	 podem	 contribuir	 para	 a	
homeostase	 humana	 na	 manutenção	 da	 saúde	 (ZEISEL,	 1999;	 HENRY,	 1999).	 Tal	
interesse,	decorreu	dos	resultados	dos	estudos	epidemiológicos	que	correlacionaram	
uma	dieta	semi-vegetariana	com	a	diminuição	da	 incidência	de	doenças	crônicas	não	
transmissíveis	e	inflamatórias	agudas	como	arteriosclerose	e	câncer	(PISHA	et	al,	1994).	
	
Há	muito	tempo	acredita-se	que	o	consumo	de	cebola	auxilia	na	prevenção	de	certas	
doenças,	 o	 que	 a	 caracteriza	 como	 um	 alimento	 funcional.	 Embora	 apresentem	
reconhecidas	propriedades	funcionais,	as	cebolas	são	consumidas,	principalmente,	pela	
sua	capacidade	de	adicionar	sabor	a	outros	alimentos	(CARVALHO	&	MACHADO,	2004).	
Estudos	epidemiológicos,	conduzidos	na	China,	mostraram	uma	diminuição	do	risco	de	
câncer	 gástrico	 proporcional	 ao	 aumento	 da	 ingestão	 de	 alho	 e	 cebola	 (BUIATTI	 &	
BLOTT,	1989).	Esta	evidência	foi	relacionada	à	capacidade	destas	hortaliças	em	reduzir	
as	concentrações	de	nitrito	no	trato	gastrointestinal	(XING	et	al,	1982).	
	
A	respeito	das	atividades	farmacológicas	atribuídas	à	cebola	e	ao	alho,		investigadores	
químicos	e	farmacológicos	testaram	a	eficácia	de	seus	extratos	como	antioxidante	(LEE	
et	al,	2005),	antimicrobianos	(WHITMORE	&	NAIDU,	2000),	antiasmáticos	(DORSCH	&	
WAGNER,	 1992),	 anticancerígenos	 e	 agentes	 que	 previnem	 o	 câncer	 (BLOCK,	 1994;	
MIRON	 et	 al,	 2003),	 como	 agentes	 antiagregação	 plaquetária	 (MOCHIZUKI	 &	
NAKAZAWA,	1995),	para	reduzir	a	hipercolesterolemia	(ERNST	et	al,	2002),	e	atividade	
bacteriostática	 contra	 a	 Helicobacter	 pylori,	 que	 é	 responsável	 pela	 úlcera	 e	 câncer	
gástrico	(ELSOM	et	al,	2000;	CANIZARES	et	al,	2004).	
	
Os	açúcares	e	os	ácidos	orgânicos	contribuem	substancialmente	para	o	sabor	da	cebola.	
No	entanto,	o	sabor,	o	aroma	e	a	pungência	característicos	desta	hortaliça	são	formados	
quando	os	tecidos	da	planta	são	rompidos	ou	cortados,	resultando	na	decomposição	
enzimática	 de	 substâncias	 que	 contém	 enxofre	 na	 sua	 estrutura,	 conjuntamente	
denominadas	 sulfóxidos	de	 cisteína.	A	 recente	 caracterização	da	enzima	 responsável	
pelo	 efeito	 lacrimatório	 da	 cebola	 em	 seres	 humanos	 abriu	 a	 possibilidade	 de	
estabelecer	 processos	 mais	 eficientes	 de	 desenvolvimento	 e	 seleção	 de	 cultivares	
isentas	 desta	 característica,	 as	 chamadas	 cebolas	 doces/suaves	 (CARVALHO	 &	
MACHADO,	2004).	
		
O	consumo	da	cebola	tem	aumentado,	especialmente	em	países	mais	desenvolvidos,	
devido	 à	 sua	 associação	 com	 as	 características	 funcionais.	 Pesquisas	 recentes	 têm	
procurado	 comprovar	 os	 benefícios	 da	 cebola	 para	 a	 saúde,	 além	 de	 identificar	 os	
compostos	responsáveis	por	eles.		
	
A	 cebola	 é	 particularmente	 rica	 em	 dois	 grupos	 de	 compostos	 com	 comprovado	
beneficio	 à	 saúde	 humana:	 flavonóides	 e	 sulfóxidos	 de	 cisteína	 (compostos	
organosulfurados).	Dois	sub-grupos	de	compostos	do	tipo	flavonóide	predominam	em	
cebolas:	as	antocianinas	(que	conferem	a	coloração	avermelhada	ou	roxa	aos	bulbos)	e	
as	quercetinas	e	seus	derivados	(que	conferem	coloração	amarelada	ou	cor	de	pinhão	
aos	bulbos).	As	antocianinas,	quercetinas	e	seus	derivados	são	de	grande	interesse	pelas	
suas	propriedades	anticarcinogênicas	(CARVALHO	&	MACHADO,	2004).	
	
Tornou-se	 claro	 que	 existe	 uma	 relação	 entre	 os	 antioxidantes	 da	 dieta	 e	 a	 função	
imune.	No	que	diz	respeito	aos	flavonóides,	um	estudo	recente	realizado	por	MIEAN	&	
MOHAMED	 (2001)	 demonstrou	 que	 as	 camadas	 mais	 externas	 da	 cebola	 são	
caracterizadas	 pelo	 conteúdo	 de	 flavonóides	 total	 mais	 elevado	 em	 comparação	 a	
outras	62	hortaliças	comuns.		
	
	
ÔMEGA	3			
	
	
O	ômega	3,	também	conhecido	como	ácido	alfa-linolênico	(ALA),	permite	a	formação	de	
dois	importantes	ácidos	graxos	de	cadeia	longa:	o	ácido	eicopentaenóico	(EPA)	e	o	ácido	
docosahexaenóico	 (DHA).	 É	 considerado	 um	 ácido	 graxo	 essencial,	 que	 apresenta	
diversos	benefícios	para	saúde	quando	consumido	de	forma	regular	na	dieta.	
	
Onde	é	encontrado?	
É	 encontrado	 em	 peixes	 de	 água	 fria,	 como	 o	 salmão,	 arenque,	 sardinha	 e	 atum,	 e	
também	em	óleos	vegetais,	sementes	de	linhaça,	nozes	e	alguns	tipos	de	vegetais.		
	
Benefícios	para	saúde	
Além	do	seu	papel	nutricional	e	 ingestão	regular	na	dieta,	os	ácidos	graxos	ômega	3	
ajudam	 a	 prevenir	 ou	 tratar	 uma	 vasta	 diversidade	 de	 doenças,	 como	 as	 doenças	
cardiovasculares,	ateroesclerose,	doenças	inflamatórias	crônicas,	doenças	metabólicas	
como	diabetes,	 obesidade,	 osteoporose,	 degeneração	 neurológica	 e	 fraturas	 ósseas,	
câncer,	 depressão,	 mal	 de	 Alzheimer	 entre	 outros,	 além	 de	 serem	 de	 grande	
importância	 durante	 a	 gestação	 e	 lactação,	 pois	 ajudam	 a	 reduzir	 o	 risco	 de	 déficit	
cognitivo	e	psicopatológico	na	fase	adulta.	
Em	relação	ao	câncer,	além	de	ser	um	fator	preventivo,	também	melhora	a	qualidade	
de	vida	de	pacientes	oncológicos	em	relação	aos	tratamentos,	assim	como	o	ganho	de	
peso,	 que	 é	 um	 fator	 de	 grande	 importância,	 prevenindo	 um	 possível	 quadro	 de	
sarcopenia	e	redução	da	caquexia.		
		
Mecanismos	de	ação	
Os	ácidos	graxos	poli-insaturados	(PUFA),	grupo	ao	qual	pertence	o	ômega	3,	atuam	na	
sinalização	 celular,	 regulação	 enzimática,	 síntese	 de	 eicosanoides,	 regulação	 da	
migração	neuronal	e	modulação	de	citocinas	que	possuem	atividades	neuromodulatória	
e	neurotransmissora.		
A	 interrelação	 entre	 os	 PUFA's	 e	 a	 inflamação	 baseia-se	 no	 fato	 de	 que	 que	 os	
eicosanoides,	mediadores	e	reguladores	da	inflamação,	são	produzidos	por	esses	ácidos	
graxos,	 sendo	 o	 ácido	 araquidônico	 o	 principal	 representante	 da	 família	 ômega	 6,	 o	
substrato	mais	requerido	nesse	processo.		
O	aumento	na	ingestão	alimentar	de	ômega	3,	como	ácido	eicosapentaenoico	(EPA)	e	
ácido	docosahexaenoico(DHA),	resulta	em	elevação	na	proporção	desses	ácidos	graxos	
inseridos	nos	fosfolipídeos	das	células	inflamatórias.		
A	suplementação	com	ácidos	graxos	ômega	3	promove	menor	quantidade	de	substrato	
disponível	para	a	síntese	de	eicosanoides	a	partir	do	ácido	araquidônico	e,	dessa	forma,	
resulta	 em	decréscimo	na	produção	das	 prostaglandinas	 e	 tromboxanos	de	 segunda	
série	e	leucotrienos	de	quarta	série	pelas	células	inflamatórias.	
As	ações	dos	ácidos	graxos	ômega	3	são	mais	extensas,	que	quando	consumidos	em	
quantidades	 suficientes	 também	 resultam	 em	 decréscimo	 na	 quimiotaxia	 dos	
leucócitos,	redução	na	expressão	das	moléculas	de	adesão	e	redução	na	produção	de	
citocinas	próinflamatórias	e	espécies	reativas	de	oxigênio.	
As	 citocinas	 pró-inflamatórias	 induzem	 o	 estresse	 oxidativo,	 pro	 aumentarem	 a	
produção	 de	 radicais	 livres	 pelos	monócitos,	macrófagos	 e	 leucócitos,	 e	 além	 disso,	
apresentam	efeitos	sobre	a	atividade	de	COX-2	na	liberação	de	ácido	araquidônico	dos	
fosfolipídeos	 das	membranas	 plasmáticas	 e	 celulares.	 O	 EPA	 e	 o	 DHA,	 ao	 contrário,	
inibem	a	geração	de	radicais	livres,	bem	como	têm	potencial	para	reduzir	a	atividade	da	
COX-2.	
	
	
PRÓPOLIS			
	
	
A	 própolis	 tem	 sido	 objeto	 de	 estudos	 farmacológicos	 devido	 às	 suas	 propriedades	
antibacteriana,	antifúngica,	antiviral,	anti-inflamatória,	hepatoprotetora,	antioxidante,	
antitumoral,	imunomodulatória,	etc.	(Bankova,	2005a;	Kosalec	et	al.,	2005;	Alencar	et	
al.,	2005;	Simões	et	al.,	2008).	Esse	potencial	biológico	se	deve	a	um	sinergismo	que	
ocorre	entre	os	muitos	constituintes	(Marcucci,	1996).	
		
Antimicrobiana	
As	 atividades	 antibacteriana	 e	 antifúngica	 da	 própolis	 têm	 sido	 as	 propriedades	
biológicas	 mais	 extensivamente	 estudadas	 (Kujungiev	 et	 al.,	 1999).	 São	 atribuídas	
principalmente	à	flavonona	pinocembrina,	ao	flavonol	galagina	e	ao	éster	feniletil	do	
ácido	caféico,	com	um	mecanismo	de	ação	baseado	provavelmente	na	inibição	do	RNA-
polimerase	bacteriano	(Uzel	et	al.,	2005).	Outros	componentes	como	os	flavonóides,	o	
ácido	caféico,	ácido	benzóico,	ácido	cinâmico,	provavelmente	agem	na	membrana	ou	
parede	 celular	 do	 microorganismo,	 causando	 danos	 funcionais	 e	 estruturais	
(Scazzocchio	et	al.,	2005).	
	
A	 própolis	 possui	 atividade	 antibacteriana	 maior	 contra	 bactérias	 Gram-positivas	 e	
limitada	contra	Gram-negativas	(Lu	et	al.,	2005;	Marcucci	et	al.,	2001).	Estudo	realizado	
com	extratos	de	própolis	comercializados	no	Brasil	mostrou	atividade	antimicrobiana	
pronunciada	contra	bactérias	Gram-positivas,	e	atividade	menos	evidente	contra	Gram-
negativos	(Rezende	et	al.,	2006;	Packer	&	Luz,	2007).	
	
Até	o	momento,	não	se	tem	dados	que	respondam	o	porquê	desta	menor	atividade	dos	
extratos	 de	 própolis	 contra	 bactérias	 Gram-negativas.	 Estas	 bactérias	 possuem	 uma	
parede	 celular	 quimicamente	 mais	 complexa	 e	 um	 teor	 lipídico	 maior,	 o	 que	 pode	
explicar	essa	maior	resistência	(Vargas	et	al.,	2004).	
Própolis	também	tem	demonstrado	excelentes	atividades	fungistática	e	fungicida,	em	
testes	in	vitro	contra	leveduras	identificadas	como	causadores	de	onicomicoses	(Oliveira	
et	al.,	2006;	Longhini	et	al.,	2007).	
	
Diversos	trabalhos	tem	relatado	ao	logo	de	vários	anos	de	pesquisa	a	atividade	sinérgica	
da	 própolis	 associada	 a	 diversos	 antibióticos,	 inclusive	 contra	 cepas	 resistentes	 a	
benzilpenicilina,	tetraciclina	e	eritromicina	(Shub	et	al.,	1981),	esses	e	outros	autores	
concluem	que	a	própolis	possui	ação	sinérgica	relevante,	podendo	se	constituir	como	
alternativa	 terapêutica	 para	 a	 resistência	 microbiana,	 porem	 dependente	 de	 sua	
composição	(Stepanovic	et	al.,	2003;	Fernandes	Jr.	et	al.,	2005;	Onlen	et	al.,	2007).	
		
Anti-inflamatória	
A	atividade	anti-inflamatória	observada	na	própolis	parece	 ser	devida	à	presença	de	
flavonóides,	 especialmente	 galangina.	 Este	 flavonóide	 apresenta	 atividade	 inibitória	
contra	a	ciclooxigenase	(COX)	e	lipooxigenase.	Tem	sido	relatado	também	que	o	ácido	
fenil	 éster	 caféico	 (CAPE),	possui	 atividade	anti-inflamatória	por	 inibir	 a	 liberação	de	
ácido	aracdônico	da	membrana	celular,	suprimindo	as	atividades	das	enzimas	COX-1	e	
COX-2	(Borrelli	et	al.,	2002).	
A	própolis	 tem	demonstrado	 ação	 anti-inflamatória	 também	por	 inibir	 a	 síntese	 das	
prostaglandinas,	ativar	a	glândula	timo,	auxiliando	o	sistema	imune	pela	promoção	da	
atividade	fagocítica	e	estimulando	a	imunidade	celular	(Kosalec	et	al.,	2005).	
		
Imunomodulatória	
Sy	et	 al.	 (2006)	demonstraram	que	o	 tratamento	 com	extrato	de	própolis	 atenua	as	
inflamações	das	vias	aéreas	em	ratos,	provavelmente	por	sua	habilidade	em	modular	a	
produção	 de	 citocina.	 Sendo	 assim,	 seria	 um	 novo	 agente	 no	 tratamento	 da	 asma.	
Orsolic	 et	 al.	 (2004)	 demonstraram	 que	 derivados	 hidrossolúveis	 de	 própolis,	 ácido	
caféico,	éster	feniletil	do	ácido	caféico	e	quercetina	poderiam	ser	extremamente	úteis	
no	 controle	 do	 crescimento	 tumoral	 em	 modelos	 experimentais.	 Nos	 últimos	 anos	
muitos	 estudos	 tem	 demonstrado	 a	 atividade	 da	 própolis	 no	 sistema	 imunológico	
(ativando	 macrófagos,	 aumentando	 a	 atividade	 lítica	 contra	 células	 tumorais,	
estimulando	 anticorpos,	 etc)	 como	 apresentado	 numa	 extensa	 revisão	 realizada	 por	
Sforcin	(2000),	todavia,	cita	que	os	mecanismos	envolvidos	na	quimioprevenção	ainda	
não	são	completamente	conhecidos.	
		
	
ANTOCIANINAS		
	
	
	
As	 antocianinas	 são	 compostos	 químicos	 pertencentes	 ao	 grupo	 dos	 flavonoides	 e	
constituem	um	grupo	de	pigmento	responsável	por	grande	parte	das	cores	de	frutas,	
flores,	folhas,	caules	e	raízes,	dependendo	do	pigmento	podem	ser	vermelhas,	violetas	
ou	azuis.	
A	quantidade	e	o	tipo	de	antocianina	presente	no	alimento	podem	sofrer	variações	de	
acordo	com	as	condições	de	cultivo,	tempo	de	plantio,	exposição	à	luz	e	métodos	de	
colheita.	
Apresentam	grande	importância	na	dieta	humana	devido	ao	seu	poder	antioxidante	e	
atuação	contra	os	radicais	livres,	sendo	importante	aliada	na	prevenção	e	retardamento	
de	 doenças	 cardiovasculares,	 câncer,	 doenças	 neurodegenerativas,	 capacidade	 anti-
inflamatória,	 saúde	 do	 organismo	 e	 microbiota	 intestinal	 e	 diversas	 propriedades	
farmacológicas	e	medicinais.	
Sua	 capacidade	 anti-inflamatória	 sobre	 vários	 órgãos	 já	 é	 comprovada	 em	 muitos	
estudos,	 destacando	 grande	 potencial	 na	 redução	 e	 tratamento	 de	 aterosclerose	
(acúmulo	de	colesterol	e	gorduras	nas	paredes	das	artérias),	suas	propriedades	agem	
atenuando	o	estresse	oxidativo	das	células	endoteliais	vasculares	e	inibem	a	oxidação	
do	LDL.	
Devido	 ao	 seu	 grande	 poder	 antioxidante	 previnem	 o	 envelhecimento	 das	 células	
aumentando	a	resistência	do	organismo	e	consequentemente	melhorando	a	imunidade	
do	corpo.	
	
	
	
Alimentos	ricos	em	antocianina:	
Uva,	ameixa,	framboesa,	amora,	mirtilo,	groselha,	açaí	
Cereja,	morango,	acerola,	maçã	
Berinjela,	repolho-roxo,	batata-roxa,	rabanete,	beterraba	
	
	
	
CARVACROL		
	
	
	
Os	 efeitos	 benéficos	 do	 composto	 estão	 associados	 ao	 tratamento	 de	 condições	
dolorosas,	 como	 as	 inflamações,	 em	 que	 foram	 demonstrados	 que	 o	 composto	 é	
vantajoso	 em	 estimular	 a	 liberação	 de	 citocinas	 anti-inflamatórias,	 que	 suprimem	 a	
ativação	 dos	mediadores	 inflamatórios	 das	 células	 do	 sistema	 imunológico,	 além	 de	
modular	as	vias	centrais	que	controlam	a	dor.	
	
Carvacrol	possui	atividade	antiinflamatória	associada	em	supressão	da	enzima	COX-2	e	
ativação	dos	receptores	proliferadores	de	peroxissoma	(PPARs)	α	e	γ	(Estudos	recentes	
sugerem	 que	 a	 ativação	 do	 PPARγ	 pode	 diminuir	 a	 progressão	 da	 aterosclerose	 e	
aumentar	a	sensibilidade	à	insulina,	podendo	ser	um	potencial	alvo	terapêutico	para	o	
tratamento	 de	 diversas	 enfermidades,	 incluindo	 o	 diabetes	 melito	 do	 tipo	 2	 e	
dislipidemia).	
	
Os	 efeitos	 antiinflamatórios	 que	 o	 carvacrol	 apresenta	 estão	 associadoscom	 a	
diminuição	da	produção	dos	mediadores	inflamatórios,	interleucina-1	β	(	marcador	de	
indução	da	resposta	inflamatória,	associada	a	infecção	aguda)	e	(PGE2	=	São	produzidas	
por	quase	 todas	as	 células,	 geralmente	em	 locais	de	dano	 tecidual	ou	 infecção,	pois	
estão	envolvidos	em	lidar	com	lesões	e	doenças.)	e	provavelmente	por	meio	do	estímulo	
à	 liberação	 de	 interleucina-10,	 que	 atua	 como	 uma	 citocina	 anti-inflamatória	 eficaz,	
ocultando	a	ativação	da	 função	das	células	 imunológicas,	 impedindo	seletivamente	a	
manifestação	de	citocinas	pró-inflamatórias.	
	
Onde	podemos	encontrar	o	carvacrol:	
Principalmente	em	óleo	essencial	de	orégano.	Além	do	orégano	tem	carvacrol	no	
tomilho,	algumas	pimentas	e	na	bergamota.	
	
	
	
	
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