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GENÉTICA LUIZA LOPES CARVALHO Regulacao da expressao genica A Regulação gênica é o processo pelo qual o DNA determina quais os genes, seu número e o momento em que irão se expressar (ativação) dentro da célula para produzir um produto funcional. A especialização das células relaciona-se com a síntese de proteínas específicas (como a hemoglobina nos eritrócitos, os anticorpos nos linfócitos, os neurofilamentos nos neurônios e assim por diante). Assim cada tipo celular expressa um gene específico que difere parcial ou totalmente dos expressados nos outros tipos celulares (na verdade, as diferenças não são determinadas por um único gene, mas por um conjunto de genes distintos). Estímulos externos ou internos podem modificar a função de uma célula ou desencadear uma cascata de modificações durante a Diferenciação Celular. Em eucariotos: As propriedades de cada tipo de célula eucariótica são amplamente determinadas pelas proteínas expressas dentro dela. A expressão gênica envolve várias etapas e a regulação de genes pode acontecer em qualquer uma delas. Como em nível do mRNA (estrutura ou estabilidade) e após a tradução. Contudo, a maior parte da regulação ocorre no nível da transcrição. Foi dividida em duas categorias: -Regulação gênica transcricional: *Sinais moleculares externos ou internos à célula levam à ligação de proteínas reguladoras a sítios específicos do DNA fora das regiões codificadoras de proteínas e a ligação dessas proteínas modula a velocidade da transcrição. *Essas proteínas podem auxiliar direta ou indiretamente a RNA polimerase na ligação ao seu sítio de início de transcrição- promotor- ou podem reprimir a transcrição ao evitar a ligação da RNA polimeraseFATORES DE TRANSCRIÇÃO. *A estrutura do DNA encontrada no DNA -Condensado em histonas- também funciona como forma de regular a transcrição. -Regulação gênica pós-transcricional *Modificação em proteínas SPLICING ALTERNATIVO. Em procariotos: Em bactérias, genes relacionados são frequentemente encontrados agrupados no cromossomo, o qual podem ser transcritos, por um promotor como uma unidade. Esse conjunto de genes sob o controle de um único promotor é conhecido como OPERON Permite que a célula expresse, com eficiência conjuntos de genes cujos produtos são requeridos simultaneamente. Por exemplo, o OPERON LAC contém genes que codificam proteínas envolvidas na absorção e no metabolismo do açúcar lactose. -O operon lac da E. coli contém genes envolvidos no metabolismo da lactose. Ele é expresso somente quando a lactose está presente e a glicose ausente. -Dois reguladores "ligam" e "desligam" o operon em resposta aos níveis de lactose e glicose: o repressor lac e a proteína ativadora de catabólito (CAP). -O repressor lac atua como um detector de lactose. Ele normalmente bloqueia a transcrição do operon, mas para de atuar como repressor quando a lactose está presente. O repressor lac detecta a lactose indiretamente, através do isômero alolactose. -A proteína ativadora de catabólito (CAP) atua como um detector de glicose. Ela ativa a transcrição do operon, mas somente quando os níveis de glicose estão baixos. A CAP detecta a glicose indiretamente, através da molécula "com fome de sinalizar" AMPc (AMP cíclico) -Seria ineficiente produzir enzimas quando não há lactose disponível, ou se houvesse e no meio uma fonte de energia de mais fácil digestão, como glicose. Já que a síntese de proteínas requer grandes quantidades de energia e recursos, as bactérias (e eucariotos) desenvolveram mecanismos elaborados para controlar a escolha de quais proteinas são feitas em diferentes momentos, sob diferentes condições ambientais. Muitas vezes, essas moléculas atuam se ligando ao DNA próximo do gene e promovendo ou bloqueando a enzima da transcrição, RNA polimerase. Também existe o OPERON DO TRIPTOFANO: -O triptofano é um aminoácido essencial nos eucariontes, porém as bactérias podem sintetizá-lo, mas isso só ocorre se ele não estiver disponível no meio. GENÉTICA LUIZA LOPES CARVALHO -Este operon possui 5 genes estruturais (Tryp A-E) relacionados as cinco etapas de produção do triptofano. -O repressor não tem afinidade espontânea pelo operador, estando livre a passagem da RNA polimerase. -Quando o triptofano está presente atua como co- repressor, ligando-se ao repressor e este conjunto liga-se ao operador, interrompendo o funcionamento do operon.
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