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Função Tubular II: Transporte de Ca2+,Mg2+, K+, ureia e outros solutos ➢ Cálcio o 99% está no osso; 1% LIC; 0,1% LEC o A excreção renal de cálcio e fosfato é balanceada pela absorção gastrointestinal - A absorção de Ca+2 é feita por meio de mecanismo de transporte ativo, mediado por carregador, estimulado pelo calcitriol, metabólito da vitamina D3. o Calcio não pode ficar baixo! [Ca] no plasma baixo > ativa CaSR na paratireoide > estimula secreção do PTH, e com ajuda da vit. D > degrada o osso e libera Ca pro sangue; estimula absorção gastrointestinal e reabsorção renal. o Nos rins: ▪ PTH estimula reabsorção de Ca na alça de Henle e TCD, inibindo absorção de fosfato e estimulo à 1-alfa-hidroxilase para a produção de vit. D, no TCP. ▪ Vit. D gera absorção de cálcio e fosfato; fora dos rins, aumenta absorção intestinal. o No néfron: BERNE (2010) ▪ Apenas o Ca +2 não ligado a proteína está disponível para filtração glomerular, aprox. 55% do Ca +2 no plasma. ▪ 99% é reabsorvido e 1% excretado ▪ 70% no TCP; 20% porção espessa do ramo ascendente da alça de Henle; 9% TCD ▪ TCP = transcelular 20% - na membrana apical é a favor do gradiente eletroquímico e na membrana basal é transp. ativo ou antiporte Ca-ATPase/3Na-Ca; paracelular 80% - tração pelo solvente - força da água - transporte passivo. ▪ Alça de Henle: Reabsorção de Ca+2 é restrita à porção cortical do ramo ascendente espesso – impermeável à H2O. Mecanismos semelhantes aos TCP – principalmente via paracelular, porém, devido ao movimento do sódio, que deixa o gradiente favorável ao Ca+2. Obs.: Ação dos diuréticos de alça, ex: furosemida - inibe o cotransporte de Na-K- 2Cl – reduz a amplitude da voltagem transepitelial luminal positiva - inibe a reabsorção de cálcio através da via paracelular. ▪ TCD: Transcelular - Ca++ entra na célula, na membrana apical, via canais iônicos permeáveis ao Ca (TRPV5 e TRPV6) > o Ca se liga à calbindina e o complexo Ca - calbindina se difunde pela célula até a membrana basolateral > da membrana basolateral para o sangue: antiporter de 3Na-1Ca (NCX1) e Ca-ATPase (PMCa) Obs.: Ação diuréticos tiazídicos = Inibição do cotransporte de Na-Cl: inibem a reabsorção de Na; estimula a reabsorção de Ca. o OBS1: Na criança: absorção gastrointestinal > excreção renal Adulto: absorção gastrointestinal = excreção renal – para manter as concentrações de cálcio constantes no organismo Na osteoporose: absorção gastrointestinal normal < excreção renal Monitora: Ludmila Cunha o OBS2: ▪ Hipocalcemia - desloca o potencial limiar para valores mais negativos; estimula PTH. ▪ Hipercalcemia - desloca o potencial limiar valores menos negativos – estimula calcitonina – estimula formação óssea. ▪ CaSRs também atual na regulação no rim: aumento da [Ca+2] plasmática ativa os CaSRs no ramo ascendente espesso e no túbulo distal e inibe a absorção de Ca+2 por esses segmentos do néfron, estimulando a excreção urinária de Ca+2. Na queda da [Ca+2] plasmática, acontece o contrário. ➢ Fosfato o É o maior constituinte do osso. o 86% está no osso; 14% LIC; 0,03%LEC o 10% Pi no plasma está ligado a proteínas. o Os rins mantêm o balanço de Pi total constante pela excreção de quantidade de Pi na urina igual à quantidade absorvida pelo trato gastrointestinal, assim como no cálcio. o Os rins reabsorvem Pi em intensidade máxima, qualquer aumento da quantidade filtrada aumenta a excreção urinária de Pi. o Em geral, na fisiologia o Pi acompanha o Ca+2, mas no metabolismo renal é diferente. o Atua como antagonista do Calcio - quela o cálcio – diminui a calcemia plasmática. ▪ Obs.: Insuficiência Renal Crônica o No néfron: ▪ TCP: reabsorve 80% - principalmente transcelular: Membrana apical: via mecanismos de transporte de Na+-Pi (NPT2 mais importante - 3Na:P); memb. Basolateral: antiporter dos ânions inorgânicos do fosfato. ▪ TCD - reabsorve 10% - não se sabe ao certo o mecanismo. ▪ Alça de Henle e o ducto coletor reabsorvem quantidades mínimas de Pi – Aprox. 10% Pi filtrado é excretado. BERNE (2010) o Regulação: ▪ PTH inibe a reabsorção de fosfato no TCP Pi pela estimulação da remoção endocítica do NPT2; Vit. D estimula a reabsorção no TCD e aumenta absorção intestinal. BERNE (2010) BERNE (2010) ➢ Magnésio o 54% no osso; 45% LIC; 1% LEC o 30% Mg+2 no plasma está ligado a proteínas. o Homeostase ▪ Quantidade total de Mg2+ corporal: determinada pela sua absorção gastrintestinal e excreção renal. ▪ Distribuição entre LIC e LEC: Rins excretam quantidade igual à absorvida pelo sistema digestório. o No néfron: ▪ TCP: reabsorve ~20% - preferencialmente passiva e paracelular. ▪ Alça de Henle - ramo ascendente grosso: reabsorção de 70% - preferencialmente passiva e paracelular; nessa porção o Mg 2+ e o Ca 2+ competem pela sua reabsorção. ▪ TCD e Ducto Coletor: reabsorção <10%. o Regulação: ➢ Potássio o 98% células; 2%LEC o Logo que ingerido, sai do TGI para o LEC em minutos; assim que possível entra nas cél. o Aumento ou diminuição desses níveis pode geral alteração de contratilidade das células musculares cardíacas (ECG), esqueléticas e lisas. o Regulação Plasmática: BERNE (2010) ▪ Diversos hormônios, como a epinefrina, a insulina e a aldosterona, aumentam a captação de K+ para as células, pela estimulação da Na+,K+-ATPase, do simporter de 1Na+-1K+-2Cl– e do simporter Na+-Cl-. ▪ Insulina: pode ser infundida para corrigir a hipercalemia; é o hormônio mais importante que desloca o K+ para as células, após uma refeição – age em min. ▪ Epinefrina: estimulação dos adrenoceptores α - K+ para fora das células, princip. no fígado; dos β2 – K+ para dentro das células. No exercício, previne hipercalemia. ▪ Aldosterona – gera captação de K+ pelas células e alteração da excreção de K+ urinário – sua presença tende a gerar hipocalemia. BERNE (2010) BERNE (2010) ▪ A acidose metabólica aumenta a [K+] plasmática – entra H+ na cél e sai K+; A alcalose metabólica baixa [K+]. ▪ Lise celular – K+ da célula vai pro plasma – hipercalemia. ▪ No exercício aumento de pH e possível lise – hipercalemia – depende da intensidade do exercício. ▪ Fluxo do fluido tubular: aumento - estimula a secreção de K+ em minutos; queda - reduz a secreção de K+ pelo túbulo distal e pelo ducto coletor. ▪ Glicocorticoides: aumentam a excreção urinária de K+, da filtração glomerular, o que aumenta o fluxo urinário e pela estimulação da atividade da SGK1(ver ação aldosterona). ▪ ADH: aumenta a força motriz eletroquímica para a saída de K+ através da membrana apical, das células principais, pela estimulação da captação de Na+ pela membrana apical dessas células. o No néfron: ▪ Livremente filtrado no glomérulo – não se liga a proteínas no plasma. ▪ Rins excretam 90% a 95% do K+ ingerido na dieta. Excreção = ingestão, mesmo quando a ingestão aumenta 10 vezes. ▪ 15% do filtrado é excretado. ▪ Absorção: TCP 67%; Alça Henle (porção ascendente espessa) 20% ▪ TCD e Ducto coletor são capazes de reabsorver ou secretar K+, a depender da necessidade, ex: alta ingestão – alta secreção. BERNE (2010) ▪ Secreção no TCD e Ducto coletor: Cél. principais absorvem Na e excretam K; é variável; Na+,K+-ATPase na memb. basolat. coloca K+ para dentro da cél., na memb. apical ocorre secreção passiva – depende do gradiente eletroquímico. Aumentam secreção: Dieta rica em K+; Hiperaldosteronismo; Alcalose; Diuréticos tiazídicos; diuréticos de alça; ânions luminais; Glicocorticoides. Diminuem secreção: Dieta pobre em K+; Hipoaldosteronismo; Acidose e Diuréticos poupadores de K+, ex: amilorida. Obs.: Ação da aldosterona Gera: aumento da quantidade da Na+,K+- ATPase na membrana basolateral; aumento da expressãodo canal epitelial de sódio (ENaC), na membrana apical da célula; eleva níveis de SGK1 (cinase estimulada pelo glicocorticoide sérico) que também aumenta a expressão do ENaC, na membrana apical, e ativa os canais de K+; estimula CAP1 (prostatina) que ativa diretamente a ENaC; e estimula a permeabilidade da membrana apical ao K+. Causando: Reabsorção de Na+ e Excreção de K+. ▪ Reabsorção no TCD e Ducto coletor Cél. Intercalares – Ocorre em dieta pobre em K+; Via mecanismo de transporte H+,K+-ATPase localizado na membrana apical; Esse transportador também troca K+ e pelo H+ - na Reg. ácido-base. AIRES (2018) o Excreção não renal ▪ 5-10% da quantidade ingerida na dieta pelas fezes e suor, em condições normais; É maior em casos de diarreia. ➢ Ureia o No néfron: ▪ Livremente filtrada no glomérulo. ▪ TCP: reabsorve 50% por difusão, principalmente por difusão, via transcelular, porém pode ser reabsorvido por vias paracelulares pela tração pela água. ▪ Ramo fino descendente da Alça de Henle: possui transportador de ureia (UT2), que secreta esse soluto para o lúmen tubular, por difusão facilitada. ▪ Ramo fino ascendente da Alça de Henle: células continuam secretando ureia para o lúmen, provavelmente, por difusão facilitada. ▪ Ducto coletor: reabsorção, estimulada pelo ADH, resulta em aumento da concentração luminal de ureia, que atinge níveis cada vez mais elevados em direção à papila renal. ▪ Sem ADH, TCD e ductos coletores são impermeáveis à ureia. ▪ É importante para que ocorra concentração da urina na alça de Henle. ➢ Aminoácidos o São quase totalmente reabsorvidos. o Mecanismo no néfron semelhante à da glicose. o No néfron: ▪ TCP: reabsorve 98% no túbulo proximal inicial, sendo reabsorvido em sua totalidade até o fim do TCP; Principal: membrana apical - cotransporte com Na+, por mecanismo ativo secundário, a Na+/K+-ATPase basolateral; membrana basolateral - difusão facilitada. ➢ Referências o AIRES, M. M. Fisiologia. 5ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2018. o BERNE, R. M.; LEVY, M. N. Fisiologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. o COSTANZO, L. S. Fisiologia. 6ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2015.
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